Por que é importante um criterioso discernimento vocacional

Notícia escandalosa número um: Arcebispo católico declara-se gay em livro de memórias.

Notícia escandalosa número dois: Padre latino é flagrado aos beijos com mulher em praia da Flórida.

A reportagem do Estadão apresenta o arcebispo como “um herói para católicos liberais”; a reportagem d’O GLOBO chama o sacerdote de “famoso padre de uma igreja católica de Miami Beach”. Não me parece que a relação entre o “heroísmo” e a “fama” destes sacerdotes e a sua má vida moral seja uma mera coincidência.

A Igreja precisa de sacerdotes, sim, mas de sacerdotes santos, que estejam dispostos a consumir a própria vida no serviço do Altar, na consagração total e exclusiva ao Deus Altíssimo. Se não for para ser assim, então é melhor que nem seja. Não adianta suprir a escassez de padres ordenando qualquer um que se apresente como candidato ao ministério sacerdotal; é óbvio que quem não deseja seguir os passos do Crucificado mais do que qualquer outra coisa nesta vida não tem vocação para o sacerdócio.

Sacrificando – um mínimo que seja! – a intransigência da Fé Católica e a radicalidade do Evangelho para obter os aplausos e o reconhecimento do mundo, é ingênuo – ou até mesmo irresponsável – esperar santidade. O resultado deste pretendido promíscuo conluio impossível entre o Príncipe da Paz e o príncipe deste mundo só pode ser o escândalo do povo fiel e a humilhação da Igreja de Nosso Senhor.

Que o Deus Altíssimo Se compadeça de nós, olhe com particular cuidado para a Sua Igreja e nos conceda, sempre, santos e zelosos sacerdotes. Rezemos pelas vocações. Pelas verdadeiras vocações, e pelo expurgo das falsas.

Chefe de grupo homossexual julgado culpado de envolvimento com pedofilia

[Tradução bem livre e com muito sono; correções são bem vindas.]

EDINBURGH, Escócia, 11 de maio de 2009 (LifeSiteNews.com) – O diretor executivo de um grupo homossexual jovem e outro ativista de “direitos” homossexuais foram considerados culpados, junto com seis outros homens, de fazer parte de uma larga gangue [ring] de pedofilia descoberta na Escócia.

Naquilo que a polícia chamou de a maior rede de abuso de crianças revelada na história do país, um júri da Alta Corte de Edinburgh levou várias horas para dar o veredito de 54 acusações [charges] separadas, incluindo ataques sexuais a crianças, conspiração para abusar de crianças e posse e distribuição de pornografia infantil.

Os dois homens, identificados pela polícia como os “líderes de gangue” [ringleaders] do grupo, moradores de Edinburgh, James Rennie e Neil Strachan, foram considerados culpados de atacar crianças e, com três outros, de conspirar para abusar de crianças.

O júri da Alta Corte de Edinburgh considerou na semana passada que Rennie, o diretor executivo da “Escócia Jovem LGBT” (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) [LGBT Youth Scotland], é culpado de molestar uma criança de três meses por um período de quatro anos. Rennie renunciou ao seu cargo na LGBT Youth após sua detenção no ano passado.

Neil Strachan, 41, o secretário formador de um clube de garotos celtas e militante homossexual [campaigner on homosexual issues] foi acusado de tentar molestar um garoto de 18 meses de idade, e violentar [assaulting] um de seis anos. Foi descoberto que Strachan havia sido condenado anteriormente por delitos de abuso de crianças: em 1997 Stratchan recebeu uma sentença de três anos de prisão por ter molestado um garoto de cinco anos de idade durante dois anos.

A investigação da polícia, conhecida como Operação Álgebra, começou após imagens de pornografia infantil terem sido descobertas em um computador de trabalho que estava sendo reparado.

Rennie e Strachan enfrentarão a pena máxima de vida na prisão [a maximum penalty of life in jail] quando forem julgados no dia 29 de julho. Os outros seis enfrentam diversas sentenças menores no dia 11 de junho.

A polícia disse que a rede de pedofilia tinha contatos ao redor do mundo e, ao mesmo tempo em que diz que outras detenções surgiram da descoberta orginal, é provável que um grande número daqueles envolvidos vá permanecer desconhecido.

“Seria temerário [foolhardy] dizer que nós pegamos todo mundo”, o Det. Supt. Allan Jones da polícia de Lothian e Borders [? Allan Jones of Lothian and Borders Police] disse à BBC.

Os outros homens acusados foram: o bancário Ross Webber, 27; o gerente de padaria Neil Campbell, 46; o agente de seguros [insurance claims adjuster] Craigh Boath, 24; o funcionário público John Milligan, 40; e o recepcionista de sauna gay John Murphy, 44.

Ligeiro apanhado de assuntos diversos

– Muito boa a matéria do Gazeta do Povo sobre Pio XII: Pontificado de Pio XII pauta visita do Papa a Jerusalém. É com muita alegria que vejo um órgão  de imprensa ter a coragem de publicar uma matéria assim quando todos os demais silenciam e/ou fazem coro ao processo de desinformação histórica perpetrado pelos inimigos da Igreja. É muito reconfortante saber que há jornais sérios, que não se curvam diante da censura anticlerical. Para parabenizar o jornal pela reportagem: leitor@gazetadopovo.com.br – nome completo, cidade e estado.

Príncipe jordaniano agradece valentia moral do Papa; o “príncipe Ghazi Bin Muhammed Bin Talal, primo e conselheiro do rei da Jordânia” fez “um profundo e amplo discurso em inglês”, onde acolheu o Papa “cujo pontificado esteve marcado pela valentia moral para falar e atuar em consciência, muito além das modas do momento”. Muito além das modas do momento – destaco. O empenho do Papa em preservar o patrimônio doutrinário da Igreja – e a importância deste trabalho – é reconhecido até mesmo por quem não é cristão!

– Na mesma matéria, Sua Alteza falou ainda nos “países subsaarianos onde as ‘minorias muçulmanas são submetidas a duras pressões por parte das maiorias cristãs, assim como em outros lugares onde acontece o contrário'” – gostaria muitíssimo de saber que países são esses e a exatamente quais “duras pressões” se refere o príncipe da Jordânia. Alguém faz idéia?

– Feliz dia das mães I: a mulher não foi feita para menstruar tanto. Ela foi feita para estar grávida e amamentar. “Apesar das mudanças de comportamento, o organismo feminino ainda funciona à moda antiga. Com isso, doenças ligadas à menstruação, que antes eram raras, agora são mais frequentes”. Raios, não é que a Igreja estava certa de novo!

– Feliz dia das mães II: Maria Mariana lança livro para contar experiência de criar 4 filhos. Vale muito a pena ler a entrevista concedida à revista Época, da qual destaco (quase tudo): “O valor de ser mãe não está sendo levado em conta. […] Mas eu sonhava com uma enorme mesa de família com aquela macarronada no domingo. […] Amamento há nove anos seguidos. Só desmamo um quando engravido do outro. […] Não acredito na igualdade entre homens e mulheres. Todos merecem respeito, espaço. Mas o homem tem uma função no mundo e a mulher tem outra. (…) Deus preparou o homem para estar com o leme na mão. […] O valor básico da maternidade é cuidar do outro, doar, servir. Nada a ver com o mundo competitivo. Maternidade é tirar seu ego do centro”.

– Por Rodrigo Pedroso, “a estatização da teologia”; fala sobre o projeto do senador Marcelo Crivella para regulamentar o exercício da profissão de teólogo no Brasil. “Ao regulamentar a profissão de teólogo, o Estado adentrará em seara alheia, imiscuir-se-á num campo que não lhe pertence. Tal intromissão representará violação da liberdade religiosa, garantida pelo art. 5º, VI, da Constituição Federal. E, na medida em que a teologia é uma disciplina do intelecto e uma ciência, representará igualmente uma infração da liberdade intelectual e científica, que a Constituição declara ser livre não apenas de censura, como também de licença (art. 5º, IX)”.

Você se lembra desta foto? Fiquei sabendo no blog do Veritatis que o site da Fox News trouxe uma reportagem com o garoto que, quando estava no útero de sua mãe, emocionou o mundo. Hoje ele tem nove anos. E a foto salvou muitos bebês de serem abortados. Muitos tentaram impedir isso: “a Life Magazine tentou comprar os direitos sobre a fotografia para que ela jamais fosse republicada; e o médico que fez a cirurgia chegou a dizer que foi ele quem puxou para fora a mão do bebê. A acusação acabou com a carreira do fotógrafo, mas não abalou sua determinação”. E, graças a Deus, não conseguiram.

– Faço coro ao desabafo do Rafael Vitola; e acredito não ser o único a fazê-lo. “Até quando teremos que aturar a Fé Católica seqüestrada por quem deveria ser seu defensor?” Levantai-Vos, Senhor. Salvai-nos.

Qual o problema com a pornografia?

Não sei quem é o Jason Evert, mas esta resposta dele sobre qual é o problema com a pornografia – considerando que, com ela, “não estamos fazendo mal a ninguém” – está muito boa. Recomendo.

Deus lhe deu inicialmente uma mente livre de imaginações para que você imprima nela a beleza de sua esposa, e só ela. E, ao invés, estampamos nela tantas imagens de outras mulheres, e você olha para essas outras mulheres na pornografia 15 segundos e já está enjoado dela. Olha para a próxima garota 30 segundos, e já está enjoado; e a próxima, e a próxima… Esses são os corpos mais bonitos do mundo e estamos sendo treinados para ficar enjoados deles em menos de um minuto. E você faz isso por alguns anos, e casa com uma mulher, e você realmente espera que seu corpo vai cativá-lo até que a morte os separe?

Curtas de fim de tarde

– O Cardeal Cañizares escreveu um belo prefácio à edição espanhola do livro “A Reforma de Bento XVI”; trata sobre a recepção do motu proprio Summorum Pontificum e – mais especificamente – sobre o lugar do Rito Tridentino na Igreja hoje. São palavras dele: “a vontade do Papa não foi unicamente satisfazer aos seguidores de Dom Lefebvre, nem limitar-se a responder aos justos desejos dos fiéis que se sentem ligados, por diversos motivos, à herança litúrgica representada pelo Rito Romano, mas também, e de maneira especial, abrir a riqueza litúrgica da Igreja a todos os fiéis, tornando possível assim a descoberta dos tesouros do patrimônio litúrgico da Igreja a quem ainda o ignora”. Palavras consoladoras.

“Ocidente não tem direito de impor preservativo a africanos”, é o que escrevem jovens de Camarões em uma carta aberta divulgada na Europa. Lembro-me de ter comentado em algum lugar que era interessante como todo mundo reclamava das palavras do papa Bento XVI sobre o preservativo ditas na sua viagem apostólica à África; todo mundo, menos os africanos. Este estudantes falaram o que deveria ser falado: “[d]izemos com firmeza nosso ‘não’ a este modelo cultural totalmente estranho a nossos valores e tradições, que nos está sendo imposto como determinante da melhoria de nossa vida”; e ainda exigiram que “peçam perdão ao Papa e aos africanos”! Brava África!

– Um pastor carioca diz que a homossexualidade é bênção de Deus enquanto que, na Austrália, um livro infantil (para crianças a partir de 11 anos) que aborda a homossexualidade gera polêmica. Até onde irá esta campanha de inversão de valores? Miserere nobis, Domine!

– O TCU aponta que mortos e políticos estavam recebendo dinheiro do Bolsa Família; provavelmente uma quantia mais gorda, já que o preço dos votos varia de acordo com quem os estão vendendo, e sói acontecer que políticos cobrem mais pelo mesmo produto. Mas talvez não sejam questões de comércio e sim assuntos familiares mesmo; afinal, os companheiros são parte da família, não é?

Três curtas

Cristãos em defesa do homossexualismo; “faça valer seu direito de liberdade de expressão e os valores de sua fé”, diz o manifesto divulgado por emails. Após preenchido, ele deve ser enviado para um dos seguintes destinatários:

ABGLT – Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Caixa Postal 1095, CEP: 80011-970 – Curitiba, PR, para o fax: (41) 3232-1299, ou para o e-mail aliadas@grupodignidade.org.br; ou, então, diretamente para o Senado: Senadora Fátima Cleide, Ala Sen. Filinto Müller, gabinete 15, Senado Federal, Praça dos Três Poderes, CEP: 70165-900 – Brasília, DF; fax: (61) 3311-1882.

Quanto ao primeiro destinatário, nem se fala. O segundo é um email que pertence a esta ONG – sempre as ONGs! – cuja missão é “atuar na defesa e promoção da livre orientação sexual e dos direitos humanos de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais”. O terceiro destinatário é a senadora Fátima Cleide, petista, relatora do PLC 122/2006 e que já deu voto favorável à sua aprovação sem emendas.

Esta corja parece não entender – ou não querer entender – que a liberdade de expressão tem limites (sendo portanto infundado o clamor de divulgação do manifesto) e – ainda mais gritante! – que não existe compatibilidade possível entre o Cristianismo e o gayzismo, entre Nosso Senhor e Belial.

– Ainda sobre liberdade de expressão: este sacrílego comercial de sorvetes divulgado na Europa. Mais uma vez: liberdade de expressão não é direito de ofender, e o sacrilégio não está entre os direitos humanos fundamentais. O comercial pode ser banido caso a agência reguladora de publicidade para quem foi encaminhada uma denúncia contra o anúncio a julgue procedente; mas, como comentou alguém numa lista de emails da qual participo, o autor deles provavelmente vai ficar impune. Para fazer mais peças ofensivas no futuro.

Duvido que fizessem isso com muçulmanos…

– Não sei se é verdade, mas saiu no IOLDiário [português] que uma menina argentina de 16 anos [agora 17] já tem sete filhos. Engravidou três vezes: uma gravidez normal e duas de trigêmeos. A mãe “confirmou ter assinado um documento para que Pamela [a jovem mãe] seja submetida a uma operação de laqueação de trompas”; este outro site, no entanto, diz que a jovem “ainda não adquiriu o direito de fazer uma laqueadura (ligadura de trompas), porque não atingiu a maioridade”. Sobre a garota, ele também fala:

Insatisfeita? A adolescente, que não mantém mais nenhum contato com os três pais, afirmou ao jornal Sunday Mirror que os garotos são seus “pequenos milagres”. “É cansativo, mas o mais importante é que todos eles sejam felizes e saudáveis”.

Não parece, portanto, que a menina queira se esterilizar. Contudo, parece que muitas pessoas estão dispostas a retirar da mulher o direito de ter os seus filhos. Esta pergunta no Yahoo Respostas revela um pouco disso; embora haja vozes discordantes, tem ainda muita gente que acha que a mulher deve, sim, fazer laqueadura após o segundo filho – teve até alguém com a cara-de-pau de dizer que “[s]e for pobre, deve fazer após o primeiro”! Este outro blog apresenta como “solução para a superpopulação planetária” a “laqueadura em dez minutos”. E vai na mesma linha ditatorial:

Uma das soluções para a superpopulação, para mulheres que já tenham dois filhos e de qualquer classe social – e não me venha com essa lengalenga de, e se ela se casar de novo e quiser mais filhos? Ela já teve sua cota de filhos, o planeta não suporta mais tanta gente, o planeta não tem mais recursos naturais para matar a sede e a fome de todos eles, vá arranjar outra diversão que não seja fazer filhos, o custo para o planeta é muito alto – é a laqueadura a jato.

É muito triste. Será que estamos seguindo o mesmo caminho da China? Ou para a crônica do Pondé? Após a propaganda anti-filhos, vem agora a imposição da esterilização para as sobreviventes do massacre ideológico. É este o mundo que nós queremos construir?

Urgente: Hoje é votado o projeto da Mordaça Gay

Atenção! Está na pauta de hoje (quarta-feira, 06 de maio de 2009) da Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal a votação do PLC 122/2006, o projeto da mordaça gay, que se aprovado vai transformar os homossexuais numa super-classe de cidadãos cheia de privilégios e instaurar a perseguição religiosa neste país. A pauta do dia pode ser encontrada neste endereço; o décimo-terceiro item é como segue:

ITEM 13
-NÃO TERMINATIVO-
PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 122, DE 2006

“Altera a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, dá nova redação ao § 3º do art. 140 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, e ao art. 5º da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e dá outras providências.”

Autora: Deputada IARA BERNARDI
Relatora: Senadora FÁTIMA CLEIDE
Parecer: Pela aprovação do Projeto.

Recomendo a leitura do último artigo do pe. Lodi sobre o assunto; é necessário e urgente que façamos HOJE algumas coisas:

– rezar, e rezar muito, para que Nossa Senhora livre o Brasil da ditadura gay; recomendo enfaticamente um terço, hoje, nesta intenção.

– pedir a Deus perdão pelos nossos pecados, pela exaltação do homossexualismo que encontramos na nossa sociedade, pelas ultrajantes marchas da vergonha [Paradas do Orgulho Gay] que mancham o solo desta Terra de Santa Cruz, pela deseducação que transforma o vício em virtude, enfim, por tantos crimes que clamam vingança aos Céus e que podem atrair a justa ira do Todo-Poderoso sobre nós;

– protestar junto ao Senado

a) pelo “Alô Senado”: 0800 612211
b) pelo site do Senado

A mensagem, segundo a orientação do pe. Lodi [veja-se o link citado], pode ser alguma coisa do tipo:

Quero que os senadores votem pela rejeição total do PLC 122/2006, que cria privilégios para o homossexualismo e instaura a perseguição religiosa no país.

E que Deus tenha misericórdia de nós todos.

Notas Ligeiras

Só indicando e/ou comentando em linhas ligeiras:

Is There Really an Influenza Epidemic? Em português [adaptado pelo Julio Severo], Há realmente uma epidemia de gripe? Parece que as dúvidas sobre se o surto de gripe suína é uma farsa alcançou proporções globais. Eu mantenho os meus comentários, só enfatizando: se o vírus não é tão letal quanto parece, graças a Deus, e voltemos à normalidade. A começar pelas missas no México, que não sei se já foram liberadas.

– O Gustavo fez um apanhado mais geral sobre a 47ª Assembléia Geral da CNBB, abordando também – além do homossexualismo – as questões sobre famílias em segunda união e celibato. Diz ele: É missão da Igreja, porém, apontar o erro, com caridade, mas com verdade. “A verdade dói”. Paciência. Se Cristo quisesse se furtar à dor, não teria morrido da forma que morreu. Muito bem dito! Subscrevo.

Campanha de outdoor homenageia mãe lésbica em Pernambuco, diz o Jamildo. “Tenho duas mães e muito amor por elas” – ridículo, oportunismo barato, propaganda imoral que deveria ser proibida. O vício não merece “homenagem”, e sim censura. Tenha Deus misericórdia das nossas crianças, expostas desde a mais tenra idade a esta depravação institucionalizada, ao vício transvestido de virtude.

– Não tenho tempo de traduzir esta pesquisa feita nos Estados Unidos, mas ela é bem interessante. Mostra que o apoio ao aborto vem decaindo na sociedade americana de agosto para cá. Mesmo assim, o presidente mais abortista da história dos EUA foi eleito; incompreensível. Tomara que, quando os americanos acordarem, não seja já tarde demais.

– Na Espanha há uma ampla rejeição à proposta de reprovar o Papa por causa de suas palavras na África; Deo Gratias! Queira Deus que, ao contrário do parlamento belga, os espanhóis não cedam ao politicamente correto. O cardeal Cañizares disse que “se trata de «uma decisão que não representa a Espanha nem a imensa maioria dos eleitores de todos os partidos, que deveriam representar verdadeiramente os cidadãos» e que «constitui uma ofensa à própria Espanha, sempre próxima do Papa e querida por ele, e entranha um grave dano às instituições»”. Para expressar também o seu repúdio a esta iniciativa descabida, clique aqui (via HazteOir).

Três versões sobre a CNBB e a admissão de homossexuais ao sacerdócio

Certas coisas são realmente inacreditáveis: com referência ao documento da CNBB sobre a formação de sacerdotes, encontrei na internet três notícias com manchetes diferentes e contraditórias.

  1. Folha de São Paulo: Bispos aprovam diretrizes para novos padres mas retiram menção a homossexualidade
  2. Estado de São Paulo: CNBB reafirma que homossexual não pode ser padre
  3. Zero Hora: Gays celibatários podem ser padres, diz bispo

Cabe perguntar como é possível uma tal discrepância na apresentação de notícias sobre o mesmo fato; a incoerência é gritante e salta aos olhos. Mais ainda se levarmos em consideração que o tal documento não foi ainda publicado, só o devendo ser após a aprovação do Santo Padre. Como é possível, então, que três agências de notícias possam dar informações tão díspares sobre uma coisa que nem sequer foi tornada pública ainda?

[A bem da verdade, é preciso deixar claro que o último texto – reproduzido pelo Zero Hora – fala não sobre o documento “Diretrizes para a Formação dos Presbíteros” em si, e sim sobre uma declaração do bispo dom Luís Soares Vieira, vice-presidente da CNBB. Mesmo assim, merece registro o samba do crioulo doido que foi feito pelos jornais brasileiros.]

Qual é, portanto, a verdadeira posição da Igreja Católica no meio desta confusão toda? Ela deve ser buscada na Instrução Sobre os critérios de discernimento vocacional acerca das pessoas com tendências homossexuais e da sua admissão ao Seminário e às Ordens Sacras, da Congregação para a Educação Católica. O texto é taxativo; lá, a Igreja afirma “claramente” que “não pode admitir ao Seminário e às Ordens sacras aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente radicadas ou apoiam a chamada cultura gay“.

A CNBB não pode fugir disso; quer o documento traga expressamente o termo “homossexualidade” ou não, quer um bispo diga o contrário, gays não podem ser ordenados sacerdotes porque assim dispõe a Santa Sé. C’est fini. Permitindo-me um desabafo, bem que a Conferência poderia evitar estas fofocas descabidas todas afirmando de maneira clara o que a Igreja já afirmou há quatro anos [a referida instrução é de 2005]; mas parece que a CNBB só sabe ser taxativa quando é para ser contrária à redução da maioridade penal…

“Ah, mas e se o gay for celibatário?”, pode perguntar alguém. Ao contrário do que disse o vice-presidente da CNBB, no entanto, só é autorizada pela Congregação para a Educação Católica a admissão às ordens sacras do candidato no “caso de se tratar de tendências homossexuais que sejam apenas expressão de um problema transitório como, por exemplo, o de uma adolescência ainda não completa”. Ou seja, se o sujeito estiver confuso durante a adolescência, se tais tendências forem transitórias, e não se ele for verdadeira e propriamente gay, assumido e feliz com a sua “orientação” sexual. E, mesmo assim, essas tendências precisam “ser claramente superadas, pelo menos três anos antes da Ordenação diaconal”. Que diferença entre o que diz a Santa Sé e o que diz a vice-presidência da CNBB!

Só mais dois detalhes: primeiro, não é verdade que “o que se exige do heterossexual para ser padre, se exige também do homossexual” assim, simpliciter, como disse Sua Excelência. De um heterossexual se exige a renúncia de um bem (o Matrimônio) e, do suposto homossexual sacerdote, exigir-se-ia evitar um pecado (os atos homossexuais). Não é, nem de longe, a mesma coisa. Privar-se de algo que é um bem é um ato meritório; afastar-se dos pecados é obrigação de todo cristão. É, portanto, evidente a diferença.

E, segundo, causa espécie que (conforme o Estadão) o tal documento tenha… “388 artigos e 97 páginas, antes dos acertos finais”! Uma centena de páginas e, mesmo assim, sem tratar do problema da homossexualidade?! É realmente necessário tudo isso? Tenho até medo de saber o seu conteúdo. Bem que o Papa poderia devolver uma versão que contivesse somente um quarto do tamanho desta papelada; tenho certeza que daria para abordar tudo o que é necessário para a formação dos presbíteros (incluindo a homossexualidade). Rezemos pelos nossos bispos, rezemos pelos futuros sacerdotes.

Assassinatos impunes

O Percival Puggina escreveu um texto muito pertinente chamado “O Abortista”, cuja leitura, caso ainda não tenham feito, eu recomendo enfaticamente aos visitantes do Deus lo Vult!. Trata sobre um caso ocorrido há uns quinze dias atrás em Sapucaia do Sul, quando uma estudante universitária foi presa por tentativa de homicídio contra a própria filha recém-nascida.

O Puggina fala em aborto. As manchetes que encontrei – a própria do Zero Hora citada, esta d’O Globo, ou ainda esta do jornal NHfalam em parto. Como a criança nasceu prematura (com sete meses) e como a jovem obviamente não desejava a gravidez (dado que “escondeu o bebê dentro de uma bolsa, enrolado numa sacola plástica” após o seu nascimento!), acho a hipótese de aborto muito plausível. Até onde eu saiba, a recém-nascida está internada em estado de saúde grave; não encontrei notícias mais recentes sobre o ocorrido.

A afirmação do amigo do Puggina após saber que a mãe e o pai da criança haviam sido presos – “Estão presos, é? Que absurdo! Vê só o resultado dessas idéias de vocês! Tivessem feito esse mesmo aborto direitinho, num hospital, com assistência médica, nada disso teria ocorrido” – é a mais honesta expressão da mentalidade abortista. Qual a diferença entre a criança dentro da sacola plástica em Sapucaia do Sul e a criança dentro de um saco de lixo hospitalar após o aborto? Nenhuma – só a chance de sobrevivência do bebê que, fora do matadouro abortista, é um pouco maior -, e o interlocutor do Puggina sabe tão bem disso que não cora de vergonha ao dizer o que disse. Do aborto para o infanticídio a diferença é meramente o local onde é realizado o assassinato, se dentro do útero da mãe ou fora dele.

Uma mulher dessas deve ser punida? É óbvio que deve. Curiosamente, no entanto, não querem que sejam punidas as mulheres que assassinam os próprios filhos dentro do seu ventre. Tal irracional discrepância entre as posições tomadas diante de fatos que, em essência, são idênticos, é mais um sintoma da degeneração intelectual e moral que toma conta da nossa sociedade.

No debate sobre o aborto que assisti aqui em Recife, o advogado criminalista reclamava da exibição de fetos assassinados – produtos do aborto – cobertos de sangue que era feita à época dele nos debates sobre o aborto, alegando que não dava para debater o assunto com seriedade após o choque provocado por imagens tão fortes. Acontece que essas “imagens tão fortes” são exatamente o assunto que se está debatendo, de modo que não dá para debater sobre algo sem ter uma idéia clara do que está em discussão. Fosse num mundo mais afeito aos processos intelectuais – fosse na Idade Média -, provavelmente seria possível à enorme maioria das pessoas conceberem o que significa um aborto sem precisarem ver um. No nosso século desgraçado, contudo, onde as pessoas esqueceram como se pensa e só conseguem raciocinar sobre aquilo que vêem, mostrar o banho de sangue – pôr a descoberto o cadáver oculto – é fundamental.

No mesmo debate, a feminista da ONG pró-aborto dizia que a mulher pode ter “um projeto de vida” frustrado por uma gravidez indesejada, de modo que não seria justo que ela abdicasse dos seus sonhos por conta de um filho que ela não tinha então condições de criar. Citou até o exemplo de “terminar a faculdade”. Pois bem, esta jovem de Sapucaia do Sul era estudante universitária e certamente tinha “um projeto de vida” que viu ameaçado pela gravidez, de modo que decidiu abortar a filha e escondê-la, de pernas quebradas, dentro de uma bolsa. Não há “projetos de vida” que justifiquem a eliminação voluntária de uma vida inocente. A jovem de Sapucaia do Sul que encarna os sofismas da sra. Sílvia Regina está presa na Penitenciária Feminina Madre Pelletier, em Porto Alegre. Querem os senhores abortistas discutir sobre o aborto? Discutam-no à luz deste triste caso ocorrido no Rio Grande do Sul!

Defender o aborto é ter um grave defeito intelectual e/ou moral. Não existe nenhuma condição de se tratar um abortista como se fosse uma pessoa na plena posse de suas faculdades mentais; ele não é. Todo abortista é capaz de “raciocinar” como o amigo do Puggina citado no artigo dele. E, diante de pessoas assim, às vezes a melhor coisa a fazer é mesmo mandá-las “para um lugar bem feio” e afastá-las das esferas de decisão da sociedade. É óbvio que quem defende que os assassinatos possam ficar impunes não tem nenhuma condição de legislar ou de julgar.