Dom Luiz Bergonzini, o terror dos inimigos da Igreja

Vi n’O Possível e o Extraordinário esta reportagem sobre Dom Luiz Bergonzini, o grande herói das eleições de 2010. “Dom Bergonzini lembra que durante a campanha [eleitoral] de 2010 recebeu mais de mil e-mails. Nem 10% foram de críticas. As pessoas me falavam parabéns. Escreviam: ainda bem que o senhor teve coragem de falar, nós temos um bispo que usa calça comprida, nessa linha, relata”.

A matéria é bastante ruim, mas identificar as colocações do bispo de Guarulhos no meio dela vale o esforço. Não é sempre que nós temos um sucessor dos Apóstolos falando claramente aquilo que os brasileiros precisam ouvir! No meio da mediocridade geral, Dom Bergonzini levanta a sua voz para repetir o que a Igreja ensina, sem se preocupar com afagos ou com pedradas. Repetindo coisas que alguns não sabem e que outros esforçam-se por esquecer.

Por exemplo, a sua atuação nas eleições presidenciais no ano passado: dela se querem esquecer o próprio PT, os católicos pusilânimes, o movimento gay, as feministas e abortistas, os esquerdistas e, de um modo geral, toda a caterva de indivíduos ou de associações que, em maior ou menor escala, têm por inimiga a Moral da Igreja Católica e, contra ela, fazem pressão. Estes, não apenas querem esquecê-la como também que os outros a esqueçam. Foi, no entanto, em defesa dos valores perenes da Igreja que Dom Bergonzini se levantou, e a vergonha foi tão grande para os seus adversários que eles até hoje não se recuperaram. Ainda não aceitaram que um velho bispo do interior de São Paulo pudesse, virtualmente sozinho, ter feito o que fez. E ainda não conseguiram conviver com este [aliás justíssimo temor]: se a força de um velho bispo sozinho é tão grande, o que não acontecerá se mais e mais bispos – ou, melhor ainda, se todos em uníssono! – levantarem-se com vigor e determinação para protestar contra os descalabros do mundo moderno?

Dom Bergonzini impõe terror aos anti-clericais de todas as matizes porque é um símbolo. Um símbolo da força da Igreja, da Sua vitalidade, um símbolo que é simultaneamente um convite para que mais e mais prelados tenham a coragem de falar o que deve ser falado – do alto dos telhados! Desacostumados com as sentinelas da Igreja, os Seus inimigos foram pegos de surpresa pelo velho bispo de Guarulhos, e ainda não se recuperaram do susto. Ainda têm medo. E devem ter mesmo, porque coisa terrível é combater contra o Senhor dos Exércitos. Coisa desesperadora é enfrentar o Deus de Israel. Aterrador é ser inimigo do Crucificado. Apavorante é ver marchar contra si o estandarte d’Aquela que avança terrível como um exército em ordem de batalha.

A única possibilidade de vitória dos inimigos de Deus é na recusa ao combate dos soldados de Cristo – este é o único êxito que os adversários de Cristo são capazes de lograr! E eles sabem perfeitamente disto. É exatamente por isto que importa combater. É exatamente por isto que nos querem silenciar – tanto pela ditadura escancarada quanto pela falsa política de boa vizinhança. E é exatamente por isso que impõe tanto terror aos inimigos da Igreja a figura de um bispo velho e cansado, mas de lança em riste.

Obrigado, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini – é o preito de gratidão dos que, junto a vós, queremos lutar por Cristo e pela Igreja. Dos que nos sentimos acolhidos e aliviados com as vossas palavras tão impopulares. Dos que não nos deixamos seduzir pelo canto-de-sereia do mundo moderno. Dos que reconhecemos a importância crucial de seguir os passos do Crucificado.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

10 comentários em “Dom Luiz Bergonzini, o terror dos inimigos da Igreja”

  1. Jorge, eu fiquei pensando nessa entrevista feita assim do nada… Rs. Enfim.

    Eu gostei de ver ele falar claramente sobre o Chalita! Dom Bergonzini é uma surpresa.

    E a entrevista rendeu, Jorge! E se não foi um primor, a culpa não foi do bispo. Ele é fora de série. Quem sabe contagia outros… Quem sabe!

    E dia 20 de junho tem a Conferência “A cultura da vida contra a cultura da morte”, de Dom Bergonzini, em SP/SP, promoção do IPCO. Eu gostaria de estar lá. Mas tô duro, para variar.

    Ótimo post, camarada. Ótimo post!

  2. A repórter bem que tentou “queimar” D. Bergonzini. Mas isso não me surpreende vindo do Valor Econômico.

    De qualquer maneira, parabéns a Sua Excelência Reverendíssima.

    “In hoc signo vinces”! Na Cruz de Cristo seremos vitoriosos.

  3. Não precisa de repórter. O “honrado” Bispo queima a si mesmo quando responsabiliza a vítima pelo crime, minimizando o estupro. Outro fariseu e vendilhão do templo.

  4. Acrescentando, com gente como Dom Bergonzini a Igreja não precisa de inimigos.

  5. (…) quando responsabiliza a vítima pelo crime, minimizando o estupro.

    Acontece que ninguém fez isso – este é só o (último) espantalho dos abortistas desesperados para desviar o foco do crime denunciado por Dom Bergonzini.

    – Jorge

  6. Claro que ele fez. E aquele grotesco gesto que ele fez com a caneta?

  7. Claro que ele fez.

    Não, não fez, e o “grotesco gesto” com a caneta estava dentro de um contexto muito explícito das mulheres que mentem que foram estupradas para abortar na rede pública.

    Isto tanto é verdade que o próprio bispo já fez questão de dizer com todas as letras que “[o] estupro é um dos crimes mais violentos e condenáveis de todos os praticados”, e também que “[s]ó um insano diria que a mulher é culpada pelo estupro. A violência contra a mulher é mostrada diariamente pela imprensa. As mulheres, de qualquer idade, são atacadas, brutalmente violentadas e assassinadas por maníacos sexuais em praças, vias públicas, locais mal iluminados e até em casa. A lei presume a violência em crimes de estupro praticados contra menores e pessoas especiais. Jamais afirmamos que a mulher não é a vítima. O criminoso é o culpado pelo crime que ele cometeu”. A mesma coisa foi repetida na palestra que ele deu no colégio São Bento, em São Paulo. Portanto, continuar a imputar ao bispo um posicionamento que ele nega peremptoriamente é apenas mais uma calúnia dos inimigos da Igreja que têm um sério problema de honestidade intelectual.

    – Jorge

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