O show da JMJ!

Eu não nego a boa vontade dos garotos que fizeram o “Show da JMJ”. Não obstante, é preciso negar – e com veemência – que se possa fazer uma desgraça dessas sob a justificativa de “evangelizar”. Evangelizar a quem, cara-pálida? Isso não é a JMJ. Isso é um desserviço que alguns jovens do Rio de Janeiro – repito, certamente com a melhor das boas intenções – estão prestando à Jornada e à Igreja.

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Eu nunca tinha ouvido falar em “Anitta” (sim, com dois ‘t’s mesmo) e não conhecia o clipe oficial do “Show das Poderosas” – aliás, nem mesmo a música eu conhecia. Infelizmente, agora eu conheço as duas coisas: o funk original e a sua versão “católica” feita pelos meninos do Rio de Janeiro.

É claro que sou a favor de músicas, mesmo profanas, em eventos para a juventude. No entanto, é preciso ter critérios. Não nego o valor das paródias. O que afirmo é a importância de ser seletivo na escolha daquilo que vamos parodiar. Afinal de contas, deve-se imitar aquilo que é bom, e não qualquer porcaria. Por qual razão deveríamos pegar o esgoto da música contemporânea e fazer-lhe uma versão piorada para supostamente servir à causa católica? Sim, porque é exatamente disso que se trata.

O tal “Show das Poderosas” é um lixo de música chiclete que exige doses cavalares de «Desescute» para desintoxicar o pobre incauto em cujos ouvidos ela consiga penetrar. O “Show da JMJ” é a mesma coisa, só que com menos métrica e rimas piores. A música remete o tempo inteiro ao funk original, do qual ela é somente uma cópia mal feita. Fica a pergunta: qual o propósito disso?

“[A]trair o público”? Mas não está óbvio que os não-católicos «que descem e rebolam» no funk original vão simplesmente torcer o nariz para esta paródia patética, e que os católicos que porventura embarquem na onda não deveriam ser incentivados – nem por similaridade! – a gostar da depravação que vemos no clip da Anitta? Se a música não atrai os de fora e ainda corrompe os de dentro, por que raios há católicos gastando tempo e dinheiro para produzi-la e divulgá-la?

Papa Francisco e os ateus, filhos de Deus

A motivação deste post me vem de duas fontes distintas. Uma diz que o Papa “confundiu” pro multis e pro omnibus; a outra, que o Papa afirmou a heresia da salvação universal. Aos que tenham se sentido confusos com estes artigos (ou outros análogos), oferecemos este contraponto, esperando que possa ser útil.

Quanto ao primeiro texto, a resposta é imediata: uma coisa é a redenção objetiva e, outra, a redenção subjetiva. Aquela diz que o Santíssimo Sangue de Nosso Senhor derramado na Cruz do Calvário é suficiente para a salvação de todos os homens; esta, que – não obstante – os méritos de Cristo são eficazes apenas para os que aceitam voluntariamente o Sacrifício Vicário de Cristo, por meio da Fé e dos Sacramentos. A primeira é o pro omnibus e, a segunda, o pro multis. Afirmar a precisão histórica desta no contexto das palavras da Consagração que Cristo ensinou aos Seus apóstolos na Última Ceia não é (nem de longe!) a mesma coisa que sustentar ser aquela herética em qualquer contexto em que seja empregada. Aliás, é o próprio Bento XVI quem o afirma, em carta enviada há pouco mais de um ano à Conferência Episcopal Alemã (grifos meus):

Isto põe em evidência um elemento muito importante: a tradução «por todos» de «pro multis» não era, de facto, simples tradução, mas uma interpretação. Esta tinha seguramente fundamento, e continua a tê-lo; contudo é mais do que uma tradução, é já interpretação.

[…]

Porventura o Senhor não morreu por todos? O facto de Jesus Cristo, enquanto Filho de Deus feito homem, ser o homem para todos os homens, ser o novo Adão faz parte das certezas fundamentais da nossa fé. Sobre este ponto, queria apenas recordar três textos da Escritura. Deus entregou seu Filho «por todos»: afirma Paulo na Carta aos Romanos (Rm 8, 32). «Um só morreu por todos»: diz-se na Segunda Carta aos Coríntios, ao falar da morte de Jesus (2 Cor 5, 14). Jesus «entregou-Se a Si mesmo como resgate por todos»: está escrito na Primeira Carta a Timóteo (1 Tm 2, 6). Mas então devemos, ainda com maior razão, pôr-nos a questão: Se isto é assim claro, porque é que na Anáfora Eucarística está escrito «por muitos»? O motivo é que a Igreja tomou esta formulação das narrações da Instituição no Novo Testamento. Ela diz assim por respeito à palavra de Jesus, para se Lhe manter fiel até mesmo nas palavras. O respeito reverencial pela própria palavra de Jesus é a razão de ser da formulação da Anáfora Eucarística.

Portanto, não há absolutamente nenhum problema em afirmar que Cristo morreu «por todos» nós. Aliás, o próprio texto da Montfort indicado no Blog do Angueth explica a diferença entre redenção objetiva e redenção subjetiva, donde se vê que a estranheza do professor manifestada em seu artigo, data venia, é incompreensível.

Quanto ao segundo texto, digo o seguinte:

Primeiro, que não há problema algum em afirmar que Nosso Senhor “ampliou os horizontes” dos discípulos. É aliás óbvio que Ele fez isso, posto que a alternativa é pretender que os Apóstolos sempre souberam tudo e Nosso Senhor nada teve a lhes ensinar! Claro que Cristo corrigiu muitas das idéias erradas dos discípulos e mesmo dos Apóstolos, os Evangelhos estão cheios de exemplos disso. Absurdo (e aliás herético) seria afirmar que Nosso Senhor incutiu idéias erradas nos Apóstolos, e não que Ele corrigiu os pensamentos errados que os Apóstolos tinham.

Segundo, que os católicos jamais mataram em nome de Deus, pelo menos não nos eventos históricos que costumam ser evocados como exemplo disso (v.g. Inquisição e Cruzadas). Aliás, parece-me claro que o Papa não está pensando na história da Igreja ao fazer esta crítica, porque ele vai mais fundo e diz que isso «é simplesmente uma blasfêmia». Ora, como o Antigo Testamento está repleto das guerras de Israel e das prescrições divinas para a morte dos corruptores da religião judaica, é claro que o Papa Francisco não pode estar chamando de «matar em nome de Deus» coisas como a Guerra Justa ou a pena de morte legitimamente aplicada aos falsificadores da Religião Verdadeira. A alternativa – outra vez absurda – é sustentar que o Papa estaria dizendo que o Antigo Testamento é «simplesmente uma blasfêmia», e a hipótese de que o líder máximo da Igreja Católica possa ter em tão repugnante conta [mais da] metade do livro sagrado da sua religião simplesmente não faz sentido para ninguém que pretenda manter intacto seu senso de realidade.

Ao invés, existe uma certa religião que – aí sim – é conhecida por “matar em nome de Deus”: trata-se do Islã, cuja Jihad faz até hoje tantas vítimas entre aqueles que não aceitam prostrar-se diante de Allah e seu profeta, e portanto é muito mais razoável supôr que foi a esta que o Papa Francisco dirigiu as suas imprecações. Considerando isso, e dado que hoje em dia não existe nenhum indivíduo ou grupo católico que pretenda (mesmo em teoria!) matar não-católicos em nome de Deus (*), a hipótese de que o Papa esteja se referindo a um comportamento inexistente nos dias de hoje unicamente para desmoralizar a Igreja Católica (!) carece de verossimilhança.

[(*) O IRA, que é o exemplo que poderia ser citado para negar a minha afirmação, não se encaixa aqui pois i) não conta com o apoio da Igreja; ii) usa o elemento religioso – isso quando o usa… – unicamente como pretexto para disfarçar conflitos políticos; e iii) não faz parte do contexto próximo ou remoto da homilia pontifícia. No entanto, mesmo admitindo que o Papa pudesse estar pensando no Exército Republicano Irlandês quando condenou o «matar em nome de Deus», ainda assim as suas colocações seriam legítimas e pertinentes e a) nem autorizariam “retroagir” sua condenação para abarcar também eventos católicos do passado e b) nem deixariam de valer como crítica às outras religiões que ainda hoje fazem guerra «em nome de Deus».]

Terceiro, que Deus morreu por todos os homens sim, como foi explicado acima, e que o Sangue d’Ele é suficiente para redimir o mundo inteiro sim, embora isso naturalmente não signifique que todas as pessoas vão inexoravelmente se salvar sem fazer nada para isso.

Quarto, que a filiação de Deus é dupla: por um lado recebemos a filiação divina pelo Batismo sim e não sem ele, mas por outro todos os seres humanos – mesmo os ateus – somos filhos de Deus por conta da nossa inteligência e nossa vontade, que são a imagem de Deus em nós. Assim nos ensina São Pio X no Terceiro Catecismo da Doutrina Cristã (negritos meus):

285) Por que podemos nós dizer que somos filhos de Deus?

Somos filhos de Deus:

1º porque Ele nos criou à sua imagem e nos conserva e governa com a sua providência;
2º porque, por especial benevolência, Ele nos adotou no Batismo como irmãos de Jesus Cristo e co-herdeiros, juntamente com Ele, da eterna glória.

Portanto, mesmo os ateus são filhos de Deus, porque Ele os criou à Sua imagem e os conserva e governa com Sua providência. Destarte, o Papa não disse nenhuma novidade – apenas repetiu um ensinamento tradicional da Igreja – quando lembrou que, em certo sentido, mesmo os que não crêem são filhos de Deus.

Por fim, quinto, que é verdadeiramente espantoso não se ter percebido o mais importante desta homilia, que é o seguinte: quando o Papa diz que «todos nós temos o dever de fazer o bem» e que isso «não é uma questão de fé, mas um dever», ele está lançando um duro ataque contra a ditadura do relativismo e explicando que não é porque fulano ou sicrano crê ou deixa de acreditar que ele pode se considerar eximido de seguir os ditames morais que valem para todos! Ora, num mundo em que os hipócritas clamam o direito de casar homem com homem porque não são católicos e em que dizem à Igreja para que Ela não imponha a Sua proibição ao aborto àqueles que não comungam da Fé Católica, afirmar que até os ateus têm o dever moral de fazer o bem é um duro golpe no ateísmo mesmo e o sepultamento definitivo do relativismo moral que grassa nos dias de hoje.

Este ensinamento não é só verdadeiro: é tremendamente oportuno. Se não percebem isso aqueles que por um lado louvam o Papa por ter alegadamente aberto o Céu aos ateus e por outro aqueles que o criticam por supostamente ter negado a Igreja fundada por Cristo, é porque estão mais preocupados com os seus pré-julgamentos do que com a compreensão serena e desapaixonada daquilo que o Vigário de Cristo tem para nos dizer.

Uma reação é esboçada

No último dia 22 de maio, o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira protocolou, junto à Presidência do Senado, dois blocos de assinaturas contra o PLC 122/2006 e contra o projeto de Reforma do Código Penal. O primeiro deles continha mais de três milhões de assinaturas.

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No último domingo, 26 de maio, multidões de franceses foram mais uma vez às ruas de Paris para protestar contra o casamento gay que a França aprovou no último abril. Eram mais de um milhão.

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No Jus Navigandi, conhecido portal brasileiro de Direito, o texto de um procurador do Banco Central em Minas Gerais conclama os cartórios a não obedecerem à recente decisão do CNJ que os pretende obrigar a registrarem “casamentos gays”: «A norma emanada da Resolução n.º 175 do CNJ é ato inexistente. Tanto quanto a união civil e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, não encontra suporte no ordenamento jurídico brasileiro, no estado de direito, na soberania popular, na separação de poderes, na laicidade do Estado e no art. 226, § 3.º, da Constituição. Não vale a tinta com que foi escrita. É uma ficção e não merece cumprimento».

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A iniqüidade avançou demais e se tornou insuportável: uma reação é esboçada! Que ela cresça e se torne verdadeira oposição à barbárie que nos ameaça. Que estimule os bons a romperem a cortina de silêncio em que viviam. Que se levante em defesa da moral, dos bons costumes, da justiça, da civilização enfimQue ela possa contagiar os que julgavam estar sozinhos.

Sobre projetos pró-vida no Congresso Nacional

Projeto que inclui “desde a concepção” na Constituição Federal ganha relator, no Blog da Vida. «No dia 14 desse mês o deputado Alberto Filho (PMDB-MA) foi indicado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados como relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/2012, projeto que pretende incluir na Constituição Federal as palavras “desde a concepção” no artigo 5º, quando há menção à inviolabilidade da vida humana».

A notícia é muito boa, pois se trata de um dos mais simples e incontroversos projetos pró-vida atualmente em trâmite no Congresso. Importa trabalhar por sua aprovação, que será muito positiva para a causa em defesa da vida no Brasil.

Já o Estatuto do Nascituro, como sabemos, não é tão incontroverso assim. Exatamente por isso é importante pontuar com bastante cuidado o quê ele significa e a quê exatamente ele se propõe, para que não fiquemos paralisados no meio do fogo cruzado. Neste sentido, é oportuna a leitura deste texto do Dr. Leonardo Lima Nunes, Procurador Federal. Destaco:

Os defensores do aborto contam justamente com a sua desinformação e comodismo. Vendem-lhe uma realidade distorcida para que, com medo, você apoie a barbárie. Informe-se e verá que defender a dignidade humana e o direito das crianças nascerem (já previsto no art. 7° do ECA), ampliando as políticas públicas de apoio à gestação, nunca irá torna-la menos livre ou ameaçar a sua vida ou dignidade.

Propositalmente, o texto incorre naquilo que o pe. Lodi está chamando de «propaganda do gol contra». Eu entendo as ressalvas do sacerdote, mas imagino que o Dr. Leonardo esteja encarando os fatos de um ângulo diferente: importa desmentir a boataria de internet que diz que o Estatuto do Nascituro vai modificar o Código Penal. Não vai, e talvez a melhor forma de deixar isso claro seja mesmo enfiar um «ressalvados (sic) o disposto no Art. 128 do Código Penal Brasileiro» no meio do projeto. A esta altura do campeonato, quem poderá demonstrar o contrário?

Todos sabemos que não existe aborto legal no Brasil, e todos também sabemos que, não obstante, há um morticínio generalizado de crianças – inclusive com recursos públicos! – sob o manto hipócrita de uma “legalidade” que não se sustenta juridicamente. É uma lástima, mas esta é a situação na qual nós já nos encontramos. Não é praticável fazer guerra contra isso o tempo todo, e nem muito menos condicionar a legitimidade moral de um projeto de lei à clareza com a qual ele expresse a justa interpretação do Art. 128 do CP.

Sobre o novo ministro do STF: o fundo do poço

A presidente Dilma indicou para o Supremo Tribunal Federal (na vaga de Ayres Britto) o Dr. Luís Roberto Barroso, 55 anos, famoso advogado constitucionalista. Com esta nomeação, o aparelhamento ideológico da Suprema Corte chega ao seu ápice ou, melhor dizendo, ao mais abjeto fundo do poço. A biografia de Barreto inclui feitos notáveis como «[ser] responsável pela defesa, no Supremo Tribunal Federal, de causas como a legitimidade das pesquisas com células-tronco embrionárias, equiparação das uniões homoafetivas às uniões estáveis convencionais, legitimidade da proibição do nepotismo, legitimidade da interrupção da gestação de fetos anencéfalos» (Folha). Atente-se para o nível dos militantes que estão sendo descaradamente colocados nos mais altos postos do governo do Brasil para lá ficarem a vida inteira, sem prestar satisfações a ninguém, e imagine-se o que nos espera daqui em diante.

Sobre este curriculum, a propósito, é oportuno lembrar este texto do prof. Felipe Hermes Nery, que faz «parte do relatório apresentado ao então Ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Brito, antes da votação da ADIn 3510 [cuja rejeição pelo STF autorizou, há cinco anos, a destruição de embriões humanos em pesquisas científicas]», para entender o processo revolucionário que vem sendo aplicado no Brasil há anos e que, agora, com o mais novo integrante do STF, ganha um poderoso reforço.

Barroso é muito bem conhecido no meio acadêmico: é provável que seja o maior expoente brasileiro do neoconstitucionalismo, o arcabouço teórico por trás de todas as bizarrices jurídicas que foram feitas no Brasil nos últimos anos. Trata-se de revolucionário, sem dúvidas, mas revolucionário inteligentíssimo e com prestígio: é desolador apenas imaginar o estrago que um sujeito desses pode fazer no STF. A plantação do joio foi muito bem feita: mesmo na hipótese do Partido deixar hoje a presidência do país, bastar-lhe-ia sentar e esperar a colheita maldita que inexoravelmente viria. E quanto tempo levará para que depois as coisas sejam colocadas em ordem novamente? É impossível dizer.

Na verdade, esta indicação só diminui ainda mais o prestígio de uma instituição prostituída que, de Guardiã da Lei, passou a ser ponta de lança da Revolução. Eis, sem muitas firulas, a situação diante da qual nos encontramos.

O que acontece agora? Teoricamente, o Senado pode rejeitar a indicação, mas não é nada provável que isso aconteça (aliás, eu nem saberia dizer se isso já aconteceu alguma vez na vida). Na impossibilidade prática de vetar os desmandos da presidente, que indica ministros ao Supremo como se estivesse formando seu próprio exército de delinqüentes para perpetuar no mundo as suas idéias de jerico, seria desejável que ao menos a tradicional sabatina contivesse perguntas relevantes, capazes de mostrar ao Brasil quem é Luís Roberto Barroso. Coisas como as suas posições sobre ativismo judicial, separação entre os Poderes, releituras da Constituição, por exemplo, não deveriam ficar de fora. Ao menos para constar. Ao menos para que não se diga, depois, que fomos pegos de surpresa.

Guerra ideológica e grupos de risco

Na esteira da recente decisão do Conselho Nacional de Justiça de obrigar os cartórios de todo o Brasil a realizarem casamentos gays, há duas notícias que merecem ser melhor divulgadas.

A primeira delas é esta do IPCO, que faz uma sóbria leitura do que está acontecendo no país a respeito desta onda de concessão de falsos direitos (cada vez mais exagerados) ao vício contra a natureza. Ainda, apresenta uma iniciativa (foi a primeira vez que eu a vi) que tem potencial para se tornar interessantíssima: uma página para “contato com a imprensa”, contendo os endereços de email de diversos veículos de comunicação a nível nacional e estadual, bem como um breve texto sobre «Como aumentar o efeito de sua carta à imprensa» que merece uma leitura.

O grande problema do Brasil contemporâneo é a enorme discrepância que existe entre as posições ideológicas dos Quatro Poderes e as dos demais cidadãos, meros mortais. Quanto mais estes puderem se fazer ouvir, melhor, e neste sentido é muitíssimo bem-vinda qualquer iniciativa que se proponha a tirar o tal “povo brasileiro” dos discursos demagógicos e trazê-lo para o protagonismo da vida social verdadeira. Há uma guerra ideológica em curso, e simplesmente não faz sentido nos omitirmos de lutá-la.

A segunda notícia é esta d’O Estado de São Paulo, replicada por Zero Hora: HIV ainda desafia saúde pública. Vem da imprensa laica, portanto. Os dados apresentados nela são os seguintes:

Nos dados mais recentes do Ministério da Saúde, de 2012, homens que fazem sexo com homens aparecem como de maior vulnerabilidade: 10,5% estão infectados [com o vírus da AIDS]. Na população em geral, a incidência é de menos de 0,5%.

A desproporção salta aos olhos: na população em geral, nós só encontramos um soropositivo a cada 200 pessoas. Entre os tais «homens que fazem sexo com homens»gays, portanto, por mais que os homossexuais “puros” aparentemente não queiram ser contados entre eles e vice-versa -, é um a cada dez! Por mais que o tempo passe, os grupos de risco continuam existindo, e mudar a forma como se lhes denomina («Não é mais uma questão de se falar em grupo de risco — como ocorreu no começo da epidemia e criou estigmas até hoje dolorosos —, mas entender quem está mais vulnerável», fala Alexandre Naime Barbosa, infectologista entrevistado na matéria) é somente uma tentativa cômoda de mascarar o problema. É óbvio que não o resolve, e nem muda o fato de que há proporcionalmente muito mais soropositivos entre os que vivem como em Sodoma do que entre os que vivem como a Igreja prega! Que aos olhos de muitos Ela seja culpada pela epidemia da AIDS no mundo ao mesmo tempo em que se exalta nas alturas o homossexualismo é somente outro sintoma das loucuras e contradições do mundo moderno.

Tem mais um detalhe. Essa notícia não é muito diferente de outra que eu comentei há quase cinco anos aqui no Deus lo Vult!; na verdade é praticamente igual. Em meados de 2008 eu disse aqui: «Os “[h]omens que fazem sexo com homens são 19 vezes mais propensos a contraírem o vírus HIV do que a população em geral”, como diz o GLOBO» – os dados eram a nível mundial. A matéria de então d’O GLOBO ainda está lá.

Cinco anos, toneladas de camisinhas e milhões gastos com campanhas anti-homofobia depois, os gays em questão ainda são 20 vezes mais propensos a contraírem o HIV do que a população em geral! A realidade não tem compromissos ideológicos. E, depois de fracassos acumulados sobre fracassos, é espantoso que aparentemente ninguém nunca se pergunte se estão de fato fazendo a coisa correta para combater a AIDS. Mas a ideologia fala sempre mais alto: questionar o establishment é pecado mortal, e é incompreensível que os nossos dados epidemiológicos ainda insistam em ser tão obscurantistas.

O melhor protesto do Femen

Certas coisas são cômicas. O feminismo é um movimento tão revolucionário, mas tão revolucionário que, para afirmar com mais veemência a própria rebeldia, decidiu agora revoltar-se contra si mesmo. O mais recente eco do brado “Não me representa!” foi dado pelo Femen contra o próprio Femen. Ou, para ser mais exato, pelo Femen internacional contra o braço tupiniquim do movimento.

A notícia nos chegou pelo divertido título de «O Femen Brazil não nos representa, afirma líder de organização ucraniana». Em resumo, o fato é que a líder do movimento na Ucrânia disse que a ativista brasileira até então responsável pelas atividades do Femen no solo pátrio não pertence mais ao movimento. Por quê?

Alexandra Shevchenko, a ucraniana (“uma das fundadoras do Femen”, diz Zero Hora), expõe as suas razões: «A pessoa que nos representava, Sara Winter, e que tem sua própria conta no Facebook, o Femen Brazil, não faz parte do nosso grupo. Tivemos muitos problemas com ela. Ela não está pronta para ser líder. É uma pena, mas essa decisão faz parte do nosso crescimento como movimento honesto. O Femen Brazil não nos representa».

Sara Winter, a paulista, defende-se: «Elas queriam que eu contratasse um helicóptero para desenhar um símbolo do Femen no Cristo Redentor. Como iria fazer uma coisa dessas? Queriam que eu encontrasse uma cruz de madeira no Rio ou em São Paulo e serrasse, como elas fizeram em Kiev. Elas tinham muitas ideias absurdas que foram nos distanciando».

O que dizer disso tudo? Faço só três ligeiros comentários.

Primeiro, que este imbroglio nos revela, uma vez mais, que essas senhoritas não passam de vândalas arruaceiras, cujo propósito de vida se resume a perpetrar agressões cada vez mais absurdas (pichar o Cristo Redentor de helicóptero, sério?!) que qualquer pessoa civilizada não pensaria duas vezes antes de classificar como criminosas. Por não encontrarem ninguém com o mesmo grau de instinto criminoso aqui no Brasil, as celeradas da Ucrânia preferiram romper com o movimento local. O problema não é portanto ideológico, mas de praxis: não importa se a sra. Winter comunga ou não das mesmas idéias do movimento, se ela não está disposta a fazer as barbaridades que o Femen quer que ela faça, então ela não é boa o bastante para o grupo.

Segundo, que certamente não faltarão quem se disponha a defender as fundadoras. E, sob este aspecto concreto, elas não deixam de ter razão: se existe um grupo com certos objetivos e alguém não concorda com eles, nada mais lógico do que afirmar que esta pessoa não faz parte daquele grupo. Neste caso, quanto à coerência das baderneiras eu não tenho nada do que reclamar. Mas quando um outro grupo decide expulsar um membro que não se coaduna com os objetivos para os quais o grupo existe – por exemplo, quando um padre rebelde é excomungado pela Igreja por defender heresias -, não faltam pessoas que rapidamente se levantem contra esta intolerância obscurantista. Ora, onde estão estes baluartes da “liberdade de expressão” para defender a pobre da Sara Winter, que foi sumariamente expulsa do seu movimento por discordar das orientações da sua superiora?

Terceiro, que o Brasil certamente não perde nada com o fim dos “serviços” do Femen Brazil: que vá com Deus e nos deixe em paz! A srta. Alexandra garante que vai «reconstruir o Femen no Brasil» – não tenha pressa! Por enquanto, é motivo de júbilo saber que a metralhadora rotatória das revolucionárias acabou ferindo de morte as próprias companheiras. Se elas continuarem assim – que o bom Deus o permita! -, acabarão se auto-destruindo: e esta será de longe a melhor coisa que o Femen já terá feito pelas mulheres do século XXI.

Kermit Gosnell, aborteiro, assassino

Uma das mais reconfortantes notícias da semana é a de que Kermit Gosnell foi considerado culpado pela justiça americana. A pena ainda não saiu, mas pelo que entendi oscila entre pena de morte e prisão perpétua.

Se alguém está lendo este texto e não sabe quem é Kermit Gosnell, é devido ao silêncio criminoso com o qual os órgãos de imprensa (não só brasileiros) estão tratando o assunto. O Dr. Gosnell, pasmem, é «um médico da Pensilvânia que matava bebês nascidos vivos depois de procedimentos abortivos mal sucedidos» (cf. Blog da Vida – praticamente o único veículo de mídia nacional a repercutir o caso, a propósito). Contra ele pesam 260 acusações.

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O próprio fato de um médico montar uma clínica de abortos já é algo intrinsecamente repulsivo, e para quem mantém o seu senso moral intacto é lógico que um aborto já é em si mesmo uma coisa repugnante. No entanto, o caso do dr. Gosnell nos ajuda a ilustrar esta verdade de modo insofismável. O que se sabe do aborteiro americano é o seguinte (id. ibid.):

As maiores atrocidades, no entanto, ocorriam quando algo dava “errado” na mesa de cirurgia. Conforme conta a colunista Kirsten Powers, do jornal USA Today, Gosnell decapitava os bebês sobreviventes, e os guardava em jarras, na geladeira.

Stephen Massof, um ex-funcionário de Gosnell detalhou em seu testemunho como o médico usava tesouras para perfurar a parte traseira do pescoço e cortar a medula espinhal do bebê, separando o cérebro do corpo. Assim como outras testemunhas, Massof também se declarou culpado por ter participação em várias execuções, e contou ter visto pelo menos 100 bebês serem assassinados por seu ex-chefe. Outra ex-funcionária, Adrienne Moton, chegou a fotografar alguns dos bebês mortos e confirmou que Gosnell lhe ensinou a técnica.

Ora, se somos tomados de horror quando imaginamos o médico cortando o pescoço de bebês recém-saídos do útero de suas mães, como é possível que não nos indignemos quando o mesmo médico faz a exata mesma coisa dentro do ventre materno? É horrendo decapitar crianças? Concordaríamos facilmente que ninguém possa reclamar para si tão macabro direito – o de decapitar os próprios filhos? Ora, que assombrosa deficiência intelectual é esta, então, que nos faz omitirmo-nos (ou, pior ainda, apoiarmos com entusiasmo!) face ao mesmíssimo assassínio se ele se nos apresenta sob o pomposo nome de “direito de decidir”? Se o Dr. Gosnell é culpado por estraçalhar bebês recém-nascidos, como é possível que ele tenha o direito legal de estraçalhar bebês por nascer?

Um crime horrendo não se torna menos horrendo pelo fato de ser praticado longe dos nossos olhos, e não é virtude defender o assassinato bárbaro de bebês indefesos contanto que isso seja feito com o consentimento da mãe e o bebê em questão se encontre dentro do ventre materno: ao contrário, isto é somente incoerência ou hipocrisia. A Justiça Americana condenou Kermit Gosnell; mas quantos outros Kermits não existem mundo afora, em cada clínica de aborto clandestina à qual os cidadãos e as autoridades fazem vista grossa? E quantas pessoas não estão por aí militando pelo direito do Dr. Kermit de fazer o que fez? Acaso pensam que as suas mãos estão menos manchadas do sangue de inocentes? Acaso julgam que esta é uma questão acadêmica passível de ser assepticamente resolvida a nível abstrato? Ora, os cadáveres das crianças abortadas são bem reais – e é exatamente por isso que os pró-aborto se esforçam tanto por escondê-los.

A despeito da vergonhosa omissão da mídia, o Dr. Gosnell foi condenado. E se isso nos servir para alguma coisa, que seja para mostrar o quanto o aborto é odioso. Se formos aprender alguma lição dessa tragédia, que seja esta: a importância de combater com todas as forças o extermínio de vidas humanas inocentes. Que o horror da Pensilvânia sirva ao menos para desmascarar a retórica abortista e mostrar ao mundo o aborto em toda a sua fealdade.

Estatuto do Nascituro: alguns esclarecimentos

Tendo em vista as críticas que o Estatuto do Nascituro vem recebendo de todos os lados (de um indiscutível pró-vida como o pe. Lodi a uma abortista radical como a Débora Diniz!), o Brasil Sem Aborto publicou um importante texto de esclarecimento (veja-se aqui) que deve ser lido por todas as pessoas interessadas em formar uma opinião sobre o assunto – a fim de que, para apoiá-lo ou se lhe opôr, seja considerado «o texto [do Projeto de Lei] atualmente em discussão, e não textos antigos ou que só existem no imaginário de cada um».

É importante a leitura do documento preparado pelo Brasil Sem Aborto na íntegra. Trago aqui apenas as duas conclusões que julgo mais importantes, porque a respeito destes temas também aqui no Deus lo Vult! foram veiculadas opiniões que não se sustentam à luz do texto do projeto de lei ora em apreciação na Câmara dos Deputados:

Conclusão: o Estatuto do Nascituro trata o embrião como pessoa, garantindo-lhe os direitos, embora não use diretamente esse termo, mas outros análogos, fazendo referência a “dignidade e natureza humanas”, e a “direitos de personalidade”.

[…]

Conclusão: em matéria penal, nada muda. O Código Penal continua como está, e as divergências na sua interpretação, que atualmente ocorrem, continuarão ocorrendo do mesmo modo: nem mais, nem menos.

Como sabemos, o PL 478 está para ser apreciado na Câmara. Continuemos em mobilização: também para desmistificar as lendas que, neste momento, pululam internet afora sobre o projeto. Também para esclarecer as pessoas, combatendo as falsas informações irresponsavelmente transmitidas nos meios de comunicação.

Desmascarem o lobo, mesmo a despeito da conivência da Arquidiocese!

Parece que houve, em Natal, quem não gostasse das nossas críticas ao Frei Betto. Em seu perfil do Facebook, o Diácono Francisco Adilson da Silva, «[a]ssessor do Vicariato Episcopal para as Instituições e Pastorais Sociais» da Mitra de Natal, publicou um panfleto em defesa do «renomado e venerável Frei Betto» (sic) contra o que chamou de um «grupo neonazista qualquer, infiltrado na Igreja» (sic!).

O texto (um printscreen do qual se encontra devidamente armazenado no Fratres in Unum para a eventualidade dele desaparecer) é uma piada pronta. Vejamos um exemplo que é representativo de todo o comunicado. Destilando um rasgar de vestes histriônico e evidentemente atrapalhado com as similaridades entre o prefixo “anti-” e a preposição “ante”, o Diácono nos atira à face o seu repúdio por esta «atitude de ingerência pastoral na “Igreja Particular” alheia [que] mostra claramente uma expressão ante eclesial. Mais que isto, no mínimo foi uma atitude ante evangélica, de cerceamento de liberdade, uma “louvação à ditadura”, uma atitude autoritária e violenta para com esta nossa Arquidiocese de Natal». Ora, trata-se de um fantástico exemplo de muito palavrório e nenhum conteúdo!

A única coisa que há em todo o texto é este tom afetado unido ao mais absoluto silêncio quanto ao mérito da nossa acusação. Uma pirotecnia burlesca que pretende, por força de retórica, desviar a atenção dos problemas que nós levantamos e aos quais o texto em momento algum sequer tenta dar alguma resposta.

Fomos injustos em chamar o Frei Betto de (p.ex.) «um dos maiores expoentes» da Teologia da Libertação? Bastava ao Diácono Francisco mostrar-nos que o religioso não tem nada a ver com esta excrescência pseudo-religiosa! As frases que sustentamos terem sido proferidas (ouvimos de viva voz!) pelo Frei Betto não são representativas do seu pensamento? Era suficiente, então, mostrar-nos onde o dominicano as repudia! Sem dizer uma palavra sobre o mérito das nossas críticas, no entanto, o Diácono Francisco parece admiti-las. Parece que, para ele, mais escandaloso do que um frade que esculhamba a Igreja Católica é haver católicos que protestem contra esta criminosa condescendência empregada pela Mitra de Natal para com um manifesto inimigo do Cristianismo.

Não nos alonguemos muito na demonstração do óbvio. Sustenta o senhor diácono que «o renomado e venerável Frei Betto» é «internacionalmente conhecido pela sua luta pela vida»? Pois vejamos por quais posições o senhor Betto é conhecido no Brasil e no mundo:

– “Embora contrário ao aborto, admito a sua descriminalização em certos casos” – Frei Betto, in “Direito ao Aborto”.

– “Sob a ótica cristã, a dignidade de um ser não deriva daquilo que ele é e sim do que pode vir a ser. Por isso, o cristianismo defende os direitos inalienáveis dos que se situam no último degrau da escala humana e social”. – Id. Ibid.

– “Ora, o mais cômodo é exigir que se mantenha a penalização do aborto. Mas como fica a penalização do latifúndio improdutivo e de tantas causas que, no Brasil, levam à morte, por ano, de cerca de 21 entre cada 1.000 crianças que ainda não completaram doze meses de vida?” – Id. Ibid.

– “Há temas muito mais importantes do que aborto e religião para se discutir em uma campanha eleitoral” – Frei Betto, in Carta Capital («Frei Betto lamenta que papa seja ‘usado como cabo eleitoral’»).

– “De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória -diria, terrorista- acusar Dilma Rousseff de “abortista” ou contrária aos princípios evangélicos” – Frei Betto, in Blog do Jamildo («Frei Betto sai em defesa de Dilma na polêmica do aborto»).

“El debate acerca de si el ser embrionario merece o no reconocimiento de su dignidad no debe inducir al moralismo intolerante, que ignora el drama de mujeres que optan por el aborto por razones que no son de mero egoísmo o conveniencia social. […] La defensa del don sagrado de la vida es lo que plantea la pregunta de si es lícito mantener el aborto al margen de la ley, poniendo también en peligro la vida de innumerables mujeres que, por falta de recursos, tratan de provocárselo por medio de plantas, venenos, agujas o la ayuda de aficionadas, en precarias condiciones higiénicas y terapéuticas”Frei Betto, in “Aborto: Por una legislación en defensa de la vida”.

Eis, portanto, apresentado por suas próprias palavras, o “renomado e venerável” frei Betto! Eis as bandeiras pelas quais o religioso é “internacionalmente conhecido”: por defender o aborto e acobertar abortistas! Diante disso, onde fica a alardeada «luta pela vida» do frade dominicano? Como o Diácono Francisco tem coragem de defender um frei que é publicamente conhecido por defender posições morais totalmente incompatíveis com as da Igreja Católica?

Refaço os pedidos de ontem. O malfadado seminário ocorrerá em Natal hoje e amanhã. A palestra do Frei Betto está marcada para logo mais, às 19h00. Peço aos católicos verdadeiros que não se deixem intimidar pela tagarelice do Diácono Francisco: façam-se presentes e confrontem o frade abortista! Levem textos de sua [do Betto] própria autoria e perguntem se ele concorda com o que está neles escrito; levem documentos do Magistério Católico contra o aborto e perguntem, também, se o frei os aceita ou rejeita. Desmascarem o lobo, mesmo a despeito da conivência da Arquidiocese! Não deixem que ele envenene os presentes com o seu anti-catolicismo mal-disfarçado.

E este escândalo ainda exige esclarecimentos. O Setor Social da Mitra já deu a sua triste resposta através do Diácono Francisco. Escrevamos, portanto, à Cúria Diocesana, ao Arcebispo Metropolitano e à Nunciatura Apostólica:

curia@arquidiocesedenatal.org.br – Cúria da Arquidiocese de Natal
jaimevrocha@terra.com.br – Dom Jaime Vieira Rocha, arcebispo
nunapost@solar.com.br – Nunciatura Apostólica. Dom Giovanni D’Aniello

Já basta de ficarmos calados, já chega de deixarmos frades corrompidos e diáconos rebeldes espezinharem a mensagem evangélica e envergonharem a Igreja de Cristo – que não é “do Frei Betto” e nem “de Natal”, mas é Católica e, d’Ela, fazemos parte todos nós. E portanto o que acontece em Natal nos interessa sim. Não temos o direito de nos omitirmos quando os inimigos de Cristo se levantam para zombar d’Ele, mesmo que isso aconteça mais ou menos distante da Província Eclesiástica de nossa residência. Não nos intimidemos com os sofismas desesperados atrás do qual os corruptos tentam ridiculamente se proteger. Importar defender a Igreja, mesmo que diáconos e frades queiram nos fazer desanimar.