Carta ao Santo Padre, dos participantes do encontro sobre o Summorum Pontificum em Garanhuns

Fonte: Diocese de Garanhuns

A Sua Santidade
O Papa Bento XVI

Beatíssimo Padre,

Participantes do “I Encontro Sacerdotal sobre o Motu proprio Summorum Pontificum, um grande dom espiritual e litúrgico para toda a Igreja”, realizado na cidade de Garanhuns, PE, Brasil, nos dias 17, 18 e 19 de junho de 2010, patrocinado pela Diocese de Garanhuns e pela Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, com o apoio e o incentivo da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, expresso em carta de S. Emcia. o Cardeal William Levada, no encerramento deste nosso encontro e ainda sob a influência da graça do Ano Sacerdotal, vimos expressar a nossa profunda gratidão pelo ministério petrino de Vossa Santidade, a nossa sincera solidariedade, união e plena comunhão, bem como o nosso leal desejo de colaborar com o Sucessor de Pedro e Vigário de Jesus Cristo na aplicação da Carta Apostólica Summorum Pontificum, colocando todo o nosso empenho na construção da “Paz litúrgica”, tão desejada por Vossa Santidade.

Este nosso Encontro, que foi previamente comunicado à CNBB e à Nunciatura Apostólica no Brasil, contou com a participação de Sacerdotes oriundos de diversas partes do nosso País, cada qual com a devida permissão do seu Bispo ou Superior, tendo sido realizado, portanto, dentro do mais autêntico espírito de comunhão eclesial.

É com esse espírito de comunhão e colaboração com a Igreja no Brasil e no mundo que imploramos humildemente a Vossa Santidade a Benção Apostólica para nossas pessoas e nosso ministério.

Garanhuns, 19 de junho de 2010.

+ Fernando Guimarães, Bispo Diocesano de Garanhuns, PE

+ Fernando Áreas Rifan, Administrador Apostólico – Campos, RJ

+ Adalberto Paulo da Silva OFMCap, Bispo Auxiliar emérito de Fortaleza, CE

Mons. Lucilo Alves Machado, Reitor do Rosário dos Pretos, Natal, RGN

Mons. Joelson Alves de Andrade, Pároco de Santo Antônio, João Pessoa, PB

Pe. Paulo Sampaio, C.O – Congregação do Oratório, São Paulo, SP

Mons. Sérgio Costa Couto, Reitor de Nossa Senhora do Outeiro da Glória, representando a Arquidiocese do Rio de Janeiro, RJ

Pe. Jailton da Silva Soares, Vigário Paroquial da Catedral de Natal, RN

Pe. Érico Rodrigues de Mello Falcão, Vigário Paroquial da Catedral de Maceió, AL

Diác. João Jefferson Chagas, Arquidiocese do Rio de Janeiro, RJ

Pe. Nildo Leal de Sá, Pároco de São Sebastião e São Cristovão, Arquidiocese de Olinda e Recife

Frei Pedro Rogério Martins OFMConv, Pároco de Nossa Senhora Aparecida e Cristo Redentor, João Pessoa, PB

Frei Marcelo da Silva Dutra OFMConv, Vigário Paroquial de Nossa Senhora Aparecida e Cristo Redentor, João Pessoa, PB

Pe. Expedito Miguel do Nascimento, Administrador Paroquial Nossa Senhora dos Remédios, Recife, PE

Pe. José Sampaio Alves, Pároco de Porteiras, Diocese de Crato, CE

Pe. Claudiomar Silva Souza, Pároco da Igreja Principal da Administração Apostólica S. João Maria Vianney, Campos, RJ

Manoel Lourenço de Oliveira, seminarista da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus, Paulista, PE

Rodrigo Alves de Oliveira Arruda, seminarista da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus, Paulista, PE

Dom Bento de Lyra Allertin OSB, Prior Conventual do Mosteiro de São Bento de Pouso Alegre, MG

Pe. Ricardo Pereira da Silva, Pároco de Cristo Rei, Arquidiocese de Campo Grande, MS

Pe. Salmuel Brandão de Oliveira MSC, Professor de Sagrada Escritura, Faculdade Católica de Fortaleza, CE

Pe. Carlos Augusto Azevedo da Silva, Pároco de Santa Maria Goretti, Arquidiocese de Belém, PA

Pe. Marcelo Protázio Alves, Pároco da Imaculada Conceição, Quipapá, Diocese de Garanhuns

Pe. Wiremberg Silva, Arquidiocese de Belém

Pe. Reinaldo Barbosa, Vigário da Paróquia de Santa Rita de Cássia, Arquidiocese de Sorocaba, SP

Pe. José Emerson Alves da Silva, Pároco de São Sebastião, Diocese de Garanhuns, PE

Pe. José Edilson de Lima, Administração Apostólica São João Maria Vianney, Juiz Auditor do Tribunal Eclesiástico do Rio de Janeiro

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

6 comentários em “Carta ao Santo Padre, dos participantes do encontro sobre o Summorum Pontificum em Garanhuns”

  1. Tenho certeza que deste encontro produzirão bons frutos para todos nós leigos que amamos o rito na forma extraordinário.
    Parabéns à D.Guimarães , D.Rifan e aos demais sacerdótes que colaboram na aplicação da Carta Apostólica Summorum Pontificum em plena comunhão com a Santa Igreja num trabalho discreto e sério.Como li num blog dias atrás: “bom sacerdote é aquele que imita São João Batista, desaparece para Nosso Senhor aparecer”.

  2. Por ser o primeiro do gênero, certamente, o evento tem o seu valor. Não se pode negar.

    No entanto, a leitura da carta não nos exime de analisarmos alguns aspectos não tão positivos, a começar pela exigência de aprovação dos bispos para a participação, o que limitou em muito a presença de padres interessados. Apenas 30! E vejam que do RJ e Niterói não consta nenhum nome dos padres diocesanos que efetivamente celebram e amam a Missa Tradicional.

    Por outro lado, essa carta enfatiza mais uma vez que a missa tradicional tem a mera função de “apaziguar facções” e “tendências” ao invés de resgatar um valor perdido e importantíssimo para a restauração da Fé Católica.

    Será que Bento XVI quer apenas a “Paz litúrgica”? Não haveria aí um grande reducionismo no empenho do Santo Padre de consertar um pouco daquilo que a mentalidade pós conciliar destruiu em termos litúrgicos? Será que não seria mais correto e honroso dizer que Bento XVI quer a “restauração litúrgica”?

    O encontro foi previamente anunciado à CNBB e a Nunciatura. E aí, caras pálidas. Vocês querem dizer que anunciaram o evento como que pedindo licença para a sua realização? É o que dá a entender. Logo a CNBB? Tão de brincadeira!!!

    Ademais, essa ênfase exacerbada na plena união, plena comunhão não faz outra coisa senão desvirtuar e encobrir o que verdadeiramente está por trás da luta em retomar a Missa Latino-Gregoriana. Com todos esses protestos de “estima e consideração” não se faz outra coisa que não reforçar o estigma de que os padres ligados à missa são na maioria os desobedintes e fora da união e que é preciso afirmar a todo momento a plena comunhão e união.

  3. O fato de o encontro exigir a aprovação dos Bispos foi algo de extrema importância, que serviu para mostrar aos Bispos do Brasil a seriedade do evento e a plena adesão dos padres ao sagrado magistério da Igreja. Discordo completamente do último post nesse aspecto. Se não tivesse isso, com certeza a existência do encontro soaria para alguns Bispos(infelizmente ignorantes) como uma afronta à liturgia ordinária. Um dos principais objetivos do motu proprio de fato é a promover paz litúrgica. Porém além da paz litúrgica, tem o objetivo de resgatar valores até para fortificar a boa celebração do Novos Ordo, que ao longo dos anos vem sendo bombardeada com tantos abusos. E é o que todos nós desejamos. Dom Fernando Rifan reforçou bem esse aspecto lá em Garanhuns. Quanto ao anúncio do evento à CNBB e à Nunciatura, sinceramente não vi nenhum bicho nisso. Pra mim é muita viagem interpretar isso como um ´´pedido de licença´´.

  4. O Pe. Reinaldo de Sorocaba(blog aliança sacerdotal) foi um dos participantes do
    I Encontro Sacerdotal sobre o Motu Proprio “Summorum Pontificum” :

    “Queridos amigos e irmãos em Cristo Jesus,

    Quero partilhar a todos a imensa alegria que trago no coração pela participação no I Encontro Sacerdotal Summorum Pontificum. Este relato não pretende ser uma crônica do encontro (que oportunamente virá a lume pelos organizadores do Encontro).
    Soube, pela internet, que se realizaria em Garanhuns/PE nos dias 17, 18 e 19 de Junho um encontro destinado aos sacerdotes sobre o Motu Proprio Summorum Pontificum (pelo qual o Santo Padre Bento XVI autorizou a celebração da Santa Missa chamada de “São Pio V” a todos os sacerdotes). Senti que deveria estar presente nesse evento… Mas por pouco não pude comparecer. Certas coisas acontecem e só são compreendidas numa visão mística… Enfim, coloquei nas mãos de Deus esta causa e com o auxílio de Sua Graça pude estar em Garanhuns.
    Para fazer a viagem contei com a ajuda de vários amigos e paroquianos que cederam tempo e influências para que pudesse comprar a passagem de avião bem como da locomoção de Sorocaba até São Paulo. Só posso rezar e suplicar a Deus que recompense tamanha generosidade.

    A Viagem
    Contanto todo o tempo de Sorocaba a Garanhuns, a prudência de sair mais cedo e não enfrentar o trânsito caótico da Capital, as esperas entre um transporte e outro, gastei 14 horas de viagem!
    Foi um tempo que dediquei à oração e à meditação. Refleti muito sobre o que temos feito pela Santa Igreja, como temos colaborado com o Santo Padre para a Reforma da Reforma, como temos ajudado as pessoas a se encontrarem com o Senhor no mistério da Santa Missa.
    Carro, avião, metrô e ônibus… Breviário, meditação, terço e novas amizades. Quanta graça Deus dispensa sobre seus filhos! Obrigado, Senhor, por todos os benefícios que tendes concedido a esta pobre alma!

    O Encontro
    Cheguei às 19:30 no Seminário São José. Estava confiante de participar da missa de abertura do Encontro, mas houve uma alteração e a Santa missa foi celebrada às 18h. Jantamos e em seguida tivemos uma apresentação do encontro (objetivos, cronograma, questões práticas sobre o local, etc) e dos participantes (aproximadamente 30 sacerdotes de diversas regiões do nosso imenso Brasil.
    Contamos com a presença de Dom Fernando Guimarães – Bispo de Garanhuns/PE, Dom Fernando Arêas Rifan – Administrador Apostólico da Administração Apostólica São João Maria Vianney – Campos/RJ, e Dom Adalberto Paulo da Silva – Bispo Auxiliar Emérito de Fortaleza/CE. Numa outra oportunidade escreverei sobre as palestras, basta por enquanto afirmar que foram muito edificantes e esclarecedoras.

    A Missa Pontifical
    Na sexta-feira (18/06) foi celebrada a Santa Missa Pontifical na Catedral de Santo Antonio (Garanhuns). Ainda não consigo descrever o que vi… A impressão que tive é que de algum modo eu já não mais estava ali. Um turbilhão de imagens e pensamentos invadiu minha mente e meu coração. Tudo o que tinha lido, sobretudo nos antigos manuais de religião de minha mãe, tudo o que havia entendido a respeito da Santa Missa estava acontecendo ali, diante de meus olhos. E tudo o que já havia ensinado a respeito da Santíssima Eucaristia, contemplava nas antigas cerimônias da Santa Missa.
    A Encarnação, a Paixão-Morte-Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo ali, diante de nossos olhos! O Canto Gregoriano, o incenso, as velas, os gestos, as vestes, o silêncio… harmoniosamente falavam do Céu, apontavam para o Céu e traziam o Céu para perto de nós.

    A Carta ao Santo Padre
    Ao final do encontro, uma Carta ao Santo Padre foi redigida para expressar nosso amor filial ao Romano Pontífice, nosso desejo de colabora com a “Paz Litúrgica”, nossa plena comunhão com a Igreja e nosso pedido de Bênção Apostólica para nosso ministério sacerdotal e também para o Apostolado que desenvolvemos junto aos grupos ligados à Tradição. Assinar a carta foi marcar a história… acredito que o tempo revelará a importância desse singelo encontro no Nordeste do Brasil.

    O Futuro
    Cada sacerdote volta para as suas atividades e deve redescobrir o apelo de Deus para os nossos dias e para o futuro, tanto dessa iniciativa quanto da colaboração com o Santo Padre para a “Paz Litúrgica” e com a Reforma da Reforma.
    Sei que uma nova etapa me espera em Pamplona/Espanha por dois anos. Quando voltar… bem, Deus sabe o que é melhor para todos! Quanto a Sorocaba… Deus proverá!

    Continuem rezando por todos os participantes deste encontro!

    Com minha bênção sacerdotal,

    Pe Reinaldo.”

Os comentários estão fechados.