Vocações recentes para a vida religiosa

[Fonte: National Religious Vocation Conference.
Tradução: Pedro Ravazzano.
Observação: a pesquisa completa é muito mais detalhada; cliquem acima para ver.]

Vocações Recentes para a Vida Religiosa

Center for Applied Research on the Apostolate

(Centro de Pesquisa Aplicada sobre o Apostolado)
Georgetown University, Washington, DC

Agosto 2009

Vocações Recentes para a Vida Religiosa:
Relatório para a Conferência Nacional de Vocações Religiosas

Mary E. Bendyna, RSM, Ph.D.
Mary L. Gautier, Ph.D.

Tradução: Pedro Ravazzano

Sumário Executivo:

Este relatório apresenta os resultados de um estudo recente de vocações à vida religiosa na América, conduzido pelo Center for Applied Research in the Apostolate (Centro para Pesquisa Aplicada no Apostolado) (CARA) para a National Religious Vocation Conference (Conferência Nacional de Vocações Religiosas) (NRVC). O estudo é baseado em pesquisas de institutos religiosos, estudos e grupos de enfoque com vocações recentes à vida religiosa, e uma análise de determinadas instituições religiosas selecionadas que têm tido sucesso em atrair e reter novos membros. O estudo foi desenhado para identificar e compreender as características, atitudes e experiências de homens e mulheres que entram na vida religiosa hoje, bem como as características e as práticas das instituições religiosas que estão atraindo novos candidatos e retendo novos membros com êxito.

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CARA enviou os questionamentos por correio a um total de 976 entidades, na primavera de 2008 e, em seguida, empreendeu uma extensa pesquisa através do correio, e-mail, telefone e fax durante todo o verão e outono de 2008 para alcançar uma alta taxa de resposta. CARA recebeu respostas preenchidas por 591 institutos religiosos com uma taxa de resposta de 60 por cento. No entanto, uma análise mais detalhada das listas e os que não responderam mostrou que algumas das congregações e províncias nas listas originais haviam sido fundidas com outras durante o curso da pesquisa. Outras entidades da lista não são províncias ou congregações, mas regiões ou casas que não possuem formação/incorporação nos Estados Unidos e não deveriam ter sido incluídas na pesquisa. Outros ainda, especialmente entre os monastérios contemplativos e comunidades emergentes, aparentemente tinham deixado de existir.

(…)

Principais Conclusões:

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Atração para a Vida Religiosa e a um Instituto Religioso em particular

• Os novos membros são atraídos para a vida religiosa primeiro por um sentido de vocação e um desejo de oração e crescimento espiritual. Mais de três quartos (78 por cento) disseram que foram atraídos “muito” pela primeira e quase a mesma quantidade (73 por cento) disseram que foram atraídos “muito” pela segunda. Mais do que qualquer outra coisa, foram atraídos para sua instituição religiosa particular pelo exemplo de seus membros e, especialmente, pelo seu senso de alegria, por seu realismo e seu empenho e entusiasmo. Cerca de 85 por cento disseram que o exemplo dos membros atraiu “muito”.

• Em um grau um pouco menor, os membros mais novos também disseram que eles foram atraídos para a vida religiosa pelo desejo de servir e de fazer parte de uma comunidade. Se sentiram atraídos, em particular, ao seu instituto religioso pela sua espiritualidade, vida comunitária e vida de oração. As pastorais são igualmente importantes para a maioria dos novos membros, entretanto, são menos importantes que a espiritualidade, a oração, a comunidade e estilo de vida. As questões pastorais, especialmente a possibilidade de uma diversidade destas, tendem a ser mais importantes para os homens do que para as mulheres entre os novos membros.

• É mais provável que os entrevistados mais jovens digam que foram atraídos para a vida religiosa pelo desejo de se comprometerem mais com a Igreja e com seus institutos, em particular pela sua fidelidade à Igreja, em comparação com os inquiridos mais velhos. Muitos também dizem que sua decisão de aderir ao seu instituto foi influenciada pela sua prática em relação ao hábito religioso. O fosso entre as gerações, especialmente entre a “Geração Milênio” (nascidos em 1982 ou depois) e geração do Vaticano II (nascidos entre 1943 à 1960), se tornou evidente durante todo o estudo de questões que tenham a ver com a Igreja e com o hábito. As diferenças entre as duas gerações também se extendem às questões da vida em comunidade, bem como os estilos e tipos de oração.

• Os membros mais recentes da vida religiosa se relacionaram com as instituições religiosas de maneiras muito diferentes. A experiência mais comum foi em uma instituição como a escola, na qual servem os membros. Outras formas relativamente comuns de entrar em contanto com o instituto são mediante a recomendação de um amigo ou conselheiro, trabalhar com um membro do instituto, através de um amigo da congregação, por meio de materiais promocionais impressos ou pela Internet.

• Em comparação com as mulheres, é mais provável que os homens digam que entraram em contato com seu instituto religioso em uma escola ou outra instituição onde servem os membros. Comparado com os homens, é mais provável que as mulheres descubram seu instituto através da recomendação de um amigo ou conselheiro.

• Comparado com os mais jovens, é mais provável que os inquiridos mais velhos tenham conhecido seu instituto de forma mais direta, ou seja, trabalhando com um membro ou através de um amigo do instituto. Inquiridos mais jovens, em particular a Geração Millennium, mais provavelmente conheceram seu instituto através da recomendação de um amigo ou conselheiro, ou através de materiais promocionais impressos ou pela Internet.

• Alguns dos membros mais jovens não tinham conhecido homens e mulheres religiosos antes de sentir um chamado à vida religiosa. Muitos destes jovens religiosos primeiro conheceram seu instituto, nomeadamente, através da recomendação de um amigo ou conselheiro, muitas vezes um padre, e muitos descobriram ou sabiam mais sobre o instituto através da internet. A experiência direta com o Instituto e os seus membros, através de eventos presenciais, retiros, discernimento, e outras oportunidades, são especialmente importantes para este grupo etário.

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Oração e Espiritualidade

• Muitos dos novos membros identificam a oração comum como um aspecto da vida religiosa que atraiu mais e que mais os sustenta atualmente. Quando perguntado sobre a importância dos diferentes tipos de oração, o que mais os entrevistados mencionam é Comunhão diária e a da Liturgia das Horas, como os tipos de devoção que são mais importantes para eles.

• É mais provável que os entrevistados da geração do Milênio, em comparação com outros entrevistados, especialmente os da geração Vaticano II, digam que a comunhão diária, a Liturgia das Horas, adoração Eucarística, e outras orações devocionais são “muito importantes” para eles. Comparado com os entrevistados mais jovens, os entrevistados mais velhos dão mais importância à fé e, em menor grau, a oração comunitária não litúrgica.

• Esses padrões se repetiram nas respostas abertas tanto como nas entrevistas e grupos de enfoque em que muitos membros mais jovens mencionaram a comunhão, a adoração da Eucaristia, o Ofício Divino e devoção mariana como particularmente importante para eles.

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Práticas com respeito ao Hábito Religioso

• As respostas à pergunta aberta sobre o que os atraiu ao seu instituto religioso revelam que ter um hábito religioso foi um fator importante para um número significativo de novos membros. Entrevistas com os diretores vocacionais também sugerem que muitas pessoas que estão pesquisando a vida religiosa buscam a oportunidade de vestir um hábito, mesmo naqueles institutos em que poucos ou nenhum dos membros o fazem regularmente.

• Cerca de dois terços dos novos membros, nos institutos pesquisados, estão num instituto que faz uso do hábito religioso. Para pouco mais da metade destes novos membros (55 por cento), o hábito é necessário em todas ou na maioria das circunstâncias e para outros 16 por cento só é necessário em certas ocasiões, como na pastoral ou oração. Nas discussões dos grupos de enfoque, alguns participantes foram muito fortemente a favor ou contra a exigência do hábito, enquanto alguns viram o valor de usar o hábito eclesiástico em, ao menos, algumas circunstâncias.

• Entre os que relataram que o hábito é opcional, 90 por cento dos homens e 27 por cento das mulheres disseram que usam ocasionalmente, enquanto 14 por cento dos homens e 15 por cento das mulheres disseram que usam sempre ou na maioria das vezes. Entre aqueles que afirmam que o seu instituto não tem hábito, quase metade dos homens (48 por cento) e quase um quarto das mulheres (23 por cento) disseram que usariam um hábito, se tivessem essa opção.

Aspectos mais gratificantes e satisfatórios da Vida Religiosa

• Quando perguntado o que eles acham mais gratificante e satisfatório da vida religiosa, os novos membros brindaram uma série de comentários sobre vários aspectos da vida religiosa. As respostas mais freqüentes foram sobre a dimensão da vida religiosa. Alguns mencionaram viver, orar e trabalhar em conjunto, enquanto outros se concentraram mais no sentido de um objetivo comum e de ser parte de algo maior que eles. A freqüência de menções de vida em comunidade sugere que este é um aspecto particularmente importante da vida religiosa para a maioria dos novos membros.

• Muitos dos novos membros também identificam alguns aspectos da dimensão espiritual da vida religiosa como o sentido de seguir o chamado de Deus, aprofundar nosso relacionamento com Deus e com Cristo e/ou a oração pessoal e comunitária, como os aspectos que fornecem o maior senso de gratificação ou satisfação. Nas suas respostas, muitos novos membros mencionaram a comunhão diária, a adoração Eucarística, o Ofício Divino, a devoção mariana, e outras práticas devocionais como particularmente significativas para eles.

• Alguns dos novos membros citaram o serviço ou a extensão do apoio da comunidade para a vida religiosa como o mais gratificante para eles. Muitos destes entrevistados mencionaram a pastoral, o serviço, ou o apostolado, enquanto outros disseram ser um testemunho de Deus para os outros. O fato de que os comentários sobre a pastoral, serviço ou apostolado são menos freqüentes do que os relacionados com a comunidade e espiritualidade sugere que eles podem ser menos notáveis para os novos membros.

(…)

Melhores Práticas no Ministério das Vocações

• Os resultados do estudo sugerem um conjunto de “melhores práticas” para promover as vocações. Estes incluem a implementação de uma “cultura vocacional” e incluir membros e diretores no esforço concertado para promover as vocações; ter um diretor vocacional em tempo integral apoiado por uma equipe e recursos para utilização de novas mídias, especialmente sites e outra presença na Internet; oferecer programas de discernimento e outras oportunidades para conhecer potenciais candidatos a membros e aprender mais sobre o Instituto; ter como alvo os estudantes universitários e adultos jovens, bem como alunos de escolas primárias e secundárias para mostrar a possibilidade da vida religiosa e informá-los sobre o instituto.

• Embora estas práticas possam ter um impacto positivo para atrair e reter novos membros, a pesquisa sugere que as características do exemplo dos membros e do instituto são o que mais influencia a decisão de aderir a um instituto em particular. As instituições de maior sucesso em termos de atrair e reter novos membros são, no momento, aquelas que seguem um estilo mais tradicional de vida religiosa, em que os membros vivem juntos em comunidade, participam da Comunhão diária, recitam o Ofício Divino, fazem práticas devocionais, usam hábito religioso, trabalham juntos no apostolado comum e mostram ostensivamente a sua fidelidade à Igreja e aos ensinamentos do Magistério. Todas estas características são particularmente atraentes para os jovens que ingressam hoje na vida religiosa.

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Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

5 comentários em “Vocações recentes para a vida religiosa”

  1. Interessante pesquisa!

    Ao que parece, não há uma pesquisa desse tipo aqui no Brasil.
    Pesquisas assim ajudam a compreender melhor a realidade eclesial das vocações religiosas.
    Talvez a CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil) tenha os dados necessários para um estudo semelhante. Não sei se a CRB já fez uma pesquisa semelhante; se não fez seria interessante que fizesse.

    http://www.crbnacional.org.br/home.html

  2. REVELAÇÃO/EXORTAÇÃO
    Urge difundirmos na terra, a certeza de que Jesus Cristo já vive agindo entre nós, espargindo a luz do saber em sí, criando Irmãos Espirituais, e a nova era Cristã. Eu não minto, e a Espiritualidade que esperava pela sua volta, pode comprovar que digo a verdade. Por princípio, basta recompormos as 77 letras e os 5 sinais que compõe o título do 1º. livro bíblico, assim: O PRIMEIRO LIVRO DE MOISÉS CHAMADO GÊNESIS: A CRIAÇÃO DOS CÉUS E DA TERRA E DE TUDO O QUE NÊLES HÁ: Agora, pois, todos já podem ver que: HÁ UM HOMEM LENDO AS VERDADES DO SEU ESPÍRITO: ÊLE É O GÊNIO CRIADOR QUE ESSA AÇÃO DE CRISTO: (LC.4.21) – Então passou Jesus a dizer-lhes: Hoje se cumpriu a escritura que acabais de ouvir: (JB.14.17) – O Espírito da verdade que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem conhece, vós o conheceis; porque Ele habita convosco e estará em vós. – Regozijemo- nos ante a presença do Nosso Senhor, e façamos jus ao poder que o Filho do Homem traz às Almas Justas, para a formação da verdadeira Cristandade.

    (MT.26.24) – O FILHO DO HOMEM VAI, COMO ESTÁ ESCRITO A SEU RESPEITO, MAS AI DAQUELE POR INTERMÉDIO DE QUEM O FILHO DO HOMEM ESTÁ SENDO TRAIDO! MELHOR LHE FÔRA NÃO HAVER NASCIDO:

    E, ao recompormos as 130 letras e os 7 sinais que compõem esse texto, todos já podem ler, saber, e entender quem é o Filho do Homem:

    E O FILHO DO HOMEM É O ESPÍRITO QUE TESTA AS ALMAS DO HOMEM E DA MULHER, NA VERDADE DO SENHOR, COMO CRISTO: E EIS A PROVA QUE O FILHO DO HOMEM FOI TREINADO NA LEI CRISTÃ:

    (MC.14.41) – Chegou a hora, o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores: E hoje, quem desejar interagir com o Filho do Homem e participar da obra comum da nossa criação, deve inteirar-se da fundamentação contida na “Bibliogênese de Israel”, que já está disponível na internet (Editora Biblioteca 24×7). E quem não quiser, pode continuar vivendo de esperança vã, assistindo passivamente a agonia da vida terrena, à par da auto-destruição do nosso planeta…

  3. (GN.49.1) – AJUNTAI-VOS E EU VOS FAREI SABER O QUE VOS HÁ DE ACONTECER NOS TEMPOS VINDOUROS:(TB.12.6) – BENDIZEI AO DEUS DO CÉU, E DAÍ-LHE GLÓRIA DIANTE DE TODOS OS VIVENTES, POR TER USADO CONVOSCO DA SUA MISERICÓRDIA: O seu poder há de espiritualizar as almas de todos os Homens de bom senso, e de todas as Mulheres de boa fé; que alcançaram a verdade cientifica revelada na “EXORTAÇÃO DO SABER”; e que também já passaram a interagir com o Cristo Vivo, ao publicarem o chamamento que o nosso Pai Comum tem feito aos Filhos e Filhas do amor eterno, e que já começaram a renascer espiritualmente para a vida eterna.

    Aqueles que buscaram as boas novas na “Bibliogenese de Israel”, já vislumbraram a herança espiritual que a Providência Divina nos legou, e também já saberão se auto-reciclar na Lei do Senhor que nos impõe a recomposição da literatura bíblica, para formar os Cristãos Conscientes que hão de consumar a Profecia Sagrada, conforme já tem sido demonstrado, assim:

    (EX.) – O SEGUNDO LIVRO DE MOISÉS CHAMADO ÊXODO: OS DESCENDENTES DE JACÓ NO EGITO. Estas 60 letras e 5 sinais recompostos, revelam que: É O CONJUNTO DE EX-SEGRÊDOS: O LEGADO DE VIDA CÓSMICA E O DESTINO DOS HOMENS.

    Outro exemplo:

    (JR) – JEREMIAS: A VOCAÇÃO DE JEREMIAS. São 26 letras e 3 sinais que dizem: CRIEI A AÇÃO DO SER: VEJAM E SEJAM.

    (JB.29.22) – RECEBEI O ESPÍRITO SANTO! (1CO.11.1) – SEDE MEUS IMITADORES COMO TAMBÉM EU SOU DE CRISTO.

    (Na verdade, Deus nos concedeu o livre arbítrio, a fim de que pudessemos agir tanto divinamente, como diabolicamente; segundo a nossa formação, na proporção da nossa graça em Cristo Jesus).

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