O nascimento de um ateu

Inicio hoje uma pequena série de despretensiosas considerações sobre o ateísmo. Se é verdade que sempre, desde que o mundo é mundo, existiram pessoas que não acreditavam em Deus, é igualmente verdade que, hoje em dia, o número dos que abraçam semelhante tese é bem mais considerável do que já foi em outras épocas. Acredito que seja também verdade que nunca na história houve um – chamemo-lo assim – “ateísmo militante” tão violento como o que vemos hoje em dia. De onde vem semelhante descrença? Qual é, na verdade, o cerne da discussão entre ateus e teístas? Tais perguntas que se apresentam não possuem respostas triviais. De maneira alguma pretendo esgotar o assunto; o meu objetivo é tão-somente expôr algumas (em grande parte, particulares) opiniões sobre esta realidade.

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O nascimento de um ateu

Já ouvi por algumas vezes alguém dizer que o ateísmo é a “condição natural” do ser humano, porque ele nasce sem acreditar em Deus e, só depois, com a educação que recebe, com a influência da cultura onde vive, passa a abraçar tal ou qual religião. Não acredito que a tese possa ser subscrita assim, simpliciter, por uma razão bastante simples: se é óbvio que uma criança não tem nenhuma ciência da existência de Deus, ela igualmente não tem nenhuma ciência da Sua não-existência. Uma criança recém-nascida não é “atéia”; ela simplesmente ignora a existência de Deus, como ignora também uma série de outras coisas que só com o tempo vai passar a conhecer. O ateísmo não se apresenta, até onde eu saiba, como a “ignorância” de Deus (se bem que ele possa muito bem ser assim definido, mas deixemos isso para uma outra oportunidade), e sim, ao contrário, como o conhecimento de que Deus não existe. E este conhecimento, é óbvio que as crianças não possuem.

Deveriam, portanto, os ateus, que se vangloriam de serem racionais, pararem de equiparar a ignorância infantil à afirmação madura, consciente e deliberada de que Deus não existe. São duas coisas completamente diferentes. O ateísmo não se apresenta como “não saber que Deus existe”, e sim como “saber que Deus não existe”: a posição da partícula negativa na frase faz toda a diferença. Ninguém, portanto, “nasce” ateu; a pessoa passa a ser atéia quando, após atingir a idade da razão, após considerar por conta própria o problema da existência de Deus dentro da cultura na qual está inserida, opta por acreditar na Sua não-existência – exatamente como qualquer processo de “nascimento” de um religioso. O ateísmo não está imune à influência externa que ele tanto critica na formação da consciência religiosa. Também ele é construído, e não inato, como algumas vezes quer pretender.

Dizem-nos, por vezes, que “você é cristão porque nasceu no Ocidente; caso houvesse nascido em algum país do Oriente Médio, seria muçulmano e, portanto, a religião é meramente um produto cultural determinado pela aleatoriedade do lugar onde a pessoa nasceu e foi educada”. Se formos aceitar isso em suas linhas gerais [porque é óbvio que não existe este determinismo absoluto sentenciado, haja vista a existência, p.ex., de cristãos no Oriente Médio e de muçulmanos no Ocidente], poderemos igualmente dizer ao nosso interlocutor: você só é ateu porque nasceu no século XX do Ocidente descristianizado, e esta sentença não seria menos verdadeira do que a primeira. Alguns ateus gostam de pensar que, se tivessem nascido na Idade Média, seriam queimados nas fogueiras da Inquisição; eu julgo isso muitíssimo pouco provável, e tal erro é decorrente da mania que têm os ateus de analisarem-se a si próprios “isolados” da cultura onde nasceram. Se tivessem nascido na Idade Média, os ateus de hoje seriam, em sua grande maioria, cristãos e bons cristãos. Porque aí eles respirariam cristianismo desde a mais tenra infância, e não seriam envenenados pela triste cultura que hoje vivemos.

Parece-me fora de qualquer discussão que a cultura na qual vivemos propicia e enseja o surgimento de ateus, de um modo análogo àquele segundo o qual a cultura cristã da Europa Medieval propiciava e ensejava o surgimento de católicos. Se, no entanto, os ateus quiserem julgar o mundo inteiro com base em um modelo que não aceitam aplicar a si próprios, então eles não estão dispostos a discutirem seriamente – simples assim. Não é honesto utilizar dois pesos e duas medidas. Se os ateus querem enfatizar a importância da cultura no nascimento dos religiosos – coisa que, até onde eu saiba, é indiscutível -, devem também enfatizar a importância da mesma no nascimento de si próprios.

“Ah, mas se o meio cultural do Ocidente do século XX provocasse o surgimento de ateus, então estes seriam a maior parte da população, como os católicos o eram na Idade Média”, alguém pode dizer. Negativo, por três motivos. Em primeiro lugar, porque não existe determinismo na escolha religiosa [ou irreligiosa] dos indivíduos; influência, sim, mas necessidade, não. Em segundo lugar, porque hoje em dia existe ainda, embora em menor escala, a influência religiosa [principalmente – ainda! – no seio familiar], de modo que esta é capaz de oferecer uma opção [graças a Deus, ainda abraçada por muitos] à descrença. Em terceiro lugar, porque o ateísmo é – digamo-lo francamente – uma escolha que repugna a razão, de modo que são necessários grandes esforços para enfiá-la na cabeça das pessoas. Voltaremos a este último ponto mais adiante. Agora, falemos um pouco sobre o porquê da civilização ocidental descristianizada ser terra fértil para o aparecimento dos ateus, sem a qual o número destes não chegaria jamais a ser significante.

30 comentários em “O nascimento de um ateu”

  1. Sugestão de leitura inicial:

    Curso de Filosofia – Regis Jolivet – Agir.

    Livro Segundo – Filosofia Especulativa – Teodicéia

    Primeira Parte – A existência de Deus

    Capítulo I – Necessidade e Possibilidade de uma Demonstração
    Capítulo II – Provas Metafísicas da Existência de Deus
    Capítulo III – Provas Morais da Existência de Deus
    Capítulo IV – Conclusão sobre as Provas da Existência de Deus.

    E boa discussão a todos.

    Abraços e até mais ‘ver’.

    André Víctor

  2. Jorge,

    Atrai-me muito esse tema e tenho certeza de que ele tratado por você será muito enriquecedor. Parabéns pela escolha do tema.

    Aliás, certa vez ouvi – não sei se é verdade – que o Papa Paulo VI, já preocupado com a onda ateísta, teria “encomendado” aos jesuítas o combate intelectual contra essa tendência, mas, infelizmente, a crise dessa Ordem não permitiu que levassem a cabo essa tarefa.

    E é bom – diria imprescindível – que outros, como você, a tomem a seu encargo. Lembro algo que já muitas vezes escrevi na web: muitos ateus creem na inexistência de um deus que também eu não creio, isto é, negam um deus que não é o Deus judaico-cristão. Creio que o livro “Deus e a filosofia”, de Etienne Gilson ilustra muito bem isso.

    Boa sorte e sucesso nessa empreitada!

  3. Não sei se isso ainda será abordado, mas no perfil do Orkut, na opção “religião” existe a opção “Tenho um lado espiritual independente de religiões”… ou seja: a pessoa não segue nenhuma religião “formal”, mas crê em ALGO que está fora de sua compreensão.
    Outro ponto seriam os agnósticos (vistos como muitos como “em cima do muro”): eles dizem simplesmente que não existem elementos suficientes que comprovem que Deus existe ou não… aliás: dependendo de onde veio a pessoa, falam que o agnosticismo é meio-caminho andado para a religiosidade OU o ateismo…

  4. Eu costumo ver os agnósticos como, na prática, ateus. Explico: a condição do agnóstico é considerar que o homem não tem como chegar à certeza sobre a existência de Deus. OK. Mas, na dúvida, por que todos os agnósticos passam a se comportar como se Deus não existisse? Nunca vi um agnóstico dizer “bom, como não dá pra ter certeza, vamos agir como se Deus existisse, afinal tem a aposta de Pascal…”

  5. Jorge,
    tenho algumas dúvidas em relação ao seu comentário inicial. Não acho que o número de ateus (propriamente ditos, os que sequer dizem ‘graças a Deus’) seja assim tão grande. Na minha modesta opinião (dada a inexistência de dados confiáveis), penso que o maior contingente é o de pessoas sem uma religião formal e definida. A crença no divino é quase intuitiva, mas a sua forma de expressão (religião) exige algum estudo e a aceitação de normas ou dutrinas. O mundo moderno tende mais para o indiferentismo religioso (embora com grande sentimento religioso) do que para a negação consciente do absoluto.
    Sds.,
    de Marcelo.

  6. E temos também o “agnosticismo funcional”, ou seja, alguém que em tese acredita em Deus, mas na prática vive como se Ele não existisse.

  7. Rene Guenon explicou muito bem, melhor do que ninguem na minha opiniao, as razoes para o ateismo e para as outras aberracoes dos tempos modernos no seu livro “O Reino da Quantidade e os Sinais do Tempo”. A ele devo a minha re-conversao ao Catolicismo e nao posso deixar de o recomendar. Nao ligue a ma fama que lhe criaram todos os inimigos das religioes e infelizmente mesmo os sectores mais conservadores do Catolicismo: se nao conhece, leia esse e os outros livros dele, pelo menos “A Crise do Mundo Moderno”. Consigo conciliar na minha consciencia e na minha mente tudo o que ele escreveu com as crencas e a pratica do Catolicismo chamado tradicional.

  8. Jorge, grande texto!

    Eu acredito que o comentário de Danilo Badaró complementa seu texto, no sentido que a cultura moderna FAZ COM QUE AS PESSOAS VIVAM COMO SE DEUS NÃO EXISTISSE. Nos momentos especiais de vida em família (batizados, casamentos, enterros), nos momentos de necessidade e dor, as pessoas se voltam para Deus – nem que seja para praguejar contra Ele – mas durante a rotina diária simplesmente O abandonam.

    Ele, então, existe, mas existe em um limbo onde não influencia nossas vidas diárias, um Deus pasteurizado e impessoal, sem interesse pelo sofrimento humano e sem a capacidade de fazer algo pelo Homem

    O ateu, via de regra, é um preguiçoso. Deus, para eles, dá muito trabalho e exige muito esforço para a conteção dos impulsos carnais, então não tem valor.

    Abraço fraternal,

    Sue

  9. “opção” esta que foi conquistada por muita luta das garras da Igreja Totalitária. uma opção que ainda é tímida diante de um Estado que ainda tem o rabo preso com a Igreja, haja visto que (ainda!) se considera feriado nacional certas datas vinculadas às festividades católicas.

  10. Amigos,
    No Brasil o cara só é ateu até o avião começar a cair.

  11. Olá, Jorge!
    Primeiramente, quero parabenizá-lo pelo fato de ter tempo e quere usá-lo legitimamente para divulgar suas opiniões por este meio, dentro de um Estado democrático, laico e livre.
    Segundo, devo comentar suas colocações, sendo eu ateu. Faço isso pelo fato de seu texto demonstrar um desconhecimento preocupante do significado de ser ateu.
    Primeiramente, ser ateu não significa “saber que Deus não existe”, como afirmas. Esta colocação sua tem o mesmo peso da frase “saber que Yaveh não existe”. Os ateus não acreditam em qualquer forma de divindade ou sobrenaturalidade. Isso não se restringe somente ao seu deus. Não acreditamos pela simples falta de evidências que mostrem sua existência. Sabedoria e conhecimento não são absolutos. Muito menos imutáveis! Sendo assim, se querem que acreditemos ou se quer que outras culturas acreditem na existência dele, lembre-se do ônus da prova.
    Segundo, que a cultura onde o ser humano está inserido molda muito das características deles. Não de forma totalitára, mas moldam. Fato disso que temos católicos em Israel, ateus no Brasil (inclusive de berço cristão, como eu), e tantos outros exemplos que podemos tomar nota.
    Terceiro e mais preocupante, ainda pegando carona no meu parecer no parágrafo acima, o fato de sugerir um cenário onde os ateus de hoje seriam “cristãos e bons cristãos” caso tivessem nascido na idade média causou-me espanto! Acha saudável um ambiente totalitário, onde não há opções, escolhas, contraditórios ou situações onde se possa nivelar seu ambiente por cima? A Idade das Trevas foi um dos capítulos que mais envergonham a humanidade. Não se tinha escolhas: ou seguia-se a Santa Madre Igreja sem contestações ou receberia os castigos da Inquisição. Considerei, no mínimo, infeliz sua comparação. Principalmente pela carga histórica que ela traz.
    Por fim, vivemos em uma era, em um país, onde a liberdade de expressão é realidade (mas lembre-se: toda liberdade tem regras!!). Onde podemos nos declarar ateus, católicos, umbandistas, bruxos… Tudo sob a tutela do Estado. Agora que começamos a poder reagir e sair do armário. Principalmente para desmentir uma série de falácias e mentiras inventadas a nosso respeito e desrespeitando, inclusive, personagens históricos (Darwin, por exemplo). O fato de estarmos aparecendo significa que queremos e vamos usar a liberdade e expressão que nos é garantida. E garantida a você também! Caso contrário não teríamos este blog ;)

    Abraços.

    PS: desculpe-me, mas considero um verdadeiro acinte sua colocação de nossa expressão como “ateísmo militante VIOLENTO”!!! Não somos adeptos da violência! Não agredimos ninguém. Não machucamos ninguém! Não invadimos ruas ou gritamos com microfones e caixas de som em alto volume! Não fazemos passeatas! Não fazemos uso da crença para pressionar governos para atender nossos desejos! Comentário infeliz…

    PS 2: ao camarada que diz que somos ateus até a queda da aeronave, leia sua bíblia! Nem tudo que está escrito nela é repulsivo. Inclusive a mensagem de Yeshua onde informa que deves amar seu semelhante como a ti mesmo. Não me agrada ou conforta a imagem e cena de pessoas em um avião em queda. É estarrecedor! Não desejamos isso para ninguém! Faça o mesmo! ;)

  12. Carlos, é verdade: no Brasil está cheio de “sou ateu, Graças a Deus”.

  13. Assunção,

    Nessa linha que você aponta, há um comentário do filósofo espanhol Julián Márias em eu livro “A perspectiva cristã” que afirma que fica claro a “ausência de Deus” no cotidiano do homem moderno quando alguém sofre um acidente e só ocorre ao acidentado ou a quem o ajuda clamar por um médico e não por um padre.

  14. Lampedusa,

    É… Deus está saindo do consciente da maioria dos homens.

    A satisfação dos sentidos toma tanto do tempo de todos que mal se lembram, quando nào esquecem totalmente, que têm alma.

    Depois da morte de minha mãe eu virei o ‘contato oficial” da família com a Igreja, significando que para aqueles membros da família que eu nào pude atender pessoalmente em seu leito de morte não houve confissào, comunhão ou unção dos enfermos. E isto dentro de uma família CATÓLICA, todos tendo estudado em escolas de ordens religiosas.

    Imagino o que se passa em famílias confessadamente sem religião…

    Triste visão.

    Abraço fraternal,

    Sue

  15. Falácias…

    falácias…

    e mais falácias!

    * Inversão do Ônus da Prova :

    Quando o argumentador transfere ao seu opositor a responsabilidade de comprovar o argumento contrário, eximindo-se de provar a base do seu argumento.

    Ex: “A Fada-do-Dente existe, pois ninguém nunca conseguiu provar que ela não existe.”

    “óbvio que uma criança não tem nenhuma ciência da existência de GNOMOS, ela igualmente não tem nenhuma ciência da Sua não-existência. Uma criança recém-nascida não é “a-gnoma”; ela simplesmente ignora a existência de GNOMOS, como ignora também uma série de outras coisas que só com o tempo vai passar a conhecer. O ateísmo não se apresenta, até onde eu saiba, como a “ignorância” de GNOMOS (se bem que ele possa muito bem ser assim definido, mas deixemos isso para uma outra oportunidade), e sim, ao contrário, como o conhecimento de que GNOMOS não existem. E este conhecimento, é óbvio que as crianças não possuem.”

    “óbvio que uma criança não tem nenhuma ciência da existência do MONSTRO DO ESPAGUETE VOADOR, ela igualmente não tem nenhuma ciência da Sua não-existência. Uma criança recém-nascida não é “atéia”; ela simplesmente ignora a existência do MONSTRO DO ESPAGUETE VOADOR, como ignora também uma série de outras coisas que só com o tempo vai passar a conhecer. O ateísmo não se apresenta, até onde eu saiba, como a “ignorância” do MONSTRO DO ESPAGUETE VOADOR(se bem que ele possa muito bem ser assim definido, mas deixemos isso para uma outra oportunidade), e sim, ao contrário, como o conhecimento de que o MONSTRO DO ESPAGUETE VOADOR não existe. E este conhecimento, é óbvio que as crianças não possuem.”

    etc, etc, etc…

  16. Ao Edwi Feitosa, que se diz ateu, mas gosta de citar “Yeshua” e dizer que nem tudo na bíblia é repulsivo.

    Não sei o que é maior, se seu orgulho ou sua ignorância histórica.

    Chamar a Idade Média de idade das trevas, hoje, é puro anacronismo preconceituoso.

    Se você estuda ou estudou em faculdade, meu caro ateu, agradeça à Igreja Católica, pois foi ela que criou as universidades. Sabe quando? na Idade Média. E foi na odiada Idade Média que se criou também os hospitais, a universalização gratuita do ensino e muitíssimas outras coisas de que hoje nos orgulhamos.

    Claro que você deve saber disso. Se não sabe é porque nunca estudou e então fica só repetindo slogans. Se sabe, mas não diz, é porque é orgulhoso e não quer dar o braço a torcer…

    E saiba que na Idade Média ninguém era obrigado a ser católico. A inquisição só era usada contra quem era batizado, mas inventava de sair pregando heresias loucas, como o ateísmo. Se o fulano queria ficar ateu mas não importunava ninguém, podia dormir sossegado, pelo menos até a morte. Depois…

    Mas para o herege público e incorrigível tinha lá umas fogueirinhas bem quentinhas, que era para ele ir se acostumando com o calor infernal que viria depois (bons tempos!).

    Outra coisa: você diz que é ateu porque não há evidências da existência de Deus. Você queria o quê? Uma fotografia colorida em tamanho natural? Ou um exame de DNA produzido pela “infalível” ciência moderna?

    O pior cego é aquele que não quer ver. O mundo, para você, não é uma evidência da existência de Deus? Você acha que o mundo surgiu como? Caiu do céu? Mas se caiu do céu é porque tem céu, não é? E quem é que “mora” no Céu? Adivinha…

    Outra besteira sua: você diz que cabe a nós o ônus de provar que Deus existe. Pois você está errado, para variar.

    Nunca existiu uma sociedade atéia na história. Todos os povos, sem exceção, sempre acreditaram numa divindade, desde que o mundo é mundo. Mas eis que agora surge o Edwi Feitosa, todo gabola, dizendo que todo mundo sempre esteve errado, e que só ele, Edwi Feitosa, é que está certo, pois divindade não existe. Então, meu filho, contra o senso comum da humanidade, você e que fica desafiado e obrigado a provar a sua tese absurda. E sabe quando é que você vai provar que Deus não existe? Never! Nem no inferno você vai conseguir provar para o capeta que Deus não existe. E quanto mais você argumentar com ele, mais ele vai te torturar para você deixar de falar besteira. Mas aproveite. Ainda há tempo de se converter e sair dessa arrogância ridícula.

    Seja valente: enfrente as cinco provas de São Tomás de Aquino sobre a existência de Deus e refute-as uma a uma, se for capaz.

    Estou esperando.

    Sentado…

    Carlos.

  17. Prezado Edwi,

    Obrigado pelo comentário. Desculpe-me a resposta sucinta que te vou dar, mas é porque estou escrevendo fora de casa, numa pousada, de modo que só amanhã voltarei para Recife. Mas gostaria de fazer algumas pequenas ponderações:

    Sobre saber que Deus não existe e ônus da prova et cetera, o ponto aqui não é ônus algum. O ponto é: os ateus crêem na inexistência de Deus [que não é provada e nem consigo imaginar um maneira de prová-la], e não somente “não sabem” dizer se Ele existe ou não. Ou seja: pode-se dar mil justificativas [como, no teu caso, “simples falta de evidências”], mas o fato é que os ateus estão certos de que Deus não existe. Engano-me quanto a isso?

    Quanto à Idade Média, mantenho. Muitos que, hoje, se dizem ateus porque foram envenenados pela cultura atéia na qual vivemos, caso vivessem em um ambiente sadio seriam cristãos. Não existe o “ambiente totalitário, onde não há opções, escolhas, contraditórios ou situações onde se possa nivelar seu ambiente por cima”. Isso é puro preconceito. Um medieval para quem isso fosse dito certamente não subscreveria as tuas palavras que, para ele, aliás não teriam nenhum sentido.

    Sobre os “personagens históricos” desrespeitados, não sei exatamente sobre o quê tu estás falando. São os ateus que desrespeitam a história, “inventando” ateus onde eles não existem. Sobre a “violência”, não é violência de bombas, e sim violência – digamos – “ideológica”. Vou voltar a falar sobre isso depois [era um dos textos da série que, infelizmente, não consegui aprontar a tempo].

    Abraços,
    Jorge

  18. o sr Carlos não me espanta em sua interpretação distorcida dos fatos históricos.

    “Se você estuda ou estudou em faculdade, meu caro ateu, agradeça à Igreja Católica, pois foi ela que criou as universidades. Sabe quando? na Idade Média. E foi na odiada Idade Média que se criou também os hospitais, a universalização gratuita do ensino e muitíssimas outras coisas de que hoje nos orgulhamos.”

    será? as universidades foram formadas a partir dos mosteiros, associações que tinham uma certa liberdade quanto à Igreja. tanto que foi nos mosteiros que os pesquisadores encontraram um ambiente onde pudessem pesquisar e, quando houve condições políticas, contestarem os dogmas da Igreja e os absurdos que ainda são propagados por esta como “ciência”.

    “E saiba que na Idade Média ninguém era obrigado a ser católico.”

    eu ri tanto depois dessa declaração infeliz que caí da minha cadeira. sr Carlos, as leis de Carlos Magno, as Cruzadas, a Inquisição, o Santo Ofício, gritam em plenos pulmões: seja católico ou sofra as consequências.

  19. Olá, senhor Carlos “sem sobrenome”!
    Primeiramente, sugiro e recomendo que pegue o exemplo do dono deste blog no tratamento e RESPEITO com pessoas, principalmente com aquelas que você não conhece. Coisa que aprendemos em berço, religioso ou não.
    Segundo, meu sobrenome escreve-se com “Z” e não com “S”.
    Terceiro, acho que hoje eu não teria lugar cativo por recomendação na Universidade São Judas Tadeu, colaboraria com o mundo de SL/CA e ocuparia o cargo de desenvoldedor de software e analista de requisitos na IBM Brasil se eu não nunca tivesse estudado :) Vamos as suas colocações.
    Se hoje eu estudo em uma das melhores universidade particulares do país, historicamente isso se deve principalmente a PLATÃO e ao MUNDO ISLÂMICO, caso tenha seus livros de história próximo de suas mãos. A Academia de Platão foi o primeiro modelo do mundo em termos de universidade que conhecemos.
    Se seguirmos uma definição mais contemporânea, as primeiras universidades surgiram no século XII, por volta de 1150. Na época, os mundo islâmico (árabes e todo o oriente) estavam com a questão de conhecimento intelectual, científico e filosófico MUITO mais avançados que o mundo ocidental. Principalmente pelo fato de o mundo oriental ter tido ao longo do tempo um constante contato com obras de filósofos e pensadores da Grécia Antiga. A tradução que os povos orientais fizeram destas importantes obras foram as bases para a formação e fundação das primeiras universidades do século XII. Se contasse com o conhecimento acumulado da Santa Madre Igreja católica daria pena ver estas instituições! Aliás, a Santa Madre Igreja só teve acesso a este acervo intelecutal da forma habitual: VIOLÊNCIA!!! Obtiveram vista das obras através da Cruzadas! O que a Santa Madre Igreja fez foi conferir a algumas destas instituições o título de “Studium Generale”. Com certas ressalvas. Que o diga as faculdades de Artes…
    O conceito de hospitais não nasceu na idade média: foi APERFEIÇOADO nela, com o aval e ordem do Concílio de Nicéia (325 d.c, acho eu, mas foi por aí que este concílio foi realizado). Existem registros e fatos que remetem a presença de atividade médica-hospitalar na civilização assírio-babilônica. Isso em 3000 a.c!!!!!!! E ainda, temos o CÓDIGO DE HAMURABI (2500 a.c.) que, entre outras coisas, regulamentava a atuação e remuneração pela atividade médica. Inclusive, tinha registros que indicavam castigos que deveriam ser aplicados em caso de negligência médica!
    Sobre a falta de evidências, eu afirmo o que eu disse. O seu erro primário é afirmar que eu (isso sem me conhecer) não acredito por falta de evidências da existência do SEU deus, quando não é verdade. Isso é válido para qualquer deus que as pessoas de quaiques culturas possam via a acreditar, Parte de seu erro se dá pelo fato de este comentário ter sido feito em um blog cujo dono é católico. O fato de eu não acreditar em Yaveh (nada me impede de citar este nome) é o mesmo pelo qual não acredito em fadas, duendes, montro de espaguete voador, deus-bule, etc. É impossível provar a não-existência de algo. Logo, se alguém afirma veementemente que este algo existe, cabe a esta o ônus da prova de sustentar a sua afirmação. Se fizermos o que você sugere, temos que fazer várias coisas. Entre elas, rasgar a nossa constituição (estude ela e você entenderá porquê). Mas vale um comentário sobre este seu argumento:
    “Nunca existiu uma sociedade atéia na história. Todos os povos, sem exceção, sempre acreditaram numa divindade, desde que o mundo é mundo. Mas eis que agora surge o Edwi Feitosa, todo gabola, dizendo que todo mundo sempre esteve errado, e que só ele, Edwi Feitosa, é que está certo, pois divindade não existe. Então, meu filho, contra o senso comum da humanidade, você e que fica desafiado e obrigado a provar a sua tese absurda. E sabe quando é que você vai provar que Deus não existe? Never! Nem no inferno você vai conseguir provar para o capeta que Deus não existe. E quanto mais você argumentar com ele, mais ele vai te torturar para você deixar de falar besteira. Mas aproveite. Ainda há tempo de se converter e sair dessa arrogância ridícula.”
    Argumentum ad Antiquitatem pra cima de mim, meu filho?? Esperava mais de alguém que se propõe a debater… E só pela sua falta de educação e intransigência fica claro para quem quiser quem demonstra “arrogância ridícula” aqui.
    Por fim, “eja valente: enfrente as cinco provas de São Tomás de Aquino sobre a existência de Deus e refute-as uma a uma, se for capaz.”
    Nem preciso! Se você largasse um pouco sua bíblia e pegasse um livro de verdade ou um mecanismo de busca, encontraria rápido isso que me pedes. Por exemplo, usando exatamente sua frase, esta foi a PRIMEIRA OCORRÊNCIA no Google:
    http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/1223000

    Boa leitura.

    PS: fico grato pela atenção, gentileza e educação, Jorge Ferraz. Se quiser, pode complementar suas ponderações ou mesmo informar que não fará qualquer acréscimo. Assim posso debater de forma mais consistente!

    Forte abraço!

  20. “Mas para o herege público e incorrigível tinha lá umas fogueirinhas bem quentinhas, que era para ele ir se acostumando com o calor infernal que viria depois (bons tempos!).” Vergonhoso e repugnante.

  21. Prezado sr. Edwi,
    o sr. é um legítimo representante da cultura google que se esparrama pelo mundo. A universidade é um fenômeno típico da idade média católica e ocidental. Os muçulmanos eram relamente mais avançados que os antigos ocidentais, mas não constituíram universidades no mesmo modelo e sentido. Até pela falta de instituições do saber é que o poder político voltou às mãos dos aiatolás que impediram seu desenvolvimento posterior. Esse argumento já foi há muito destroncado em outros blogs. É uma reincidência no erro.
    Além disso, o texto que o sr. cita a título de refutação a S. Tomás é primário. Citar Dawkins, a frio, sem nenhuma observação crítica é um exemplo de tolice rematada. E a meu ver , a necessidade de uma causa eficiente é o melhor dos argumentos e não foi, no texto citado, refutado de modo algum. O sr., pelo modo como escreve, é um ateu militante, intolerante e agressivo. Exigir que desistam de um argumento que o sr. não consegue refutar chega a ser ridículo.
    Sds.,
    de Marcelo.

    P.S.: se o sr. deixar de lado o google e se dedicar à leitura de historiadores como Le Goff, Bloch, Braduel e Ferro, verá que sua imagem da Idade Média é apenas um resquício da propaganda iluminista. E nenhum deles faz proselitismo de religião alguma.

  22. Jorge Ferraz escreve: “[…] Em terceiro lugar, porque o ateísmo é – digamo-lo francamente – uma escolha que repugna a razão, de modo que são necessários grandes esforços para enfiá-la na cabeça das pessoas.”

    Hoje, de uma forma estranha de conceber, super-valoriza-se o método científico mas não se dar mais atenção à “razão”. Os ignorantes, como que por modismo e para se sentirem informados – pela “mídia”!, aceitam como ciência muita coisa que não é ciência.

    O hedonismo está tratando de alienar todos do “pensar”, do filosofar. Ele tem um irmão: o utilitarismo extremado, que deixa de lado a ética…

    Muitos acadêmicos estão preocupados apenas em fazer currículo, e se curvam ao material; não se importam se a linha de pensamento ou de pesquisa que abraçam é “algo bom”. Não se aprofundam nem nas raízes de suas próprias pesquisas, pois o que querem é publicar (artigos), fazer nome etc.

    Falando “sobre academia e ética” as pessoas – como que “hipnotizadas” pela grande mídia – só enxergam a biologia, com “suas células tronco e clonagens”. Mas esses, são pequenos sinais apenas. Reflexos. Eu me refiro à academia de forma uma geral. Por exemplo: se pesquisa tecnologias sem nenhum receio de que o principal uso delas seja para guerra e domínio de pessoas. Estou observando sobre o âmbito individual do pesquisador: com frequência este “não está nem aí” se o conhecimento que está organizando tem mais potencial para o mal ou para o bem…

    Por isso e por outras coisas eu penso que “não são necessários grandes esforços para enfiar a escolha pelo ateísmo na cabeça das pessoas”.

    Existem as exceções, mas o Homem hoje repugna a razão! Apenas de pelo menos “nomeadamente” abraçar com todo gosto um dos frutos da razão: o método científico.

    Um coisinha bem interessante: João Paulo II escreveu a Carta Encíclica Fides et ratio (Fé e Razão), mas pessoas mesmo estudando o documento parece que raciocinam apenas “Fé e Ciência”. Automaticamente. Por que?

  23. Nossa sr. Roberto Quintas, como o sr. é inteligente!

    Prove agora o que o sr. escreveu: Mostre para todos nós onde que os mosteriros, associações ”tinham uma certa liberdade” em relação à Igreja Católica!

    Mostre de onde o sr. tirou essa ”revelação” tão surpreendente. Um documente de um monge onde ele escreveu o seguinte: ”Os mosteiros são indepententes em relação a Igreja Católica. Não devemos nos basear nos ensinamentos dos Papas ou na Doutrina Católica de Jesus Cristo.”

    Sr. Quintas: dar uma opinião sem ter uma fonte para sustentá-la é uma atitude bem maliciosa, não acha?

    Mosteiros, Associações católicas, etc, só podem ser abertas com a permissão do Santo Papa. Mas é óbvio que dentro destas instituições divinas, entrarão um Roberto Quintas da vida para trazer confusão e rebeldia – é só ver a CNBB.

    Muitos dos Papas também sairam de muitos mosteiros ou associações e colégios católicos.

    O seu último comentário, onde você diz: ”eu ri tanto depois dessa declaração infeliz (!!!!!!!) que caí da minha cadeira.”

    Isso mostra como a verdade, quanto atinge certas pessoas, estas tem determinadas reações: Alguns caem da cadeira ”de tanto ri”, outros se contorcem de raiva, outros choram, … e por ai vai.

    Carlos Magno, Cruzadas, Inquisição, Santo Ofício,… dizem tudo para aqueles que quando não querem ver a verdade, irão repetir como papagaio tudo isso que já foi refutado.

    Só o diabo sr. Roberto Quintas insiste no erro e nas mentiras.

  24. Roberto Quintas,

    Você nega que a Igreja tenha sido a principal responsável pela criação das universidades, mas ao mesmo tempo reconhece que elas “foram formadas a partir dos mosteiros”.
    E a quem pertencia os mosteiros, homem? Use a cabeça!
    Mas saiba que você, como sempre, está ERRADO!
    As universidades foram a evolução natural das escolas que existiam anexas a todas as paróquias e não apenas aos mosteiros.

    E nenhum mosteiro católico “tem uma certa liberdade quanto à Igreja”. A liberdade que eles desfrutam é apenas de governo, e mesmo assim é muito relativa. Depois, não têm nenhum direito de “contestarem os dogmas da Igreja”. Isso só podia vir de sua cabeça oca. Nenhum católico contesta os dogmas da Igreja, pois se contestar já deixou de ser católico. Entendeu ou quer que eu desenhe?

    Você diz que riu e quase caiu da cadeira quando leu minha frase de que na Idade Média ninguém era obrigado a ser católico. E como prova do meu erro, cita Carlos Magno, as Cruzadas, a Inquisição e o Santo Ofício.

    Você só tem um tiquinho de razão quanto a Carlos Magno, que depois de uma batalha tentou converter os inimigos na marra. Sabe o que aconteceu com ele por causa disso? Foi ameaçado de excomunhão pelo Papa, pois a aceitação do batismo (e de qualquer sacramento) deve ser sempre de LIVRE e ESPONTÂNEA vontade.

    As cruzadas não visavam converter ninguém, mas apenas libertar a Terra Santa do domínio muçulmano, pois os maometanos escravizavam e tiranizavam os católicos que residiam lá. Estou pasmo com a sua ignorância histórica.

    Por fim, Inquisição e Santo Ofício foram tribunais estabelecidos pela Igreja para julgar suposta heresia DOS CATÓLICOS BATIZADOS, principalmente dos PADRES.
    A Igreja nunca teve jurisdição sobre não batizados. Aprenda isso, pelo menos.

    Quer a prova final? Milhões de judeus viviam na Europa medieval e nunca foram coagidos a virarem católicos. Isso só aconteceu na Espanha, já no final da Idade Média, por motivos políticos e não por exigência da Igreja.
    Vá estudar bem mais porque você é muito leigo nesses assuntos.
    E se segure bem na cadeira porque da próxima vez eu te derrubo.
    Um abraço.
    Carlos.

  25. Caro Edwi FeitoZa,

    Você, como todo ateu, é contraditório, pois agride e depois exige respeito. Pois saiba que para exigir respeito é preciso primeiro respeitar os outros. Você vem a um blog católico e diz que a Bíblia (livro sagrado para nós) é um livro repulsivo (“Nem tudo que está escrito nela é repulsivo”, disse você). E o que você escreve, não é repulsivo?

    Obrigado por me lembrar que seu sobrenome se escreve com “Z” e não com “S”, detalhe deveras relevante para o prosseguimento do debate. Tentarei me lembrar.

    Você diz que tem lugar cativo por recomendação na Universidade São Judas Tadeu. O que está fazendo aí, numa universidade com nome de santo? Seja coerente e suma daí!

    Você diz que se hoje estuda em uma das melhores universidade particulares do país, isso se deve a PLATÃO e ao MUNDO ISLÂMICO.

    Confundir a Academia de Platão com uma universidade só prova que seus conhecimentos são… platônicos!

    A Academia nunca foi UNIVERSIDADE. Primeiro, porque não lecionava um conhecimento UNIVERSAL, mas apenas filosófico. Segundo, porque atendia a apenas uma meia dúzia de discípulos (ricos, claro!) e não a todo mundo, isto é, UNIVERSALMENTE.

    Quero dizer que não era qualquer ateu que estudava com Platão. Aliás, o mestre de Aristóteles nunca foi ateu. E sabe por que ele nunca foi ateu? Porque era sábio… Portanto, aprenda com ele, já que parece admirá-lo.

    Quanto ao conhecimento científico, intelectual e filosófico do mundo islâmico na Idade Média, reitero o que já respondeu o Renato Lima.
    A propósito, talvez seja por isso que o mundo árabe/islâmico é tão desenvolvido intelectual, científica e filosoficamente, ao passo que o ocidente cristão tenha ficado tão atrasado e obscuro…

    Você diz que o conceito de hospital não nasceu na Idade Média, mas sim no Código de Hamurábi. Que seja! Mas eu não estou falando de conceitos. Eu quero saber quem foi que encheu a Europa de hospitais, se foi a Igreja ou o tal Hamurábi.

    Você diz o seguinte: “Sobre a falta de evidências, eu afirmo o que eu disse. O seu erro primário é afirmar que eu (isso sem me conhecer) não acredito por falta de evidências da existência do SEU deus, quando não é verdade.”

    Como não? Copio e colo o que você disse na outra mensagem: “Não acreditamos pela simples falta de evidências que mostrem sua existência [de Deus]”. E então? Se não sustenta o que diz pare de escrever.

    Depois você afirma que não acreditar em Deus é o mesmo que não acreditar em fadas, duendes, montro de espaguete voador, deus-bule, etc. E que é impossível provar a não-existência de algo.

    Comparar o conceito de Deus criador com essas infatilidades de fadas e duendes mostra bem o seu nível intelectual.

    Mas você tem razão quando diz que é impossível provar a não existência de algo. Mas então sua postura é contraditória. Pois ateu quer dizer aquele que nega a existência de Deus. Logo, você afirma uma coisa que sabe ser impossível de ser provada. Portanto, é fanático, pois põe a sua crença acima da razão. Um ateu que fosse ao menos um pouquinho coerente deveria guardar sua incredulidade para si próprio e nunca fazer proselitismo, mas eles são sempre muito militantes. E dizem ao pobre neófito: “seja ateu como nós, mas saiba que ateísmo nunca foi nem jamais será provado… Portanto, exigimos uma FÉ CEGA no ateísmo!”

    Por outro lado, se Deus não existe, jamais saberemos. Mas se ele existe, um dia saberemos. Só que aí já será tarde para aquele que o negou…

    Por fim, já sabia que você nem tentaria refutar as cinco vias de São Tomás de Aquino. Imaginei que você realmente tentaria se socorrer no ‘deus’ google e simplesmente me indicar um link qualquer.

    Mas logo este de um sofista delirante?
    Tenha paciência!

    Seja corajoso e tente você mesmo. Aí você verá que é impossível refutar São Tomás e, quem sabe, não se converte.

    Um abraço.

    Carlos.

  26. Esse meu comentário NÃO é em defesa de roberto quintas. Pode parecer isso, mas não é. Tenho o objetivo de chamar a atenção para alguns exageros que cometemos no calor das discussões.

    Carlos: “Mas saiba que você [roberto quintas], como sempre, está ERRADO!”

    “Ninguém” está errado SEMPRE. Nem o diabo, que se utiliza de verdades misturadas a mentiras para construir uma nova mentira. É claro, no resultado final este, o diabo, “está sempre errado”… é uma exceção. rsrsrs

    (E a idéia que acabo de expressar não é em defesa do diabo! rsrsrsrs)

    O próprio Carlos “diminuiu”, sem se dar conta, talvez, o exagero: “Você [roberto quintas] só tem um tiquinho de razão quanto a Carlos Magno…”

    Ora! Se roberto quintas tem um “tiquinho de razão” em algo momento, ele “possivelmente” está certo em algum momento (pelo menos no uso da razão). Ainda, podemos usar a razão com noções (proposições) falsas. Ou seja, podemos “acreditar nas coisas erradas” e construir raciocínios íntegros com isso. Apesar de que é muito difícil isso se sustentar, quando ganha complexidade… mas é possível.

  27. Eu: “É claro, no resultado final este, o diabo, ‘está sempre errado’… é uma exceção. rsrsrs”

    E eu errei… não é uma exceção. Pois as palavras “no resultado final este” mudam o significado da afirmativa, limitando o “sempre” (a um subconjunto de casos).

  28. Carlos,

    Talvez pessoas como o Edwi Feitoza, que não crêem ou não conseguem ser amigos de Deus, precisem muito da ajuda dos crentes, principalmente dos crentes da linha “compreender para crer, crer para compreender”. Um modo de fornecer tal ajuda é mostrar a essas pessoas “a razão da nossa fé”.

    Acontece que quando afogamos nossos argumentos em poços de emoções, aqueles perdem muito de seus efeitos, porque serão recebidos também com emoção, com muito mais emoção do que com reflexão.

    Dirijo-me inicialmente ao Carlos, mas acredito que isso valha para todos nós que pretendemos ser ou somos cristãos.

    Alexandre Magno

  29. Caro Alexandre,
    Você está certo. Quando eu disse que o Roberto Quintas está SEMPRE errado usei apenas uma linguagem hiperbólica. Claro que nem tudo que ele faz ou diz está SEMPRE errado. Acho que é impossível alguém errar em TUDO e sempre.
    Obrigado pela oportunidade de esclarecimento.
    Um abraço.
    CArlos.

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