O homossexualismo, a genética e a moralidade dos atos humanos

Eu não assisti nem ao Silas Malafaia na Marília Gabriela (tentei, mas quando ele começou a mostrar sua declaração de Imposto de Renda eu perdi a paciência) e nem ao geneticista (de Londres?) cuja resposta ao pastor tornou-se viral pouco depois. Um amigo me perguntou à época o que eu achava da polêmica, e eu disse que era pura perda de tempo. Por uma razão bem simples: para a Moral Católica é totalmente indiferente se a tendência homossexual é inata (p.ex. “genética”) ou adquirida, porque a Moral trata dos atos humanos e estes, por definição, são aqueles realizados livre e conscientemente.

Ninguém será julgado por sentir-se sexualmente atraído por pessoas do mesmo sexo, da mesma forma que não será julgado por sentir-se atraído (digamos) pela mulher do vizinho. Em um e outro caso, só há culpa quando se passa do sentimento ao consentimento, do impulso à atitude, da tentação ao pecado. Se em um homossexual a genética explica sua disfunção da libido (que nele se dirige a alguém não do sexo oposto, como seria natural, mas a alguém do mesmo sexo), ótimo: porque aí talvez ela possa também apresentar formas de minimizar o problema. Mas isso não justifica o comportamento homossexual mais do que a compulsão genética por parceiros múltiplos justificaria o adultério. Moral não é uma questão de genes, e sim da justa ordenação dos atos humanos ao seu fim último.

Aqui é importante deixar claro duas coisas:

  1. A existência de comportamento homossexual na natureza não faz com que ele seja natural em seres humanos. Se fosse assim, então seria natural às mulheres comerem os seus próprios bebês, aos homens terem várias mulheres, às pessoas comerem fezes, à mulher praticar canibalismo após a cópula, et cetera, et cetera.
  2. Igualmente, o fato do homossexualismo ser ou não genético não define a moralidade do ato homossexual. A cleptomania pode ser genética também, assim como a pedofilia ou a satiríase, e isto – absolutamente! – não transforma em atos moralmente corretos o furto, o abuso de crianças ou o sexo desregrado.

Isto posto, para quem ainda assim quiser se aprofundar na questão genética, aproveito para recomendar este vídeo chamado “Geneticista Embusteiro” (podem acessar, é público), que consiste em uma resposta ao Eli Vieira. Como foi mostrado, para a moralidade do comportamento homossexual tanto faz que ele tenha origem genética ou não; mesmo assim, fazer picaretagem intelectual para vender uma tese furada é muito feio e precisa ser desmascarado. Assistam, baixem e divulguem o vídeo enquanto ele ainda está no ar. Para certo movimento revolucionário intolerante, histérico e pitizento, mesmo um vídeo assim é uma agressão e uma ofensa que, como tais, deve ser denunciado (e se possível censurado).

Os uivos dos revolucionários

Duas reações de entidades revolucionárias à recente polêmica envolvendo o kit-gay em particular e a “homofobia” em geral são dignas de serem mencionadas.

A primeira é esta cretina carta das auto-intituladas “Católicas pelo Direito de Decidir” à senhora presidente da República. Em um raro momento de sinceridade e de deposição das máscaras, as satanistas infiltradas dentro da Igreja Católica destilam todo o seu ódio religioso. Leiam-no; se eu fosse destacar o que é mais importante antes de comentar, terminaria por colocar metade do artigo aqui no post. Em particular, apenas registro que estas senhoras

  1. ficaram perplexas com o fato (divulgado pelos meios de comunicação) de que os materiais do Governo referentes a “costumes” vão precisar passar por uma consulta com “setores interessados” da sociedade;
  2. acham que vivemos sob uma “moral religiosa conservadora, patriarcal, misógina, racista e homofóbica”;
  3. acham que os “setores interessados”, no caso das consultas acima referidas, deveriam ser a “população LGBTT”;
  4. lembram que o Brasil “ratificou resoluções da ONU tomadas em grandes conferências internacionais, em Cairo (1994) e em Beijing (1995), comprometendo-se a trabalhar para que os direitos sexuais e os direitos reprodutivos sejam reconhecidos como direitos humanos”;
  5. aproveitam ainda para lembrar também que “[m]ulheres morrem pela criminalização do aborto”;
  6. dizem ter havido um “perverso uso da religião nas campanhas eleitorais de 2010”;
  7. aproveitam a oportunidade para levantar a sua voz “a favor do III PNDH”;
  8. vêm “exigir que os princípios do Estado laico sejam cumpridos”;
  9. repudiam “o uso das religiões neste contexto de manipulação política”; e
  10. [re]afirmam o seu compromisso “com a laicidade do Estado, com a dignidade humana e nosso apoio ao uso do kit educativo pelo fim da homofobia nas escolas brasileiras”.

Já passou (há muito tempo!) da hora das autoridades religiosas desta Terra de Santa Cruz tomarem alguma providência com relação a estas senhoras, que estão – há muito tempo, repito – semeando a confusão entre os brasileiros enquanto se apresentam como “católicas” e, ao mesmo tempo, fazem radical e violenta oposição a tudo o que a Igreja ensina e defende.

A segunda entidade revolucionária que reagiu à “homofobia” contemporânea foi a ABGLT. E ela fez isso colocando no seu site… um convite para uma manifestação onde seria queimada uma Bíblia! Depois da repercussão negativa, a entidade tirou o chamado do ar e disse ter sido “hackeada”. Segundo a notícia de UOL:

Na primeira versão publicada [ontem à tarde] na seção de “eventos nacionais” da página virtual, o texto dizia que “em frente a Catedral [de Brasília], nós ativistas LGBTT iremos queimar um exemplar da ‘Bíblia Sagrada'”. Em seguida, a mensagem defendia que “um livro homofóbico como este não deve existir em um mundo onde a diversidade é respeitada.”

Por fim, o autor da postagem, que se indentificava como “João Henrique Boing, ativista GLSBTT”, conclamava o público para seu suposto ato: “Amanhã iremos queimar a homofobia. Compareça”.

Após o anúncio gerar comentários raivosos no Twitter, uma nova versão do aviso foi postado. O texto dizia: “Queimando a Homofobia: aglomeração as 14h na porta da catedral. Tragam livros religiosos, em prol da diversidade”.

Às 20h40, esse trecho continuava publicado no site da instituição, uma das mais atuantes no processo que culminou com a aprovação da união estável entre homossexuais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 5 de maio.

E o interessante é que, depois, na maior cara de pau, os próceres da revolução sexual vêm se fazer de vítimas: “As pessoas que são homofóbicas não param de nos atacar”…

Hoje (01 de junho) acontece em Brasília, às 15h00, o protesto do Silas Malafaia contra o PLC 122. Quem puder estar em Brasília, não perca a oportunidade de ver nenhuma das duas coisas. Registrem os cidadãos de bem defronte ao Congresso! E aproveitem a oportunidade para verificar se não há gayzistas raivosos piromaníacos na frente da Catedral.

A Gaystapo, Rick Martin e Marcelo Dourado

Rick Martin assume a sua homossexualidade. “Hoje aceito minha homossexualidade como um presente que a vida me dá. Me sinto abençoado de ser quem sou!” – escreveu o cantor, segundo O Globo.

A repercussão não demorou nada. No Brasil, já tem gay pedindo que as celebridades brasileiras sigam “o exemplo” (!) do cantor de Porto Rico. Houve quem dissesse que “isso tudo é preconceito do mercado publicitário”. Por “isso tudo”, entende-se o fato de que há, na televisão brasileira, muitos gays, mas nenhum se assume.

Não sei em que mundo vive esse sujeito. Primeiro, porque já há gayzismo na sociedade brasileira em níveis gritantemente imorais. E, segundo, porque – precisamente por isso – ser gay atualmente é glamouroso. É a forma mais fácil de ganhar visibilidade e simpatia, e o apoio entusiasta daquele que é talvez o mais organizado movimento contemporâneo – o Movimento Gay. Hoje em dia, a maneira mais fácil de um artista ganhar projeção é justamente “sair do armário”.

É preocupante a imposição da ideologia gay! A Gaystapo já possui até sua lista com os 10 maiores inimigos dos gays, com nomes que incluem Julio Severo e Silas Malafaia. Segundo o site, “[q]uem encabeça a lista é o senador Magno Malta (PR-ES), que afirmou que o movimento gay quer criar um império homossexual e que ser gay é pecado”. E por acaso o ilustre senador está distante dos fatos?

Por exemplo, em São Paulo, o José Serra recentemente “[i]nstitui[u] o Conselho Estadual dos Direitos da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais e dá providências correlatas”. Tal entidade trata-se de um “órgão consultivo e deliberativo, [que] tem por finalidade elaborar, monitorar e avaliar políticas públicas destinadas à efetiva promoção dos direitos da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais”. Ou seja: mais recursos públicos destinados à “promoção” do gay-way-of-life. Mais recursos públicos destinados ao patrulhamento ideológico da Gaystapo. Erra muito o senador Magno Malta quando fala na criação de um império homossexual?

Enquanto isso, Marcelo Dourado é o grande vencedor do Big Brother Brasil 10, e eu quase lamento não ter acompanhado o programa para poder falar agora com mais propriedade. O sujeito venceu cinco paredões. No “BBB da diversidade”, como foi chamado o programa desde o começo devido ao obsceno número de gays, lésbicas e simpatizantes confinados na casa da Globo, a escolha da população brasileira [lógico, do subconjunto dela que acompanha o BBB] – com mais de 60% dos votos, competindo com outros dois candidatos – foi o gaúcho “homofóbico”. A conclusão se impera: “o público brasileiro é conservador”.

Apesar de toda a campanha do Movimento Gay para tirar o gaúcho da casa, quase dois terços dos que votaram na final do BBB escolheram Dourado para vencedor do Reality Show. E, naquela lista dos “maiores inimigos dos gays” à qual fiz referência acima, o nome do campeão do BBB 10 aparece em nono lugar. Se os amigos dos meus inimigos são meus inimigos também, posso então concluir que a Gaystapo tupiniquim coloca dois terços da população brasileira no seu top-10 de inimigos públicos?

E o senador do Espírito Santo está muito errado ao falar na criação de um império homossexual? Somos acaso preconceituosos quando denunciamos a – patente – tentativa de instauração de uma Ditadura Gay no Brasil?

Hoje aceito minha homossexualidade como um presente que a vida me dá. Me sinto abençoado de ser quem sou!

Debates públicos e questões morais

Alguém comentou sobre um debate, no programa do Ratinho de ontem (salvo engano), entre Silas Malafaia e uma deputada pró-gayzismo. Eu não tive ainda tempo assistir (alguém comentou no youtube), mas queria só fazer algumas rápidas considerações:

1. Sempre que existe algum assunto polêmico, a impressão que me passa é a de que a promoção de debates (e de enquetes também) é utilizada como mecanismo de tomada de posição, cabendo o critério de discernimento à oratória dos debatedores (ou à “vontade da maioria”, no caso das enquetes). Parece que nada é certo, e tudo pode ser pensado e repensado, ou decidido igualmente de uma forma ou de outra. Jamais se considera que certas coisas simplesmente não são passíveis de discussão. Sempre me lembro daquele texto (aliás, genial) que não estou conseguindo acessar agora, chamado “por que não a mamãe”. Ainda está no cache do google.

2. Ao mesmo tempo, a coisa é feita com um tão grande desleixo que eu tenho a sensação de que se intenta tirar toda a credibilidade do processo, toda a seriedade do assunto, toda a sua substância intelectual. O que raios é o programa do Ratinho, para pretender discutir um assunto de tão grande seriedade? Qual o nível do programa e dos seus espectadores? Do jeito que as coisas são feitas, parece haver uma vontade pensada de caricaturizar e de debochar, de esvaziar o assunto de sua gravidade, para que as pessoas não mais o levem a sério e, assim, possam aceitar levianamente “qualquer coisa” que se decida sobre ele.

3. Por que chamaram o Silas Malafaia e não, p.ex., o padre Lodi ou o padre Paulo Ricardo? Na minha opinião, foi também caso pensado. Porque uma coisa é a “Assembléia de Deus da Penha”, e outra completamente diferente é a Igreja Católica Apostólica Romana. A primeira não tem a credibilidade da Igreja de Cristo. É fundamental que a defesa da família e da Lei Natural seja tomada pela Igreja Católica, e haja uma identificação pública clara entre as duas coisas. Porque o protestantismo obviamente não é a capaz de oferecer a defesa que a situação atual exige.