“A vera civilização ou é religiosa ou não existe”

Publico abaixo um pequeno trecho de um discurso de Alves Mendes, que eu não sei quem é mas que, a dar crédito ao Google, talvez seja este português daqui. Convém ignorar esta biografia meio capenga e, seguindo a sabedoria popular, prestar mais atenção ao que se fala do que a quem fala. O nome de “Alves Mendes” eu encontrei neste livro do Mário Ferreira dos Santos (“Curso de Oratória e Retórica”, São Paulo, 1962), que é de onde retiro o trecho abaixo.

Diríamos hoje que os arrazoados do orador não têm mais sentido? Não há – e abundantes! – contra-exemplos que hoje nos permitem cogitar a possibilidade de existir civilização sem crença religiosa? Não se multiplicam as nações onde o número de ateus é cada vez maior, os povos organizados em torno de valores anti-religiosos, os países que vivem como se Deus não existisse – e todos esses, inobstante, não continuam “progredindo”, não continuam “civilizados”?

Nego este aparente progresso e esta alegada civilização. A técnica, de fato, ainda progride, mas a técnica sozinha não é capaz de constituir um verdadeiro progresso humano. Os costumes estão há muito piores (e bem piores) do que os percebia Alves Mendes, e piorando a olhos vistos, e se não decaímos ainda na barbárie completa é porque o impulso civilizatório de dois milênios de Cristianismo ainda é capaz de manter as rodas da sociedade girando – como um ventilador cujas hélices giram ainda por um tempo, mesmo após ser puxado da tomada.

Estamos mais ricos e mais poderosos e, igualmente, mais insatisfeitos e perdidos do que os nossos pais e avós. Estamos decrépitos! Não, não me parece que continuamos “progredindo”, e sim apenas haurindo dos benefícios inerciais de um progresso cuja razão de ser já perdemos há algum tempo. Não, não me parece que ainda estamos “civilizados”: apenas nos abrigamos precariamente nas ruínas das civilizações que outrora fomos, para nos protegermos como podemos das intempéries do mundo que, sobre nossas cabeças, ameaçam-nos e açoitam impiedosamente estes séculos estranhos em que vivemos.

* * *

Quem denega ou desconhece que a crença é o maior tesouro da verdade, o mais adorável surgente de virtudes, o eterno timbre da nobreza do homem, a garantia suprema, a base inconcussa da grandeza social?

E não há de demonstrá-lo, basta vê-lo. Aqui a geo­grafia supre a retórica. Para provar-se que a civilização social deriva essencialmente da crença religiosa, é apon­tar para os povos que não têm podido assumir ou com­preender a ideia cristã. Jazem todos derrancados, jungidos a um ignóbil fatalismo. Se são povos primitivos, vivem imbecis numa eterna infância; se são povos poli­ciados, vivem ineptos numa eterna decrepitude. Exem­plo — a Oceania e o Bósforo. Nem numa nem noutra banda floresce a cultura humana, porque os seus habi­tantes não têm logrado ser cristãos; e assim, aqueles ar­rastam a existência de um menino ignorante; estes, a de um velho crapuloso. É natural, evidentíssimo. Não há progresso, não há civilização sem moral, e não há moral sem religião. Portanto, o progresso autêntico, a vera ci­vilização ou é religiosa ou não existe. No homem, mui­tíssimo mais que na matéria, reponta e refulge a mani­festação do progresso.

[…]

O positivismo teórico resulta o pessimismo prático: é espírito descrente, o espírito estéril; é o coração em ge­lo, o coração empedrado; é a antítese de toda a grandeza humana e de toda a grandeza moral; não pode ser a dou­trina de um povo militante, de um povo em progresso. Não pode. Povos grandes são povos progressivos, povos crentes, — porque a vida é de si uma luta e a crença é de si uma vitória!

Alves Mendes,
apud Mário Ferreira dos Santos,
op. cit., pp 91-92

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

21 comentários em ““A vera civilização ou é religiosa ou não existe””

  1. Essa é mole de responder:

    “A questão de por que o ateísmo é mais predominante em países ricos do que pobres tem ocupado os antropólogos por cerca de 80 anos. A crença em Deus declina na maior parte dos países desenvolvidos e o ateísmo está concentrado em países europeus como a Suécia (64% de descrentes), Dinamarca (48%), França (44%) e Alemanha (42%), enquanto que na África Sub-saariana a quantidade de ateus é inferior a 1%.

    Baseado no fato que quanto mais educação, maior a taxa de descrentes, o antropólogo James Fraser propôs que as previsões científicas e o controle da natureza suplantaria a religião como forma de controlar a incerteza nas nossas vidas.

    Ateístas são mais comuns entre pessoas com nível superior e que vivem em cidades, e estão mais concentrados em social-democracias europeias. O ateísmo parece florescer mais entre pessoas que se sentem economicamente seguras. Mas por quê?

    Em um estudo feito em 137 países, o psicólogo evolucionista Nigel Barber aponta que, aparentemente, as pessoas se voltam à religião como uma proteção para as dificuldades e incertezas da vida. Em social-democracias, há menos medo e incertezas sobre o futuro por conta de programas de promoção do bem-estar. Países com melhor distribuição de renda também têm mais ateus.

    Em contraste, países onde as doenças infecciosas são mais comuns também há a crença em Deus maior. E em países mais religiosos, a fertilidade também é maior, pela promoção do casamento pela religião. Por fim, a religiosidade também é maior em países onde a população rural é maior.

    Mesmo as funções psicológicas da religião enfrentam uma competição acirrada nas sociedades modernas, com as pessoas procurando médicos, psicólogos e psiquiatras quando têm problemas psicológicos.

    Segundo Nigel, as razões pelas quais as igrejas perdem expressão em países desenvolvidos podem ser resumidas em termos de mercado.

    Primeiro, com uma ciência melhor, redes de segurança governamentais e famílias menores, há menos medo e incerteza na vida das pessoas, e, portanto, um mercado menor para a religião.

    Ao mesmo tempo, muitos produtos alternativos estão sendo oferecidos, como medicamentos psicotrópicos e diversão eletrônica, exigindo menos compromissos e respeito servil à crenças não científicas. [Psychology Today]”

    Fonte.

  2. Mas há uma exceção a esta regra, que é o Estados Unidos. Para este, confio na seguinte explicação (não é provocação contra vocês católicos!):

    O mundo é dinâmico e se transforma numa velocidade cada vez mais rápida. Que tipo de sociedade surgirá quando este ciclo de transição se completar e uma nova, totalmente diferente daquelas iniciadas nos séculos XIX e XX, surgir? Se as bases conceituais dos movimentos seculares e humanistas apareceram nestes séculos, quais são os desafios para estes daqui para frente? Uma nova concepção de religião surgirá? Um novo Deus se consolidará?

    Para responder a essas questões, vale rever a obra de Max Weber, sociólogo alemão do final do século XIX. Weber lançou-se sobre os alicerces, até então imaculados, de quase todas religiões para estudá-las. Encontrou alianças bastante terrenas e obteve do protestantismo a confissão secreta de sua conexão política e de seu pacto espiritual com o capitalismo.

    Dotado de raro rigor científico, sua principal obra “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, até hoje é ferramenta capaz de descrever as sociedades contemporâneas. É um livro fundamental na cabeceira da cama de quem quer entender os acordos que as religiões fizeram para sobreviver até o nosso tempo.

    Weber se propôs a responder a seguinte questão:

    Por que as nações mais ricas e desenvolvidas do mundo eram nações protestantes e seculares? Por que os lideres do mundo dos negócios e proprietários de capital, assim como dos níveis mais altos da mão-de-obra qualificada eram, preponderantemente protestantes?

    Embora em uma época onde já imperavam a frieza racionalista da ciência e o cálculo do investimento, sem espaço algum para o “encantamento” da fé, Weber foi buscar a resposta aonde poucos iriam: nas religiões.

    Dito de outra forma, se tratava de explicar por que as nações protestantes haviam atingido um sucesso maior na organização racional das esferas econômica, política, social e da produção artística do que as nações católicas? Seria um ato suicida propor esta questão até mesmo nos dias de hoje. Mas, para ele, nada determinava mais a conduta ética e moral de um indivíduo do que a religião. “Leis não obtém semelhante obediência”. (Sic).

    Para responder, Weber foi a fundo no estudo do protestantismo e suas vertentes: o calvinismo, o luteranismo, o anglicanismo e o pietismo. Mostrou como que a mais ascética delas — o puritanismo — foi fundamental na formação da conduta ética e moral dos novos homens de negócios. Ao longo dos séculos XV, XVI e XVII, estes homens vinham obtendo lucros vultosos com suas atividades mercantilistas, pré-capitalistas e pré-industriais. No entanto, para este pré-burguês o céu católico não estava aberto, pois para quem acumulava capital, o seu destino era a danação.

    A ética medieval católica glorificava a mendicância e seus ideólogos mendicantes. Vide São Francisco de Assis. Foi este mesmo tipo de gente que veio para o Brasil catequizar índios. Os jesuítas, soldados da contra-reforma, propagadores do atraso, foram os mais perniciosos formadores de nossa cultura.

    Quanto àqueles homens de negócios, de duas uma: ou abandonavam a atividade que lhes propiciava crescimento econômico ou mudavam a religião. A opção foi moldar o catolicismo à nova atividade econômica, fazendo surgir uma “nova religião”. A novidade foi o uso engenhoso de uma concepção divina da ideia de “vocação para o trabalho”. Na nova teoria, esta vocação era dada aos homens por Deus. Para o puritano, descobrir sua vocação para o trabalho e executá-la com ética, era o meio de agradar Deus e garantir a salvação. Até hoje, se verifica nas sociedades protestantes uma valorização ao trabalho em uma dimensão que não se percebe nas sociedades de formação católica.

    Caso um puritano descobrisse que sua vocação lhe propiciava riqueza, conquanto que obtida através de meios éticos e seguisse uma vida ascética longe da luxúria, mesmo rico, um espaço no céu estava reservado ao lado de Deus.

    “Se Deus assim o quis, deveis trabalhar para serdes rico para Deus, e não para a carne ou para o pecado (Sic.)”

    Negar esta riqueza significava “negar ser o servo de Deus”.

    Da mesma forma, se a vocação do indivíduo fosse ser um sapateiro e este exercesse a profissão com ética e seguisse uma vida ascética, assim como o rico, um espaço estava garantido ao lado de Deus. O fundamental era descobrir tal vocação e segui-la.

    O ascetismo secular do protestantismo libertava moral e eticamente aqueles homens à aquisição de bens, à obtenção do lucro, à cobrança de juros e à acumulação de capital. Mas, ao preservar a noção católica de pecado da acumulação e da luxuria, direcionou o acumulo para novos investimentos. Súmulas religiosas explicavam isto aos fiéis. Ora, embora contida em uma súmula religiosa, isto nada mais era do que uma cartilha com o ABC da atividade capitalista: acumular e reinvestir.

    Como se vê, não se trata de dizer que foi a doutrina ética pregada pelo protestantismo que provocou uma conduta capitalista no puritano. Mas, sim, que as recompensas que eram atribuídas àquela conduta é que acabaram se constituindo em um ethos nos indivíduos. E foi justamente este ethos que fomentou a atividade capitalista. Ele fez movimentar a roda da economia, deu o start no motor, entrou no “espírito” de capitalismo. Assim, esta nova religião “glorificou” a exploração capitalista e o industrial podia dormir melhor, pois ele apenas estava seguindo sua vocação divina.

    Pode-se imaginar como esta religião encontrou adeptos entre os industriais ingleses de Glascow, Lancshire e Manchester, entre homens como o financista Nathan Meyer Rotchild, ou o arguto Sir William Peny, ou a família de industriais Stamarty, ou quase todos frequentadores do jardim de Kensington.

    O capitalismo, em seu estágio atual, não necessita mais desta lenha religiosa. Porém, outrora, ele só pode se desenvolver e quebrar os entraves medievais graças à sua aliança com Deus. Esta comunhão acabou determinando o estilo de vida de todos que nasceram nas sociedades ocidentais. E como diz brilhantemente Weber,

    “e continuará determinando até que a última tonelada de combustível seja gasta”.

    Weber é a chave para se entender o sucesso dos Estados Unidos como nação: fugindo da perseguição da contra-refoma, os puritanos, a maioria Quakers, foram para New England (a “Nova Inglaterra”) fundar uma nação de protestantes. Passados cinco séculos, o puritano transformou aquela ex-colônia na maior potência capitalista e tecnológica jamais vista na história da humanidade.

    Talvez esteja aí a explicação do porque no Brasil aquele que enriquece, muitas vezes, é mal visto pela sociedade. É a culpa católica do lucro. Nos Estados Unidos, o homem que se torna um empresário é valorizado como alguém que pode gerar riqueza social para os demais.

    Entre os fundadores daquela nação do “self-made-men” (aquele que “se faz” sozinho), havia vários puritanos: Thomaz Jefferson, Benjamin Franklin, George Washington e Betsy Ross (alegadamente a costureira da primeira bandeira americana), só para citar quatro. Já entre os fundadores da nossa nação, está uma maioria de enraizada fé católica.

    O vento soprou torto, e trouxe naus erradas para os trópicos.

    Os movimentos seculares e humanistas devem estar de olhos abertos para qualquer alteração no padrão do combustível – quem os detém e – que alimenta as sociedades contemporâneas. Uma mudança pode significar o surgimento de uma nova ordem econômica, social e política, trazendo com ela um novo sujeito da história. E, assim como no passado, este sujeito moldará Deus e uma religião à sua conveniência.

    Fonte

  3. “Mas há uma exceção a esta regra, que é o Estados Unidos. Para este, confio na seguinte explicação (não é provocação contra vocês católicos!):”

    Isto foi para zoar e nossa cara?!.

  4. Sidnei,

    Não foi pra zoar ninguém. Foi pra dar uma explicação pra exceção que postei no primeiro comentário.

    Irônico,

    Sim, a gente troca uma ideia, até porque, por este outro link do Wikipedia, a taxa de suicídio CAIU nesses dois países. :-(

    Quer que eu mostrei o quão mais desenvolvidos são esses dois países em relação aos países com maior número de crentes?

    Abs

  5. Claro, com certeza caiu, está em padrões civilizados agora, né?

    Sem contar que o link citado não diz nada sobre a Suécia, que você provavelmente jogou no bolo pra ver se colava… :)

    Desculpe-me, mas não quero. A sua evidente miopia histórica me leva a só querer discutir desenvolvimento social com você daqui a uns quarenta anos, se até lá ainda existirem Suécia e Dinamarca.

  6. Não sei se você sabe, mas no link que eu postei, que está em inglês, “Sweden” = “Suécia”. Ela está lá, no link que eu postei, na 34ª posição (se você não sabe inglês, olha pela “bandeirinha”). Com dados de 2001, a Suécia tinha um índice de 13.4, sendo que agora, com dados de 2009, está com 11.9.

    Ou seja, porque a Suécia apareceu em 28ª numa lista de países com maiores índices de suicídio significa que a falta de fé naquele país é um sinônimo de que todo mundo vai se matar por lá (por isso: falta de fé!). Pobre da Rússia, Hungria, Cazaquistão e Lituânia, países beeeem religiosos que encabeçam a lista.

    Melhor a gente não discutir nada mesmo. Sua fé cega inviabiliza qualquer debate civilizado sobre reais evidências dos fatos. E daqui a 40 anos pode ser que o Brasil também consiga proporcionar uma melhor qualidade de vida para seus habitantes, levando a uma queda do número de crentes…

    Abs

  7. “Não foi pra zoar ninguém. Foi pra dar uma explicação pra exceção que postei no primeiro comentário.”

    Claro que não foi para zoar, isto percebe-se muito bem no texto que colocasse, pois só faltou dizer que nós católicos frente aos protestantes somos todos estúpidos, idiotas e ignorantes, deve ser mesmo, o Jorge, permitir que você coloque um texto deste e ainda não te dê resposta alguma, isto prova que realmente devemos ser estúpidos, idiotas e ignorantes mesmo.

  8. Be my guest, Sidnei! Eu infelizmente não tenho todo o tempo livre do mundo a ponto de me dedicar a responder exaustivamente qualquer coisa que é colocada aqui – menos ainda quando os comments longos e maçantes mal tangenciam o que foi colocado no texto principal.

  9. Jorge, mas fique uma sugestão para que em um outro post, coloque algo para responder esta provocação, sobre tudo, estes que sempre levantam tal assunto trazendo em voga a obra de Max Weber, sobre A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.

  10. Países como Dinamarca e Suécia, souberam construir a qualidade de vida de seus cidadãos, mas a comparação com repúblicas como a do Brasil fica prejudicada pela escala, o PIB per capita fica mais fácil melhorar com populações menores.

    Dinamarca -> Estimativa de 2008 cinco milhões de habitantes
    PIB US$ : 198,5 bilhões
    Cristianismo 85,0%
    monarquia

    Suécia -> Estimativa de 2011 nove milhões de habitantes
    PIB US$ 336 bilhões
    monarquia

    Estado de São Paulo
    -> Censo 2010 Quarenta milhões de habitantes
    PIB US$ 600 bilhões

    O maior dos dois, a Suécia gera metade do PIB do estado de São Paulo e possui menos de uma quarto da população, são excelentes países que por seu pequeno tamanho e sistema de governo, foram ágeis em aproveitar os ventos econômicos. O uso destes reinos para justificar o ateísmo é bobinho.

  11. Entendemos, JBC. Então fica decidido que : só tem religião as pessoas que não tem trabalho, plano de saúde, escola, moradia, dinheiro, são casadas, cheias de filhos, não tem atendimento médico, odontológico, psicológico ou psiquiátrico, pegam tudo quanto é doença e vivem na mais absoluta insegurança e sobressalto.
    Caso não estejam inseridas em nenhuma das categorias acima é porque…são protestantes!
    Que bom que alguém nos explicou em tão poucas linhas a complexa história da humanidade.

  12. Marta,

    Interprete os textos da maneira que te fizer mais feliz.

    Pra mim, eles significam que, sim, o grosso da população que frequenta as igrejas está lá por motivos financeiros. Isso explica o recente crescimento das neo pentecostais no Brasil e no mundo. Em que pese haver pessoas que tenham outros motivos para ter religião (que suponho ser o seu caso e o de diversos leitores daqui que ficaram irritados inutilmente), a grande massa quer ajuda divina pra algum problema. Que mal há em reconhecer isso?

    E porque o segundo texto? Porque os EUA são um país rico e altamente crente, o que contraria o argumento do primeiro texto.

    O segundo texto, nada mais, nada menos, explica como a religião foi responsável por esse enriquecimento. Goste da explicação ou não.

    PS: Contrariar Weber hoje em dia não é para qualquer um.

    Abraço

  13. Aliás, então, devolvo a pergunta: porque países mais ricos e com maior segurança financeira detém maiores índices de descrença? Alguém se habilita a responder?

  14. Só não esqueçam que estes países que são ricos e com maior segurança financeira detém maiores índices de descrença, antes eram, como por exemplo, a Suécia, um pais protestante, e antes disto um pais católico, e que o progresso econômico destes países já vinham antes da reforma protestante, continuou durante a após a reforma protestante e os descrente recebem de bandeja o progresso que vinha de anos atrás, de geração em geração, e se agora querem esquecer o passado religioso destes países, por exemplo, então que retire a cruz que há na bandeira da Suécia e peçam para cancelar alguns feriados religiosos como os feriados natalinos e pasqualinos e até dia de reis que no Brasil que ainda há um número alto de católicos nem este feriado existe mais (http://calendario.retira.com.br/feriados/suecia/2013/), se querem um pais laico e livre da religião que sejam justos e peçam para fazer isto então, para esquecer de uma vez que algum dia a Suécia foi um pais cristão. E nós católicos abominamos o trabalho, a iniciativa privada, o lucro, etc., etc., etc., e por isto os países mais ricos e desenvolvidos são ateus ou protestantes e o resto católico? , falácia, a maioria do empresariado brasileiro são católicos, se não são tão praticantes assim, porém nasceram em famílias católicas o que não impediram de se tornarem grandes empresários, vide a família Morais do famosos empresário Antonio Ermírio de Morais, as famílias Vilela e Setubal, fundadores do grupo Itaú, sem falar do falecido vice presidente José de Alencar, e tantos outros, o qual não esquecemos também de grandes empresários de outras religiões, como por exemplo, Senor Abravanel, vulgo, Silvio Santos, ou Samuel Klein ou Benjamin Steinbruch, todos judeus, ou ainda Jorge Gerdau Johannpeter e Amador Aguiar fundador do Bradesco, também protestantes, porém ao lado destes e de tantos outros, fulguram empresários notáveis de origem católicas, se falar que bem antes da reforma protestante, já na Itália, haviam famílias que despontavam no desenvolvimento no mais variados ramos, o quais os deixaram muito ricos, como os Médices, por exemplo. E querem mais exemplos de católicos que ajudaram no desenvolvimento do país e em parte no capital nacional, venham à serra gaúcha, mais precisamente, cidades como Caxias do Sul, Garibaldi, Bento Gonçalves e Flores da Cunha, venham conhecer o que os imigrantes italianos católicos plantaram e colheram, mesmo em uma época em que tudo era mai difícil, que deixaram a Itália com as promessas governamentais brasileiras que iriam ajudar os imigrantes quando viessem para o Brasil, mas como promessas governamentais brasileira, são muitas vezes esquecido o que deixaram muitos destes imigrantes ao Deus dará, o que aconteceu com outros imigrantes também, porém estes imigrantes que tinhas três grandes amores em suas vidas, a Família, ao Trabalho e a Religião, arregaçaram as magas, e com muito trabalho, construíram cidades bem desenvolvidas e com grande projeção nacional e até internacional, o qual, como sempre, não devemos esquecer de outros imigrantes como alemães (constituídos de católicos e protestantes), austríacos, suíços, poloneses, japoneses, espanhóis, portugueses, sírio-libaneses e até judeus, que também ajudaram a construir esta nação.

  15. Quanto aos Estados Unidos serem superior ao Brasil, por ser protestante, só reduzir a isto, para mim é muito simplista de mais, todos deveriam olhar a origem dos dois países, como eles se formaram em seu embrião, pois os Estados Unidos, assim que foi iniciado o processo de colonização pelos ingleses nos século XVI, os ingleses enviaram, ou, vieram fugidos da perseguição religiosa provocada pela igreja protestante anglicana da Inglaterra, e não pelos católicos pro causa da contra-reforma como colocado acima: “Weber é a chave para se entender o sucesso dos Estados Unidos como nação: fugindo da perseguição da contra-refoma”, pois havia protestantes perseguindo protestantes, então aconteceu realmente o que deveria se esperar, o progresso e o enriquecimento deste país se tornando a nação mais poderosa deste planeta, nisto não discordo de Max Weber, porém, com relação ao Brasil, infelizmente não se deu como nos E.U.A, após seu descobrimento, ao invés dos reis portugueses enviarem portugueses de boa cepa, enviaram os degredados, tudo que eram gente que não prestava de Portugal, tal como ladrões, assassinos e prostitutas, aí eu pergunto, poderá um país deste no futuro prosperar?, somente mais tarde quando vieram os imigrantes acima comentados, é que o Brasil começou sentir algum gosto pelo desenvolvimento, mas antes disto, somente alguns poucos interessados de lavar algum progresso e conhecimento por este país a afora, como os cristãos novos e jesuítas, é que sobre saiam com algum desenvolvimento aqui e acolá, mas o restante, só trabalha para sobre viver, e não para desenvolver, o que é típico entre os indígenas, pois tendo florestas, caças e a natureza em abundância, não teriam que se preocupara, e plantar, poupara e desenvolver, mas ao contrário dos europeus, e dos asiáticos, que vivem em locais cujo clima é rigoroso no inverno, e que portanto, tinham que plantar no verão, para ter o que se alimentar no inverno, não consumindo tudo de uma vez, mas guardando para os meses posteriores também, assim como os asiáticos, em especial, judeus e árabes, que vivendo em desertos, tinham que racionara tudo, não somente comida, mas sobre tudo, a água, foi surgindo nestes povos o censo econômico, e é por isto que houve um maior desenvolvimento nestes povos que quaisquer outros no planeta, portanto, não creio que uma nação seja mais rica que a outra por motivos religiosos, mas para mim tenho que o clima, é o principal fator de levar alguns povos a experimentarem um maior desenvolvimento e detrimento de outros, e só para terminar, lancemos os olhos na antiguidade, qual foi o maior grande império que surgiu na terra e aonde?, tenho para mim que foi o egípcio, e onde o Egito está localizado?, ao meio a um grande deserto, mas o que salvo o Egito são as estreitas faixas de terra em torno do Nilo, mas em uma região tão inóspita, o qual se salva apenas pequenas faixas de terra para o plantio em torno de rum rio, surgiria um dos primeiros impérios que o mundo iria conhecer, e tudo graças a um clima que em nada ajudaria a fazer surgir aí um reino que deixaria sua marca ao logo dos séculos.

  16. JBC,
    Sugiro que você amplie as suas leituras para além de Nigel Barber e Weber. Leituras insuficientes e manipuladas , que não tangenciam em absoluto uma realidade bem mais ampla e diversificada. Sugiro também que olhe em sua volta e verifique se os fatos que porventura observar , ratificam exatamente as idéias que você defende.
    Só para constar, moro em uma região com alta incidência de imigrantes alemães e italianos. Se os descendestes de alemães ( quase todos protestantes ) se notabilizaram pela construção de grandes empresas, os italianos ( todos católicos ) o fizeram igualmente (!). O que Weber diria disso?
    Quem sabe, depois de tudo isso, você escreva um texto de acordo com a proposta do texto principal .
    E como bônus, até descubra qual é o meu caso e dos leitores daqui ( que você admitiu existir ) – já que não somos protestantes nem totais desvalidos.

  17. A evolução tecnologica atual matou a necessidade de religião. Graças a Deus!

    Considerando a religião, os homens sempre se dividiram entre fiéis buscando a salvação da alma e “fiéis” buscando a salvação do corpo.

    A religião da salvação do corpo.

    Nossos amigos ateus fazem um favor atacando a religião, pois a única religião a que podem ter acesso é a que busca a salvação do corpo e nem deveria ser chamada de religião.

    A salvação para o corpo que muitos ao longo de milênios procuraram na religião, podem com certeza achar mais facilmente nas ciências atuais, e aqueles que tinham como única motivação religiosa a recuperação física, podem sair, apenas não devem bater as portas.

    Nunca antes, não agora e nem no futuro, os milagres serão substitutos ou inimigos da ciência e sua evolução, eles continuam sendo uma forma de comunicação homem – Deus – homem.

    A salvação da alma.

    Cristo, quando realizou milagres, não o fez porque o resultado do milagre fosse a cura física ou o ressuscitamento obtido, mas como Ele disse, os milagres eram feitos para que acreditassem que Ele é filho de Deus e não está preso às limitações da natureza, mas as maravilhas cegam aos homens comuns, Cristo passou a ser seguido por aleijados, cegos, paralíticos e toda sorte de necessitados cujas almas feridas foram esquecidas por urgências materiais.

    Na religião até podemos encontrar alguma cura física, mas a religião precisa nos ensinar que a alma existe, que a alma persiste após esta vida e que a alma tem aonde descansar, e o amor de Deus nos permite conhecer o amor.

    Nenhuma evolução tecnológica será significativa para a salvação da alma.

    (não é provocação contra vocês ?????!): Mas se a tecnologia retirar da Igreja católica todos os que desejam da Igreja apenas o que a tecnologia pode lhes dar, riqueza e segurança financeira, quem, seriamente, poderia ser contra?

    A pobreza do pensamento ateu não está apenas nos argumentos contra a fé em Deus, mas nas certezas de sua falta de fé no homem. ” a técnica sozinha não é capaz de constituir um verdadeiro progresso humano.”

  18. Marta,

    Me sugira então outras leituras que expliquem estes fatos. Mas não fique braba com Weber. Não é a toa que ele é tido até hoje como um grande pesquisador. Fatos são fatos, goste deles ou não.

    Abs

  19. “Mas não fique braba com Weber. Não é a toa que ele é tido até hoje como um grande pesquisador”

    Sim, e ele o é, mas um protestante que conhecia sua religião e o mundo em que vivia o mundo protestante, mas da fé católica, será que ele conhecia tão bem assim?, e seus estudos só levou em conta a religião e outros fatores, ele não levou em conta, o que mostra que foi bem imparcial em seus estudos.

    “Fatos são fatos, goste deles ou não.”

    Sim, fatos, são fatos, eu creio que não precisa de muita leitura para observar, como a própria Marta assim colocou: “Sugiro também que olhe em sua volta e verifique se os fatos que porventura observar , ratificam exatamente as idéias que você defende.
    Só para constar, moro em uma região com alta incidência de imigrantes alemães e italianos. Se os descendestes de alemães ( quase todos protestantes ) se notabilizaram pela construção de grandes empresas, os italianos ( todos católicos ) o fizeram igualmente (!). O que Weber diria disso?”.

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