MPF intima Igreja Católica a prestar “esclarecimentos” sobre texto alegadamente “homofóbico”

Remeto à importante denúncia feita pelo blog “Porta da Fé” a respeito de um pedido de “esclarecimentos” feito pelo Ministério Público Federal por conta de um número do Boletim Universitário da Universidade de Londrina (UEL) que trazia um texto contrário ao homossexualismo. O início do texto já sintetiza tudo:

“Igreja e UEL devem esclarecer boletim homofóbico”. A matéria é do portal de notícias Bonde e é referente ao um periódico católico que circulou em setembro do ano passado na Universidade Estadual de Londrina. Entre os artigos publicados pelo “Boletim Universitário”, um chamou a atenção do público acadêmico por fazer sérias críticas ao comportamento homossexual.

A notícia também repercutiu em outros veículos da imprensa local – como p.ex. aqui, sob o título “MPF apura suposta homofobia em texto de Boletim Universitário em Londrina”. Esta reportagem diz que “[j]á foram dados três encaminhamentos relativos ao processo, [sendo] dois para a Arquidiocese de Londrina, em nome do arcebispo Dom Orlando Brandes e do padre César Braga de Paula”.

Cabe notar algumas coisas:

a) Não existe nada de preconceituoso, degradante, desrespeitoso ou coisa parecida no texto do Boletim Universitário da UEL. Trata-se de um texto simples (escrito no formato de diálogo) sobre vocação e matrimônio, claramente destinado a católicos, e que repete o óbvio: só existe Matrimônio entre duas pessoas do sexo oposto.

b) Não existe “homofobia” tipificada no ordenamento jurídico brasileiro!! Causa espécie que o Ministério Público Federal não tenha mais o que fazer a não ser aporrinhar católicos cobrando “esclarecimentos” sobre supostos crimes inexistentes no Brasil!

c) O encaminhamento do processo feito a religiosos – a um bispo e um padre – é uma piada, um acinte ultrajante, uma verdadeira ofensa. Quando os católicos – cidadãos que fazem parte da sociedade brasileira e que, portanto, têm total direito civil de participarem do processo democrático – manifestam as suas posições sobre temas morais contemporâneos, os laicínicos começam com a histeria cretina de que vivemos em um “estado laico”. Não obstante, o Ministério Público pretende intimar a Igreja para determinar como Ela pode ou não ensinar o Catecismo, e aparentemente ninguém vê nada errado nisso! É ridículo.

E assim, com base em uma lei inexistente, um órgão federal pressiona e constrange uma instituição religiosa bimilenar a mudar o ensino de seus princípios morais. É patético, mas é verdade. Contra esta ignomínia, são muitas oportunas as considerações do “Porta da Fé”:

Peço encarecidamente a todos os leitores e amigos que se manifestem contra esta ação do Ministério Público. Mandem e-mails de forma respeitosa a todos os contatos disponíveis no site da Procuradoria Geral da República. Nosso clamor deve ser ouvido.

Também mandem e-mails ao clero e à Arquidiocese de Londrina para que sejam firmes na Fé e não tenham receio de proclamar a Palavra de Deus com valentia e bravura. Para entrar no site da arquidiocese é só clicar aqui.

A situação é tão surreal que faltam até palavras para reagir. Reclamemos, enquanto nos é dado falar. Apontemos o ridículo, ainda que ninguém o perceba e ele tenha a ousadia de se apresentar pomposamente travestido de “progresso” ou “evolução”. Continuemos falando, ainda que intentem nos silenciar. Pois seremos cobrados também pelo nosso silêncio. Se ninguém chamar esta loucura pelo nome, pode ser que o mundo enlouqueça mais rápido – por nossa culpa.

Apoio aos bispos do Uruguai – sobre a legalização do aborto no país

Faço eco a este importantíssimo apelo do pe. Paulo Ricardo sobre o apoio que devemos manifestar aos bispos do Uruguai, que estão travando uma terrível batalha contra a legalização do aborto no seu país e em toda a América Latina. Os que quiserem ver a documentação completa podem encontrá-la aqui; o vídeo do pe. Paulo abaixo é relativamente curto (quase oito minutos) e dá uma boa visão geral sobre o assunto.

Os emails da Conferência dos bispos do Uruguai e das dioceses do país seguem abaixo. Merecem o nosso apoio: escreva agora! É preciso encorajá-los e mostrar-lhes que eles não estão sozinhos. Que nós vemos o que eles estão fazendo e lhes somos gratos por isso. Que podem ser ferozes os inimigos da Igreja, mas que os filhos de Deus são mais numerosos. Que Deus nos ajude, e Nossa Senhora de Guadalupe livre as Américas da maldição do aborto.

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“Se não reage agora, quando é que reagirá?”

[Traduzo um trecho do pronunciamento de S. E. R. Dom Luigi Negri, bispo de San Marino-Montefeltro (Itália), sobre uma obra teatral blasfema que se apresentará em Milão nos próximos dias. Que falta fazem bispos assim! Aqui, nesta terra de Santa Cruz onde a Igreja é tão freqüentemente atacada, ressoam de maneira terrível e embaraçosa as perguntas – retóricas – do bispo de San Marino. Que a voz de Sua Excelência brade mais alto do que o nosso silêncio. Que sirva ao menos para nos cobrir de vergonha e nos constranger a mudar de atitude.]

Eu me pergunto isto, e sobre esta pergunta me detenho: uma Igreja Particular – ou um conjunto de Igrejas Particulares que aderem às Conferências Episcopais Nacionais – que não reage em termos absolutamente essenciais e públicos a este violento ataque à tradição católica, eu me pergunto: se não reage agora, quando é que reagirá? [si no interviene sobre este punto, ¿sobre qué interviene?]

O quê põe mais em crise a possibilidade de uma comunicação objetiva da fé do que esta série de iniciativas que buscam desacreditar, criminalizar, corromper nossa tradição? Certamente que se as chamadas Igrejas oficiais – o termo me é absolutamente desagradável porque a Igreja é uma só, não é nem a oficial e nem a carismática: a Igreja é o mistério do povo de Deus nascido do mistério de Cristo morto e ressuscitado e da efusão do Espírito, e portanto há uma só Igreja -; se Igreja[, eu dizia,] não reage de maneira adequada, certamente de uma maneira não rancorosa, nem agressiva, assumindo um sentido igual e oposto à atitude demente destes falsos homens de cultura; se não reage a Igreja, então certamente poderão intervir, com protagonismo, pessoas ou grupos da Igreja que se preocupam não apenas com a defesa d’Ela, mas também com a expressão legítima de suas convicções.

Portanto, não se diga logo que o protesto é dos tradicionalistas: o protesto é dos tradicionalistas porque a Igreja como tal não toma uma posição, que a mim pareceria absolutamente necessária.

A queda de Saulo de Tarso

O homem: Saulo de Tarso, perseguidor de cristãos. Perseguidor de Nosso Senhor, como Ele próprio o dirá em breve. Zelosamente convencido de estar em uma missão sagrada. Perseguidor de Cristo, com a melhor das boas vontades do mundo.

O caminho: de Damasco. O caminho rumo ao seu objetivo. A perseguição aos cristãos, neste homem, revestia-se de contornos bem concretos. Caminho, objetivo, ação: não bastava acreditar, era necessário pôr a crença em prática. Não basta julgar blasfemadores os cristãos; é preciso tapar-lhes a boca.

O transporte: o cavalo. Das viagens longas – em uma missão sagrada não se medem esforços… – e das viagens rápidas – o tempo urge, há muito o que ser feito e é mister dedicar-se com prontidão às coisas de Deus. Tenacidade e pressa. O caminho é longo, mas precisa ser percorrido o quanto antes.

O encontro: o Deus Verdadeiro. Nosso Senhor, revelando-Se perseguido. Diante da realidade factual calam-se as cavilações religiosas. O Deus que Se revela vence os (falsos) arrazoados sobre Deus.

A conversão: a queda. O oposto daquela Queda primeira; Saulo de Tarso cai do cavalo, encontra-se com Cristo e Se converte. De perseguidor de cristãos a propagador do Evangelho. A Apóstolo de Cristo. Um homem cai do cavalo e é outro o que se levanta. O seu “Senhor, que queres que eu faça?” o salvou.

Saulo de Tarso foi para Damasco. Mas quem lá chegou foi São Paulo Apóstolo. No meio do caminho houve uma queda. Uma santa queda. Uma conversão. No meio do caminho Nosso Senhor o esperava. No meio do caminho ficou o antigo Saulo. A nova missão sagrada – a verdadeira missão sagrada! – é muito mais sublime do que a primeira; é mister entregar-se a ela com muito mais tenacidade e pressa. Havia um mundo a ser conquistado para Cristo. Um homem novo. Um novo objetivo. Uma nova entrega à missão.

São Paulo Apóstolo, rogai por nós!

* * *

Ler também: 46º Dia Mundial das Comunicações Sociais, silêncio, palavra, caminho, evangelização, papa Bento XVI, 2012. Destaque: “No silêncio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até ao dom supremo. Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silêncio e, no Sábado Santo – quando «o Rei dorme (…), e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos» (cfr Ofício de Leitura, de Sábado Santo) –, ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade”.

300 anos do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem – Carta de Apresentação

[Divulgo conforme recebi por email do pe. Rodrigo Maria, a pedido do reverendíssimo sacerdote. Os trezentos anos do Tratado da Verdadeira Devoção à SSma. Virgem nos oferecem uma ímpar oportunidade de renovarmos o nosso amor a Deus através da perfeita escravidão a Nossa Senhora; os que não conhecem ainda o método podem aproveitar a oportunidade para conhecê-lo, e os que já conhecem têm uma excelente chance de fazer ou renovar a sua própria consagração. Que a Virgem Maria, “Medianeira de Todas as Graças”, possa nos valer nestes tempos difíceis que vivemos; que, por meio d’Ela, cheguemos a ser mais perfeitos imitadores de Cristo.]

Anápolis, 20 de janeiro de 2012

 

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Neste ano de 2012, o TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM, escrito por São Luís Maria Grignion de Montfort, completa 300 ANOS, o que nos impõe uma séria reflexão sobre a pessoa e a missão da Santíssima Virgem junto à Igreja de Deus e a cada fiel em particular, bem como sobre a importância estratégica da TOTAL CONSAGRAÇÃO ensinada neste Tratado pelo Santo de Montfort.

Devemos considerar que no ano em que alguém ou alguma obra celebram um jubileu, se dá uma maior importância ao que se está celebrando. No caso da comemoração dos 300 ANOS do TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO temos grandes e profundas razões para dar uma mais significativa importância à celebração do jubileu deste que é o escrito mariano mais lido, difundido e estudado de todos os tempos, uma vez que o inimigo infernal fez de tudo para que este livro não aparecesse, chegando mesmo a escondê-lo por 130 anos (T.V.D. 114). De fato, o TRATADO escrito por São Luís em 1712 desapareceu, sendo reencontrado apenas em 1842, em uma das casas de congregação que o Santo fundou na França. O ódio do demônio a este Tratado sobre Nossa Senhora, se justifica se considerarmos que aí se ensina a esmagar a cabeça desta serpente diabólica, uma vez que conduz a alma confiante a entregar-se a MARIA para com Ela aprender a amar a JESUS de verdade, cumprindo seus mandamentos, fazendo tudo quanto Ele mandou.

A nossa salvação ou condenação dependerá de fazermos ou não em nossa vida a vontade de DEUS. No Tratado se ensina justamente a se fazer esta entrega a NOSSA SENHORA – e por meio dela a JESUS – para com Ela aprendermos a fazer bem a vontade de Deus. São Luís, no Tratado, chama os Escravos por Amor de “calcanhar de Nossa Senhora”, afirmando que o calcanhar é a parte mais humilhada do corpo, por estar abaixo de todos os outros membros, mas que ao mesmo tempo é a parte que sustenta todo o peso do corpo e que é com este calcanhar que ela esmagará a cabeça da serpente, pois nos ensinará a rejeitar as obras do mal e a fazer sempre a vontade de Deus.

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“A verdadeira face do movimento homossexual” – Cruzada pela Família e (mais!) Jean Wyllys

Aconteceu em Divinópolis, no interior de Minas Gerais, com a Cruzada pela Família do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (aqui o relato em texto). Para quem não conhece o trabalho dos garotos, são uns jovens que – durante o período de férias – viajam pelo Brasil em caravana para conscientizar a população a respeito dos perigos que o Brasil corre com a agenda anti-católica. Eles sempre têm alguma história para contar. Desta vez, foram – de novo… – ativistas gays.

O vídeo é longo, mas conta a história completa. Primeiro, eles só passavam na frente da imagem. Depois, pintaram-se e ameaçavam jogar tinta nos caravanistas. Depois passaram para as agressões verbais mais baixas e chulas, ameaçando confinar a religião ao interior das igrejas.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=vh-TQPmYrX8

Os jovens católicos sempre rezando e cantando:

– Quem provoca reconhece que não tem argumento! / O homossexualismo é contra o Mandamento!

– Agressores! Agressores! / Agressores! Agressores!

– Tolerância… tolerância… / onde está? Onde está? / É só para o vício, é só para o vício… / pra nós, não. Pra nós perseguição.

– Brasil sim! / Sodoma não! / Isto é / perseguição!

Note-se: os gayzistas não toleram sequer a exposição pacífica da Doutrina Católica! Estamos falando de pessoas que consideram “homofobia” a defesa dos Dez Mandamentos, e que se incomodam com uma campanha católica a ponto de procurarem tumultuá-la a fim de que ela cesse. No que dependesse dessas pessoas, nós não poderíamos defender em público a Doutrina Católica. E são estas as pessoas às quais o Governo está empenhado em dar proteção especial. São estes os “perseguidos” que estão se transformando em uma casta de intocáveis.

Perceba-se: estes jovens católicos não estavam espancando homossexuais, não os estavam xingando nem debochando deles, não estavam separando à força as duplas sodomitas, não estavam sequer se dirigindo a eles. Se algum católico tentasse se posicionar – ainda que pacificamente – contra alguma manifestação homossexual, seria o fim do mundo; lembro-me de um caso (se alguém achar o vídeo, me avise) em que havia uma manifestação pró-gay em uma estação de metrô e aí um católico que estava passando por lá simplesmente escreveu numa folha de caderno um “cartaz” improvisado com frases pró-vida, e foi ameaçado até de estupro pelos homossexuais que lá estavam. Os homossexuais, no entanto, se acham no direito de tumultuar e impedir a realização de uma manifestação católica pacífica; ora, quem são os perseguidos aqui? Afinal de contas, qual dos dois grupos é uma ameaça para a sociedade brasileira? Os católicos rezando o terço diante de uma imagem de Nossa Senhora, ou a militância gayzista que não tolera a manifestação de pensamento contrária à sua ideologia?

Enquanto isso, o sr. Jean Wyllys ratifica – mais uma vez! – as suas calúnias contra um chefe de Estado (vai ficar – de novo – por isso mesmo?) e líder espiritual da maior parte da população brasileira, e ainda tem a cara-de-pau de dizer que não está ofendendo os católicos, e sim somente uma “minoria homofóbica” (!) para a qual o Papa significa alguma coisa. Sim, senhoras e senhores, o deputado gayzista do PSOL, em um novo surto de megalomania, agora quer definir o que é expressão religiosa e o que não é, e quer impôr aos católicos um novo modelo de religião onde aquilo que o Papa fala só importa para “um pequeno grupo extremista e fundamentalista” e nós somos obrigados a concordar com ele:

Veja-se como ele é tolerante: claro que ele não é contra a Religião e não seria capaz de ofendê-la; não, jamais! Ele só é contra os intolerantes homofóbicos. E quando o Papa diz algo de que ele não gosta, ele tem o direito moral de xingar e caluniar o Papa sem que com isso esteja (de nenhuma maneira!) ofendendo o catolicismo, porque as “declarações homofóbicas” do Papa não fazem parte do verdadeiro cristianismo e, portanto, os verdadeiros católicos (os “cristãos de boa fé”) não precisam se sentir ofendidos! Lindo, não é?

É a esta caterva hipócrita que se está concedendo super-direitos neste Brasil. É esta gente preconceituosa e intolerante que se quer transformar em super-cidadãos. É a este grupo, claramente incapaz de conviver pacificamente em sociedade porque não tem tolerância alguma para com aqueles que discordem (ainda que pacificamente) do seu estilo de vida, que se está elegendo como modelo de modernos super-valores, que deve ser ostensivamente promovido. As políticas públicas brasileiras estão criando e alimentando um monstro, e isto é evidente para além de qualquer dúvida razoável: basta ver como eles agem! Que os brasileiros de bem acordem enquanto é tempo, e assumam a parte que lhes compete no cenário atual – a fim de impedir o pior. Que Nossa Senhora Aparecida salve o Brasil.

O protesto e o anti-protesto – #RetrateseDepJeanWyllys

Duas coisas interessantes aconteceram no “Twittaço” de ontem contra o deputado Jean Wyllys. A primeira é que a adesão ao protesto foi bastante significativa – o que me foi uma grata surpresa. As pessoas realmente se dedicaram e, no fim da tarde, na hora do jantar (a manifestação estava marcada para as 18h00), estavam empenhadas em inundar o Twitter com a hashtag que demonstrava o nosso repúdio ao discurso de ódio do ex-BBB. A despeito das minhas preocupações com os acontecimentos do dia – World War Web e Luíza voltando do Canadá -, nós ficamos por quase duas horas no segundo lugar dos TT-Brazil. Com certeza fomos vistos e bem vistos. Parabéns aos que participaram desta batalha!

A segunda é que surgiu um anti-protesto; alguém lançou a tag #RetrateSePapa e o fogo de palha rapidamente se espalhou pelo microblog; chegaram ao primeiro lugar dos Trending Topics, ultrapassando inclusive a tag do protesto católico. Ora, isto é interessante por alguns motivos. Em primeiro lugar, a anti-tag é exatamente isto: uma anti-tag, um anti-protesto que se define pela negação do protesto católico e que, portanto, precisa deste para existir; não é uma proposta positiva (carece até de criatividade: basta ver o nome que é mera cópia da iniciativa católica), é em suma uma pura birra. Em segundo lugar, não era propriamente uma defesa do deputado do PSOL porque reunia toda a velha cantilena de besteiras contra a Igreja em um lugar só: pedia-se que o Papa se retratasse por ser contra a camisinha na África quando mesmo os especialistas em AIDS e demais DSTs concordam com ele; pedia-se que o Papa se retratasse por ser líder da Igreja que queimou Joana d’Arc na fogueira por ele usar roupas de homem (!!!), quando qualquer Zé Mané com dois minutos de Google sabe que a sua condenação foi feita à revelia de Roma; pedia-se até mesmo que o Papa se retratasse por ter beatificado “o reacionário do João Paulo II” (!!!!), e outras “pérolas” do tipo. Em terceiro lugar, as coisas que foram alardeadas nesta anti-tag só demonstram, de maneira cabal, a existência de um forte e violento preconceito anti-cristão e, portanto, só aumentam a gravidade do discurso de ódio proferido e ratificado pelo sr. Jean Wyllys. Por fim, em quarto lugar, a hashtag foi somente um rastilho de pólvora: subiu rapidamente, ficou no alto por pouco tempo e, também rapidamente, caiu e desapareceu. Artificial e superficial. Tanto que ninguém mais está falando em #RetrateSePapa, enquanto que #RetrateSeDepJeanWyllys está sendo atualizada até agora.

Veja-se, à guisa de registro histórico do alcance do protesto (e da irrelevância do anti-protesto), o que o @PorqueTTs falou sobre ambas as tags:

Por fim, viramos notícia, o que não pode ser considerado senão um grande sucesso. Além da mídia laica, vários blogs internet afora repercutiram o twittaço: destaque para o blog do Tiba, da Canção Nova e para este excelente texto de S. E. R. Dom Antonio Rossi Keller (leiam na íntegra!), bispo de Frederico Westphalen. Deste último, destaco:

Como Bispo da Igreja, não posso calar-me frente à afronta vergonhosa e covarde à pessoa do Santo Padre. Bento XVI, mais do que Chefe de um Estado com o qual o Brasil mantém relações amistosas, é o Chefe de uma instituição que tem cerca de dois mil anos de história a serviço da humanidade. Antes de emitir um julgamento histórico em relação à Igreja, um parlamentar tem a obrigação de, pelo menos, não dizer bobagens fundadas em inverdades e preconceitos.

É em nome da população católica do Brasil, que sustenta seus representantes no Congresso (mesmo aqueles que, de forma “biônica” a ele foram associados, ou seja, sem votos pessoais suficientes) que exige-se, no mínimo, uma retratação do infeliz deputado.

Vejam também: 25% das pessoas com AIDS são tratadas pelo Papa. Falar mal da Igreja sempre foi fácil! Difícil é fazer o que Ela faz. Tagarelar sempre foi fácil: o difícil é ter razão.

Mais sobre o #RetrateseDepJeanWyllys: os cargos públicos exigem compostura!

A esta altura do campeonato, todo mundo – até a Luíza, que voltou do Canadá – com certeza já sabe “que a agência Reuters atribuiu ao Papa Bento XVI uma frase sobre o “matrimônio homossexual” que ele nunca pronunciou e o converteu em alvo de furiosos ataques sem motivo em todo mundo”. Depois que foi divulgada a sutil manipulação do discurso pontifício, as Portas da Esperança estavam escancaradas para o deputado Jean Wyllys – oferecendo-lhe uma saída honrosa para o “piti” escandaloso que ele deu publicamente na semana passada. Para quem não lembra, vão aí os printscreens de novo:

Não há nem o que tergiversar. O deputado insinuou que o Papa era filo-nazista e acobertador de pedófilos, além de afirmar textualmente que ele era um “genocida em potencial”. É uma clara incitação ao ódio religioso e uma tentativa vil e covarde de jogar a opinião pública contra a Igreja Católica, além de ser crime contra a honra (porque é atribuir a outrem não apenas um fato desabonador, mas um fato criminoso). É calúnia. Acrescente-se a isto o fato da calúnia ter sido feita por veículo oficial de comunicação do deputado (no caso, a sua conta de Twitter) e ter sido dirigida a um Chefe de Estado (o Papa é Chefe do Estado do Vaticano) que mantém relações diplomáticas com a República Federativa do Brasil. O excelentíssimo deputado está todo errado: quanto mais a gente procura, mais agravantes encontra.

Quando foi revelada a manipulação da imprensa, o deputado podia perfeitamente ter pedido desculpas e dito que agiu por impulso, em um momento de indignação provocada pela crueza da (falsa) frase que fora divulgada. Mas não. Em um texto publicado no seu site ontem (18/01), o Jean Wyllys cita o discurso correto (com o link para o texto completo no site do Vaticano), inventa uma interpretação reducionista das palavras do Papa (como já foi explicado e como é óbvio para qualquer pessoa que tenha tele-encéfalo minimamente desenvolvido e polegar opositor, o “casamento gay” não é a única política que atenta contra a família e, portanto, não é intelectualmente honesto atribuir ao Papa a frase do jeito que Reuters divulgou e à qual até agora se agarra pateticamente o Jean Wyllys) e mantém cada palavra que disse. O texto publicado no site do deputado diz, expressamente, que ele “ratifica cada uma de suas palavras”. Portanto, o sr. Wyllys sustenta toda a cena histérica feita no seu Twitter, que está acima reproduzida e onde se vê a deprimente descompostura de um representante do povo brasileiro desbocado lançando calúnias contra um Chefe de Estado e líder espiritual da maior parte do povo brasileiro (que ele, o deputado, deveria supostamente representar).

Naturalmente, ninguém está obrigado a concordar com os discursos do Papa. Mas o mínimo que se espera de quem gosta de subir nas tamancas para bradar por “respeito” diante de qualquer mínima manifestação de discordância (por educada que seja) é que se tenha ao menos a decência de tratar o seu opositor da mesma maneira que se exige ser tratado. Discordar é uma coisa, caluniar é outra completamente diferente. Os deputados são representantes do povo brasileiro e são pagos com dinheiro público; o salário deles, absolutamente, não é pago para que eles fiquem fazendo estas cenas lamentáveis.

A dignidade do cargo que um deputado ocupa exige um mínimo de compostura. É quebra de decoro parlamentar “o uso de  expressões que configurem crime contra a honra ou que incentivem a prática de crime”, e foi exatamente isto o que o deputado fez na semana passada e disse ontem que ratificava. O twittaço do #RetrateseDepJeanWyllys é para deixar claro que nós nos importamos, sim. Queremos que os nossos políticos sejam homens sérios, e não bufões deselegantes que saem cuspindo acusações de quinta categoria ao lerem (mal) qualquer notícia mal escrita ou ao ouvirem o galo cantar sem saber onde. Já basta de impunidade: um mandato na Câmara é uma responsabilidade que deve ser tratada com seriedade, e não um salvo-conduto para a calúnia ou uma tribuna para que qualquer moleque ataque de um modo tão grosseiro os valores dos cidadãos de um país. O Brasil merece mais do que isso. Enquanto as pessoas não exigirem que os políticos se comportem de acordo com o cargo que eles exercem, as coisas irão de mal a pior. E exigir respeito à coisa pública do país é exigir que um deputado tenha modos e que aprenda a controlar a sua língua, antes de caluniar um chefe de Estado e de incitar o ódio contra uma entidade – a Igreja Católica – que está presente e atuante no país e da qual faz parte a maioria do povo brasileiro. Se nós não exigirmos este respeito (que é o mais básico de todos), não poderemos exigir decência alguma dos nossos políticos em outros aspectos.

#RetrateseDepJeanWyllys ganha o mundo; católicos precisam colaborar com a campanha!

Repercutiu até mesmo no HazteOir.org: Los Católicos brasileños responderán (…) con un ‘twitazo’ a la nueva arremetida contra el Papa. Eu tomei conhecimento da campanha pelo Facebook; a página criada contra as declarações do deputado revela o seu objetivo:

Este grupo é dedicado a denunciar o crime de calúnia cometido pelo Deputado Jeam Wyllys ao acusar o Santo Padre Bento XVI de genocida em potencial, nazista e protetor de pedófilos.

Agora senhor Jean O Senhor vai ter que provar na Justiça que todas as suas declarações são verdadeiras.

[…]

Gostaria de pedir a todos os deputados católicos que denunciem este homem ao Conselho de Ética, por caluniar um Chefe de Estado que mantem relações bilaterais e pacíficas com o Brasil desde seu descobrimento, além de fazer acusações infundadas e maliciosas, indispondo a população contra a religião majoritária do país.

Bom… agora que saiu na imprensa internacional a gente tem a obrigação moral de fazer um negócio decente. Hoje, no fim da tarde, vamos encher o Twitter com a tag #RetrateseDepJeanWyllys. Porque discordar não é sinônimo de caluniar. Para desmascarar a hipócrita intolerância dos que exigem uma tolerância completa e absoluta. Porque ninguém deve ter o direito de cometer crimes impunemente.