Salve Bento XVI! Salve Mons. Lefèbvre! – pe. João Batista de Almeida

[Publico o artigo a seguir para registro, porque não o encontrei na internet, a despeito de tê-lo recebido por email. Data vênia, não concordo com todas as considerações feitas pelo reverendíssimo sacerdote. É simplesmente falso que “o papa jamais poderia revogar uma excomunhão justa” – é lógico que pode, porque a aplicação de um remédio justo pode dar lugar à aplicação de um outro remédio também justo, de acordo com o que convenha a cada situação. Isso não se deve atribuir a uma “irresponsabilidade” do Santo Padre, e sim ao discernimento pessoal do Vigário de Cristo, auxiliado pela graça de estado que tem o sucessor de Pedro no governo da Igreja.

É também da mais alta relevância enfatizar de novo, à exaustão, que Mons. Lefebvre foi excomungado não por ter reservas quanto ao Concílio Vaticano II e a Missa Nova, e sim por ter sagrado bispos sem mandato pontifício! Isso precisa ficar muitíssimo claro. Dizer que a retirada da excomunhão dá “carta branca” para que se esculache com um Concílio Legítimo da Igreja é, primeiro, falsear a realidade, posto que a excomunhão nada teve a ver com o Concílio e, portanto, também a sua retirada não o tem; e, segundo, é simplesmente não perceber que existe uma gama enorme de matizes entre o ensino “que deve ser acatado com fé divina e católica por ser dogma” e o ensino “que deve ser repudiado em consciência por ser heresia”. O maniqueísmo de alguns católicos é curioso, mas não encontra respaldo no pensamento católico.

Ademais, é estranha e se distancia da realidade a atitude de se procurar “colocar palavras na boca do Papa” – ou acrescentar linhas ao decreto de retirada das excomunhões -, propagando leituras (questionáveis) de supostas entrelinhas como se fossem a mais perfeita expressão do pensamento pontifício, mesmo quando o Papa as contradiz expressamente. Entre os “comentadores” do Papa e o próprio Papa, ficamos com este último, pois sabemos que é somente em comunhão afetiva e efetiva com ele que podemos estar em comunhão verdadeira com a Igreja de Nosso Senhor.]

Salve Bento XVI! Salve Mons. Lefèbvre!

Pe. João Batista de Almeida Prado Ferraz Costa

A caridade não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. (I Cor, 13, 6)

Como se sabe, os modernistas têm um conceito falso de caridade. Separam o amor da verdade, a vontade da inteligência. São voluntaristas. Fanáticos. Caprichosos. Obstinados.

Guiados apenas por suas paixões e preconceitos, sem a luz da razão e da fé, os modernistas costumam emitir juízos disparatados com a pretensão de justificar qualquer comportamento à margem da lei moral. Em nome da caridade defendem todos os vícios e pecados. Distorcem aquelas palavras do Apóstolo: “a caridade cobre a multidão dos pecados.”

Além de um falso conceito de caridade, os modernistas, como disse São Pio X, são hipócritas. E agora, com a anulação da excomunhão de Mons. Lefèbvre por decisão do Papa Bento XVI, temos mais uma prova disso.

Contradizendo suas próprias idéias teológicas que alargam indefinidamente as fronteiras da Igreja, quase que identificando-a com a humanidade, os modernistas hipocritamente taxavam a Fraternidade Sacerdotal São Pio X de cismática, fascista e não sei quantos epítetos mais.

Pois bem. Ao interpretar o decreto do papa de anulação das excomunhões dos chamados bispos tradicionalistas, os modernistas querem aplicar ao papa Bento XVI o conceito herético e liberal de caridade. Quer dizer, o papa teria agido por uma misericórdia acima de toda justiça, por um puro gesto de perdão, ao retirar a pena sem que houvesse uma manifestação de arrependimento da parte dos “cismáticos”. A ação de Bento XVI seria inexplicável logicamente.

Ora, isto constitui uma injúria ao papa. Equivale a atribuir-lhe um procedimento irresponsável no governo da Igreja. O papa jamais poderia revogar uma excomunhão justa. A excomunhão é uma pena medicinal para emenda do autor do delito e preservação do bem comum da Igreja. Enquanto subsiste a culpa do delito ou o requer o bem da Igreja, a pena deve subsistir.

Bento XVI revogou as excomunhões declaradas em 1988 porque tem consciência de que eram injustas. Isto está patente em sua carta de apresentação do motu proprio Summorum Pontificum em que ele diz aos bispos que houve omissão da Igreja no zelo pela sua unidade. E em outras ocasiões criticou aqueles que pretendem fazer do Vaticano II um “super concílio” acima de todos os outros.

Se a posição crítica de Mons. Lefebvre às reformas emanadas do Vaticano II fosse um pecado, se o Vaticano II fosse um concílio dogmático que obrigasse os católicos a acatá-lo em sua inteireza, se não fosse lícita uma objeção de consciência às passagens ambíguas e contraditórias do Vaticano II comprovadas por teólogos e estudiosos das mais diferentes tendências, a autoridade suprema da Igreja não poderia levantar as excomunhões dos quatro bispos reabilitando assim a memória de Mons. Lefèbvre e de D. Castro Mayer.

Em suma, Bento XVI agiu, sim, com caridade. Mas com caridade católica, verdadeira, tradicional, aquela que se rejubila com a verdade. Ele sofria com a injustiça cometida contra Mons. Lefèbvre e os tradicionalistas e quis repará-la. Ao contrário, os modernistas hipócritas tinham prazer em apodar os tradicionalistas como seita excomungada, alegravam-se com a injustiça, porque a excomunhão atendia aos seus interesses diabólicos de afastar os católicos da tradição da Igreja.

Para remate dessas considerações, acode-me à memória o comentário de Santo Agostinho ao Salmo 128: Saepe expugnaverunt me a iuventute mea. Explica Santo Agostinho que essas palavras se referem à Igreja sempre combatida pelos maus elementos que nela vivem, tentando seduzir e enredar os bons em seus maus caminhos. Assim os modernistas infiltrados na Igreja. Mais adiante diz o salmo: Etenim non potuerunt mihi. Supra dorsum meum fabricaverunt peccatores, prolongaverunt iniquitatem suam. Explana o Santo Doutor: “Quantos males suportamos, quantos escândalos suportamos por parte dos maus dentro da Igreja (…) Mas não conseguiram que os bons consentissem com eles no mal.” Assim também hoje os modernistas enfurecidos com o papa o difamam, ameaçam, dizem que é nazista etc, mas não o dobram (potuerunt mihi).

Em seguida diz o Salmo: Fiant sicut faenum tectorum quod priusquam evellatur exaruit. Assim são os modernistas na Igreja: como erva que nasceu sobre o telhado de uma casa e secou antes de arrancada. Os modernistas no alto de sua insolência secaram, murcharam sem necessidade de ser arrancados do telhado da Igreja. Embora excomungados por São Pio X, conseguiram permanecer no interior da Igreja fazendo o mal, mas por fim secaram porque não tinham raízes. Basta agora um vento mais forte soprado por Deus para caírem como erva seca a ser queimada.

Portanto, salve o Papa! Salve Mons. Lefèbvre! Parabéns aos bispos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X!

Anápolis, 27 de janeiro de 2009
Festa de São João Crisóstomo, Bispo e Doutor da Igreja.

58 comentários em “Salve Bento XVI! Salve Mons. Lefèbvre! – pe. João Batista de Almeida”

  1. Porque será então que no documento está escrito que haverá conversas pois existem pontos divergentes?
    Estas pessoas só pegam o que lhes interessa.
    Não adianta mesmo.

  2. VATICANO, 28 Jan. 09 / 12:25 pm (ACI).- Depois do gesto de magnanimidade e misericórdia do Papa Bento XVI ao levantar a excomunhão dos 4 bispos ordenados por Dom Marcel Lefebvre, o Santo Padre solicitou aos lefebvristas aceitar o Concílio Vaticano II.
    Ao concluir a Audiência Geral, Bento XVI se referiu ao decreto dado a conhecer no sábado 24 de janeiro no que se revoga a excomunhão aos “quatro bispos ordenados em 1988 por Dom Marcel Lefebvre sem mandato pontifício”.

    O Papa indicou que “realizei este ato de paterna misericórdia porque estes prelados me tinham manifestado várias vezes seu vivo sofrimento pela situação em que se encontravam”.

    Do mesmo modo, Bento XVI manifestou seu desejo de que “este meu gesto seja correspondido pelo compromisso solícito por parte deles de dar os ulteriores passos necessários para realizar a plena comunhão com a Igreja, testemunhando assim verdadeira fidelidade e verdadeiro reconhecimento do magistério e da autoridade do Papa e do Concílio Vaticano II”.

    Mais claro do que isso?
    Será que um dia eles se dobram?

    Rezemos pelo papa.

  3. Prezado Sr.
    O Santo Padre não substituiu um remédio (excomunhão) por outro remédio mais grave ou mais benigno. Simplesmente retirou a pena que a considerava injusta porque os próprios interessados, os quatro bispos, lhe manifestaram seu descontentamento com uma injustiça. O papa agiu com sabedoria, justiça e caridade. Caridade católica. Não a caridade liberal que premia ou exime a culpa. Se houvesse culpa, e o papa suspendesse a pena, seria, sim, liberal e irresponsável, como muitos padres que absolvem as mulheres que usam contraceptivo e não dão sinal de arrependimento. E dizem que podem comungar.
    Pe. João Batista de Almeida Prado Ferraz Costa

  4. Reverendíssimo pe. João Batista,

    Sua bênção!

    Padre, data venia, permita-me discordar. Onde foi que o senhor leu no Decreto da Congregação para os Bispos – ou em qualquer outro lugar – que o Papa Bento XVI “considerava injusta” a pena de excomunhão que pesava sobre os bispos da FSSPX?

    E por que motivo o Papa seria “liberal e irresponsável” se suspendesse uma pena justa – que já durava duas décadas – após os réus terem pedido a sua suspensão e firmado o compromisso de “não poupar esforço algum para aprofundar as questões ainda abertas em necessárias conversações com as Autoridades da Santa Sé, e poder assim chegar rapidamente a uma plena e satisfatória solução do problema existente em princípio”? Mudando-se a disposição dos réus, não é lícito mudar a pena?

    Recomendando-me às orações do senhor,
    subscrevo-me, em Cristo,
    Jorge Ferraz

  5. Falta rezar e meditar mais sobre as palavras e Documentos do Papa, começando pelo mesmo Moto Proprio, pois neste tema da excomunhão abundam leituras subjetivas que, como fazem os protestantes, tiram frases do contexto com tal de confirmar sua (falsa) teoria.

    Uma pena.

    Que Deus nos ajude a amar e obedecer a Igreja. Isso é o que mais falta faz. Mas… isso não é novo! Sempre fez falta!

    PAX

    Julie Maria

  6. Caro Jorge

    Sendo Padre João Batista meu concidadão, me surpreendi com seus dizeres jubilosos e exaltados publicados no seu sitio [*] em favor de Dom Marcel Lefebvre que não entrou na lista das excomunhões ora suspensas.

    Sempre foi conciso e precavido em suas raras manifestações, principalmente sendo ele o responsável pelo Rito Tridentino em nossa cidade e sob submissão da “Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney – Campos …” [**] que já a muitos anos não conduz discursos exaltados contra o CV II, “pelo menos abertamente”, por isso nos entranhou a presença do Sr. Orlando Fedeli em nossa cidade no ano passado dando aulas sobre o CV II, pelo menos não seria de se esperar este acontecimento porque o mesmo discorda das posições dos Padres de Campos, pelo menos oficialmente falando.

    Reconhecemos que sua carta é na verdade um reflexo do texto de Fedeli que acrescentou os “NOMES” que não estão incluídos no Documento Papal.

    A questão não é sobre Dom Marcel Lefebvre!
    Nem sobre Concílio Vaticano II!
    Nem Modernismo !
    E nem Tradição !

    Cada coisa a seu tempo.

    Vemos que os quatro Bispos reintegrados à comunhão plena da Igreja, foram mesmo penalizados em conseqüência direta da desobediência de Dom Marcel Lefebvre que os ordenara sem permissão do Papa e que, portanto enquanto não demonstraram interesse em retornar à plena Comunhão e nem demonstraram aceitação ao que o Sumo Pontífice lhes propôs para tal retorno, as excomunhões permaneceram.

    Ficou claro agora que tais Bispos decidiram voltar seus olhares, pensamentos e todo o seu coração para a Verdadeira Igreja que jamais abandonou seu curso e que, portanto todos aqueles que com eles comungam os mesmos pensamentos e propostas estejam agora também em rota de retorno ao que foi estabelecido Santamente na Igreja Uma e Católica.

    Algumas vozes ainda desentoarão exaltadas em favor de algo que agora está somente nas mãos d’Aquele que tudo criou, afinal agora, as duas excomunhões que ainda restaram, somente o Senhor Deus e Jesus o justo Juiz poderão julgar sobre elas, porque afinal de contas, quem não está mais entre nós, não poderá se redimir de seus desacordos cometidos enquanto em vida.

    A história do “super Concílio” realmente é muito engraçada, porque na verdade é o concílio atual e em vigor, logo é apenas a seqüência dos outros anteriores e que certamente deverá em breve ceder o seu lugar para a vigência do próximo concílio a ser efetuado.

    Isto porque o CV II não é um “Super Concílio definitivo”, mas cederá seu lugar ao próximo que evidentemente não será contraditório aos anteriores como o CV II não o é, tanto assim que é apenas pastoral e nem foi declarado infalível, ou seja, é apenas o Concílio em VIGOR e deve ser respeitado como tal. Quando for sucedido pelo próximo que virá, aí sim poderemos analisa-lo, já mediante a todos os resultados por ele alcançado ou não.

    Salve Bento XVI, é elogio digno e notório, mas relembremos que quem foi reintegrado a Igreja nesta eventualidade, foram quatro Bispos da FSSPX que demonstraram interesse em aceitar as propostas do Papa e não às idéias de seu fundador “In Memoriam” que permanecem na mesma situação anterior porque em vida jamais aceitou as propostas de reconciliação oferecidas pelo Papa, portanto este outro “Salve” fica um pouco deslocado do contexto do assunto que deveria tratar a carta do Padre João Batista.

    Sei que este ultimo parágrafo causará controvérsias, discórdias e “Frases exaltadas dissonantes”, mas um caminho de retorno é evidentemente uma volta às origens ou digamos simplesmente “O retorno à casa do Pai, prefigurado pelo filho amado que é recebido por um Pai que perdoa”. Perdoa o Filho e não os erros que ele cometeu lá por onde ele andou, afinal um Sacerdote entende muito bem disso, já que atende confissão e perdoa o pecador mediante um bom propósito de arrependimento e compromisso de não cometer o mesmo pecado novamente.

    “Nem seria preciso dizer isto, porque o arrependimento é intrínseco ao ato do Perdão”.
    Espero profundamente que seja esta a verdadeira posição dos “reconciliandos”, enquanto que as opiniões daqueles que não buscarem a reconciliação plena e verdadeira acabarão no esquecimento dentro de pouco tempo [***].

    Sei que eu estaria na situação do outro filho, também muito amado pelo Pai, não somente eu, mas muitos mais assim como eu, talvez nos achando no direito de reclamar desta atitude de perdão como foi citado pelo Padre João Batista, mas espero sinceramente que nosso coração se alegre por ver a família toda reunida e que possamos mais uma vez trabalhar lado a lado em busca de um ideal comum.

    Que é; Evangelizar os pecadores deste mundo, para que se libertem do pecado e voltem seus olhares para Jesus seu único Salvador e Senhor, e assim receberão o Dom do Espírito Santo através do Batismo e o prêmio da Vida eterna com Deus.

    Amem

    Deus nos Abençoe a Todos.

    [*] – Carta de Padre João Batista exposta na entrada do site:
    http://www.santamariadasvitorias.com.br/
    [**] – Não encontrei em seu sitio a confirmação desta afirmação.
    [***] – Pessoas e sites que se colocam em plena dissonância com as posições da Igreja.

  7. Laus Deo Virginique Mariae

    Monsenhor Lefèbvre tinha sim, reservas em relação ao Concílio Vaticano II E SUAS HERESIAS. Um concílio légitimo sim, mas, as diretrizes do mesmo vão contra a antiga ordem estabelecida. Monsenhor Lefèbvre jamais poderia incorrer em excomunhão, pois, sempre defendeu a Igreja das ciladas dos inimigos. Nunca se sentiu um excomungado, por que nunca abandonou o seio da Igreja. Muito antes do Papa João Paulo II, Papa Paulo VI já não nutria simpatia por Dom Lefèbvre. Mas, qual a razão disto? Caros, Dom Lefèbvre foi o guardião da Tradição e fiel mantenedor da Missa Tridentina, a Missa sagrada de sempre.
    Não é mais importante dizer aqui o motivo das excomunhões, é mais importante dizer que tal documento foi um ato de tirania contra quem jamais dera motivos para tal. O fato, é que Dom Lefèbvre e Dom Antônio Mayer eram contra sim as novas disposições da Igreja pela qual, por uma fissura entrara a fumaça de Satanás. Dom Lefebvre não aceitou a Missa nova fabricada por “gente non sancta” com participação de pastores e pelo herege Max Thurian. O novo catecismo, contém erros graves, Dom Lefèbvre e Dom Antônio sempre disseram e o rejeitaram. REJEITARAM UMA LITURGIA NOVA E AMBÍGUA – Os novos livros, as novas idéias dum concílio não dogmático, porém apenas pastoral. As grandes editoras, Frederico Pustet, Benziger, Herder, H. Dessain, Desclée, etc.. os livros LITÚRGICOS, piedosos e tão necessários sumiram e sumiram também estes editores pontifícios. Sumiu o uso do véu, mosteiros infectados de novas idéias dessacralizantes, a derrocada no canto litúrgico pelo oba oba carismático, as modulações teatrais nos templos, altares, muitos deles removidos, dando lugar a mesa condenada por Pio XII, COMUNHÃO NA MÃO E DE PÉ, padres que já aboliam paramentos e vestes ordinárias clericais. O desuso da batina preta, do hábito de muitas freiras que foram subindo as bainhas, mostrando as pernas. A teologia da libertação, a Canção nova, etc.. Quer que digamos mais! Não precisa. O desprezo ao Reinado social de Jesus Cristo, amesquinharam a devoção a Maria Santíssima, reduzindo-a a “simplesmente Maria”. Dom Lefèbvre anatematizou todas essas novidades que matam a piedade sólida. Dom Antônio também. Graças a força (virtus) destes dois Homens santos, a tradição não foi por água abaixo. Papa Bento XVI viu, por caridade, que estas excomunhões não deveriam continuar existindo (não tinham razão de ser) e levantou-as, oh Pai benigno! Mesmo sabendo que os Lefebvrianos, como gostam de apelidar, mantêm-se incólumes e firmes como Dom Lefèbvre e Dom Antônio que estão no mais alto dos céus, perto das estrelas! Onde o Senhor suas vidas pousou. Não adianta dizer coisas vãs, ou enganar, pois, a verdade é que liberta, não as opiniões desnecessárias e oportunistas. Salve Dom Lefèbvre, salve Dom Antônio!

  8. Aceitar as heresias dum concílio pastoral, que seja, é rasgar a Bíblia, é como incendiar o Vaticano, é jogar a Tradição Santa de lado, é aceitar idéias liberalistas, é próprio de quem não ama a Igreja. Ele é contraditório sim ao Concílio de Trento, basta ler, pesquisar, sair da inércia tão nefasta. Amar a Igreja como Ela é trata-se em não negar a Tradição e rejeitar O ERRO!
    Salve Regina Gloriae!

  9. Não sejamos sentimentalistas. SEJAMOS OBJETIVOS.

  10. Não há o que aceitar do Concílio?, e sabe o que mais, tudo continua com sempre entre os Católicos tradicionais, com muito orgulho, apelidados com o nome daquele que trouxe luz para Igreja, soluções, fortaleza, espírito de sacrifício e tão humilhado, tão injustamente sentenciado. Os que desejavam ver os tradicionalistas de Dom Lefèbvre aceitando heresias ficaram no desejo!

  11. “Monsenhor Lefèbvre tinha sim, reservas em relação ao Concílio Vaticano II E SUAS HERESIAS.”

    Mas na hora de assinar os documentos, ele assinou bem caladinho e contente:
    http://www.acidigital.com/noticia.php?id=15128

    “Nunca se sentiu um excomungado, por que nunca abandonou o seio da Igreja.”

    Essa é a primeira vez que eu vejo: que é preciso “sentir-se” excomungado para a excomunhão valer. Isso é sentimentalismo! É modernismo!

    Ah, e a conjunção “porque” se escreve tudo junto. “Por que” separado é pronome de interrogação.

    “Muito antes do Papa João Paulo II, Papa Paulo VI já não nutria simpatia por Dom Lefèbvre. Mas, qual a razão disto?”

    D. Marcel Lefèbvre, quando seminarista, foi simpatizante de Charles Maurras e da Action Française nos idos de 1923-30, quando esse partido político francês foi condenado pela Igreja:
    http://es.wikipedia.org/wiki/Action_française#La_condena_papal_.281926-1939.29
    http://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG%20390521_ACTIONFRANCAISE.htm

    Aliás, tem gente de vocês que jura que Maurras era “gnóstico”…

    O novo catecismo, contém erros graves, Dom Lefèbvre e Dom Antônio sempre disseram e o rejeitaram.

    Que legal! Quer dizer que eu devo confiar mais em vocês que no catecismo oficial da Igreja?

    Ademais, d. Marcel Lefèbvre e d. Antonio de Castro Mayer morreram em 1991. O novo catecismo foi promulgado pelo papa João Paulo II, o Grande em 1992. Como puderam eles dizer que o catecismo continha erros, se morreram antes que o dito cujo estivesse terminado? Será que os reverendíssimos bispos estão baixando por aí em algum centro espírita? Ou foi numa operação tipo “exterminador do futuro”?

  12. Irmão Aparecido,

    O catecismo foi promulgado e escrito em 1992?

    Que rapidez não?!

    Os bispos não poderiam ter conhecimento do seu conteúdo ainda que não estivesse terminado?

    Seria isso impossível?

  13. Rev. Pe. João Batista,

    A sua benção!

    Mas no caso de negarmos a possibilidade exposta pelo Jorge, como explicaríamos o levantamento da excomunhão dos ortodoxos?

  14. Esse Irmão Aparecido (ou irmã…quem sabe…) é o tipo que chega querendo “botar banca” de “eu sou o melhor em tudo”, Gramática, Eclesiologia, Hermenêutica, Francês, Patrística,etc…
    Em qualquer campo do conhecimento, essa eminência parda está dentro…só não está dentro do espírito de humildade, que aliás, deve ser uma característica rara nessa pessoa que se esconde por detrás desse pseudônimo, afinal, para manifestar opiniões e distribuir tapas à socapa, melhor manter o anonimato mesmo…
    E depois criticam os que defendem a Tradição, chamando-os radicais…quanta bizarria…falta de ocupar o tempo com coisas mais úteis, por exemplo, rezando a Ladainha da Humildade, de autoria do Cardeal Merry Del Val.

  15. Acho que o Irmão Aparecido é muito humilde de não querer aparecer com seu nome verdadeiro.

  16. Se ocultar o nome para portar-se arrogantemente é humildade, perdeu-se a noção da humildade…

  17. Caro Sr. Virgílio, concordo com suas palavras, inclusive, mencionou a “Ladainha da Humildade” do Eminentíssimo Cardeal Merry del Val e que foi grande amigo de São PioX, aquele papa repleto de caridade. Rezo esta ladainha todos os dias. Quanto ao Irmão Aparecido, se é que ele se chama ssim, não está preocupado em debater sobre os problemas, OS ASSUNTOS ECESIAIS. Está mais preocupado em apontar erros ortográficos, etc.. Minha presença aqui é tão somente para defender a Tradição e a verdade. Posso não saber tudo, como de fato não sei, todavia, faço a minha parte como cristão.

  18. A Eclesiologia do Vaticano II, diverge sim em vários pontos da Eclesiologia anterior a Ele. Isto é fato. O que não pode é continuar existindo o ódio latente daqueles que não querem mais nenhum vínculo com a Tradição ou pelo menos, os que se dizem “tradicionais”, mas, de contrapartida compactuam com os erros modernistas e liberalistas. Erros em clérigos, por exemplo, observamos tanto naqueles que fazem parte de alguma fraternidade, admnistração, prelazia ou diocese. Mas, a Doutrina que é pura e santa, esta não pode ser manchada ou maculada, substituída pelo ambíguo e equívoco. Não adianta dizer: “Sou católico!” se hajo como um semeador de heresias. A luta que devemos travar é contra os inimigos da Santa Igreja de Deus. Sancte Michaël Archangele, defende nos in proelio!
    Se defender a tradição é algo nefasto, o que é correto, irmão Aparecido…?!
    Meu nome é: André Luíz Araújo Magalhães!

    Ah, quanto ao sentimentalismo, vou dar um exemplo:
    U homem foi injustamente acusado de ladrão, todavia, este é inocente aos olhos de Deus, mas, ninguém crê em sua inocência e ele por sua vez é condenado a morrer na gilhotina. Ele vai em paz, sabendo que é inocente. Não se considera um ladrão, pois, não é de fato! Isto é sentimentalimo?
    Ou, por outro lado, um LÍDER DE MASSAS CATÓLICAS, por exemplo, que vive “derrubando” gente por aí, propagando heresias, achando que está propagando o Reino de Deus e seus seguidores e fãs o consideram um grande pregador! Choram, felizes, torrencialmente, modificam a liturgia, realizam peças teatrais na casa de Deus, escrevem livros sobre o “batismo no Espírito Santo”, criam músicas tão pouco adequadas ao espírito litúrgico, clérigos que rejeitam paramentos, não respeitam as rubricas e enfim, quebram o vínculo com a Tradição, são objetivos? Não sei…

  19. Irmão aparecido,

    *O senhor rejeita o Antigo CatecismoRomano?

    Rejeita também o Concílio dogmático de Trento?

    *O senhor considera a Missa Tridentina ambígua?

    *Não são palavras ao vento, as palavras de Dom LEFÈBVRE:

    “Nós agimos segundo a Lei fundamental da Igreja” Palavras de Mons. Lefèbvre.

    Sabe qual é a Lei fundamental da Igreja?

    NÃO É UMA QUESTÃO DE GOSTO, MAS, UMA QUESTÃO DOUTRINAL.

    Questão de gosto é optar por ser liberalista, como os que rejeitam o Reinado social de Noso Senhor, eliminar a Santa Missa Tradicional por outra Missa ELABORADA POR UMA COMISSÃO COMPOSTA ATÉ DE PASTORES PROTESTANTES! e também pela eliminação da vida sobrenatural pela mística duvidosa subjetiva. Questão de gosto é tornar-se sentimentalista como os carismáticos ou propagadores de heresias como os adeptos da Teologia da Libertação.

    A questão não é se Dom Lefèbvre assinou ou não alguma coisa naquele concílio Pastoral. A questão é que ele lutou contra os erros modernistas enquanto viveu nesta terra de exílio e de dor. Dom Antônio também lutou. Foi destituído, passou dificuldades, mas, não se abalou. Isto é sentimentalismo? Muitos clérigos, pelo bem das almas, mantiveram-se fiéis à antiga ordem estabelecida e beberam fel. Amarguraram, mas, não se entregaram.

    Até Pio XII, um papa de caridade sem igual foi injustamente caluniado.

    Uma das coisas que mais desagrada a Nosso Senhor é o julgamento e a falta de humildade.

  20. Irmão Aparecido:

    “tem gente de vocês…”

    O SENHOR ME CONHECE? ALIÁS, Não somos seus irmãos?

  21. Irmão Aparecido,

    Darei aqui um exemplo:
    A Humildade era o ponto culminante na vida da Princesa Isabel. Com suas níveas e delicadas mãos pegava vassoura, cera, panos, balde e realizava a limpeza da Capela.

    Nobre!

  22. Senhores,

    Quanto à Ladainha da Humildade, é excelente. Recomendo com veemência a sua recitação constante, mormente para aqueles que julgam ser capazes de dar aulas de Teologia ao Papa.

    Abraços, em XC,
    Jorge Ferraz

  23. Santo Tomás de Aquino: “Havendo perigo próximo para a Fé, os prelados devem ser arguídos, até mesmo publicamente, pelos súditos” (Sum. Teol. II-II.ª, XXXII, IV, ad 2)

    são Roberto Belarmino: “Assim como é lícito resistir ao Pontífice que agride o corpo, assim também é lícito resistir ao que agride as alma, ou que perturba a ordem civil, ou, sobretudo, àquele que tentasse destruir a Igreja. Digo que é lícito resistir-lhe não fazendo o que ordena e impedindo a execução de sua vontade” (De Rom. Pont. Lib. II, C. 29)

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    DOM GUÉRANGER: “Quando o pastor se transforma em lobo, é ao rebanho que, em primeiro lugar, cabe defender-se. Normalmente, sem dúvida, a doutrina desce dos Bispos, para o povo fiel, e os súditos, no domínio da Fé, não devem julgar seus chefes. Mas há, no tesouro da Revelação, pontos essenciais, que todo cristão, em vista de seu próprio título de cristão, necessariamente conhece e obrigatoriamente há de defender” (L`Année Liturgique, festa de São Cirilo de Alexandria, pp. 340-341).

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    Suarez: ‘ E deste segundo modo o Papa poderia ser cismático, caso não quisesse ter com todo o corpo da Igreja a união e a conjunção devida, como seria (…) se quisesse subverter todas as cerimônias eclesiásticas fundadas em tradição apostólica. (De caritate)

    —————————————————-

    Dom Lefèbvre e Dom Antônio de C. Mayer não desobedeceram ao santíssimo Padre o Papa João Paulo II quando rejeitaram a Missa Nova.

    Mesmo se se quisesse por em dúvida a situação de perigo [estado de necessidade] como foi descrita [a sua definição jurídica e a análise da situação espantosa da Igreja pós-concílio] convém averiguar o seguinte: “ninguém pode negar que um Bispo que, nas circunstãncias assinaladas acima, sagre, em vista dela, um outro, está, ao menos subjetivamente, convencido de que se tratade um estado de necessidade ruinoso para as almas.Segue-se que não se pode falar duma violação premeditada da Lei. Com efeito, quem, contrariamente à lei, crê, mesmo sem razão,

  24. continuação do precedente ( corte acidental )

    …no bom fundamento de sua ação, não age de maneira premeditada contra a lei. Também aquele que quisesse supor a existência do estado de necessidade somente no capricho e imaginação do Bispo sagrante, dificilmente poderia objetar-lhe que esta concepção, supostamente errônea, seria punível.

    um trecho do Estudo canônico das sagrações episcopais de 1988 – Reflexões feitas após 10 anos das sagrações em Écône.

  25. Alguns também debatem, mas se acham acima do bem e do mal. Todos precisam rezar a Ladainha da Humildade. Mas, ninguém ouse ficar calado diante da derrocada.

  26. Sugiro que se reze o “Quicumque vult salvus esse”.

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