Beatificação dos pais de Santa Teresinha

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Hoje é o Dia Mundial das Missões. Santa Teresinha do Menino Jesus é a padroeira das Missões. É muitíssimo apropriado, então, que os pais da pequena Doutora da Igreja sejam beatificados no dia de hoje.

Santa Teresinha foi carmelita; vivendo em clausura, como pode ser padroeira das Missões? Bento XVI o explica: “todo cristão, mesmo se é forçado a viver na solidão, pode ser um missionário autêntico através da oração”. E ainda aproveitou para “enfatizar com maior força que o primeiro empenho missionário de cada um de nós é justamente a oração”.

“Santa Teresinha morreu aos 24 anos e é Doutora da Igreja. Numa de de suas cartas, ela testemunhou a santidade de seus pais: O bom Deus me deu um pai e uma mãe mais dignos do céu que da terra” (Canção Nova). Uma grande árvore, de ordinário, não nasce sozinha, e sim no meio da floresta; via de regra, as montanhas estão nas cordilheiras, e não isoladas no meio da planície. Se um santo se elevou até o ponto de ser apresentado pela Igreja como exemplo e modelo para ser seguido, é de se esperar que as pessoas próximas a este santo também tenham exercido a virtude em grau heróico. No caso dos pais de Santa Teresinha – Louis e Zélie Martin -, a Igreja reconheceu hoje, com a beatificação de ambos, o influxo salutar que a santidade da filha teve nos que lhe eram próximos – ou ainda, o mais provável, o efeito miraculoso que a santidade do casal teve na alma da pequena Teresinha de Lisieux.

A beatificação do casal é ainda testemunho eloqüente de uma outra realidade: o matrimônio é caminho de santificação. Trazendo para mais perto da glória dos altares os pais de Santa Teresinha – pais de nove filhos -, a Igreja realça a importância fundamental da vida conjugal, da entrega sem reservas dos esposos que forma a família – “a família, cujo papel é fundamental na educação dos filhos num espírito universal, aberto e responsável em relação ao mundo e seus problemas, como também na formação das vocações para a vida missionária” (Bento XVI em Pompeia).

O Senhor ouviu as nossas orações pela beatificação dos pais de Santa Teresa. Mais dois servos de Deus são, a partir de hoje, bem-aventurados. O milagre da beatificação foi a cura de um recém-nascido, Pietro Schiliro, que nasceu com uma má-formação pulmonar congênita e não tinha esperanças de vida. Hoje, ele tem seis anos, e pode participar das cerimônias que a Igreja celebra em honra dos beatos Louis e Zélie Martin, a cuja intercessão ele deve a sua vida. Que os novos beatos intercedam por nós. Que as famílias dos nossos dias possam se espelhar na família Martin, a fim de que cada lar cristão possa ser, sempre e verdadeiramente, fonte de virtude e de santidade.