Apologia de um leigo (ou “Eu, Apóstata”)

Hoje pela manhã, descubro que o “Denúncias e Críticas” (ou “Denúncias Críticas”, sei lá) publicou um texto totalmente nonsense onde acusa o Deus lo Vult! de ser, verbis, «um exemplo de veículo de informação que trabalha a favor da apostasia». Eu não lembrava do blog, e já tinha começado a escrever aqui que nunca ouvira falar dele até então; no entanto, vi o nome do autor – Armando Cintra, jornalista de Taubaté – e tive a impressão de que ele não me era estranho. Fui procurar e… bingo!

O sr. Cintra foi quem motivou um texto cá do Deus lo Vult! do ano passado, intitulado “A qualidade dos ataques à Igreja”. A relevância jornalística do sujeito é tão grande que eu já me esquecera por completo dele. Vou apenas aproveitar o artigo atual para dar algumas explicações. Vou ignorar a tagarelice sobre “apostasia” que é francamente desinteressante. Sobre este humilde blog, o sr. Cintra fala quanto segue:

É interessante notar que, apesar de defender a Igreja Católica, esta não endossa o blog como sendo um dos seus veículos oficiais de informação. Fica tudo por conta das opiniões pessoais do autor do blog, que também permite comentários anônimos, desde que, independentemente de lógica ou não, defendam a igreja católica e ataquem outras crenças. Este é um exemplo de veículo de informação que trabalha a favor da apostasia.

O “veículo oficial de informação” da Igreja Católica é o site do Vaticano. O resto só é “oficial” dentro de cada âmbito: o site da CNBB é oficial da CNBB, o da Arquidiocese de Olinda e Recife é oficial da Arquidiocese de Olinda e Recife e este blog é oficial de Jorge Ferraz. Ninguém precisa ter “selo de veículo oficial de informação” para falar sobre a Igreja Católica. Na verdade, eu estou aqui atendendo a um pedido da Igreja; veja-se, p.ex., a Christifideles Laici:

Por isso, a Igreja pede aos fiéis leigos que estejam presentes, em nome da coragem e da criatividade intelectual, nos lugares privilegiados da cultura, como são o mundo da escola e da universidade, os ambientes da investigação científica e técnica, os lugares da criação artística e da reflexão humanística (CL 44).

E ainda a Lumen Gentium do Vaticano II:

[T]odo e qualquer leigo, pelos dons que lhe foram concedidos, é ao mesmo tempo testemunha e instrumento vivo da missão da própria Igreja, «segundo a medida concedida por Cristo» (Ef. 4,7). […]  Segundo o grau de ciência, competência e autoridade que possuam, têm o direito, e por vezes mesmo o dever, de expor o seu parecer sobre os assuntos que dizem respeito ao bem da Igreja (LG 33. 37).

Portanto, i) não existe a “lista dos blogs oficiais da Igreja Católica”, ii) ninguém precisa de autorização explícita da hierarquia para falar da Igreja Católica, e iii) a comunhão com a Igreja depende da sintonia entre o discurso de um veículo de comunicação e o ensino da Igreja, e não de se o site é mantido por um leigo, um bispo, uma diocese ou uma Conferência. Neste último quesito, aliás, o Deus lo Vult! vai muito bem na fita, obrigado. Só o que é “opinião pessoal” minha aqui é o que está devidamente identificado como tal: este blog traz com freqüência documentos do Magistério, textos de catequese, escritos dos santos, de teólogos, de Papas, et cetera. E não existe aqui, nem mesmo entre as “opiniões pessoais”, nada que seja contrário à Doutrina Católica.

A acusação de que o blog só permite comentários que, «independentemente de lógica ou não, defendam a igreja católica e ataquem outras crenças» é de uma injustiça atroz. Todo mundo sabe (e inclusive disso muita gente reclama) que, aqui no blog, comentam gatos, cachorros e papagaios, ateus e espíritas, gays, protestantes e pagãos, todo mundo. Aliás, eu não conheço nenhum outro lugar da internet lusófona onde sejam permitidos tantos comentários contraditórios quanto aqui. É possível concordar com esta política (mantida, aliás, desde o início do blog com alterações mínimas que infelizmente foram necessárias) e é possível discordar dela, mas não é aceitável contrariar a realidade e dizer simplesmente que tal política não existe.

Por fim, “apostasia” é o “repúdio total da Fé Católica”, coisa que este blog obviamente não faz e qualquer pessoa que não seja analfabeta é capaz de perceber com cinco minutos por aqui. A acusação absurda e ofensiva é depravadamente falsa, sem o menor cabimento, e contra ela eu manifesto o meu mais veemente repúdio.

O objetivo deste blog é servir a Igreja Católica. Se ele não atinge os fins para os quais foi criado (e muitas vezes há muita coisa a melhorar) é propter peccata mea. Posso facilmente aceitar (e eu penso nisso todos os dias) que o Deus lo Vult! poderia e deveria ser bem melhor; mas daí a “trabalhar a favor da apostasia” vai uma distância imensa e absurda, cuja transposição qualquer pessoa com tele-encéfalo minimamente desenvolvido e polegar opositor percebe ser totalmente nonsense. E disto eu tenho convicção por conta dos comentários que recebo de pessoas normais, de bons católicos, tanto leigos quanto sacerdotes. Porque, afinal de contas, para medir a ortodoxia de um apostolado, são estas as manifestações dignas de credibilidade – e não as diatribes de um jornalista anti-clerical de Taubaté.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

46 comentários em “Apologia de um leigo (ou “Eu, Apóstata”)”

  1. Em tudo temos que aprender!!!!Obrigado pelo “afoito”….me trouxe crescimento espiritual…Sr Roberto!!!!Prefiro me ater ao Jorge,pois foi ele que quis debater comigo e não quero começar este debate aqui…mas de qualquer forma muito obg
    A Paz de Cristo!

  2. Roberto,

    Li o artigo e destaco a conclusão do mesmo:

    “Fica provado portanto que Pedro nunca quis dizer que ele era um simples presbitério como pensam os protestantes e insinua a tendenciosa tradução João Almeida.”

    Obrigado, aprendi um pouco mais…

  3. Sr Roberto…eu não gosto de fugir do assunto dos posts,mas já que você pediu para eu ler…Primeiramente eu não desqualifiquei Pedro como Bispo.Eu disse para o Jorge(no nosso debate) que Pedro escreveu na posição de presíbtero e que eu não tinha achado na Bíblia católica o título de papa a pedro e neste ponto o Jorge concordou comigo.Eu também disse lá que ancião era uma das qualificações de um presíbtero e Paulo disse isto a TITO e TIMÓTEO afirmando que o bispo não podia ser neófito(novo ) e que tinha que possui muitos anos de fé.É claro que Pedro era ancião.
    Bom…gostei do “artigo”…mas sobre a “tendenciosa versão almeida” depois nós poderemos debater.Quanto ao meu debate com o Jorge…se vc quiser participar peça a ele ou então peça para ele criar um link para as pessoas comentarem para não ficarem comentando coisas que não tem nada a ver em outros posts.
    Que DEUS te abençoe,
    Abraços,

  4. Álvaro,

    Você deve ter lido o artigo com pressa, não? Destaco então uma conclusão importante:

    “Note que no versículo 1 já analisado a João Almeida traduz πρεσβυτέρους como Presbítero por que Pedro se referia a ele próprio, mas 4 versículos depois a mesma João Almeida traduz a mesma palavra πρεσβυτέρους como Ancião, logo podemos ver a tradução tendenciosa”.

    Aqui, Álvaro, você pode concordar, ou não, porém, mais importante do que ter uma opinião a respeito, é verificar se o argumento é refutável ou não. E neste caso, ele é irrefutável, pois está clara a dúbia tradução da João Almeida. Não há, portanto, o que se debater sobre a “tendenciosa versão Almeida” como você digitou acima. Resta apenas aceitar que a tradução da João Almeida, neste ponto, foi tendenciosa, o que compromete a mesma.

  5. Ygor!!!Meu Caro!!!Presíbtero ou ancião não faz diferença!!!(Veja as qualificações morais de um presíbtero nas cartas de Paulo a Timóteo e a Tito),pois o presíbtero tem que ser ancião ou não “neófito” ou “possuir muitos anos de fé”
    Sobre o João Ferreira de Almeida…podemos debater lá onde a gente estava debatendo…fica melhor assim pois acho que já mudei muito o assunto do post aqui…

  6. “Ygor!!!Meu Caro!!!Presíbtero ou ancião não faz diferença!!!(Veja as qualificações morais de um presíbtero nas cartas de Paulo a Timóteo e a Tito),pois o presíbtero tem que ser ancião ou não “neófito” ou “possuir muitos anos de fé”
    Sobre o João Ferreira de Almeida…podemos debater lá onde a gente estava debatendo…fica melhor assim pois acho que já mudei muito o assunto do post aqui”…

    Faz diferença sim, nem todo presbítero e nem todo presbítero é ancião, portanto nada a ver.Eu repito o que o Ygor falou, tu não teve a “generosidade” de ler o artigo ou o “artigo” pra vc.
    E outra, vc conhece a vida do João Ferreira de Almeida, Álvaro?Sabe a biografia dele?Eu vou partilhar contigo e os demais comentaristas.

    João Ferreira Annes d’Almeida[1] (Torre de Tavares, Portugal, 1628 — Java, Indonésia, 1691) foi uma importante personalidade do protestantismo português, especialmente conhecido por ter traduzido a Bíblia para a língua portuguesa.

    Filho de pais católicos, Almeida nasceu na localidade de Torre de Tavares, concelho de Mangualde, em Portugal. Ficou órfão ainda em criança e veio a ser criado na cidade de Lisboa por um tio que era membro de uma ordem religiosa. Pouco se sabe sobre a infância e início da adolescência de Almeida, mas afirma-se que teria recebido uma excelente educação visando a sua entrada no sacerdócio. Não se sabe o que teria levado Almeida a sair de Portugal mas talvez isso se devesse à forte influência exercida pela Inquisição em Portugal. Viajou para a Holanda e, aos 14 anos, embarcou para a Ásia, passando pela Batávia (actual Jacarta), na ilha de Java, Indonésia. Naquela época, Batávia era o centro administrativo da Companhia Holandesa das Índias Orientais, no sudeste da Ásia.
    Ao velejar entre Batávia e Malaca, na Malásia, Almeida, aos 14 anos de idade, leu um folheto protestante, em espanhol, intitulado “Diferencias de la Cristandad” (Diferenças da Cristandade). Este panfleto atacava algumas das doutrinas e conceitos católicos, incluindo a utilização de línguas incompreensíveis para o povo comum, tal como o latim, durante os ofícios religiosos. Isto provocou um grande impacto em Almeida sendo que, ao chegar a Malaca, converteu-se à Igreja Reformada Holandesa, em 1642, e dedicou-se imediatamente à tradução de trechos dos Evangelhos, do castelhano para o português.

    Dois anos mais tarde, João Ferreira de Almeida lançou-se num enorme projecto: a tradução do Novo Testamento para o português usando como base parte dos Evangelhos e das Cartas do Novo Testamento em espanhol da tradução de Reyna Valera, 1569. Almeida usou também como fontes nessa tradução as versões: Latina (de Beza), Francesa (Genebra, 1588) e Italiana (Diodati, 1641) – todas elas traduzidas do grego e do hebraico. O trabalho foi concluído em menos de um ano quando Almeida tinha apenas 16 anos de idade. Terminada em 1645, essa tradução de Almeida não foi publicada. Mas o tradutor fez cópias à mão do trabalho, as quais foram mandadas para as congregações de Málaca, Batávia e Ceilão (hoje Sri Lanka). Apesar da sua juventude, enviou uma cópia do texto ao governador-geral holandês, em Batávia. Crê-se que a cópia teria sido enviada para Amesterdão mas que o responsável pela publicação do texto faleceu resultando no desaparecimento do trabalho de Almeida. Em 1651, ao lhe ser solicitada uma cópia da sua tradução para a Igreja Reformada na ilha de Ceilão, (actual Sri Lanka), Almeida descobriu que o original havia desaparecido. Lançando-se de novo ao trabalho, partindo de uma cópia ou rascunhos anteriores do seu trabalho, Almeida concluiu no ano seguinte uma versão revista dos Evangelhos e do livro de Actos dos Apóstolos. Em 1654, completou todo o Novo Testamento mas, uma vez mais, nada foi feito para imprimir a tradução, sendo realizadas apenas algumas poucas cópias manuscritas.

    Almeida entrou no ministério da Igreja Reformada Holandesa, primeiramente como “visitador de doentes” e, em seguida, como “pastor suplente”. Ele começou seu ministério tornando-se membro do Presbitério de Málaca, depois de escolhido como capelão e diácono daquela congregação.

    No tempo de Almeida, um tradutor para a língua portuguesa era muito útil para as igrejas daquela região. Além de o português ser o idioma comumente usado nas congregações presbiterianas, era o mais falado em muitas partes da Índia e do Sudeste da Ásia. Acredita-se, no entanto, que o português empregado por Almeida tanto em pregações como na tradução da Bíblia fosse bastante erudito e, portanto, difícil de entender para a maioria da população. Essa impressão é reforçada por uma declaração dada por ele na Batávia, quando se propôs a traduzir alguns sermões, segundo palavras, “para a língua portuguesa adulterada, conhecida desta congregação”.

    Em 1656, durante os três anos seguintes, trabalhou na revisão da tradução das partes do Novo Testamento feita anteriormente. Depois de passar por um exame preparatório e de ter sido aceito como candidato ao pastorado, Almeida acumulou novas tarefas: dava aulas de português a pastores, traduzia livros e ensinava catecismo a professores de escolas primárias. Em 1656, ordenado pastor, foi indicado para o Presbitério do Ceilão na Índia, para onde seguiu com um colega, chamado Baldaeus.

    Ao que tudo indica, esse foi o período mais agitado da vida do tradutor. Durante o pastorado em Galle (Sul do Ceilão), Almeida assumiu uma posição tão forte contra o que ele chamava de “superstições papistas”, que o governo local resolveu apresentar uma queixa a seu respeito ao governo de Batávia (provavelmente por volta de 1657). Entre 1658 e 1661, época em que foi pastor em Colombo, ele voltou a enfrentar problemas com o governo, o qual tentou, sem sucesso, impedi-lo de pregar em português. O motivo dessa medida não é conhecido, mas supõe-se que estivesse novamente relacionado com as idéias fortemente anti-católicas do tradutor.

    A passagem de Almeida por Tuticorin (Sul da Índia), onde foi pastor por cerca de um ano, também parece não ter sido das mais tranqüilas. Tribos da região negaram-se a ser batizadas ou ter seus casamentos abençoados por ele. De acordo com seu amigo Baldaeus, o fato aconteceu porque a Inquisição havia ordenado que um retrato de Almeida fosse queimado numa praça pública em Goa. Foi também durante a estada no Ceilão que, provavelmente, o tradutor conheceu sua mulher e casou-se. Vinda do catolicismo romano para o protestantismo, como ele, chamava-se Lucretia Valcoa de Lemmes (ou Lucrecia de Lamos). Um acontecimento curioso marcou o começo de vida do casal: numa viagem através do Ceilão, Almeida e Dona Lucretia foram atacados por um elefante e escaparam por pouco da morte. Mais tarde, a família completou-se, com o nascimento de um menino e de uma menina.

    Sendo considerado um dos primeiros missionários protestantes a visitar aquele país, visto que servia como missionário convertido, ao serviço de um país estrangeiro, e ainda devido à exposição directa do que considerava serem doutrinas falsas da Igreja Católica, bem como à denúncia de corrupção moral entre o clero, muitos entre as comunidades de língua portuguesa passaram a considerará-lo apóstata e traidor. Esses confrontos resultaram num julgamento por um tribunal da Inquisição em Goa, Índia, em 1661, sendo sentenciado à morte por heresia. O governador-geral da Holanda chamou-o de volta a Batávia, evitando assim a consumação da sentença.

    A partir de 1663 (dos 35 anos de idade em diante, portanto), Almeida trabalhou na congregação de fala portuguesa da Batávia, onde ficou até o final da vida. Nesta nova fase, teve uma intensa atividade como pastor. Os registros a esse respeito mostram muito de suas idéias e personalidade. Entre outras coisas, Almeida conseguiu convencer o presbitério de que a congregação que dirigia deveria ter a sua própria cerimônia da Ceia do Senhor. Em outras ocasiões, propôs que os pobres que recebessem ajuda em dinheiro da igreja tivessem a obrigação de freqüentá-la e de ir às aulas de catecismo. Também se ofereceu para visitar os escravos da Companhia das Índias nos bairros em que moravam, para lhes dar aulas de religião – sugestão que não foi aceita pelo presbitério – e, com muita freqüência, alertava a congregação a respeito das “influências papistas”.

    Ao mesmo tempo, retomou o trabalho de tradução da Bíblia, iniciado na juventude. Foi somente então que passou a dominar a língua holandesa e a estudar grego e hebraico. Em 1676, Almeida comunicou ao presbitério que o Novo Testamento estava pronto. Aí começou a batalha do tradutor para ver o texto publicado – ele sabia que o presbitério não recomendaria a impressão do trabalho sem que fosse aprovado por revisores indicados pelo próprio presbitério. E também que, sem essa recomendação, não conseguiria outras permissões indispensáveis para que o fato se concretizasse: a do Governo da Batávia e a da Companhia das Índias Orientais, na Holanda.

    Escolhidos os revisores, o trabalho começou e foi sendo desenvolvido vagarosamente. Quatro anos depois, irritado com a demora, Almeida resolveu não esperar mais – mandou o manuscrito para a Holanda por conta própria, para ser impresso lá. Mas o presbitério conseguiu parar o processo, e a impressão foi interrompida. Passados alguns meses, depois de algumas discussões e brigas, quando o tradutor parecia estar quase desistindo de apressar a publicação de seu texto, cartas vindas da Holanda trouxeram a notícia de que o manuscrito havia sido revisado e estava sendo impresso naquele país.

    Em 1681, a primeira edição do Novo Testamento de Almeida finalmente saiu da gráfica. Um ano depois, ela chegou à Batávia, mas apresentava erros de tradução e revisão. O fato foi comunicado às autoridades da Holanda e todos os exemplares que ainda não haviam saído de lá foram destruídos, por ordem da Companhia das Índias Orientais. As autoridades Holandesas determinaram que se fizesse o mesmo com os volumes que já estavam na Batávia. Pediram também que se começasse, o mais rápido possível, uma nova e cuidadosa revisão do texto.

    Apesar das ordens recebidas da Holanda, nem todos os exemplares recebidos na Batávia foram destruídos. Alguns deles foram corrigidos à mão e enviados às congregações da região (um desses volumes pode ser visto hoje no Museu Britânico, em Londres). O trabalho de revisão e correção do Novo Testamento foi iniciado e demorou dez longos anos para ser terminado. Somente após a morte de Almeida, em 1693, é que essa segunda versão foi impressa, na própria Batávia, e distribuída.
    Ezequiel 48.21

    Enquanto progredia a revisão do Novo Testamento, Almeida começou a trabalhar com o Antigo Testamento. Em 1683, ele completou a tradução do Pentateuco (os cinco primeiros livros do Antigo Testamento). Iniciou-se, então, a revisão desse texto, e a situação que havia acontecido na época da revisão do Novo Testamento, com muita demora e discussão, acabou se repetindo. Já com a saúde prejudicada – pelo menos desde 1670, segundo os registros –, Almeida teve sua carga de trabalho na congregação diminuída e pôde dedicar mais tempo à tradução. Mesmo assim, não conseguiu acabar a obra à qual havia dedicado a vida inteira. Em 1691, no mês de outubro, Almeida morreu. Nessa ocasião, ele havia chegado até Ezequiel 48.21. A tradução do Antigo Testamento foi completada em 1694 por Jacobus op den Akker, pastor holandês. Depois de passar por muitas mudanças, ela foi impressa na Batávia, em dois volumes: o primeiro em 1748 e o segundo, em 1753.

    Ezequiel 48.21

    Enquanto progredia a revisão do Novo Testamento, Almeida começou a trabalhar com o Antigo Testamento. Em 1683, ele completou a tradução do Pentateuco (os cinco primeiros livros do Antigo Testamento). Iniciou-se, então, a revisão desse texto, e a situação que havia acontecido na época da revisão do Novo Testamento, com muita demora e discussão, acabou se repetindo. Já com a saúde prejudicada – pelo menos desde 1670, segundo os registros –, Almeida teve sua carga de trabalho na congregação diminuída e pôde dedicar mais tempo à tradução. Mesmo assim, não conseguiu acabar a obra à qual havia dedicado a vida inteira. Em 1691, no mês de outubro, Almeida morreu. Nessa ocasião, ele havia chegado até Ezequiel 48.21. A tradução do Antigo Testamento foi completada em 1694 por Jacobus op den Akker, pastor holandês. Depois de passar por muitas mudanças, ela foi impressa na Batávia, em dois volumes: o primeiro em 1748 e o segundo, em 1753.
    A segunda edição do Novo Testamento em português, revista pouco antes da morte de Almeida, veio a ser publicada em 1693. No entanto, alguns historiadores afirmam que, uma vez mais, esta segunda edição foi desfigurada pela mão dos revisores. Perdendo-se a motivação para a continuação do trabalho de tradução da Bíblia para o português na Ásia, foi a pedido dos missionários dinamarqueses em Tranquebar, no sul da Índia e então parte da Índia Dinamarquesa, que uma sociedade inglesa, a Society for Promoting Christian Knowledge, em Londres, financiou a terceira edição do Novo Testamento de Almeida, em 1711. Durante o Século XIX, a British and Foreign Bible Society e a American Bible Society distribuíram milhares de exemplares da versão de Almeida em Portugal e nas principais cidades do Brasil. Isto resultou em tornar a Tradução João Ferreira de Almeida um dos textos mais populares das Escrituras em língua portuguesa, sendo especialmente usada pelos evangélicos lusófonos.

    Atualmente é editada no Brasil principalmente pela Sociedade Bíblica do Brasil e pela Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil

  7. Álvaro,

    Um ancião pode ser leigo, ou presbítero, ou bispo, ou diácono, ou seja, um ancião pode ser ou não um presbítero. Logo faz diferença, sim, alguém se intitular ancião ou presbítero. Mas este não é o foco do artigo. A conclusão primária do artigo, esta sim é que eu te disse que é irrefutável: A tradução João Ferreira de Almeida É TENDENCIOSA.

    Concordo em retornar ao post “O triste fim do progressismo” para não desviar os assuntos de outros posts.

    Que Deus nos ajude!

  8. SIM!!!!Meu Caro!!!EU disse que ser ancião é uma das qualificações morais de um presíbtero.E quanto ao meu debate com o Jorge ,ele mesmo reconheceu que o título “papa” não tem na bíblia.Quanto a vida do João Ferreira de Almeida,tradutor da bíblia para a comunidade de língua portuguea, você fez muito bem em postar a biografia dele aí.Quem dera eu com apenas 16 anos poder traduzir um livro como a Bíblia….
    Abraços,
    A paz de Cristo
    P.S:Quanto ao meu debate com Jorge,se queres participar pede a ele,pois o blog é dele.

  9. è claro que todo ancião não é presíbtero e vice-versa,mas esse deve ser um dos requisistos.

  10. Desculpa a todos, eu precisei desocupar o computador, mas agora venho fazer um complemento ao meu comentário anterior.João Ferreira era de família católica e chegou a entrar num seminário, aos 13 anos, para ser padre, porem aos 14 anos, em 1642, aceitou a fé “evangélica” (a aspas é um grifo meu), na Igreja Reformada Holandesa, impressionado pela leitura de um folheto em espanhol, “Diferencias de la Cristandad”, que tratava das diferenças entre as diversas correntes da crença cristã, ou seja, este panfleto atacava algumas das doutrinas e conceitos católicos, incluindo a utilização de línguas incompreensíveis para o povo comum, tal como o latim, durante os ofícios religiosos.

    Como muitos, Ferreira, foi enfeitiçado por documentos e panfletos heréticos, sentiu o encanto por não entender nada de catolicismo.É um problema, muito sério isso.

  11. “Quanto a vida do João Ferreira de Almeida,tradutor da bíblia para a comunidade de língua portuguea, você fez muito bem em postar a biografia dele aí.Quem dera eu com apenas 16 anos poder traduzir um livro como a Bíblia….”

    Alvaro, eu não postei a biografia de João Ferreira de Almeida para fazer caridade panfletária da vida dele. Nem vejo ato algum de heroísmo nas coisas que ele fez, se é que vc queira saber.Eu coloquei para mostrar que até hoje muitos que se dizem católicos no desejo de buscar Deus, fica lendo e se encantando por panfletos heréticos, de origem duvidosa, ventos tolos de doutrina, imbuídos da mais profunda ignorância, ingenuidade e sem se questionar.

  12. Leniéverson! Meu caro! vamos deixar para conversar sobre o João Ferreira de Almeida e a bíblia pelo msn mesmo,pois eu acho melhor assim….e estou muito estressado hoje…sabe aquela professora…aquela mesmo….hoje ela falou do Projeto da lei da mordaça gay (plc 122/2006) e esculhambou os religiosos da minha sala….(evangélicos e católicos) a galera do shallom ficou enfurecida …vamos fazer abaixo-assinado e tudo!!!!! Não aceitamos desrespeito!!!!os professores universitários se aproveitam pq estão na faculdade e sentam o sarrafo na gente…nos chamaram de tudo…aiatolás,retrógrados,fundamentalistas,xiitas,tradicionalistas,hitleristas,preconceiutosos,homofóbicos….
    enfim só não fomos chamados de santos….por isso to “sem saco” hj…bom!!!!!Aos demais peço duas coisas..1-orem e peçam a DEUS para que esse ridículo projeto de lei não se transforme em lei e 2-Exerçam sua cidadania….no site do senado,pois esse projeto já passou pela câmara e está no senado….
    Abaixo!!!!!Quem quiser pode assisitir o Padre Paulo Ricardo(admiro muito a coragem dele) e o Pastor Silas Malafaia falando desse lixo moral e dizendo como mandarmos email para o senado federal….
    Hoje em dia ser cristão é errado e ser gay é o “correto”
    está aqui o vídeo
    http://www.youtube.com/watch?v=k8ZpHJGvHjI&feature=related
    A Paz de Cristo!

  13. È mesmo, Alvaro, como se pode ver, no direito, os marxistas travestidos de professores, estão mostrando as garras no Ceará e em todo Brasil.Ore por eles.Quanto ao joão ferreira de almeida, vamos discutir aqui, camarada, tá tão gostosinho.kkkk

  14. leniéverson!!!!acordei e tomei um susto!!!!tive a triste notícia de que o stj legalizou o casamento gay….e a mídia anticlerical e e os blogues gays estão sentando o sarrafo no pe paulo ricardo e no pr silas malafaia…espero que o legislativo se pronuncie ,poi senão rasgarão a cf de novo….ñ fui nem pra facul hj….pq “eles” nos chamam de intolerantes,mas são o grupo mais intolerante da história…uma hora dessa estão sentando o sarrafo na igreja lá na aula….
    devemos orar pelos nossos governantes….
    abraços,
    álvaro fernandes

  15. Bom dia, “Paz a esta casa.”
    Sei que não é o post adequado, mas a oportunidade faz a ocasião, certo?
    Sr. Álvaro, que feio o que fizeste no debate com o Jorge!
    Fugiu. E não respondeu. Não consegue…
    Bem, como eu disse: és afoito e não consegues raciocinar sob pressão.
    “Não vos preocupeis com que haveis de dizer, pois o Espírito Santo Paráclito vos instruirá…”
    Pelo jeito não é o seu caso.
    Quanta bobagem decorada que despeijou lá.
    O senhor não sabe debater. Nem usar as citações bíblicas.
    Exemplo: Quando São Paulo falou para não entrar em discussões vãs, ele se referia a lei mosaica e com os judeus, entende? Duvido.
    O Jorge tentou manter o debate dentro da lógica, mas o senhor não deixou. Fugia do assunto. Voltava. Fugia. Voltava… e não respondia. Não sabia. Ou temia estar errado?
    O senhor não conhece a Igreja Católica. Como pode querer falar sobre o que não conhece? Baseado em textinhos lidos na internet nos sites protestantes em geral? Com decorebinhas?
    Por favor, vá estudar a Patrística e a verdeira história da Igreja, certo? E vá com calma. Não precisa aprender tudo de uma vez. Desarme-se. Cure suas feridas, abaixe a cerviz e faça como o cardeal Newman: estude! “A comunhão católica romana é a comunhão com a Igreja dos Apóstolos” (Cardeal Newman). Sabes quem foi? Pesquise e aprenda. É fácil e rápido. Tem até na internet!
    E conhecerás onde está a Igreja de Cristo e sua cefas.
    A Bíblia lhe mostrou onde, mas o senhor não compreendeu.
    Também, como o eunuco da rainha Candace (At 8,27ss), o senhor não tem quem lhe explique! Ah, o Espírito Santo o instruirá, não é? Será? Bem, não duvido. Quem sabe aprenda um pouco.
    O intendente (eunuco) aprendeu com o diácono Filipe, que foi ordenado pelos Apóstolos. Assim começou a 1ª sucessão apostólica (Magistério) da Igreja.
    Está entendendo?
    Assim se estrutura a Igreja Católica Apostólica Romana,(“Aquela que preside em Roma.”) com seus Bispos, Padres e Diáconos. E seus demais membros, nós.
    Todos em comunhão com o Bispo de Roma, a Kephas que Jesus, Nosso Senhor e Salvador, usou para edificar “A” (única, não “as”) sua Igreja.
    Quer aprender mais um pouco? Leia:
    http://www.exsurgedomini.xpg.com.br/arquivosdedownloads/05_Razoes_que_fundamentam_Pedro_como_Rocha.doc em http://WWW.doutrinacatolica.com
    Quanto a palavra “papa”, simplificadamente, ela surgiu em volta do século III/IV como título exclusivo do Bispo de Roma e antes era usado por alguns “pais (Patrística)” da Igreja.
    O senhor sabe o que significa a palavra “papa”? Vá ao italiano. Da Itália. De Roma. Capito?
    Mais uma vez: o nome papa é somente um título (carinhoso) do Bispo de Roma. Do Bispo “Daquela que preside”.
    Não precisa contar como uma “vitória” o fato de o Jorge ter admitido que esta palavra não está na Bíblia em relação a Kephas da sua Igreja.
    Como ele lhe disse: a Igreja nunca disse que estava. Assim como “Trindade”. E otra cosas más … (São João 21, 25)
    Olha, se o senhor não fizer um esforço para deixar de ser de cerviz tão dura, fica difícil conversar.
    Sabe porque o judeu foi proibido de comer carne de porco?
    O porco era de cerviz dura. Não olhava para cima. Só para a lama. E se chafurdava. Ou se jogavam do principício.
    Mas o senhor não é porco, por isso podemos lhe jogar algumas pérolas. Tente não pisá-las.
    Embora tenha cerviz dura!
    Sr. Álvaro, és jovem. Afoito. Ainda há tempo de aprender onde está a Verdade. Ela está na “coluna e sustentáculo”. Na Igreja de Deus. Aquela que Jesus edificou sobre a Kephas.
    Bom, se o senhor não entender isso, não ler, no mínimo, os textos que lhe indiquei, fica difícil.
    Ah, e vá à aula da Faculdade. Coragem. Vença o mundo (São João 16, 33)!!!
    Jesus o abençoe. Com intercessão daquela pediu o 1º milagre d’Ele, mesmo não sendo a hora, mas atendeu.
    “Mãe do meu Senhor”: ora pro nobis peccatoribus creatura Dei cum patitentia!

  16. BOM DIA! SR ROBERTO!!! Eu também sei que este não é o post adequado! mas já que você educadamente se referiu a mim eu terei que lhe responder!
    Sobre o raciocinar sobre pressão e a sua citação bíblica eu agradeço! e sei que o paráclito me instruirá e sempre me instruiu!!!!Eu saí do debate,mas creio que ainda posso voltar a debater ali…sobre a minha citação de Paulo a Tito eu sei que era para tito não discutir com os judeus e tanto é que eu pus…”evita o discussões sobre a lei(mosaica)”…mas você sabe e tem conhecimento bíblico ,pois percebi pela suas citações, que existemm promessas e conselhos exclusivos para os judeus e existem promessas e conselhos gerais que servem para nós.A prova disso é que ali Paulo estava advertindo Tito a fugir do homem iracundo e dos que debatem sobre a lei(judeus).Não era somente os judeus!!!!Qualquer um que viesse brigar com tito ali na ilha de creta…ele teria que fugir depois de admoestá-lo primeira e segunda vez!!!!BOM!!!Sobre o meu debate com o Jorge!!!i)Eu confesso que não me preparei como deveria.ii)Não foi apenas eu que “fugi” do assunto ali.iii) É difícil debater quando se introduz palavras onde o outro não disse.Ainda irei postar ali,mas não agora! E se vc quiser participar peça ao Jorge!mas creio que é melhor somente eu e ele,pois senão vira bagunça…mas ele é quem decide!
    Não irei ficar conversando sobre o debate aqui ….(nem sei se o Jorge gosta disso)…

    “Sr Álvaro és jovem! Sou sim!!”afoito” talvez eu seja mesmo…Quanto a verdade está na coluna e sustentáculo eu também concordo!!!!A verdade está em Cristo!Ele é o caminho a verdade(a verdade e não uma das verdades) e a vida!
    Se quiser debater comigo!!!!Vai lá no “Triste fim do progressismo”…tem uns 10 lá debatendo esses temas comigo…Quanto aos seus links…eu cliquei em um e não deu certo…li apenas o outro.
    Aos demais eu peço que não intervenham lá no meu debate com o Jorge!!!Se quiserem falar sobre o suposto primado de pedro eu falo por msn…ali foi reservado para o debate entre eu e ele.Eu ainda posso postar ali…ainda não terminou….talvez eu desista de vez!!!!mas seu fizer isso é problema é meu…
    Quanto ao encorajamento para eu ir a faculdade eu agradeço também!!!!aliás para ser cristão hoje precisa-se ter coragem mesmo!!!!!se ELE venceu o mundo”…nós venceremos!!!!mas que é difícil é!!!!Só eu e os meus amigos sabemos o que passamos lá na facul por defendermos Cristo,mas isso é comum nas “humanas”…
    Obrigado Caríssimo Sr Roberto!!!Lhe achei muito educado!!!!E obrigado também por eu não ser “porco”….
    Deus te abençoe também meu caro!!!!Com a intercessão de CRISTO!!!!!!
    ABRAÇOS!
    QUE DEUS ABENÇOE VOCÊ E TODA A SUA FAMÍLIA!
    A PAZ DE CRISTO!!!!!
    ÁLVARO FERNANDES

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