Curtas sobre o Estado Laico

CPI do aborto cria guerra de blocos na câmara; acho fundamental que nos esforcemos para que este assunto seja conhecido da população brasileira. O fato da mídia estar noticiando já é um excelente sinal; cumpre divulgarmos ainda mais. Não, eu não tenho lá a maior esperança do mundo na nossa Câmara de Deputados, mas a questão aqui é outra: mostrar a realidade, fazer conhecida a nossa posição e desmascarar os criminosos que se aproveitam do voto popular para defender a impunidade dos que assassinam seres humanos inocentes. Por exemplo, a notícia citada diz que “as deputadas Cida Diogo (RJ) e Maria do Rosário (RS) trabalham para que a CPI chegue ao fim antes mesmo de começar”; trabalhemos, portanto, para que estas (e outros) defensora(o)s da impunidade sejam conhecida(o)s como tais e fiquem bem longe dos cargos públicos. Vale salientar ainda que os “argumentos” levantados em favor da impunidade são uma piada! Estado Laico não é Estado Criminoso.

– Com relação também ao aborto, o Papa pediu mais uma vez que o Brasil defenda a vida humana desde a concepção até a sua morte natural: “Em discurso ao novo embaixador do Brasil para a Santa Sé, Luiz Felipe de Seixas Corrêa, o papa Bento XVI pediu que o Governo brasileiro mantenha a proibição ao aborto, à eutanásia e às pesquisas com células-tronco embrionárias”. A posição da Igreja é clara, e a balela do “Estado Laico” não convence mais ninguém. A população brasileira é de maioria católica e majoritariamente contrária ao aborto; acaso a posição da maioria dos cidadãos do país não tem nenhuma relevância? Acaso a bandeira ideológica do “laicismo” levantada por uma minoria de delinqüentes tem mais valor do que a vontade popular? Este argumento é uma espécie de ad hominem, porque a Lei Natural é a Lei Natural Imutável que independe do que o povo pense ou deixe de pensar, mas ele serve contra os “defensores da democracia” que querem empurrar goela abaixo da sociedade brasileira um crime cuja culpa ela não quer carregar.

– Aliás, José Saramago também não gosta da “ingerência” da Igreja em assuntos da sociedade civil; ele também acha absurdo que Ela procure “imiscuir-se na governação dos países”. De novo a mesma falácia absurda; no modelo de sociedade no qual os cidadãos por princípio deveriam ter voz, aos cidadãos católicos é negado o direito à liberdade de expressão e à manifestação de sua vontade. O escritor português diz que “alguém terá de atirar um sapato a um desses cardeais”; é curioso que o velho senil trate de tal maneira os membros do clero ao mesmo tempo em que se sente ofendido com “a displicência com que o papa e a sua gente tratam o governo de Rodriguez Zapatero”… ou seja, a própria opinião é inatacável ao mesmo tempo em que a opinião da Igreja é proscrita por princípio! Maravilhas dos tempos modernos…

– O novo presidente do TJ do Rio de Janeiro, Luiz Zveiter – que aparentemente é maçom -, mandou que se retirassem os crucifixos do Tribunal e fechou a capela que funcionava lá. O sr. Zveiter é judeu, para quem a pregação de Cristo Crucificado é escândalo (cf. 1Cor 1, 23); outro motivo não consigo encontrar para que um assunto que já rendeu tantos comentários sensatos tenha voltado à tona. Aqui caem como uma luva aquelas palavras do Apóstolo São Paulo, quando ele fala “[d]aqueles judeus que mataram o Senhor Jesus, que nos perseguiram, que não são do agrado de Deus, que são inimigos de todos os homens, visto que nos proíbem pregar aos gentios para que se salvem” (ITs 2, 15-16a).

Nota de Falecimento

G1
Foto: G1

Morreu assassinada a italiana Eluana Englaro, na noite desta segunda-feira, após a família ter sido autorizada a suspender a sua alimentação. Há três dias que a italiana estava recebendo uma quantidade reduzida de comida e água; o Senado não teve tempo de aprovar o Decreto Lei que tencionava salvar a sua vida. Requiescat in Pace.

Três dias! Terri Schiavo sobreviveu por um tempo mais de quatro vezes maior… e logo dessa vez, que o premiê italiano estava prestes a conseguir a aprovação emergencial de um decreto para a salvar… estranho, muito estranho. Que Deus tenha piedade da Itália e de nós todos.

Comentando algumas notícias

Alguns comentários corridos sobre acontecimentos diversos:

– O Governo Italiano – graças a Deus! – decidiu aprovar um Decreto-Lei para impedir a morte de Eluana Englaro, italiana que está em Estado Vegetativo desde 1992 e cujo assassinato foi recentemente autorizado pela Justiça Italiana. As informações do LifeSiteNews.com são mais precisas: o presidente comunista não quer assinar um tal decreto e, portanto, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, está tentando aprová-lo via Senado. Pode ser que o consiga dentro de três dias. Rezemos para isso. Quanto a mim, não tenho palavras para descrever o horror que me invade quando imagino a capacidade das pessoas de defenderem que um ser humano seja covardemente assassinato de fome e de sede, sob o silêncio cúmplice das leis e as câmeras de televisão do mundo inteiro. É o espetáculo da morte, da morte lenta e dolorosa, vil e degradante, deliberada, pedida pelo pai da vítima e corroborado pela sua pátria. Tanto a família dela, quanto a sociedade na qual ela vive, estão contra esta garota, empenhadas em tirar-lhe a vida! Tempos cruéis nos quais nós vivemos…

– Aqui em Recife, de novo, a Secretaria Municipal de Saúde vai distribuir, no Carnaval, as pílulas abortivas para que os foliões possam aproveitar a sua promiscuidade sem escrúpulos de consciência. Não basta destruir a moral; é preciso incentivar a destruição da moral. Não basta fazer vistas grossas à comercialização de substâncias abortivas: é preciso distribuí-las e incentivar-lhes o uso, fazendo com que os cidadãos de bem sejam os financiadores mesmo das práticas torpes que eles abominam e contra a qual se levantam com destemor. Esta porcaria é crime. O Ministério Público de Pernambuco tem uma página na qual é possível fazer denúncias; não sei no entanto se tal coisa adianta, porque no ano passado o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, entrou com uma ação contra a distribuição do medicamento abortista e perdeu. Rezemos.

– Alguns judeus alemães disseram que o Papa Bento XVI precisa escolher entre “a Igreja do Iluminismo” e “a Igreja do Tradicionalismo”. Nem sei o que dizer, porque não tenho mais paciência com toda esta caterva de – ao menos objetivamente – inimigos de Nosso Senhor querendo “dar pitacos” na maneira com a que o Vigário de Cristo deve governar a Sua Igreja! Que os judeus da Alemanha cuidem de sua própria vida. Nós, católicos, cuidamos da nossa, e o Papa está cumprindo com maestria o seu papel, obrigado.

Mais ignorância midiática

Acabei de ver esta reportagem do Estado de São Paulo: Lefebvriano diz que Concílio Vaticano II foi uma heresia. Subtítulo: Abrahamowicz, um dos quatro bispos aos quais o papa retirou a excomunhão, disse que Concílio ‘foi uma droga’.

O pe. Floriano Abrahamowicz, de quem eu nunca tinha ouvido falar até então, não é um dos quatro bispos cuja excomunhão foi retirada pelo Papa!! Aliás, nem poderia ser, porque ele é – como a própria reportagem diz – padre e não bispo!! É frustrante constatar a manifesta ignorância que a mídia demonstra no que toca às coisas da Igreja. O Marcio Antonio também denunciou imediatamente a gafe.

Quanto ao conteúdo da notícia, é patente que há “tradicionalistas” empenhados em boicotar a regularização da FSSPX. Rezemos pela unidade da Igreja.

Notícias do fim do mundo

Quatro notícias sobre o desmoronamento do mundo:

– Na Escócia, duas crianças foram arrancadas da casa dos avós onde viviam para serem entregues a uma dupla gay. Um menino e uma menina, irmãos, de quatro e cinco anos. Pelo que pude entender com meu italiano traditore, os avós legítimos dos meninos – pais da sua mãe biológica – são, pelas leis escocesas, muito velhos para cuidar de crianças. Ele tem cinquenta e nove anos e, ela, quarenta e seis. Lutaram por dois anos para manter a guarda dos netos, até esgotarem os seus recursos financeiros com as despesas legais; entregando-os por fim à adoção, foram supreendidos ao saberem que eles iriam ser entregues para uma dupla de homens. De nada valeram os protestos do avô: ameaçaram-lhe não lhe deixar mais ver os meninos, caso ele se mostrasse hostil à decisão! Apesar de 90% (isso mesmo, noventa por cento) dos escoceses terem se mostrado contrários à idéia (quando foram consultados à época), desde 2006 que duplas de homossexuais podem adotar crianças na terra de William Wallace. A mesma notícia diz ainda que casais obesos ou fumantes tiveram adoções negadas. Ou seja, tudo bem ser gay, o que você não pode de nenhuma maneira é ser gordo…

– No Reino Unido, uma enfermeira evangélica foi suspensa por ter se oferecido para rezar por um paciente:

A Sra. Petrie, cristã comprometida, de 45 anos, enfrenta uma ação disciplinar após ser acusada de não cumprir um compromisso de igualdade e diversidade. Poderia ser despedida depois de perguntar a uma paciente idosa se queria que rezasse por ela.

Não sei se foi motivado pelo fato; mas o Cardeal Bertone denunciou fortemente o laicismo, nesta quinta-feira (ontem), ao afirmar que relegar a religião ao âmbito privado é uma violação da liberdade religiosa

– Não entendi absolutamente nada sobre este discurso do presidente Obama. Atacando as divergências religiosas e tentando, ao que parece, propôr uma espécie de indiferentismo religioso como único remédio para a “intolerância”, o senhor presidente fez a seguinte afirmação que tenho até medo de traduzir: There is no God who condones taking the life of an innocent human being. This much we know. Ou seja, “não há Deus que perdoe tirar a vida de um ser humano inocente. Isto nós sabemos bem”.

O que raios o presidente mais abortista que já passou pelos Estados Unidos quer dizer com isso, é mistério que escapa à minha estreita compreensão. É hipocrisia? É desespero, afirmando que Deus não o pode perdoar porque ele apóia e financia o destroçamento de seres humanos inocentes? É sinal de conversão e de mudança de posições? Rezemos pelos Estados Unidos da América; que o solo americano não seja ainda mais manchado pelo sangue dos inocentes assassinados antes de virem à luz.

Hoje começou a “redução de alimentação” – leia-se, o assassinato por inanição – da “Terri Schiavo” italiana, Eluana Englaro. 38 anos, em estado vegetativo permanente há 17, a Justiça autorizou recentemente o seu assassinato após pedidos da família. No entanto, ainda há esperança, pois “o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, afirmou que está estudando a aprovação de um decreto urgente para barrar a sentença que permite a suspensão da alimentação artificial à italiana”. Rezemos também por esta garota. E, enquanto o mundo desaba, que a Virgem Maria seja em nosso favor, para que permaneçamos firmes, custe o que custar, nadando contra a corrente, contra tudo e contra todos se necessário for, em santa intransigência para com as Leis de Deus.

Tu quoque, Reinaldo?

O Reinaldo falou besteira. Não é a primeira vez que ele o faz, mas às vezes eu fico indignado com a leviandade com a qual uma pessoa como ele, que indiscutivelmente é um expoente católico no meio jornalístico brasileiro, trata sobre alguns assuntos espinhosos. Corre-se o permanente risco de que tomem as posições do Reinaldo por posições dos católicos ou – mais grave ainda – que acreditem que uma besteira sobre a Igreja repetida ad nauseam pela mídia anti-católica é verdade só porque “o católico conservador” disse a mesma coisa.

Refiro-me, em particular, a isto aqui:

PS: Não sei se torço para Williamson se retratar, e, assim, a estupidez tem ao menos um pequeno revés, ou se torço para ele ficar em silêncio, o que manteria a excomunhão… Na verdade, torço é para que ele fique longe da Igreja.

Dom Williamson ficar em silêncio não mantém a excomunhão!! A excomunhão já foi revogada e independe completamente de quaisquer declarações que ele faça ou deixe de fazer!! Afinal de contas, quais as fontes do Reinaldo? O Jornal da Globo?! Ele, católico sendo, não lê nem mesmo ZENIT? Não leu a Nota da Secretaria de Estado do Vaticano (à qual eu fiz referência aqui ontem)? Não sabe ele (fazendo coro aos jornalistas irresponsáveis da Globo) a diferença entre ter a excomunhão retirada e assumir funções episcopais?

E não pára por aqui. Abstendo-me de comentar o absurdo grotesco que é desejar não a conversão do bispo, mas “que ele fique longe da Igreja” (!!!), preciso no entanto repudiar as alfinetadas na Igreja completamente descabidas que o Reinaldo dá, falando em “uma decisão decepcionante do papa”, em um “processo de readmissão um tanto desastrado”, em “restaurar os valores simbólicos de uma Igreja no mais das vezes burocrática”… oras, francamente! Já não bastam os inimigos da Igreja de fora apontarem os seus canhões contra o Santo Padre e a Igreja de Nosso Senhor? Também o Reinaldo Azevedo precisa mesmo tecer estes comentários infelizes, inoportunos e desnecessários? Com que propósito?

Rezemos pelo Papa, que com coragem combate praticamente sozinho todos os erros dos nossos tempos, incompreendido pelos que estão fora da Igreja e, desgraçadamente, também pelos próprios católicos – até mesmo por aqueles que são “referência” de catolicismo. Que a Virgem Maria, Mãe da Igreja, possa velar com maternal afeto pela Igreja de Nosso Senhor e também por nós que, pecadores neste Vale de Lágrimas, nada poderemos fazer jamais sem o Seu poderoso auxílio.

Dois curtas sobre a FSSPX

– Uma reportagem no site da VEJA de hoje fala que o Vaticano exigiu de Dom Williamson a negação pública e inequívoca dos seus questionamentos sobre o holocausto judeu, afirmando ainda ser isto “um requisito básico para que o bispo volte a servir à Igreja, de acordo com um documento divulgado pelo Vaticano”. Sem fazer a mínima idéia de que espécie de documento poderia ser este, fui procurar na rede e o encontrei no Rorate Caeli.

Em dois pontos a reportagem da VEJA carece de precisões. Em primeiro e mais importante lugar, ela não deixa claro o que significa “volte a servir à Igreja”; não é (como eu pensei à primeira vista) uma condição para a retirada da excomunhão, e sim para que o bispo assuma funções episcopais. Portanto, a retirada da excomunhão (óbvio) permanece, independente de qualquer declaração ou ausência de declaração de Dom Williamson sobre o Holocausto. Em segundo lugar, o que a Nota da Secretaria de Estado do Vaticano parece colocar como condição para que o bispo assuma funções episcopais é uma coisa mais sutil do que simplesmente a exigência de uma retratação pública expressa e inequívoca (como eu também pensei à primeira vista): will also have to distance himself, in an absolutely unequivocal and public manner, from his positions regarding the Shoah, em inglês, ou dovrà anche prendere in modo assolutamente inequivocabile e pubblico le distanze dalle sue posizioni riguardanti la Shoah, no original italiano; literalmente, seria alguma coisa como “deverá [Dom Williamson] manter distância, de uma maneira pública e inequívoca, de suas posições sobre o Holocausto”.

[P.S.: no Jornal da Globo, neste exato momento (04/02, 00:05): “o Vaticano exigiu que o Bispo que negou o Holocausto se retrate, sob pena de continuar excomungado” – mentira. E o Jabor falando besteira sobre o Santo Padre… uma verdadeira anta. “- ‘Ah – diz o porta voz do Vaticano – mas o Papa não sabia que o cara tinha dito isso!’ Mas como não? O Papa não é infalível?” Seguido de um risinho sarcástico de gente estúpida que não sabe o que está dizendo. A cretinice não tem limites!]

Outrossim, como já cansei de dizer que nem Dom Williamson negou o Holocausto e nem opiniões particulares sobre o Holocausto ou a sua inexistência têm qualquer ligação com o levantamento das excomunhões da FSSPX, não vou voltar a insistir no assunto porque nem eu mesmo agüento mais.

Uma carta do pe. Juan Carlos foi publicada no Fratres in Unum, conclamando os bispos da FSSPX para que não aceitem o levantamento das excomunhões. A argumentação do padre está corretíssima: pedir “el retiro del Decreto de declaración de la excomunión” implica reconocer “la validez de la censura”. Como já foi comentado em diversos lugares (e contrariamente ao que alguns insistem em afirmar), um decreto que retire uma excomunhão necessariamente pressupõe a existência da excomunhão que está sendo retirada. Portanto, longe de declarar a “nulidade” das excomunhões de 1988, o decreto tornado público no sábado 24 de janeiro corrobora-as; e até mesmo um padre da Fraternidade o reconhece.

Importa insistir, por uma absoluta necessidade de se ater aos fatos tais e quais eles se apresentam: do decreto da Congregação para os Bispos do dia 21 de janeiro, infere-se que havia de fato uma excomunhão (ao contrário do que dizem alguns rad-trads malucos), e ela de fato foi retirada (ao contrário do que a mídia modernista pretende insinuar com seus ataques a Dom Williamson). Rezemos pela FSSPX.

Küng, por obséquio, silêncio!

Meus caros, eu gostaria de começar esse post com uma sequência verborrágica de palavras que sem dúvida alguma passariam longe do decoro guardado neste blog durante todo este tempo. Procurando “papa” no motor de busca do site da Folha de São Paulo, encontrei a seguinte reportagem, a qual reproduzo por inteiro, com os devidos comentários em vermelho e entre colchetes:

Teólogo pede renúncia do papa após reabilitação de bispo que negou Holocausto [já começa a canalhice cedo, por dois pontos: primeiro, Williamson nunca negou o holocausto, simplesmente afirmou que os números são exagerados e questionou a existência de câmaras de gás. Segundo, o levantamento da excomunhão não tem nada, nada, nada a ver com a opinião política de quem quer que seja]

da Efe, em Berlim

O teólogo heterodoxo suíço Hans Küng pediu a renúncia do papa Bento 16 [o que diabos faz um teologozinho de meia-tigela pedindo a renúncia do Sumo Pontífice?] após o escândalo gerado pela reabilitação à Igreja Católica do bispo Richard Williamson, que nega o Holocausto e recentemente teve sua excomunhão suspensa. [Agora, eu não sei o que a EFE escreveu, mas “suspender” excomunhão é o termo mais inadequado que eu já vi pra tratar do que fez o papa. A pergunta que não quer calar é o que significa, exatamente, suspender uma excomunhão? Ademais, novamente a imprensa foca todo o caso na — já falsa — acusação de que Williamson nega o holocausto (vide supra)!]

Para Küng, a reabilitação de Williamson é apenas um equívoco a mais na série de erros com os quais Bento 16 vem pondo novos obstáculos no diálogo que as Igrejas cristãs travam entrem si e com outras religiões. [quer dizer, a re-incomunhão do bispo Williamson — e não dos outros — é um erro constituinte de um novo obstáculo? E a re-incomunhão dos outros 3, não? Nem seguir o próprio pensamento o pobre consegue…]

“Primeiro, ele questionou se os protestantes formam uma Igreja. Depois, em seu infeliz discurso de Regensburg, chamou os muçulmanos de desumanos. E agora ofende os judeus permitindo o retorno à Igreja de um negador do Holocausto”, disse Küng em declarações ao jornal “Frankfurter Rundschau”. [Não há questionamento. A Congregação para a Doutrina da Fé tem um documento especificando que o nome que se dá às “igrejas” protestantes é “comunidade eclesial”. A má-fé se faz patente quando se atribui ao Papa a sua anuência ao conteúdo de uma citação, algo como se dissessem que eu estou a defender a renúncia do Papa ao publicar este excremento jornalístico travestido de reportagem! De novo, um delito canônico que tem a sua pena perdoada pelo Papa sequer tem nada que ver com judeu nenhum, quanto mais ofender alguém. A Santa Sé já repetiu ad infinitum a sua opinião sobre a Shoah…]

“É hora de substituí-lo”, acrescentou Küng, que foi companheiro do papa quando ambos eram professores de teologia católica na Universidade de Tübingen. [Claro! Afinal de contas, o papa é um jogador de futebol que não vem rendendo e incomodando a torcida, não a do seu time, não a do adversário, mas a dos torcedores do time de rugby da cidade de Jati, no Ceará! Ah! E o treinador é o sr. Küng!]

O Vaticano proibiu Küng de ensinar a teologia católica em 1980, depois que ele questionou o dogma da infalibilidade papal.

Desde então, teólogo heterodoxo suíço, que permaneceu dentro da Igreja Católica, mas sem poder atuar como padre, se dedica ao diálogo entre as religiões.

Já Williamson e outros três bispos seguidores do cismático ultraconservador Marcel Lefebvre foram reabilitados pelo papa há uma semana.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u496876.shtml

Quer dizer, a Folha já faz reportagens ruins sem ajuda de ninguém. Quando faz clipping de agências internacionais então.. Só sai besteira! Vejamos a entrevista do Hans Küng ao jornal La Repubblica, publicada pela comunistíssima ADITAL:

– Professor Küng, qual é a importância da revogação da excomunhão dos quatro bispos?

– Os significados fundamentais foram propostos pelo processo geral em curso. A questão da revogação da excomunhão dos quatro bispos, segundo minha opinião, sozinha, não é tão importante, mas tem um significado e deve ser vista e enquadrada no contexto geral de restauração. [So far, so good.]

– Qual o significado deste contexto geral e os últimos acontecimentos?

– No contexto geral os últimos acontecimentos são um sinal do contínuo enrijecimento do Vaticano, a contínua marcha para trás, a contínua sequência de passo após passo para trás. Penso em tomar uma posição mais clara sobre os acontecimentos neste contexto. Estou refletindo ainda como fazê-lo. [Enrijecimento só se for do prumo entre as colunas da Santíssima Virgem e da Eucaristia… Adivinha o que está no meio? O Papa! A marcha é, de certa forma, pra trás: é em direção à Unidade, cujo sinal visível é o próprio Pontífice!]

– Quanto é preocupante e sério este processo?

– É muito preocupante. Mas quero esperar ainda alguns dias para fazer ouvir a minha voz. [Tomara que os dias se tornem semanas, e as semanas, meses, e os meses, anos, até o fim dos séculos! Sr. Küng, por obséquio, silêncio!]

– Mas quanto ao caso Williamson, fiéis e a opinião pública ainda estão chocados. O que o senhor pensa?

– Williamson é somente um aspecto do contexto geral. Não o único. Por mais que o antisemitismo seja nojento, o conjunto do desenvolvimento em curso é muito mais carregado de conseqüências. [Viram? Pelo menos não perdeu o senso das proporções!] Estamos falando de pessoas que não ainda não subscreveram a declaração sobre a liberdade religiosa e o decreto sobre os judeus (documentos do Concílio Vaticano II, nota da redação) [Na verdade, ele deixou os pontos mais sensíveis de fora… So sweet! A dureza com que os rad-trads atacam a licitude da Missa segundo o Missal de Paulo VI é, sem dúvida, uma das chagas mais profundas. Com ela, se diz que a Igreja e o seu culto máximo a Deus, Nosso Senhor, é um ato ilícito e ainda protestantizado! E ainda faltou a questão do ecumenismo. Quanto aos judeus, eu nunca tinha ouvido falar dessa, ainda mais depois de ver a entrevista de D. Fellay chamando os judeus de “irmãos mais velhos” e dizendo que o anti-semitismo não tem lugar na FSSPX no Rorate Caeli…]

– Ou seja, o problema não somente a polêmica cristãos-judeus, mas as idéias de fundo da Igreja sobre o seu lugar no mundo moderno?

– Sim. A questão é o conjunto do curso que o Papa Ratzinger desencadeou na Igreja. Sem dúvida, um percurso que volta, significativamente, para trás.

– Isso também diz respeito ao Papa Wojtyla?

– Sim. Certamente, Papa Wojtyla soube evitar alguns erros, e sabia falar melhor às pessoas. E foi ele que excomungou os bispos de Lefebvre. Eis um outro exemplo de um passo para trás. Em geral, a vontade de reconciliação com os membros da Fraternidade Sacerdotal Pio X pode ser avaliada positivamente. Mas, insisto, mas não está ainda claro que estes bispos reconhecem o Concílio Vaticano II ou que respeitam o decreto sobre a liberdade religiosa. [Está claríssimo, só Küng que não vê: apesar do Cardeal Castrillón ter dito que Fellay reconhece o Vaticano II teologicamente, é ponto pacífico que eles rejeitam uma parte do Concílio! Não há coisa mais clara. Williamson e de Mallerais não nos deixam esquecer disso!]

– O Papa vive verdadeiramente no mundo moderno, ele entende os fiéis?

– O Pontífice vive no seu mundo. Ele se afastou dos homens e, além de grandes procissões e pomposas cerimônias, não enxerga mais os problemas dos fiéis. Por exemplo, a moral sexual, a cura pessoal das almas, a contracepção. A Igreja está em crise. Espero que ele reconheça isso. [A Igreja está em crise, e claro que o Papa reconhece. Mas a dimensão da crise não tem nada a ver com o que Küng está falando. A moral sexual da Igreja, longe de ser um problema, é a solução dos problemas afetivos que assolam o mundo moderno. Acusar o papa de ter perdido de vista “a cura pessoal das almas” é um absurdo sem tamanho. Qualquer um que leu principalmente os livros-entrevista com o Papa sabe que essa afirmação é completamente gratuita e imerecida!. Sobre contracepção, bem… É tema recorrente deste blog, inclusive um texto muito bom sobre o número de filhos que Jorge publicou] Serei feliz se der passos de reconciliação também na direção dos ambientes dos fiéis progressistas, Mas Bento não está vendo que está alienando a si mesmo de grande parte da Igreja católica e da cristandade. Não vê o mundo real. Somente vê o mundo vaticano. [Quer dizer, agora Nosso Senhor Jesus Cristo, em favor da opinião do sr. Küng, deve diminuir as exigências morais feitas ao homem, porque aparentemente, para Küng, só existe um lugar no mundo em que a vida santa pode ser praticada: a Basílica de São Pedro e o seu arredor. Todo o resto deve ser fadado a uma moral canhestra, cujo conteúdo deve se adaptar aos vícios locais, haja vista ser esta a interpretação da inculturação que tem o sr. Küng! Fugir da realidade, cujo criador é o próprio Deus, é querer exigir do homem menos do que ele é capaz. É massificar a sociedade inteira! O Papa não faz mais do que a sua obrigação quando cobra dos cristãos a nobreza que é própria dos filhos de Deus redimidos pelo preciosíssimo sangue de Nosso Senhor na cruz! Faça-nos um favor, sr. Küng, por obséquio, silêncio!]

Edito: Dionísio Lisboa bem me lembrou que os tradicionalistas não negam a validade, mas a licitude da Missa Nova. Corrigido!


Curtas sobre o Divórcio

– Existe em Portugal, desde o ano passado, uma lei que permite que divórcios sejam realizados pela internet. A completa banalização com a qual o assunto é tratado é expressa pela reportagem como se fossem alvíssaras ao advento do progresso: “Em casa, no escritório ou num centro de internet em Lisboa, qualquer casal sem filhos menores de idade e sem bens para dividir pode se divorciar em no máximo uma hora”. No máximo uma hora para separar duas pessoas que deveriam viver juntas pelo resto da vida! A leviandade com a qual são tratados assuntos de tão capital importância têm o efeito colateral deletério (e, a meu ver, obviamente deliberado) de impregnar no inconsciente coletivo a impressão de que o divórcio é realmente uma coisa à toa e que não merece a nossa preocupação: afinal, qual a importância que pode ter um “problema” que em no máximo uma hora “se resolve”?!

– O Presidente de Portugal, no entanto, teceu recentemente (no final do mês passado) duras críticas às leis referentes ao divórcio que existem no país, em uma reunião da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), realizada em Fátima. Revelando perplexidade – que nós compartilhamos – com a “forma como se legisla em Portugal em matérias de tão grande importância”, o Presidente mostrou-se (mais uma vez) digno do alto cargo que ocupa, dando mais atenção aos valores éticos e morais que estão em jogo do que às exigências da agenda divorcionista atual. Diz ainda a reportagem:

Recorde-se que por ocasião da promulgação presidencial da Lei, em Outubro de 2008, em uma mensagem publicada na página oficial da Presidência da República na Internet, Cavaco Silva, que havia vetado inicialmente esta lei a 20 de Agosto, referia que o diploma, incluindo as alterações introduzidas depois do veto à primeira versão, “padece de graves deficiências técnico-jurídicas” e iria introduzir, em sua opinião, “profunda injustiça”, sobretudo para os mais vulneráveis, como são as “mulheres de mais fracos recursos e os filhos menores”.

Que Nossa Senhora de Fátima proteja Portugal.

– Não sei se a mesma correlação observada aqui no país do Amazonas acontece nas terras banhadas pelo Tejo, mas acho bem provável. Um estudo recentemente divulgado pelo BID mostrou que existe uma relação entre as novelas da Rede Globo e a taxa de divórcios no Brasil. O aumento na porcentagem, segundo o coordenador do estudo, “é pequeno, mas estatisticamente significativo”. Imediatamente lembrei-me de que o Brasil exporta novelas para Portugal; como brasileiro, gostaria de pedir perdão aos portugueses pelo lixo enviado à Terra Mãe.

Tempo e Eternidade

Publico o texto-base de uma palestra minha. Perdão pelo caráter de esboço, todavia, talvez seja de proveito a alguém. Segue:

Tempo e Eternidade

45 minutos.


Imagine um banco que credita na sua conta 86.400 reais toda manhã.  O único problema é que não é acumulativo. Toda noite, o banco zera tudo o que você não usou durante o dia. Então, o que você faz? Saca cada centavinho. Todos nós temos um banco como este: o tempo. Toda manhã, o tempo credita 86.400 segundos. Toda noite, zera, como se perdido, tudo o que você não investiu com um bom propósito. Não se acumula. Não permite empréstimo. Todo dia, 86.400 segundos e toda noite, zera.

Com a distância, dá-se outra coisa: é um obstáculo ao qual vivemos vencendo. Dos próprios pés, ao cavalo, ao carro, ao avião… Mas o tempo permanece inconquistável. Não pode ser expandido, acumulado, comprado, hipotecado, adiantado ou adiado. É uma coisa completamente fora do nosso controle. Nunca voltará e talvez muito em breve deixará de vir.

A contagem da nossa vida dá-se de forma interessante. Comemoramos o aniversário pelo tempo que passamos, mas a realidade da morte se faz tão presente, que podemos pensar na vida como um grande relógio, em que o tempo corre e nós não sabemos quando ele vai parar.

Deus colocou no coração de cada homem um desejo de infinito. Ora, tudo que existe, existe com um propósito. Deus não poderia criar um desejo despropositado, porque, quando criou o mundo, viu que tudo era bom. O homem caído tende a perverter este desejo de infinito: é por isso que vemos declarações como “o homem se torna imortal pela história” ou, quando falece um ente querido, que ele “está vivo em nossa memória”. Isto tudo tem sementes de verdade. Mas Deus quando fez o homem, logo disse que tudo era muito bom. O homem quando criado, não morria. E o homem caído, deseja não morrer.

Exemplos de perversão do desejo de infinito são inúmeros. Querer fazer uma obra tão grandiosa – seja ela filosófica, literária, arquitetônica – que permaneça para sempre e de certa forma o torne imortal é a manifestação mais comum. É certo que o filho, de certo modo, continua o pai, mas pergunte-lhe se o pai falecido não lhe faz falta! É claro que faz! Porque a memória de uma pessoa é distinta da própria pessoa. Uma foto contém a pessoa mas não É a pessoa. Ninguém mata as saudades de um amigo distante por webcam ou por MSN.

Eclesiastes, capítulo 3

O QUE DEUS FEZ SUBSISTIRÁ SEMPRE! Ortega y Gasset, em sua Rebelião das Massas, fala de um homem-massa que surgiu no mundo na modernidade. O homem-massa não aceita ordens, porque não aceita superiores. O homem-massa não se quer melhorar, mas reduzir o mundo inteiro a sua mediocridade. Mas o cristão é um nobre e a nobreza obriga! Noblesse oblige! O cristão não se contenta com a sua mediocridade, porque olha o alto. Aspira às coisas do alto, onde está Cristo, não às coisas do mundo.

Ao homem sem Cristo, a vantagem que têm sobre os brutos não é nada. Posto que nenhuma obra humana é meritória, por si só, do céu. O céu, a salvação, Deus no-la dá gratuitamente. Deus, salvando, nos salva gratuitamente.

A Missa de Requiem de Mozart, famosíssima, tem um movimento – para mim, o mais belo –, uma parte do “Dies Irae” a que foi dado nome de “Rex tremendae”, do verso “Rex tremendae majestatis, qui salvandos salvas gratis. Salva me, fons pietatis”. Dá a diferença da majestade divina e da nossa posição em relação a Deus pelo tom usado no verso: quando se fala da majestade de Deus, o coro vem vigoroso, quando se pede perdão, uma voz suplicante.

A relação do Tempo e Eternidade é sempre a relação do pecador com o Rei de majestade tremenda. Se o temor de Deus é fonte de sabedoria, o temor do tempo é a chave da Eternidade. O cristão deve, como S. Josemaría costumava dizer, fazer o ordinário extraordinariamente. Aproveitar o tempo é uma questão de justiça. O “banco” do tempo, o Senhor, dá o tempo, que é um dom. O dom do tempo não pode ser multiplicado em absoluto, mas é multiplicado quando preenchido de maneira justa.

Para cada coisa há um momento debaixo dos céus. Convém ao homem ajustar o seu tempo ao tempo de Deus, louvando-o com o seu tempo, não só em oração – o que é, de fato, fundamental – mas fazendo todas as coisas do melhor jeito possível. Plantar, colher, matar, curar, destruir, construir, chorar, rir, gemer, bailar, atirar pedras, recolher pedras, abraçar, se separar, buscar, perder, guardar, jogar fora, rasgar, costurar, calar, falar, amar, odiar, guerrear, pacificar. O ordinário, extraordinariamente.

O pecador que vive no tempo, contemplando o Senhor, contemplando a Eternidade, deve querer mudar. Deve querer merecer a vida eterna. Mas ninguém a merece por si.

Mas “Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Antes de Cristo, o Santo dos Santos era velado. Agora o próprio Deus, o Verbo Encarnado, desvela-se e se nos apresenta a nós como “caminho verdade e vida”

Vida! Que vida? A vida em plenitude. Que consiste em viver no tempo em união com Deus, de modo a estar unido com Ele, no céu. A vida em Cristo é luta constante. E necessitamos de um olhar atemorizado a Deus, à Eternidade para termos o próprio sentido da nossa vida terrena.

Se não vivemos para a Eternidade, então a vida é vazia. Isto é, se não vivemos em Cristo, com Cristo e por Cristo, nunca teremos a vida em plenitude. Deus nos amou e nos amou até o fim. Também nós devemos renovar o nosso amor a Deus em todos os momentos, glorificando-o no uso do tempo, tendo em vista a Eternidade, até o fim, porque ao cristão é dada a obrigação de ser outro Cristo.

Qual deve ser a nossa postura, então, diante da Eternidade? Dizem os biólogos que o olhar humano vê as coisas por dois corpúsculos, um detectando luz e outro, cor. Podemos dizer que o olhar cristão tem três, a detectar temor, admiração e súplica. Temor do próprio Deus, da sua imensa majestade, da danação eterna – a qual merecemos nós, se Deus usar de justiça — , admiração, pelo que vemos – a criação reflete Deus como um espelho difuso e as obras meritórias dos homens o refletem ainda mais, porque somos feitos à sua imagem, e pelo que vamos ver; se vemos agora como que por um espelho difuso, então veremos face a face e súplica, para que Deus nos julgue por Sua misericórdia e não pelo que merecemos.

Em tudo, devemos ver a grandeza de Deus, que nos deve fazer perceber quão pequeno é o tempo e quão dilatada é a eternidade, o temor da justiça divina, que nos deve fazer odiar o pecado, por nos fazer merecer o inferno e não o convívio de Deus e dos santos e suplicante, ao mesmo tempo de agradecimento e suplicante de fato.

Se são esses os componentes do olhar cristão, o olho é janela da alma. É pelo temor, pela admiração e pela súplica, que a Eternidade – e consequentemente o próprio Deus – deve entrar em nossa alma e transformá-la: uma “alma-massa” em uma alma nobre! Uma alma que se obrigue a ser melhor! A dar mais por Deus e pelas almas! A fazer tudo como se tudo dependesse de si e rezar como se tudo dependesse de Deus! A fazer o ordinário extraordinariamente, a contemplar a eternidade – triplamente – nas obras de Deus e dos homens: sabendo admirar o que nos aproxima dela e a odiar o que nos afasta.

“A esperança teologal e a  certeza de que esta curta vida culmina na felicidade eterna são para o cristão precisamente uma fonte de consolo e fortaleza”[1]. A vida do homem no mundo é uma luta constante. Mas ao enxergar o mundo pelas lentes da eternidade, quando se vive em Cristo, quão suave são as tribulações mundanas! Quão grande é o que é de Deus, quão breve o tempo e quão dilatada é a eternidade!

“Se estivermos em relação com Aquele que não morre, que é a própria Vida e o próprio Amor, então estamos na vida. Então vivemos.” [2]

[1] Pe. Marcial Maciel, LC: “Tempo e eternidade”

[2] S. S. Bento XVI: “Spe Salvi”
Edito, acrescentando o “Rex tremendae majestatis”, regido por J. E. Gardiner:

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