Quebrando o silêncio

[O] IBP foi criado para criticar o Concílio Vaticano II e celebrar exclusivamente a Missa de sempre.

Muitos de nós da Montfort apoiamos o IBP – e continuaremos a apoiá-lo – sempre que ele cumprir as suas finalidades: criticar o Concílio Vaticano II e defender a Missa de sempre com exclusividade e, portanto, recusando os erros da Nova Missa de Paulo VI.

Agora só nos resta rezar pelo IBP, para que seja fiel aos objetivos que lhe foram incumbidos pelo Vaticano: criticar o Concílio Vaticano II e rezar exclusivamente a Missa de sempre.

Todas as citações acima são do sr. Alberto Zucchi, e foram publicadas hoje no site da MONTFORT. Três vezes ele repetiu que os objetivos do IBP são (i) criticar o Vaticano II e (ii) recusar a “Missa Nova”. É passada, muito claramente, a idéia de que a razão de ser do IBP são estes dois objetivos, e que este é o “carisma” do instituto, é a nota essencial que faz com que ele seja o que é. Fica a impressão de que o IBP existe única e exclusivamente para criticar o Vaticano II e rejeitar a Missa Nova.

Pois bem; tal informação não existe no site do vaticano, não existe no Decreto de Ereção do IBP, não existe em lugar nenhum! Peço encarecidamente, a quem informar possa [óbvio, por meio de fontes oficiais] quanto segue, que se digne fazê-lo:

Primum: se o reconhecimento do rito próprio do IBP como sendo o Rito Romano em sua forma tradicional implica em um direito ou dever de se rejeitar por princípio o Novus Ordo Missae como herético, ilícito, inválido, mau em si, impiedoso, que contém erros, ou coisa parecida;

Secundum: se a tal “crítica construtiva ao Vaticano II” inclui o direito ou dever de afirmar que há heresias nos documentos conciliares tal e qual foram aprovados;

Tertium: se estas são as únicas coisas para as quais foi erigido o IBP.

Já basta de tanta confusão.

A propósito, se alguém tiver acesso aos Estatutos do IBP (em qualquer idioma – a gente dá um jeito de traduzir), seria excelente e encerraria de vez esta confusão toda.

7 comentários em “Quebrando o silêncio”

  1. Pe. de Tanoüarn, afirma que a aceitação de assistir a essa missa [nova], com « todos os seus defeitos, suas ambigüidades e suas insuficiências » é necessária para permanecer católico.

    Eis portanto que o padre reconhece que a Missa Nova possui “defeitos, suas ambigüidades e suas insuficiências. “

  2. Ricardo,

    As opiniões pessoais de um padre não têm valor doutrinário.

    Leia o post e, se possível, ajude-nos a responder às questões.

    Abraços,
    Jorge

  3. No site do IBP-la, na parte de perguntas e respostas:
    http://ibp-la.org/ibp/?ss=perguntas&l=pt
    “A fundação do Instituto do Bom Pastor seria uma enésima tentativa romana para normalizar padres tradicionalistas?

    Esta fundação pode parecer reproduzir uma lógica já conhecida de normalização sob condições. Mas para um observador atento, o contexto e o script são inteiramente novos e os comentários da mídia, favoráveis ou hostis, não se enganaram sobre isso. A novidade mais evidente dos estatutos e do decreto de ereção do Bom Pastor pela Santa Sé é o reconhecimento por Roma da forma tradicional da liturgia (missa e todos os sacramentos segundo os livros de 1962), como “rito próprio” e “exclusivo” do Instituto e a faculdade de discutir sobre a recepção do Vaticano II e de suas rupturas.”

    E ainda:
    ” Será que os senhores não serão obrigados a concelebrar no novo rito?

    Não. Por um lado, nossos estatutos, que receberam a aprovação do Santo Padre, só nos permitem celebrar no rito tradicional.”

Os comentários estão fechados.