Uma versão embalada a vácuo da triste elite da Roma decadente – Carlos Ramalhete

Como de costume, está excelente o texto de hoje do Carlos Ramalhete na Gazeta do Povo. Leiam lá, comentem e compartilhem. Apenas um trecho:

São pulsões básicas e desordenadas, que tomam a frente nos interesses e deixam o cuidado da sociedade ao encargo de aventureiros. A CPI do momento passa por noticiário político, enquanto a população se dedica a palpitantes notícias sobre qual pintinho vai ou quer ir para qual buraquinho. É um tipo de pseudonotícia que só desperta interesse por ser uma forma de projeção dos próprios desejos, e sua onipresença acaba levando a que se confunda o desejo, que é algo de foro íntimo, com a própria identidade social. Daí termos uma presença crescente de quem se defina a partir do uso que faz ou quer fazer de pintinhos e buraquinhos; daí termos uma demanda crescente por meios de esconder e sufocar as consequências físicas e psicológicas desta fixação – do aborto aos remédios de tarja preta, passando pela contracepção e pela distribuição de camisinhas –; daí termos, em suma, uma sociedade que tenta ser, ela toda, uma versão industrializada e embalada a vácuo da triste elite da Roma decadente.

Um retrato triste, mas verdadeiro. Que Deus nos ajude particularmente nestes tempos terríveis, porque dos homens – muito menos dos homens dos dias que correm! – não podemos esperar senão uma alegre e irresponsável marcha rumo à barbárie.

“E deu-nos ordem pra não termos medo”…

Ontem, domingo da Divina Misericórdia, diante de um milhão de pessoas, foi beatificado o Papa João Paulo II. O Wagner Moura esteve lá. Eu infelizmente não acompanhei a transmissão ao vivo da cerimônia (era às cinco da manhã no horário do Brasil). Vi, no entanto, outras coisas – que valem a pena ser conhecidas e divulgadas.

Homilia do Papa Bento XVI. “E qual é esta causa? É a mesma que João Paulo II enunciou na sua primeira Missa solene, na Praça de São Pedro, com estas palavras memoráveis: «Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!». Aquilo que o Papa recém-eleito pedia a todos, começou, ele mesmo, a fazê-lo: abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas políticos e económicos, invertendo, com a força de um gigante – força que lhe vinha de Deus –, uma tendência que parecia irreversível. Com o seu testemunho de fé, de amor e de coragem apostólica, acompanhado por uma grande sensibilidade humana, este filho exemplar da Nação Polaca ajudou os cristãos de todo o mundo a não ter medo de se dizerem cristãos, de pertencerem à Igreja, de falarem do Evangelho. Numa palavra, ajudou-nos a não ter medo da verdade, porque a verdade é garantia de liberdade”.

John Allen: qual a pressa em beatificar João Paulo II? “No passado, a fama de um candidato muitas vezes se espalhava só gradualmente, mas hoje o mesmo lapso de tempo nem sempre se aplica. O papado de João Paulo II explorou habilmente duas das marcas da aldeia global de hoje: a ubiquidade das comunicações e a relativa facilidade das viagens. Como resultado, pode-se argumentar que o ritmo de sua beatificação nada mais é do que um reflexo da maior velocidade com que tudo se move no século XXI”.

– Esta “homenagem a João Paulo II” está muito bem-feita. Uma vida em imagens: dezenas, quiçá centenas de fotos do novo beato, nas mais variadas ocasiões. Uma seleção feita com esmero, e ao alcance de quaisquer poucos cliques. Recomendo.

Esta cronologia é leitura fundamental. Está em espanhol, mas traz “algunas cosas que, año por año, se hicieron durante el pontificado de Juan Pablo II para defender la fe y disciplina dentro de la Iglesia”: este é o chamado “lado obscuro” do pontificado de João Paulo II, não por ser tenebroso ou de alguma maneira censurável, mas sim por não ter tido praticamente divulgação nenhuma pelos meios de comunicação.

E o Papa está mais perto dos altares! A interceder por nós. A convidar-nos ao Céu. A ordenar-nos ainda, do alto, que não tenhamos medo. Queremos a graça de obedecer-lhe! Beato João Paulo II, rogai por nós!

Em tempo, recordar é viver: “Um dia de abril”.

P.S.: Ver também “João Paulo foi o Papa da minha vida” (Dom José Cardoso Sobrinho).

Encontro de blogueiros em Roma

http://www.pccs.va/

Como a maior parte das pessoas já está sabendo, o Vaticano vai promover um encontro de blogueiros no próximo dia 02 de maio, logo em seguida à beatificação de João Paulo II.

O que talvez nem todas as pessoas estejam sabendo é que hoje, sábado, foi publicada a lista com o nome dos 150 blogueiros (de 750 que foram enviados) selecionados para participar, presencialmente, do encontro. São blogs de todo o mundo, entre iniciantes e já consolidados, entre pessoais e profissionais.

Muitos eu não conheço, outros são bem famosos. O Sandro Magister está lá, bem como o American Papist. Também o exorcista pe. Fortea está na lista dos blogs selecionados. Achei até – curioso! – um blog que fala de informática e ética.

Mas a alegria, a maior alegria, o júbilo que chega quase a ser inconveniente às portas da Semana Santa, é que só foram selecionados três blogs brasileiros (se deixei escapar algum, por favor me avisem). Um é o “Jovens sem Fronteiras”, outro é o “Medidas de Fé”, e o terceiro é o… “O Possível e o Extraordinário”, do meu caríssimo amigo Wagner Moura!

Parabéns, Wagner! É merecido. Que o encontro possa ser proveitoso. Que sirva, sempre, ad majorem Dei Gloriam.

Novo Syllabus

Vale a pena ler esta notícia do Fratres, sobre Dom Schneider e a proposta de que o Papa escreva “um novo Syllabus”. O Syllabus antigo, vale lembrar, ainda permanece perfeitamente atual; a sua nova versão seria, na proposta do bispo auxiliar de Karaganda, para condenar “os erros de interpretação do Concílio Vaticano II”.

Os erros de interpretação do Concílio Vaticano II – destaque-se. Gosto desta proposta, embora não saiba dizer ao certo nem a real possibilidade de que ela venha a se concretizar, nem os efeitos que ela produziria na crise da Igreja dos dias atuais. Hoje não se dão mais ouvidos ao que fala o Vigário de Cristo; as pessoas preferem eleger os próprios gurus ou colocarem-se a si próprias como juízes dos ensinamentos da Igreja. Um novo Syllabus seria eficaz? Confesso não saber responder esta pergunta.

Há alguns anos, eu brincava com um grupo de amigos exatamente sobre isso. Começamos a redigir os cânones sobre a situação atual do catolicismo, como se fôssemos bispos em um Concílio Ecumênico de illo tempore. Continham coisas como “se alguém disser que a liberdade religiosa exposta na Dignitatis Humanae é a mesma que fora condenada na Mortalium Animos, anathema sit”; “se alguém disser que o colégio dos bispos exerce poder na Igreja contrariamente ao ou mesmo independentemente do Romano Pontífice, anathema sit”. E coisas do tipo. Só lamento que não os tenhamos terminado, seria divertido publicá-los depois. Acho que tenho o péssimo hábito de não levar lá muito a sério as minhas brincadeiras.

Agora, praticamente a mesma proposta é feita por um bispo em um congresso realizado em Roma…! Como eu dizia antes, não sei se tal proposta vai ser posta em prática ou, caso o seja, se vai produzir os resultados esperados. Mas, de qualquer modo, seria bom ver um tal documento. Mesmo que ele caia nos ouvidos surdos de homens de cerviz dura; que se o registre para futura memória. Porque a Verdade convém ser dita. Ainda que se lhe A preguem aos animais, por falta de homens que A queiram ouvir. Ainda que Ela se destine às estantes empoeiradas, para vergonha nossa.

Vandalismo na Cidade Eterna

Escada Santa de Roma amanhece com pichações contra o papa. Na verdade, a julgar pelas fotos, não foi propriamente “a Escada Santa”, e sim a igreja na qual ela está abrigada. Em italiano, a agência ANSA.it traz mais informações (e mais fotos). Pego-me a pensar no que significa este ato de vandalismo.

Foto: ANSI.it

A Escada Santa é a escada do pretório de Pilatos, onde Nosso Senhor foi apresentado à multidão ensandecida – Ecce Homo! – e onde ela exigiu a Sua crucificação. Qual é o mal que este objeto histórico pode representar, a ponto de ser objeto de atos de agressão e de vandalismo, escapa-me à compreensão. A única explicação minimamente plausível que encontro, é que o ódio é dirigido não à escada em si, não ao que ela representa, e sim Àquela – a Igreja – que a venera e a tem guardado e preservado ao longo dos últimos séculos.

É contra a Igreja que se dirige a sanha vândala dos arautos da tolerância! Seria um curioso caso clínico de esquizofrenia ou distúrbio de personalidade múltipla, se não fosse um preocupante sintoma das contradições do nosso tempo. Por um lado, clama-se “tolerância, tolerância” o tempo inteiro. Por outro lado, tolera-se (e, em algumas casos, até aceita-se) o comportamento agressivo e discriminatório, caso o alvo da agressão e da discriminação seja a Igreja Católica. “Faça o que eu digo, não faça o que eu faço” – parece ser o que clama o mundo moderno. Este parece ser o que reivindica para si o monopólio da perseguição, da agressão gratuita, da discriminação – e isto, de tal maneira que, se forem outros a realizarem tais atos (ou, pior ainda, qualquer coisa que seja interpretada como se tais atos fossem, ainda que não o sejam de verdade), são bárbaros e fanáticos; mas se forem os modernos e tolerantes que o façam, então são pessoas de bem exercendo a sua liberdade de expressão, ou protestando civilizadamente contra o que quer que seja, ou no pleno e lícito gozo do direito à expressão artística, ou o que seja. Aos amigos, tudo, aos inimigos, a lei. Este é o mundo no qual vivemos. Domine, miserere nobis.

Virgem Maria, desejos de Céu

[Está tão bonita que reproduzo do mesmo jeito que recebi por email. Não tenho muito mais o que acrescentar – que a Virgem Santíssima inspire em todos o desejo do Céu! Sim, que esta Boa Senhora possa nos curar da tibieza, e inflamar as nossas almas de um verdadeiro desejo pela Vida Eterna junto ao Seu Filho.

A frase do título não está na reportagem. Está no discurso de Bento XVI em visita al Centro Don Orione di Monte Mario, anteontem. Que, como disse o Sumo Pontífice “[l]a Madonnina (…) protegga le famiglie, susciti propositi di bene, suggerisca a tutti desideri di cielo”; é também o que eu desejo. “Guardare al cielo, pregare, e poi avanti con coraggio e lavorare. Ave Maria e avanti!” – como dizia San Luigi Orione. Que nos guarde a Virgem Santíssima, Salus Populi Romani, que também nós somos romanos. Da Igreja de Roma. Da Igreja de Cristo.]

Bento XVI: “Que Maria inspire em todos desejos de céu”.

25/06/2010 (1:29)

Papa: “Que Maria, Mãe de Deus e nossa, esteja sempre no alto de seus pensamentos e afetos, amável conforto de suas almas, guia certa de suas vontades e amparo de seus passos, inspiradora persuasiva da imitação de Jesus Cristo”.

Bento XVI visitou na manhã de quinta-feira o Centro Don Orione de Monte Mario e abençoou a imagem de Nossa Senhora, abatida alguns meses atrás pela fúria do vento. Restituída aos olhos e à devoção dos romanos, graças à restauração atenciosa, a efígie – recordou o Pontífice – é “memória de eventos dramáticos e providenciais, escritos na história e na consciência da Cidade”. A imagem, de fato, “foi colocada na colina de Monte Mario em 1953, como realização de um voto popular pronunciado durante a II Guerra Mundial, quando as hostilidades e as armas faziam temer pelo futuro de Roma”. Uma iniciativa que partiu dos orionitas, que justamente no alto da colina realizaram um centro de “acolhimento de mutilados e de órfãos”. “Don Orione – precisou o Papa – viveu de maneira lúcida e apaixonada a tarefa da Igreja de viver o amor para fazer entrar no mundo a luz de Deus”, “convencido de que a caridade abre os olhos à fé”. “As obras de caridade – concluiu Bento XVI – jamais podem reduzir-se a gesto filantrópico, mas devem permanecer sempre tangíveis expressão do amor providencial de Deus”.

Fonte: H20News

Vejam as imagens

1. Bispos brasileiros celebrando versus Deum em Roma. C’est vraiment incroyable, mas há fotos. O Fratres in Unum também noticiou. Pelo que ouvi dizer, o Cardeal Odilo Scherer não celebrou…

2. Está na hora de reconsiderar o uso da Tiara Papal? A pergunta é pertinente. Afinal de contas, trata-se de uma questão ecumênica: todos os Patriarcas ortodoxos usam suas coroas. Como disse o pe. Clécio: “por razões ecumênicas lamento que o Bispo de Roma, o primus inter dispares, seja o único patriarca da cristandade sem coroa”.

3. Agressão a católicos que rezavam um rosário pela vida: já está virando praxis. Após Neuquén e Tucumán, agora é a vez de Bordeaux. “Mesmo importunados por uivos, xingamentos, ironias, e claro, muitas blasfêmias ao megafone, os intrépidos católicos terminaram seu rosário, para a maior glória de Deus e honra da Santíssima Virgem!” – serão recompensados. E até quando será tolerado todo tipo de agressão aos católicos?

A cruz e o cocar

Há uns quatro meses, eu escrevi aqui sobre a ordenação episcopal do bispo de São Gabriel da Cachoeira. Estarrecido diante da cerimônia na qual Dom Edson Damian foi ordenado, eu comentei: “Para afastar os maus espíritos, Sua Excelência parece preferir o Yaigê às orações católicas; para ser coroado no dia de sua sagração, Sua Excelência parece preferir um cocar indígena a uma mitra católica. Parece preferir o paganismo ao Evangelho”.

Temo ter estado certo. Em recente reportagem do Jornal Nacional, Dom Damian foi capaz de fazer a seguinte afirmação: “São os índios que estão vivendo como viviam os primeiros cristãos que tinham tudo em comum, nós é que temos que nos converter a eles”. O vídeo está gravado (tem no link), e foi transmitido em cadeia nacional. Vergonha, escândalo: então um bispo católico tem a capacidade de afirmar publicamente que nós devemos nos converter ao paganismo!

E, então, estas tosquíssimas e estapafúrdias declarações de um Sucessor dos Apóstolos são utilizadas para embasar o resto das baboseiras veiculadas na reportagem. “Deus é a natureza, são as árvores, a própria caça, a própria pescaria”, fala um índio ex-padre. “A ideia de que há almas pagãs vagando na floresta e de que elas precisam ser salvas a qualquer custo já não é mais aceita pela direção da Igreja. […] [O novo bispo] veio disposto a rever o conceito de conversão”.

O conceito de “conversão” não pode ser revisto. Simplesmente não pode significar outra coisa que não o abandono dos erros e a aceitação da Fé Católica, a Fé Verdadeira, sem a qual é impossível agradar a Deus e se salvar. Sim, provavelmente ainda há almas pagãs vagando na floresta e, sim, elas precisam ser salvas, porque foi por elas que Nosso Senhor derramou o Seu Divino Sangue na Cruz do Calvário. Que o mundo não saiba dessas coisas, é compreensível. Agora, que não as saiba um bispo católico, sucessor dos Apóstolos, colocado pela Igreja para tomar conta da porção do povo de Deus a ele confiada, é estarrecedor. O que ele dirá, quando o Justo Juiz for lhe pedir contas das almas que foram deixadas sob os seus cuidados?

“Durante quase um século os ritos romanos da igreja tomaram o lugar dos mitos ancestrais” – é o que diz a reportagem. E é o mais frustrante: então a Cruz de Cristo imperou sobre o paganismo durante quase um século e, hoje, todo o trabalho realizado às custas das vidas de tantos bons e zelosos missionários foi lançado por terra. Acho que já falei aqui sobre o obelisco que tem no centro da Praça de São Pedro, e sobre o motivo que me faz gostar sobremaneira dele. É um símbolo pagão, sem dúvidas, mas faz as vezes de despojos de guerra: foi exorcizado, foi colocado diante da Basílica de São Pedro, no alto dele foi colocada uma cruz com relíquias da Cruz de Nosso Senhor e, na base, foi escrito: vicit Leo de tribu Iuda. Venceu o Leão da Tribo de Judá. Venceu a Cruz de Nosso Senhor. Venceu a Igreja Católica. E o paganismo foi derrotado, e está aos pés da Cruz: é o que diz o obelisco da Praça de São Pedro.

Isso, em Roma. Porque aqui, no Brasil, no interior do Amazonas, o paganismo escarnece da Cruz de Cristo. Sob as bênçãos de um sucessor dos Apóstolos de mitra e cajado, ou de cocar e lança, não o sei. Sei que é tremendamente frustrante. Se, em Roma, a Cruz de Nosso Senhor levanta-se acima do obelisco pagão, aqui, em terras tupiniquins, o cocar pagão ergue-se garboso sobre a cabeça de um bispo da Igreja Católica. Que o Deus Altíssimo tenha misericórdia de todos nós.

Memorandum enviado a Roma

Consegui uma cópia do documento enviado a Roma pela Arquidiocese de Olinda e Recife, sobre as atitudes de Sua Excelência Reverendíssima Dom José Cardoso Sobrinho no caso do aborto dos gêmeos da menina de nove anos de Alagoinha:

Clique aqui para baixar o relatório em português

Pensávamos que a imprensa haveria de relatar fielmente o esforço pastoral empreendido pelo Pároco e pelo Conselho Tutelar de Alagoinha e o enorme trabalho desenvolvido por Dom José Cardoso Sobrinho para impedirem o aborto.

Infelizmente tal não ocorreu, em grande escala, por parte da mídia. E o Sr. Arcebispo, por ausência ou deturpação de informações, passou a ser falsamente considerado, até em certos meios católicos, culpado por uma atitude antipastoral e desumana para com a menina e sua mãe.

Diante dos fatos acima expostos, seria necessário que os críticos do Sr. Arcebispo refletissem e reconhecessem seus apressados e infundados juízos, reparando o mal perpetrado, fazendo, assim, justiça a Dom José Cardoso Sobrinho.

Em inglês, a repercussão em LifeSiteNews.com:

L’Osservatore Romano Won’t Let me Defend Myself Says Brazil Archbishop

EXCLUSIVE: Battle of the Archbishops Heats up as Legal Document Sent to Vatican Officials by Brazilian Archdiocese

Distinguished Philosophy Prof Accuses Head of Pontifical Academy for Life of “Total Relativism”