Os limites da tolerância

Hoje, a senhora Sandra Nunes – velha conhecida de tantos quanto estão acostumados a passear por este blog – foi colocada sob moderação. Os motivos são mais do que evidentes, e estão no comment acima linkado. Não foi sem relutância que tomei esta decisão; todos sabem – eu próprio já frisei aqui por outras vezes – o caráter combativo do Deus lo Vult!, que não apenas prevê mas também (e principalmente) pressupõe as intervenções dos leitores.

Já há algum tempo há moderação neste blog; desde o tristemente célebre ataque dos ateus estrebuchantes que eu percebi não ser possível manter as coisas completamente abertas. No entanto, sempre é de se lamentar quando um debate (ou um debatedor) ultrapassa a fronteira do razoável e passa a ser contraproducente.

A supracitada senhora – alguns poderão dizer – já há muito tempo (talvez até desde sempre) ultrapassou esta fronteira. Eu não discutiria contra esta afirmação. No entanto, se até o presente momento eu julguei ser possível aplicar uma política de tolerância, após sérias reflexões decidi tomar a decisão – não trivial – de suspender o beneplácito.

Tolera-se, por definição, aquilo que é um mal. Em qualquer âmbito da vida, um mal pode ser tolerado caso se tenha em vista um bem maior a ser obtido. Na lógica dos debates de internet, a exposição das posições errôneas é, evidentemente, tolerada para que as suas refutações possam brilhar, e o argumento vencedor possa, se não convencer o debatedor vencido, ao menos fortalecer a convicção dos espectadores. Nem sempre Deus concede a graça de que o inimigo vencido na arena se levante como irmão do vencedor; no entanto, o esplendor da verdade que irradia do argumento bem construído e bem aplicado é menos raro e, geralmente, compensa o mal que se tolera.

Digo apenas “geralmente”, porque há vezes em que o estertor desesperado daquele que não é capaz de manter racionalmente as suas posições termina por obscurecer aquilo que é realmente relevante. E, se isso pode ser tolerado uma, duas, cinco ou dez vezes, chega um ponto em que a tolerância indefinida já pouco ou nada traz de útil; os bens advindos são menores do que os males que estão gozando da tolerância. Aí, é chegada a hora de intervir… Não é o debate em si que se busca cercear, óbvio, porque este, se verdadeiro, não pode senão servir para a defesa da Verdade, de Deus, de Sua Santa Igreja. O que se corta e lança fora é uma deturpação do debate, um seu abuso, uma espécie de caricatura que se instala no lugar onde as pessoas deveriam debater e as impede de o fazerem. E eu não poderia, em consciência, permitir que este espaço por mim idealizado e construído a duras penas fosse de tal maneira pervertido a ponto de não ser mais possível que, nele, se fizesse aquilo mesmo a que ele se propõe. Tolerância tem limites.

Não foi uma atitude fácil nem incontroversa, mas estou convencido de que foi uma atitude necessária. É lamentável, mas não menos necessário. Que a Virgem Santíssima, Sedes Sapientiae, possa interceder por todos nós, e de maneira especial pela sra. Sandra Nunes, a quem – até além de onde foi possível – esforcei-me por manter aqui. Que Deus tenha misericórdia de nós todos.

30 comentários em “Os limites da tolerância”

  1. Alvísseras!

    A Internet é, agora, menos infernet e mais santanet…

    Louvado seja nosso Deus, Justo Juiz, por nos conceder o Espírito de Sabedoria e de Discernimento, do qual tão bem você se serviu, caro irmão!

    Agora, creio que teremos aqui mais espaço para debates mais profícuos e sinceros, sem receios de solapadas laterais ou coices magistrais…

    O ano novo começa AGORA!

  2. kkkkkkkkkkkkkk… gostei do “O ano novo começa AGORA!”

    E a Dilma Rousseff não é mais heroína! Ufa…

  3. Não julgo a atitude que foi tomada, pois o dono do blog tem todo o direito de fazer isso.

    Agora não me levem a mal por dizer que gosto dos comentários da Sandra. A maioria vem aqui e só diz ” Nossa que lindo post Jorge, que Deus te abençoe … ” Nada contra esse tipo de comentário, mas não gera debate. Muitas vezes o debate pode levar ao “entendimento” maior.

    Não estou querendo criticar os post, que são geralmente de um alto esclarecimento e muito bem escritos.

    Um bom dia a todos !!!

  4. Caríssimo Lucas,

    A discordância é importantíssima e o debate é fundamental. Como já disse, sem ele o blog perde a razão de ser e morre. No entanto, a Sandra muitas vezes não fazia debate, e sim impedia o debate, com sua posição de vandalismo.

    E os posts e as atitudes minhas podem ser criticadas, não se preocupe.

    Abraços, em Cristo,
    Jorge Ferraz

  5. Que a Paz esteja com vocês!

    Caro Jorge Ferraz,

    Sou da mesma opinião expressada pelo Sr. Lucas.

    Jesus Cristo pediu para que se perdoe 70 x 7, ou seja, deve-se perdoar SEMPRE (Mt 18, 21-35) seu irmão ou irmã. Lamento profundamente pela decisão tomada. Torço para que ela seja reconsiderada.

    Paz e Bem

    Euripedes Costa

  6. Sim, só que o perdão é devido a quem o pede e a quem se arrependem verdadeiramente.

    Sandra pediu perdão? Não… Arrependeu-se, apesar dos inúmeros apelos para que mantivesse um mínimo de cortesia no debate? Também não…

    Provas? É só contar as vezes em que ela chamou vários aqui de “fundamentalistas”.

    Eu aplaudo a decisão tomada, que visou manter o bom andamento do blog e evitar que o mal se espalhe mais.

    []´s

  7. Prezado Eurípedes,

    A sra. Sandra não está “banida” do site. Acontece que os seus comentários estão sob moderação, ou seja, só aparecem após aprovação minha.

    Sinto muitíssimo ter sido obrigado a tomar esta decisão, mas não poderia permitir que o espaço se transformasse em depósito de lixo, desviando-se de sua finalidade e contribuindo pouco ou nada para que seu objetivo fosse atingido – e, pior ainda, não raro impedindo que ele o fosse. Os motivos aludidos são, em meu entender, mais do que justos. É uma questão de manutenção de ordem.

    Abraços,
    Jorge

  8. Que a Paz esteja com vocês!

    Caro Jorge Ferraz,

    É claro que é necessário que haja respeito nos textos encaminhados para publicação entre as partes, sem que seja necessário empregar sarcasmos ou outros artifícios para desqualificar ou diminuir o próximo.

    Que os argumentos apresentados falem por si. E se forem suficientemente abalisados e fundamentados então eles serão considerados pelos leitores do blog, até porque estariamos realizando um pré-julgando aqueles que acompanham os debates de incapazes de discernir.

    Posições contrárias fazem parte do processo de se estabelecer o contraponto. Se os argumentos apresentados pelas partes não apresenta ofensa pessoal, mas tão-somente discordância conceitual ou de entendimento, isso se constitui numa boa oportunidade de se publicitar as posições de cada interlocutor.

    Respeito seu posicionamento, mas gostaria de deixar registrado essas minhas últimas considerações sobre o assunto.

    Eu já havia entendido que ela não está “banida”, mas que passou a ser “moderada”.

    Peço a Deus para que ambos possam chegar a um entendimento e que não seja necessário realizar “moderações”.

    Paz e Bem

    Euripedes Costa.

  9. Pessoal,

    O Jorge só está fazendo uma censura prévia. A Sandra pode continuar postando, se quiser é claro.

    Espero que essa poda, a ajude a refletir sobre a importância da busca da Verdade e da fidelidade a Santa Igreja.

    Paz e Bem !

    Luciano

  10. Decisão sábia e aplaudo ela com entusiasmo, essa senhora há muito estava a ofender a boa intenção daqueles que estão aqui para defender a Santa Doutrina da Igreja e manter um nível elevado de debate. Ganha o blog, ganhamos nós, afinal, oportunidades para que ela se tornasse uma debatedora civilizada não lhe faltaram. O mau testemunho dela esteve sempre muito claro.

  11. Caríssimo Jorge,

    Sabemos, que não foi uma decisão fácil, porém, necessária.

    Quem sabe agora a Sandra reveja os seus comentários(não só os seus, mas de todos) e perceba o quanto distorceu tudo que foi dito neste blog, independente do tema, o quanto ofendeu o quanto foi desagradável; reconheça seus erros e se converta.

    Esperando e rezando para que isso de fato ocorra,

    Cordialmente,

  12. Jorge

    Eu fico imaginando a comunistóide incluindo na biografia

    que foi CENSURADA. (piada).

    Mas ela fez por merecer.

    Tem que ficar de “castigo” mesmo!.

  13. Pessoas , arrogantes,amargas e tíbias como a “tia” Sandra, “a defensora dos idefensáveis” devem mesmo ficar congeladas, pois em nada contribuem para um debate sério e respeitoso. Quem sabe agora ela vai cuidar do feijão que deve ter deixado queimar tantas vezes no fogo enquanto ofendia seus pares neste blog.

  14. Pessoas que costumam jogar baixo, rastejam mesmo…
    Que triste fim para uma senhora que poderia ter feito bonito mostrando um testemunho digno e cristão.
    Das tantas Sandra Nunes da vida, libera nos Domine!!!

  15. Não pretendia mais me manifestar sobre o assunto, porém
    minha consciência pede que eu realize nova intervenção, pois, além de não tê-la realizado em plenitude, sinto-me na obrigação de manifestá-la por inteiro. O que colocarei a seguir não se trata considerações pessoais, mas sim de uma reflexão geral dos fatos e acontecimentos que presenciei em alguns debates transcorridos no blog, de modo particular a presente discussão.

    Assim sendo vou realizar algumas ponderações:

    1ª poderação: São vários os casos de utilização de sarcasmo com o intuito de desqualificar ou diminuir o próximo em diversos debates ocorridos neste blog e
    publicados por alguns que manifestam estar no seguimento da Igreja ou defendendo-a. Será que um Bispo consentiria o emprego de sarcasmo sobre qualquer
    leitor como forma de combate a este que defende uma posição contrária? Alguém aqui considera o emprego de tal artifício como um gesto Cristão? Quem aqui gostaria de ser
    tratado com sarcasmo?

    Jesus Cristo, filho do Deus vivo, a quem pertence a Igreja, que em última análise pertence ao Pai do céu que o enviou, a quem devemos nos espelhar e nos esforçar em imitá-Lo na prática do Bem e a quem muitos aqui manifestam seguir, pois bem, se Ele empregasse
    os mesmos critérios que expuseram por meio de posts sobre o caso em epígrafe, Jesus não teria perdoado a nenhum daqueles que o crucificou, no entanto, Jesus PERDOOU essas pessoas lá do alto da Cruz sem que Lhe tivessem solicitado perdão, dizendo: “Abba, Paizinho!
    Perdoe-os porque eles não sabem o que fazem”
    . Seríamos nós maiores que o Mestre? Os motivos alegados para a aplicação da sanção seriam maiores que as insanidades que praticaram sobre o filho de Deus? No entanto Jesus PERDOOU tudo o que fizeram com Ele.

    2ª ponderação: Verifico por meio de algumas manifestações realizadas no blog, dentre as quais tive ciência por meio de alguns debates que foram travados,
    que há uma grande preocupação ou medo de deturpação dos ensinamentos de Jesus. Esse entendimento me faz visualizar uma profunda insegurança daqueles que defendem tal preocupação, pois se efetivamente vivenciam aquilo que pregam então as trevas jamais irão perturbar e se sobrepor àquilo que creem. Mas alguns poderão dizer:
    “E quanto àqueles que estariam sendo levados a um entendimento errado? Como ficariam essas pessoas?”. Faço então os seguintes questionamentos: Seríamos nós
    MAIS ZELOSOS com essas pessoas que o nosso Pai do céu, que tudo vê, que tudo presencia? Seríamos nós – que somos meros aprendizes – maiores que o próprio Mestre Jesus, nosso Senhor, enviado por Deus Pai para nos salvar? Para mim a resposta a esses questionamentos é clara, simples e singela: NÃO! Assim sendo, podemos inferir que quem revela tal receio manifesta, na verdade, insegurança de si Naquele que diz crer e seguir, pois não confia que Deus é justo, que a tudo observa e que fará prevalecer a Justiça.

    3ª ponderação: É evidente o afinco, o esforço e o denodo empreendido em divulgar a palavra de Deus entre os Homens e em realizar um debate sobre os entendimentos conceituais emanados pela Igreja sobre questões que nos são contemporâneos, porém dentre os argumentos
    expostos para defender a ação de moderação, identifiquei algo que me chamou a atenção. Mas antes destaco o seguinte trecho de “Os limites da tolerância” em que é dito: “O que se corta e lança fora é uma deturpação do debate, um seu abuso, uma espécie de caricatura que se instala no lugar onde as pessoas deveriam debater e as impede de o fazerem.”. É mister relembrarmos que só há debate quando a contraparte apresenta um ponto de vista diverso. O debate só se tornaria comprometido se aqueles que se lançaram ao debate passassem a se desrespeitar mutuamente. Nesta circunstância o que se estaria a promover seria o desrespeito para com o próximo, quer por meio de ofensa pessoal, quer pelo emprego de sarcasmos a fim de desqualificar ou diminuir a contraparte. Estar-se-ia na verdade negando aos valores
    cristãos que estaria a defender, além de desvirtuar o debate sobre tema proposto. Porém quando as
    partes respeitosamente expõem seus entendimentos e fundamentos de suas respectivas intelecções só edificaria o diálogo e o entendimento. Os argumentos devem falar por si, cabendo aos leitores a constituição de seus respectivos dicernimentos sobre o debate e o tema.
    O que infelizmente me chamou atenção e que me entristeceu foi o seguimento do que foi dito: “E eu não poderia, em consciência, permitir que este espaço por mim idealizado e construído a duras penas fosse de tal maneira pervertido a ponto de não ser mais possível que, nele, se fizesse aquilo mesmo a que ele se propõe. Tolerância tem limites.”. O modo como se encara a propriedade e titularidade do blog, fez-me relembrar uma situação de infância onde um garoto que possuia uma bola de futebol nos convidou a participar de uma partida de futebol. Após dar início à partida e verificar que ela não se conduzia de acordo com sua expectativa, então em determinado momento do jogo disse: “O jogo acabou porque sou o dono da bola e esta partida não está me agradando. Se quiserem que a partida prossiga então vamos mudar a formação das equipes”. O sentimento que me passa é de que é o que está a ocorrer analogamente.

    Respeitosamente apresento essas colocações a fim de que TODOS reflitamos sobre quais valores cristãos se fundam as bases da relação entre os leitores e o propositor do tema no blog. Que a Luz de Cristo permeie nossa ações de modo concreto e que possamos ter a exata percepção de nossos comportamentos sobre a Verdadeira prática Cristã que Jesus Cristo almeja que realizemos para o nosso próprio Bem.

    Ofereço a todos a oração que Jesus nos proferiu em aramaico. Eu a localizei na internet o “Pai Nosso” em
    Aramaico-Galileu. Apesar de apresentar pouquíssimas palavras distintas daquela que tradicionalmente nós
    verbalizamos e que nos foi ensinado pela Igreja. Ela apresenta efetivamente o mesmo sentido, fato que não
    poderia ser diferente.

    OREMOS:

    Avunam d’bishmaya
    Pai nosso celestial

    Yetqadash sh’mach
    Santificado seja Teu Nome

    Tete malkutach
    Venha o Teu reino

    Yehie tsevionach
    Seja feita a Tua vontade

    Heikama d’bishmaya aph bar’a
    Assim na terra como o é no céu

    Hab lan lachma
    O pão nosso diário

    D’sunaqnan yaomana
    Dá-nos hoje

    U’ashvuq lan hoveinan
    Perdoa as nossas dívidas

    heikama daph enan shbaknan lichayoveinan
    assim como perdoamos aos nossos devedores

    Ula t’ilan linissiuna
    Não nos conduza a tentação

    Ela patsian min bishta
    Mas livra-nos do mal

    Mitul dilach’hi malkuta
    Pois Teu é o Reino

    U’cheila U’teshbuchta
    O Poder e a Glória

    L’alam ‘almin
    pelo século dos séculos

    Amin
    Amém

    Paz e Bem

    Eurípedes Costa.

  16. Prezado Eurípedes,

    Agradeço pelas intervenções; no entanto,

    Contra Primum, sim, Jesus utilizou-se de ironia, os santos se utilizaram de ironia, e a ironia é uma arma em si lícita se for colocada a serviço da Igreja. Deve ser utilizada com muitíssimo cuidado e parcimônia, sem dúvidas, posto que é extremamente fácil desvirtuá-la; mas, em si, ela é lícita. O problema da senhora sob moderação não é a ironia em si, e sim o seu abuso sob a forma já de histeria, julgando que ser irônica dispensa de argumentar. Não dispensa.

    Jesus perdoou os que O crucificaram, mas expulsou do Templo os vendilhões. Há um tempo para perdoar e um tempo para afastar a ovelha sarnenta. A questão aqui, repito pela milionésima vez, não é de perdão ou de falta de perdão, e sim de manutenção da ordem da casa.

    Contra Secundum, Deus permite o mal os motivos disto, que fazem parte da Providência Divina, escapam-nos à compreensão; isto, no entanto, não nos autoriza a sermos omissos ou relapsos no zelo que é devido às Suas coisas, como é evidente. Jesus poderia ter evitado a Sua Morte e não o fez; por acaso isso nos autorizaria a deixarmos que inocentes fossem assassinados sem razão? Donde se vê que tal comparação não procede.

    Aliás, cabe o mesmo que foi dito acima: Jesus por muitas vezes foi bem duro para com as pessoas que ensinavam mentiras. Muitíssimo mais duro do que eu jamais fui aqui.

    Contra Tertium, não posso tirar-lhe a imagem de “dono da bola”; é um direito que lhe assiste. Lamento muitíssimo, afirmo-lhe que é injusto e peço-lhe que reconsidere; mais do que isso, contudo, não posso fazer. Se um grupo de crianças está brincando e uma delas começa a pegar a bola com a mão, a gritar e se espernear, a arrancar o gramado, chutar a bola para longe do campo, em uma palavra, explicitamente estragando a brincadeira, mandar este pequeno delinqüente para casa mais cedo não é abuso de autoridade, e sim uma exigência para o bom andamento do jogo. Igualmente, moderar a senhora sob moderação não foi autoridade abusiva, e sim conditio sine quae non para que as coisas aqui não degringolassem de vez.

    Abraços,
    Jorge

  17. Amigo Jorge.

    Eu sei que é meio espinhoso, mas sendo amigos pergunto?

    1 – Após a moderação, Sandra escreveu algum e-mail?
    2 – Ela pelo menos comunicou contigo a respeito dela ter sido moderada?

    Pois o que percebo é que:

    1 – A moderação dela parece que tirou o apetite de responder da turma.
    2 – Por mais sadios e santos que são os assuntos a frequencia de e-mails reduziu 70 %. Todos nós pensamos da mesma maneira ou ficamos melindrados, quer dizer, ninguém quer ser Sandra II?

    Agradeço a atenção.

  18. Sérgio,

    Não, tu não estás moderado, como percebeste. Foi uma falha minha na filtragem; perdão.

    Sim, a Sandra escreveu-me emails privados, passando de um estilo choroso “muito me entristece sua posição”, até um agressivo dizendo que eu tinha “total falta de respeito e caráter”.

    Com relação ao Deus lo Vult!, sim, os comentários diminuíram, mas isso era já esperado e evidente. Refuta-se quem fala besteiras e, se não houver em um certo momento quem as fale, é natural que as refutação não venham. Na verdade, o que a Sandra fazia era “inflar” artificialmente o número de comentários e de visitas ao blog; tinha as suas vantagens (como eu falei, a “provocação” enseja respostas excelentes), mas tinha o grave inconveniente de desvirtuar o espaço, fazendo mal inclusive a ela própria, porque após a terceira ou quarta resposta excelente ela começava a armar o seu circo, não raro obscurecendo tudo sob a enxurrada de sandices (tanto em conteúdo quanto em quantidade).

    Mas estes “ciclos” são normais. Por exemplo, agora o Deus lo Vult! está em 68º no top-100 do wordpress, por causa provavelmente dos homossexuais de ontem. Isso é melhor do que muitos dias em que a Sandra estava pintando a miséria por aqui. Outrossim, é preferível a qualidade do apostolado à quantidade de visitas, óbvio.

    Mas agradeço pela preocupação. =)

    Abraços, em Cristo,
    Jorge Ferraz

  19. Que a Paz esteja com você

    Caríssimo Jorge Ferraz,

    A minha intenção em relação aos comentários que proferi, de modo particular o último, é no sentido de que Você e a Sandra busquem um entendimento. É fato que ambos se desrespeitaram mutuamente. É por isso que torço e peço a Deus que vocês reflitam sobre suas posições e que encontrem um ponto de equilíbrio que possibilite a participação da Sandra sem a necessidade de moderação. É por isso que torço. Acredito que este é um espaço para se promover a união e não a discórdia. Acredito também que seja um espaço para o diálogo respeitoso entre os interlocutores e não de desrespeito entre as partes, onde cada um poderá manifestar suas convicções a fim de suscitar entre os leitores a devida reflexão sobre os temas propostos. Enfim, somente na situação de ofensa pessoal ou desrespeito mútuo é que a moderação se justifica, caso contrário, é nosso dever respeitar as posições de cada interlocutor e deixarmos para os leitores constituirem as suas convicções.

    Abordando os contrapontos no mérito

    Contra Primum, NÃO, Jesus não se utilizou de ironia, que conforme o nosso Aurélio é o mesmo que sarcasmo, zombaria, pelo contrário, eram os doutores da Lei e fariseus que se utilizavam desse artifício, de forma sorrateira, com o único intuito de denegrir a imagem de Jesus. O que desejavam era imputar sobre Ele a acusão de proferir blasfêmias. Como resposta a essa postura deles, Jesus se utilizou de parábolas para responder aos questionamentos sorrateiros, pois sabia da má intenção que os movia.

    Lembremo-nos daquele episódio onde ao lado do Cristo na Cruz haviam duas outras pessoas. Enquanto um zombava, ou seja, agia com sarcasmo com Jesus, o outro repreendia o zombador. Até nesse momento Jesus nos transmite mais um ensinamento. Ao invés de destratar aquele que zombava, Jesus manifesta reconhecimento àquele que agiu com correção e respeito ao próximo, dizendo: “Ainda hoje estarás comigo no Paraíso.” Em suma, para mim o emprego de tal artifíco é sinônimo de desrespeito ao próximo e disso NÃO compartilho.

    Ao citar a expulsão dos vendilhões do Templo, você está a ratificar o que expus acima, pois o que ocorria lá era desrespeitoso, pura zombaria, desvirtuando a finalidade do lugar, construído por Salomão para oração e reflexão.

    Contra Secundum, Deus não coage, não manipula as pessoas como marionetes. Deus quer que a percepção da prática do Bem suscite no íntimo de cada um e, para deixar claro sobre isso e sobre o que vem a ser essa prática do Bem, enviou-nos Jesus, o Seu Filho amado, a fim de nos ensinar como exercê-la e de libertar o Povo da opressão exercida pelos Sumos Sacerdotes, doutores da Lei, fariseus, do Império Romano, entre outros, cumprindo a promessa de que envio do Salvador, do Messias.

    Deus NÃO quer que vigiemos o próximo, mas sim que cada um de nós vivênciemos de modo concreto e efetivo a prática do Bem, incorporando-a em nossas ações cotidianas e, com isso, despertar em nosso próximo a admiração e o desejo de também vivênciá-la. É desse modo que será constituído o Reino do Céu aqui na terra. Não pela coação mas pela adesão voluntária.

    NÃO, Jesus não poderia ter evitado, porque se assim fizesse estaria realizando a sua própria vontade e não a do Pai Celestial. Essa possibilidade, ou seja, essa tentação foi tão real que Jesus pede a Pedro, Tiago e João que vigiassem e rezassem. Lembremo-nos que ele pede ao Pai para que afastasse dEle aquele cálice, porém logo em seguida afasta essa tentação dizendo: “Que seja feita a Tua vontade”.

    O que Deus NÃO quer é que sejamos relapsos com as nossas atitudes, com o nosso relacionamento com o semelhante, enfim conosco próprios. Se assim procedermos estaremos trabalhando para a construção do Reino ao nos colocarmos como fonte de admiração, inspiração e exemplo para o nosso irmão de tal sorte que promova a adesão volitiva de cada pessoa humana à Jesus Cristo e, por conseguinte, ao Pai Celestial.

    Além dos motivos já expostos, ou seja, de que Deus não coage, relembro que Ele concede a cada um de nós a possibilidade de escolha entre a Vida e a Morte. Cabe a cada um abrir o seu coração para Deus e não se entregar às trevas. Todo aquele que exerce a prática do Bem se constitui em um ponto de Luz para o seu semelhante. Não queiramos ser maior que o Mestre que atraia multidões pela prática do Bem, sem segregar, sem apedrejar, sem ironizar, sem se colocar acima do Pai Celestial. Se, de fato, queremos seguir ao Cristo, devemos nos esforçar em imitá-lo em tudo. Como eu dissera anteriormente, lá na Cruz um optou em zombar (ironizar) o Cristo, o outro teve compaixão para com Jesus que, na mesma medida, retribuiu o gesto de compaixão, concedendo-lhe estada no Paraíso.

    Contra TertiumFiz analogia àquela situação da qual todos nós temos conhecimento para mostrar que aquele era o sentimento que infelizmente me abarcou. Toda desordem advém da ausência de respeito de alguém para com alguém. Reafirmo que não discordo da aplicação da sanção de moderação na hipótese de ocorrência de desrespeito ou ofensa pessoal por quaisquer das partes; no entanto, não concordo caso a motivação tenha sido por questão conceitual ou de convicção pessoal, apesar de ter que respeitar a sua posição, propriedade e titularidade no blog. Longe de mim praticar injustiça contra quem quer que seja, contudo friso que é fato que ambos se desrespeitaram em vários embates e, por isso, era importante que ambos refletissem e se conduzissem na busca de um ponto de equilíbrio que permitisse a participação sem a necessidade de moderação. Não sei se esse é o desejo da Sandra, porém torço por isso. É isso.

    Espero que tenha ficado claro o meu posicionamento e peço-lhe que reflita sobre tudo que expus. Que Deus nos ilumine, nos abençõe e nos conceda a devida percepção da Verdadeira prática Cristã. Recorramos a intercessão de Maria Santíssima para que promova a reconciliação de Seus Filhos amados.

    OREMOS (3x)

    Ave-Maria / cheia de Graça / o Senhor é convosco / Bendita sois vós entre as mulheres / Bendito é o fruto do vosso ventre Jesus / Santa Maria / Mãe de Deus / Rogai por nós pecadores / Agora e na hora de nossa morte / Amém.

    Paz e Bem

    Eurípedes Costa.

  20. A Sandra ofendeu muita gente aqui e mostrou total despreparo para debater de forma polida e inteligente os assuntos abordados. Quando contrariada ela lançava uma saraivada de palavras que mais ofendiam e desvirtuavam o debate do que o enriqueciam.
    Ainda sou pela moderação das postagens dela e de qualquer outra postagem (minhas incluso, se forem necessárias) que venham a ferir a premissa desse excelente blog!

  21. Prezado Eurípedes,

    Com relação ao primeiro ponto, vou escrever um post específico sobre a ironia na Igreja de Nosso Senhor.

    Com relação ao segundo ponto, não muda o fato de que a ordem da casa precisa ser mantida, e com muita freqüência peca por omissão alguém que pode impedir um mal e não o faz. As liberdades individuais sem dúvidas existem, mas existe também a ordem pública que deve ser salvaguardada e, quando um indivíduo está prejudicando o coletivo, ele pode e deve ser cortado e lançado fora, como uma ovelha sarnenta expulsa do rebanho [leia o texto de S. Luís de Montfort que coloquei aqui recentemente], como um membro gangrenado que é amputado para que se salve o corpo.

    Com relação ao terceiro ponto, reitero (a) que a questão não é de perdão ou falta de perdão, e sim de manutenção de ordem e (b) que o desrespeito para com os debatedores não é o único problema da Sandra (e, aliás, nem é o maior). E acrescento que, não, não aceito ser colocado no mesmo patamar dela, com o teu lenga-lenga de “ambos fizeram isso” e “ambos fizeram aquilo”.

    Abraços,
    Jorge

  22. O que deve forjar o caráter do verdadeiro cristão é a firmeza de atitudes na defesa da Fé, não o sentimentalismo preconizado pelo postador Eurípedes.

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