Ainda sobre o aborto e a excomunhão

Alguns ligeiros esclarecimentos e comentários sobre o triste desfecho do caso das duas crianças que foram brutalmente assassinadas em Recife sob o beneplácito e – não raro – até mesmo apoio da opinião pública se fazem necessários, graças à enxurrada de “opiniões” desinformativas que estão circulando por aí, às quais é necessário contrapôr a verdade dos fatos.

Excomunhão é uma pena canônica da Igreja Católica que a Ela interessa e a mais ninguém; tem efeitos jurídicos dentro da Igreja, e dizer que, para a sociedade, “não faz diferença” estar ou não excomungado é dizer uma obviedade, dado que, no nosso país, o Direito Canônico é completamente estranho ao Direito Civil.

– Igualmente, querer impôr à Igreja como Ela deve agir e como deve deixar de agir, dizendo quais pessoas deveriam ser excomungadas e quais não deveriam, é uma impropriedade e uma clara intromissão de estranhos em assuntos que não conhecem e que extrapolam a sua competência. A Igreja não é a casa da Mãe Joana onde todo mundo mete o bedelho e qualquer um pode dar opinião; rege-se Ela pelo Direito Canônico, e não pela [má] vontade de fulanos e sicranos que só se lembram da Igreja quando é para descer o sarrafo n’Ela. Citando um só exemplo de vários que poderiam ser trazidos, o senhor presidente da República: “Como cristão e como católico, lamento profundamente que um bispo da Igreja Católica tenha um comportamento conservador como este”. Sem comentários.

Excomunhão não significa “passaporte para o inferno”; de acordo com o Código de Direito Canônico, cân. 1331, “§1. Ao excomungado proíbe-se 1°- ter qualquer participação ministerial na celebração do sacrifício da Eucaristia ou em quaisquer outras cerimônias de culto; 2°- celebrar sacramentos ou sacramentais e receber os sacramentos; 3°- exercer quaisquer ofícios, ministérios ou encargos eclesiásticos ou praticar atos de regime; […] §2. Se a excomunhão tiver sido imposta ou declarada, o réu: 1° – se pretende agir contra a prescrição do § 1, n. 1, deve ser afastado, ou então deve ser suspensa a ação litúrgica, a não ser que grave causa o impeça; 2° – pratica invalidamente os atos de regime que de acordo com o § 1, n. 3, são ilícitos; 3° – fica proibido de gozar dos privilégios anteriormente concedidos; 4° – não pode conseguir validamente dignidade, ofício ou qualquer outro encargo na Igreja; 5° – não percebe os frutos de dignidade, ofício, encargo ou pensão que tenha na Igreja”. Ou seja, como foi já dito, trata-se de uma pena canônica cujos efeitos são muito bem especificados, e o “passaporte para o inferno” não consta entre eles.

– Tampouco a excomunhão é uma pena irreversível; havendo arrependimento, é possível ao penitente, por meio do Sacramento da Confissão, receber o perdão de Deus e o levantamento das penas canônicas (inclusive a excomunhão) nas quais porventura ele tenha incorrido.

– O Arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, não excomungou ninguém; a excomunhão automática para quem pratica aborto está tipificada no Código de Direito Canônico, e aplica-se indistintamente a qualquer católico, quer haja pronunciamento da autoridade competente (no caso, o Bispo), quer não. Segundo o Código, cân. 1398, “[q]uem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae”. Portanto, os que provocaram o aborto da menor, em Recife, incorreram na excomunhão automática que está prevista pelo Código de Direito Canônico (e que vale para toda a Igreja), e não numa suposta excomunhão que tenha sido aplicada pelo Arcebispo. Dom José apenas comunicou que os assassinos de crianças e seus cúmplices já haviam incorrido – desde a morte dos fetos – na excomunhão prevista pelo Direito Canônico.

– A criança de nove anos, obviamente, não está excomungada, por diversos motivos, bastando citar aqui o mais evidente: segundo o Código, cân. 1323, “[n]ão é passível de nenhuma pena, ao violar lei ou o preceito (…) quem ainda não completou dezesseis anos de idade”.

– A mera constatação de um fato (no caso, da excomunhão), feita pelo Arcebispo de Olinda e Recife, não significa, de modo algum, que a Igreja não se preocupe com a saúde da menina, nem que não dê a devida importância ao crime bárbaro do estupro, nem que deseje impôr um sofrimento à família, nem nada parecido. A existência de um crime bárbaro, por ninguém negado – o estupro – não faz com que seja moralmente lícito praticar um outro crime horrendo – o assassinato das duas crianças. Igualmente, dizer que é errado assassinar crianças não implica, sob nenhuma ótica minimamente racional, que se esteja relativizando a gravidade dos outros aspectos envolvidos (o estupro, a possibilidade de risco para a criança, etc).

– Para saber mais, aqui, no Deus lo Vult!, “Estão excomungados” (comentários), onde a discussão já desde ontem está correndo; igualmente, “O bufão da Globo” (comentários), sobre os infelizes comentários do Jabor sobre o assunto.

94 comentários em “Ainda sobre o aborto e a excomunhão”

  1. Sr. Sanchez,

    1. Do fato de alguma atitude constar na Bíblia, não segue que ela seja recomendada. Crucificaram a Jesus, e isso não quer dizer que devamos crucificar os demais. Davi cometeu adultério com Betsabé, e nem por isso devemos inferir que o adultério é uma prática recomendável. Portanto, as tuas citações desconexas só fazem revelar que tu não fazes idéia nem mesmo do que é a Bíblia Sagrada e, mesmo assim, queres discutir com ela… contra católicos!

    2. Sim, as calúnias que aqui foram lançadas contra a Igreja não isso mesmo: calúnias.

    3. Passar bem, que a paciência já esgotou.

    – Jorge

  2. Sr. Marcelo Maurício,

    Como não houve argumentos, não há o que refutar. Se mal me recordo, o que fizeste aqui foi proferir a solene besteira histórica de que Galileo e Copérnico haviam sido excomungados – o que não foram. Já foi refutado.

    No mais, aqui não é espaço para despejar lixo anti-clerical. Passar bem.

    – Jorge

  3. “Passar bem, que a paciência já esgotou.”

    Jó que o diga. :D

  4. A excomunhão não é mesmo passaporte para o inferno. Nem poderia ser, simplesmente porque o inferno não existe, tal como não existem deuses nem duendes nem virgens grávidas nem defuntos que levantam sozinhos das próprias tumbas.

    O caso da excomunhão só é de fato interessante no sentido que mostra de modo extremo como somos bichos esquisitos: capazes de primeiro inventar estorias da carochinha e depois acreditar nelas como se fossem verdades absolutas.

  5. Sidnei

    Acredito que Jesus era filho de Deus e portanto tinha uma sensibilidade maior.
    Os sacerdotes católicos realmente não sabem o sentimento de um pai por um filho, por seu cônjuge, podem até tentar imaginar, mas não sabem. E, pelo que tenho visto, não se importam muito.

    Até me corrijo: até já vi monges ou padres de uma bondade que percebe-se. Mas nunca vi um bispo sem a dureza característica do poder.

    Um abraço,

    Johnny

  6. Aliás, lí por alto os comentários “amorosos” do beato Jorge.

    Sempre que vejo cristãos como você, caro Jorge – e conheço muitos mesmo que se parecem contigo: gente capaz de expulsar o filho de casa por conta da opção sexual deste ou capaz de espancar a filha por ela não ser mais virgem – lembro daquela célebre frase do cantor Jeff Buckley na canção Eternal Life: “Tell where is the love in what your prophet has said?” ou, numa tradução livre: “Me diga onde anda o AMOR do qual seu profeta falava?”

  7. Sr. Daniel Barbosa Reynaldo:

    Por que esses julgamentos temerários sobre a pessoa do Jorge? Você acha que é correto fazer suposições maldosas sobre gente que você não conhece?

    Certa vez um ateu disse a São Pio de Pietrelcina: “Padre, eu não acredito no inferno”. Ele respondeu: “Vais acreditar quando chegares lá”.

  8. Senhor Daniel,

    Em primeiro lugar, não sou beato. Em segundo lugar, isso que o senhor está dizendo – que eu espancaria uma minha filha se ela não fosse mais virgem – chama-se juízo temerário. Repudio, em absoluto. Em terceiro lugar, não escrevo aqui para agradar a todos; caso o estilho lhe incomode, a porta da rua é serventia da casa. Em quarto lugar, o amor está exatamente no desejo de que a Verdade seja conhecida; se, para o senhor, amar é “ser um ursinho carinhoso”, o problema está na concepção do senhor, e não em mim.

    Hasta,
    Jorge

  9. Sim, eu sei. No seu conceito amar é queimar pessoas em fogueira. O problema está comigo mesmo. É que demos significados distintos para apalavra amar. Só que o significado que você deu não está nos dicionários, veja a definição do Michaelis e procure algo parecido com o que você sente:
    http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=amor

    Já quanto ao termo beato, como quase todas as palavras de qualquer idioma, este é um termo polissêmico (sabe o que é isso, Jorge, ou você só se ocupa em estudar papaidocéulogia, papainoelogia e duendologia?). Veja a definição do termo segundo o Michaelis:

    be.a.to1
    adj (lat beatu) 1 Beatificado, bem-aventurado. 2 Ditoso, feliz. 3 QUE INDICA OU MOSTRA FALSA DEVOÇÃO; HIPÓCRITA 4 MUITO DEVOTO, FANÁTICO . sm 1 O que foi beatificado pela Igreja. 2 HOMEM MUITO DEVOTO.

    beato2
    be.a.to2
    sm Fio que se destrama dos tecidos. 1 O que foi beatificado pela Igreja. 2 Homem muito devoto.

    Queira ou não queira, vossa senhoria é um beato de primeira e de galocha, Jorge. Salve Maria que [BLASFÊMIA CENSURADA].

  10. Ah, e eu não disse que vossa senhoria espancaria sua filha. Eu sei que lidar com a Língua Portuguesa é uma dificuldade para Vossa Sapiência (basta ver a confusão que você fez com as aplicações dos termos “beato” e “amor” negando ao primeiro um significado clássico e dando ao segundo um significado inexistente) mas o que eu fiz foi comparar, colocar no mesmo pé, ações como:

    1 condenar publicamente a mãe e os médicos que decidiram interromper uma gravidez indesejada originada de estupro em uma criança de nove anos que corria risco alto de vida se a levasse adiante.

    2 apoiar publicamente as ações de Hitler, Salazar, Mussolini e Franco.

    3 queimar velhinhas que incorrecem no crime de possuir gatos pretos como bichinhos de estimação

    4 espancar adolescentes pelo fato de elas estarem seguindo os seus impulsos sexuais naturais e não as fantasias mirabolantes prescritas naquele livrão de capa preta que os católicos gostam de deixar abertos na mesa da sala de estar

    5 et cetera

    Entendeu o “gente que se PARECE contigo”?

    Agora, se você acha que forçar uma criança a levar adiante uma gravidez por conta do que o seu livrinho infantil sobre fadas e gnomos “ensina” sobre o aborto é mais correto do que um pai espancar um filho por conta da opção sexual dele por conta do que o mesmo livrinho infantil sobre fadas e gnomos “ensina” sobre a homossexualidade, well… fazer o quê?

  11. Johnny Garden
    Acredito que Jesus era filho de Deus e portanto tinha uma sensibilidade maior.
    Sim, e Ele ensinou esta sensibilidade e que deveríamos segui-la, prova disto é São Paulo que nunca foi casado e falou sobre a família, relação de pais com os filhos, filhos com os pais, basta ler Col. 3, 18-21 e Ef. 5, 21-6,4

    Os sacerdotes católicos realmente não sabem o sentimento de um pai por um filho, por seu cônjuge, podem até tentar imaginar, mas não sabem. E, pelo que tenho visto, não se importam muito.
    Até me corrijo: até já vi monges ou padres de uma bondade que percebe-se.
    Ainda bem que você se corrigiu, porque eu iria perguntar, se os padres não tiveram pai e mãe, irmãos, primos, avós, enfim uma família, para ter esta sensibilidade, porque para ser um bom pai e mãe de família geralmente se baseiam nos pais, a pessoa, e não só os padres, podem até não casar, mas que possuem uma sensibilidade sobre como poderiam agir se fosse pai ou mãe dentro de si por conta do exemplo dos pais, isto existe, está plantado no seu intimo.

    Mas nunca vi um bispo sem a dureza característica do poder.
    De fato, o poder as vezes nos torna duros, isto não acontece somente com bispos, mas também com qualquer pessoa que assume algum cargo quer na esfera civil, religiosa ou profissional, mas esta dureza é característica mesmo do poder que a pessoa é chamada a exercer sobre as outras, quando éramos jovens não achávamos que nossos pais eram duros conosco quando não permitiam fazer algo?, achei graça um dia que um amigo meu falou que quando era criança leva umas chineladas dos pais porque fazia alguma arte, e ele disse que não adiantou de nada, e eu respondi, adiantou sim, porque não virastes um ladrão ou bandido e hoje és um homem de bem.

  12. Daniel Barbosa Reynaldo

    Você é um palhaço infeliz com sérios problemas psicológicos.

    Vá se tratar!

  13. Irmão Aparecido.

    Você sabe argumentar muito bem. Congratulations! :P

  14. Sr. Daniel,

    Xingar não é argumentar. “Hipocrisia” é quando alguém exige dos seus interlocutores mais do que ele próprio está disposto a conceder, e censura nos outros a prática da qual ele próprio faz uso abundante e farto; portanto, o epíteto se aplica aqui com perfeição ao senhor.

    Adeus.

    – Jorge

  15. Jorge!

    O Senhor é o lobotizado mais persistente e cego religioso que eu já li na minha vida.

    Tão lobotizado e paranóico, que talvez não durma nem relaxe pois já deu tanto tchau e adeus aqui , já voltou tantas vezes, já se explicou e defendeu tanto os dogmas que acho o espelho agora seja o seu melhor companheiro.

    Não tenho raiva nem ódio de você, de você, tenho dó.

    lamentável.

  16. Só um conselhinho ao Irmão Aparecido.

    Não responda as ignonimias dos Gays, já que eles só querem pertubar a ordem e nos tirar do sério.

    Este tal de Daniel por exemplo, é totalmente aveso à religião, na verdade espelha o lado oposto.

    Quem é a favor da morte porque fica reclamando de um passado da Igreja, que na época era comum qualquer Reizinho sair matando quem bem entendesse e não tinha que dar satisfação a ninguém.

    No nosso mundo de hoje ainda existe muitos reinados por aí que continuam fazendo o msmo.

    A Igreja já não faz mais, a muito tempo, já reconheceu o seu erro e tenta seguir o caminho da vida que sempre deveria ter seguido, hoje não estaria ouvindo estas acusações.

    Mas não importa, porque na verdade não foi mesmo a Igreja que cometeu erros e sim lobos que vestiram peles de ovelhas, vestiram roupas purpuras e escarlate e se infiltraram no clero para cometerem seus desatinos e hoje jogam a culpa em outros que nada tiveram a ver com aquele passado escuso.

    Estes mesmos lobos também entraram no poder público e judiciário e todos os dias se ouve notíca dos mesmos na TV, é por isso que continuam promovendo o holocausto de criancinhas em todo mundo.

    Paz

  17. muito bem. já que a excomunhão é um ato do direito canonico que interessa à Igreja e mais ninguem, por que, em primeiro lugar, o arcebispo manifestou-se em público?
    ora, a intenção não é tão dificil de entender. a Igreja ainda acha que tem o mesmo poder politico que tinha na Idade Média.
    mas vamos ao fato que o sr e os catolicos continuam a ignorar: ora, se é para excoumngar todos os que cometem crimes contra Deus, a Igreja Católica inteira está excomungada por diversos atos, palavras ou influências indiretas que causaram a morte de milhões de inocentes.
    a Igreja Católica perdeu qualquer autoridade moral que possa alegar possuir, depois dos casos de pedofilia entre os padres, então que a Igreja Católica deixe a quem é de direito legislar e julgar, que Ela e seus sacerdotes cuidem do que é seu, em silêncio.

  18. Roberto,

    muito bem. já que a excomunhão é um ato do direito canonico que interessa à Igreja e mais ninguem, por que, em primeiro lugar, o arcebispo manifestou-se em público?

    Porque o ensino da Igreja é público, porque o crime foi cometido publicamente, porque existe direito à liberdade de expressão…

    ora, a intenção não é tão dificil de entender. a Igreja ainda acha que tem o mesmo poder politico que tinha na Idade Média.

    Não sei como as pessoas conseguem julgar intenções – justo as que nem a Igreja julga – com tanta facilidade e leviandade!

    mas vamos ao fato que o sr e os catolicos continuam a ignorar: ora, se é para excoumngar todos os que cometem crimes contra Deus, a Igreja Católica inteira está excomungada por diversos atos, palavras ou influências indiretas que causaram a morte de milhões de inocentes.

    Eu fico sinceramente frustrado – sério mesmo – pelo fato de ainda ter gente que não entendeu. Não é para excomungar “todos os que cometem crime contra Deus”! Esta excomunhão automática em pauta é para quem comete ABORTO, e não nenhum outro crime!!

    a Igreja Católica perdeu qualquer autoridade moral que possa alegar possuir, depois dos casos de pedofilia entre os padres,

    Tinha que voltar este assunto… como se tivesse alguma coisa a ver…

    então que a Igreja Católica deixe a quem é de direito legislar e julgar,

    E desde quando a Igreja quer “legislar e julgar”??

    que Ela e seus sacerdotes cuidem do que é seu,

    É exatamente o que Ela está fazendo, já que a excomunhão é uma pena canônica na qual incorrem os católicos e mais ninguém.

    em silêncio.

    Ué, por que em silêncio? Todo mundo tem o direito de falar – menos a Igreja? Por quê?

    – Jorge

  19. Ao Roberto quintas

    O jorge já disse.

    Mas, porque tanta preocupação, já que a excomunhão só vale para quem é Católico praticante e a grande maioria dos ingignados aqui além de não serem Católicos, nem acreditam em Deus.

    Qual seria a diferença da excomunhão para vocês ?

    Nenhuma, nenhuma mesmo.

    A poucos dias o assunto do auge era exatamente a retirada da excomunhão dos quatro Bispos da FSSPX e meio mundo foi contra a retirada destas excomunhões, principalmente do Dom Richards Willamson e todos queriam que eles continuassem excomungados, só porque foram ordenados na desobediência de outro Bispo.

    Agora o fato se inverteu, todos querem retirar a pena dos pecadores, pensando que assim liberam o pecado de vez.
    e todos podem cometê-lo livremente.

    O Aborto já é cometido livremente às escondidas da lei a muitos anos e agora que a lei os protege, querem que a Igreja feche seus olhos e permitam um massacre sem fim.

    Podem falar a vontade, agora os fatos não podem mais ser mudados, porque não foram evitados quando poderiam.

    Paz

  20. Estamos todos na terra em busca de cumprir os desígnios do Criador. Durante esta busca, forças antagonicas se impoem aos nossos propositos. Sao estas forças que nos tornam aptos para as batalhas.
    Deixem Deus e diabo em paz, eles estao envolvidos num grande drama cósmico. As religiões são todas sem excessão, instrumentos de pressão. Pressões de todas magnitudes e relevancias, recheadas de interesses obscuros. Modelos e métodos de controles da massa inspirados no medo do inferno e ambientes afins já não convencem. Os dignatários destas instituições estão tao distante do Nazareno o quanto este está do Criador. Isso não é heresia, não é ateismo. Reparem – todos os dias novas religiões, novas seitas, novas igrejas parem novos mensageiros de suas verdades no entanto, cai a todo instante um um fundamento destas instituições.
    Ora, se os que vieram proclamar as Leis de Deus e fazer cumpri-las fracassaram, então Deus fracassou. – Não, não fracassou, fracassaram os que se autoproclamaram seus Legisladores. O cidadão é soberano e o Estado o seu brasão real assim, os dois merecem o nosso respeito.

  21. citando as partes interessantes:
    “Porque o ensino da Igreja é público, porque o crime foi cometido publicamente, porque existe direito à liberdade de expressão…”

    errado, o ensino da Igreja também é algo que interessa apenas aos católicos, não a todo o público. o arcebispo não exerceu seu “direito de expressão”, mas sim a sua “autoridade” arbitrária, emitindo juizo em matéria que não lhe competia: lei, justiça e medicina.

    “Não sei como as pessoas conseguem julgar intenções – justo as que nem a Igreja julga – com tanta facilidade e leviandade!”

    desculpe, mas o que a Igreja mais faz é julgar. a minha intenção, se o sr ler corretamente, é demonstrar o que se passa na cabeça dos padres.

    “Eu fico sinceramente frustrado – sério mesmo – pelo fato de ainda ter gente que não entendeu. Não é para excomungar “todos os que cometem crime contra Deus”! Esta excomunhão automática em pauta é para quem comete ABORTO, e não nenhum outro crime!!”

    acontece, meu caro, que a Igreja ao cometer crimes automaticamente se desautoriza moralmente a julgar os crimes dos outros.

    “Tinha que voltar este assunto… como se tivesse alguma coisa a ver…”

    claro, quando o crime é cometido por padres, não há crime algum…falando em visão tendenciosa…

    “E desde quando a Igreja quer “legislar e julgar”??”

    desde o momento no qual se arvora em um “direito canônico” para fazer tais coisas. ou por acaso foi dado aos excomungados o direito de defesa?

    “É exatamente o que Ela está fazendo, já que a excomunhão é uma pena canônica na qual incorrem os católicos e mais ninguém.”

    cuidar do que é seu inclui também dar a misericórdia e a compaixão que deveria ser as características dos Cristãos…

    “Ué, por que em silêncio? Todo mundo tem o direito de falar – menos a Igreja? Por quê?”

    porque, como havia dito, a Igreja não está exercendo seu “direito de expressão”, mas seu autoarrogado princípio de repressão.

  22. “Mas, porque tanta preocupação, já que a excomunhão só vale para quem é Católico praticante e a grande maioria dos ingignados aqui além de não serem Católicos, nem acreditam em Deus.
    Qual seria a diferença da excomunhão para vocês ?”

    caro/a, se teu Deus se compraz em permitir que seus sacerdotes puna a quem é vitima, que Deus é este?
    se o sr/sra conhece um pouco da realidade social e politica da América latina não perguntaria o porque de minha preocupação, ou qual a diferença que se faça o ato arbitrário. caso o sr/sra não saiba, em muitos países da América Latina (e do mundo) a Igreja Católica ainda constitui um poder paraestatal, uma ameaça aos direitos humanos, senão à própria humanidade, com sua visão arcaica, obsoleta, preconceituosa, intolerante e hipócrita.

  23. Sr. Roberto,

    o arcebispo não exerceu seu “direito de expressão”, mas sim a sua “autoridade” arbitrária, emitindo juizo em matéria que não lhe competia: lei, justiça e medicina.

    Falso. O sr. Arcebispo emitiu um juízo moral afirmando ser ilícito o aborto e informou sobre uma pena canônica – portanto, em matéria que lhe competia sim senhor. Não sei de onde foi tirado que o Arcebispo falou de “lei, justiça e medicina”.

    desculpe, mas o que a Igreja mais faz é julgar. a minha intenção, se o sr ler corretamente, é demonstrar o que se passa na cabeça dos padres.

    E como o senhor sabe “o que se passa na cabeça dos padres”, sr. Roberto? Foi exatamente isso que eu falei!

    a Igreja ao cometer crimes automaticamente se desautoriza moralmente a julgar os crimes dos outros.

    Em primeiro lugar, a Igreja não comete crimes.

    Em segundo lugar, é óbvio que os crimes dos outros permanecem sendo crimes, independente dos que porventura tenha quem os aponta. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

    desde o momento no qual se arvora em um “direito canônico” para fazer tais coisas. ou por acaso foi dado aos excomungados o direito de defesa?

    Meu caro, você sabe o que é o Direito Canônico? É o conjunto das leis que regem a Igreja! Ou acaso a Igreja não pode Se governar por Suas próprias leis?

    a Igreja não está exercendo seu “direito de expressão”, mas seu autoarrogado princípio de repressão.

    Não, não está, como é evidente, dado que não existe “repressão” alguma.

    Abraços,
    Jorge

  24. “Falso. O sr. Arcebispo emitiu um juízo moral afirmando ser ilícito o aborto e informou sobre uma pena canônica – portanto, em matéria que lhe competia sim senhor.”

    atente que o texto fala que tal “juizo moral” só interessa a quem é Católico, não ao publico geral. portanto não há autoridade (que é contestável) para tal arcebispo emitir um juizo moral, na verdade, uma sentença – portanto, se exclui de qualquer forma o discurso de sua característica de “exercício da liberdade de expressão”.

    “E como o senhor sabe “o que se passa na cabeça dos padres”, sr. Roberto? Foi exatamente isso que eu falei!”

    leia o que escrevi, não é muito dificil de entender.

    “Em primeiro lugar, a Igreja não comete crimes.”

    o sr conhece um pouquinho de história? eu vou refrescar sua memória: Cruzadas, Inquisição, Escravidão, Aculturamento…

    “Em segundo lugar, é óbvio que os crimes dos outros permanecem sendo crimes, independente dos que porventura tenha quem os aponta. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.”

    em sendo crimes, cabe à autoridade legal, não à uma suposta autoridade clerical, julga-las.

    “Meu caro, você sabe o que é o Direito Canônico? É o conjunto das leis que regem a Igreja! Ou acaso a Igreja não pode Se governar por Suas próprias leis?”

    se um conjunto de direitos não concede ao indivíduo seu direito à defesa, deixa de ser direito para ser mera regra dogmática, totalitária, arbitrária, ditatorial.

    “Não, não está, como é evidente, dado que não existe “repressão” alguma.”

    o tom deferido no discurso revela justamente uma repressão, senão a coerção.

  25. Sandro Ariza,

    Você diz que não tem raiva nem ódio do Jorge e que dele tem é dó.
    Claro que você não tem dó dele. Você tem raiva e ódio é da excelente defesa que ele faz da doutrina católica e que você, inerme como um inseto, é incapaz de contestar.
    Aí, para iludir a frustração, solta um insultozinho inerme e se esconde debaixo do edredon, fingindo-se aliviado…
    Se te incomoda tanto a defesa que o Jorge faz dos dogmas, o que você está fazendo aqui?
    Pega o beco, pilantra!

  26. Já se foi o tempo em que a excomunhão da Igreja Católica fazia tremer até príncipes e reis! Ela não detém mais o poder político para praticar os monstruosos crimes que praticou no passado [santa inquisição], mas ainda existem milhões que crêem nas doutrinas de origem pagã, no cristianismo adulterado que essa igreja dissemina pelo mundo afora. Ela ainda consegue enganar milhões de pessoas desavisadas que crêem nas imposturas procedentes do Vaticano como se fossem pronunciamentos infalíveis! A excomunhão da equipe médica que praticou aborto para salvar uma menina de 9 anos é mais um dos desmandos cometidos pelo clero hipócrita que não excomungou o estuprador, como não excomunga os padres pedófilos, os neonazistas e outros monstros que andam por aí. — Francisco Alves de Pontes

  27. Francisco Alves de Pontes,

    Qual é a seitinha vagagunda que o senhor freqüenta?
    É a do “bispo” PEdir Mais Cedo? Já pagou o dízimo? E a oferta, tá em dia? Cuidado! Vê se não atrasa!
    Talvez o senhor freqüenta aquela igrejola do “apóstolo” hernandez e da “bispa” (ou será bisca?) mulher dele? Se for esta, cuidado com o telhado, que pode cair na sua cabeça oca a qualquer momento. Claro que não se perderá muita coisa, nem da igrejola nem da sua cabeça, que é oca mesmo.
    Ah, já sei. O senhor deve ser pastor. É, porque falando tanta idiotice, com certeza já fundou a seu próprio chiqueiro protestantoso. Vou adivinhar até o nome do seu muquifo barulhento. Duvida? TERCEIRA ASSEMBLÉIA DA OITAVA TROMBETA DO ÚLTIMO JUÍZO DO GEDEÃO RETANGULAR. Acertei? Não??? Mas aposto que o senhor gostou e vai já trocar a placa daquela cloaca que o senhor chama de igreja.
    Corre para não esquecer o nome! Aposto que com um nome pomposo desse vai chover de clientes, digo trouxas, digo IRMÃOS!!! na sua espelunca. Mas cuidado com o telhado…

  28. Carlos,
    Eu não freqüento nenhuma seitazinha vagabunda, porque não sou nenhum idiota e ignorante como você para desacreditar das “seitazinhas vagabundas”, mas depositar sua sua confiança em algo ainda mais ridículo do que ensinam as tais “seitazinhas vagabundas”. Já preparou o dinheiro para pagar aos padres a fim de livrar a sua “alma” do inferno ou do purgatório limpa-bolsa? — Francisco Alves de Pontes

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