O bom senso entregue às feras

Divulgo o (sempre oportuno) texto de hoje do Carlos Ramalhete na Gazeta do Povo, chamado “Perversão da adoção”. O articulista tece comentários sobre a recente decisão do STJ de permitir que uma dupla de homens adotasse uma criança.

Uma certidão de nascimento em que constem os nomes do pai e mãe adotivos é uma mentira piedosa, que serve para evitar constrangimentos.

Por outro lado, por mais que haja quem tente “desconstruir a família tradicional”, continua sendo biologicamente impossível ser filho de 20 freiras ou dois barbados. Uma certidão em que constem dois “pais” e nenhuma mãe – ou 20 “mães” e nenhum pai – é um absurdo patente, um abuso de autoridade por parte do Estado.

Subscrevo os argumentos do Ramalhete, que vêm ao encontro de tantas coisas que eu já falei aqui e alhures sobre o assunto. Se é verdade que sempre houve crianças que foram criadas por orfanatos, por tias solteironas, por trupes de circo ou por duplas gays, não é menos verdade que jamais passou pela cabeça de ninguém igualar estas estruturas de facto à família de jure. Se sempre houve (dolorosas) exceções, nunca deixou de haver a consciência de que a família é o locus naturalis onde são geradas e [portanto, devem ser] educadas as crianças. As exceções são simplesmente exceções, sem dúvidas necessárias por vezes, mas ainda assim intrinsecamente deficientes em relação àquilo que sempre se percebeu como um direito da criança: uma família.

Quando o nosso Poder Judiciário resolve, via canetada, eliminar artificialmente a distinção natural entre a família e a estrutura de fato que (excepcionalmente) assume o encargo de educar uma criança abandonada, perde-se o referencial e se esquece por qual motivo, afinal de contas, existe uma proteção especial dos poderes públicos à instituição familiar. A inalienável vocação desta de gerar e educar filhos para Deus e cidadãos para o Estado fica assim obnubilada pelas quimeras ideológicas da vez. Trocar esta organização natural da sociedade por uma estrutura pseudofamiliar modista (evidentemente incapaz de assumir os encargos daquela) é entregar o bom senso às feras.

Uma certidão de nascimento – assim como uma de óbito – sempre foi o reconhecimento público de um fato: aquela criança nasceu de fulano e de sicrana. Sempre se tratou de uma declaração (ou seja, de algo que reconhece uma realidade pré-existente), e não de um decreto (que cria ex nunc um ente de razão e o dota artificialmente de alguns direitos e deveres). Destarte, uma certidão de nascimento onde conste o nome de “dois pais” (ou de “duas irmãs”, ou de todos os integrantes de uma trupe de circo, etc.) é uma aberração jurídica, é um escárnio à realidade e uma traição social. Sacrificar esta natural visão de mundo em favor de uma fantasia utópica pode ser uma maneira eficaz de bajular um determinado grupo social ou de angariar algumas simpatias irresponsáveis; mas sem dúvidas não atende aos interesses objetivos da sociedade e nem contribui para que nos tornemos mais civilizados. Ao contrário até: quando os caprichos de particulares são preferidos à ordem natural da sociedade, nós estamos dando as costas à civilização e caminhando – e, pior ainda, cada vez mais imperceptivelmente – em direção à barbárie.

P.S.: Peço a todos que não deixem de escrever emails para o jornal – via leitor@gazetadopovo.com.br – elogiando o artigo do Carlos, que certamente vai despertar a ira dos militantes gays de plantão. Este feedback é muito importante para que a Gazeta do Povo possa avaliar corretamente este espaço do jornal concedido ao pensamento conservador, sem as distorções provocadas pela patrulha cibernética revolucionária.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

31 comentários em “O bom senso entregue às feras”

  1. Só tenho uma pergunta a fazer, quem gerou as crianças? Foi um macho e uma fêmea, e por não constituírem famílias, por não se despirem do seu egocentrismo, deixam as crianças sob tutela de outrem. Entendo como família uma organização, cujo sentimento majoritário eh o amor, onde podemos nos refugiar e amparar. Não há nenhuma relação ou extinção de gêneros. Portanto, dois homens ou duas mulheres sao sim capazes de amar incondicionalmente e constituir família. O que realmente muda eh o que fazem em momentos íntimos, e neste criança nenhuma deve participar.

  2. A dupla de homossexuais tem, sim, capacidade de “amar” a criança. Tanto a dupla de homossexuais quanto as duas tias solteironas que não são homossexuais, a trupe de circo, et cetera, et cetera. Mas o fato é que a família não é simplesmente quem ama a criança, a família natural é aquela que gerou a criança e, por conta disso, tem com relação a ela um conjunto de direitos e deveres.

    Analogamente, a família substituta é a que, na falta daquela, é considerada nos termos da lei como se a família natural fosse. Mas é uma família putativa, i.e., uma família que, embora não sendo de fato a família daquela criança, poderia ser. Um homem e uma mulher casados poderiam ser os pais daquela criança orfã; uma dupla de gays absolutamente não o poderia.

    A criança pode até ser criada por aglomerados sociais diferentes disso (dupla de lésbicas, comunidade hippie, etc.), mas essas coisas, pelo exposto acima, não são famílias e não podem ser equiparadas a ela nos termos da lei. Afinal de contas, aquilo a que a criança tem direito é uma família, e não simplesmente um conjunto amorfo de pessoas que lhe “ame” e pague as suas contas.

  3. O judiciário não está alterando a ordem natural das coisas “via canetada”, está apenas sinalizando a percepção do Estado de que a estrutura familiar mudou socialmente. O judiciário não modificaria nada não fosse por desejo de cidadãos que tem direitos tanto quanto eu ou você.

    O problema é que assim como o judiciário, a psicologia e outras áreas procuram entender e tendem a se adaptar às mudanças da sociedade (pode considerar progresso ou retrocesso, não importa) a religião tende a se manter estática. Entendo que se mantenha assim mas as mudanças sociais, inclusive de estruturas familiares, são inevitáveis. O Estado, ao reconhecê-las, impede que cidadãos legítimos sejam levados à margem da cidadania.

    Como considerar uma família apenas um casal hétero que possa procriar quando um número crescente de casais héteros não quer ou não pode ter filhos?

    Os pais naturais deveriam cuidar dos filhos? Claro que sim. Mas se não cuidam qual o problema de um casal de gays fazê-lo? Achar que a criança irá se tornar gay apenas por isso seria simplista demais (afinal o contrário seria verdadeiro, o filho de um machão nunca seria gay e vê-se muito isso por aí).

    O que falta é uma mudança na constituição abrindo a descrição de família, seria um ilustração mais fiel ao que o censo percebeu em seus levantamentos, ou seja, a realidade. (http://oglobo.globo.com/economia/pai-mae-filhos-ja-nao-reinam-mais-nos-lares-5898477)

    Este texto está muito interessante:http://www.webartigos.com/artigos/familia-constitucional-sob-um-olhar-da-afetividade/32467/

    A grande sacada disso é a importância do laicismo, que impede que pessoas reprovadas pela ideologia católica sejam consideradas cidadãs de segunda classe. Eu tive filhos por FIV e não me arrependo nem um pouco (seria me arrepender do amor que tenho por eles), a igreja reprova o método. Meu amigo separou-se e tem uma nova família, a igreja reprova mas o Estado aprova. Um dos vizinhos é gay e tem um companheiro, a igreja reprova mas o Estado dá suporte. Me diga sinceramente, o que seria de todos nós se o Estado Brasileiro não fosse laico?

  4. Eu sou cristão (de verdade) e sinceramente acho que gente como vocês deveriam fundar uma outra religião, porque pessoas preconceituosas como vocês só podem estar lendo qualquer outro livro que não a Bíblia.

  5. Concordo com você, a criança deve ser amada. Pai e mãe nem sempre são os que geram, mas sim os que criam e que acompanham a criança no seus desenvolvimento, como no caso de adoção. Será que a mãe vai ser a que abandona seu bebe no lixo ou aquela que cuida dele por toda sua vida.

  6. GENTE, COM TODO RESPEITO, ESSES SENHORES, CARLOS RAMALHETE E JORGE FERRAZ, DEVEM TER ESTUDADO NA MESMA ESCOLA DE IGNORÂNCIA. QUE ABSURDOS ESTÃO FALANDO! Ainda bem que todos esses comentários que me antecederam foram coerentes com o novo paradigma de aceitação da diversidade. Os dinossauros vão desaparecendo e as espécies mais evoluídas vão se multiplicando…ufa!!!

  7. Sim, o Judiciário está exatamente usando uma canetada para alterar a ordem natural das coisas – aliás, pior ainda, está *tentando* alterar, uma vez que a realidade não se molda às ideologias da moda e, portanto, tudo o que o Judiciário consegue fazer é uma farsa burlesca cujo absurdo qualquer criança consegue perceber: é simplesmente irreal pretender que uma criança tenha dois pais (ou duas mães, ou vinte pais-e-mães, etc.).

    Independente de «um número crescente de casais héteros não quer[erem] ou não pode[rem] ter filhos», o fato incontestável e que permanece incólume mesmo diante disso é que as duplas de pessoas do mesmo sexo não podem ter filhos. Ponto. Isto absolutamente não tem nada a ver com religião.

    O problema não é simpliciter uma dupla de pessoas do mesmo sexo (ou uma comunidade hippie ou o que seja) cuidar de uma criança. O problema é que uma criança órfã só é órfã porque lhe falta alguma coisa, e o que falta a ela é um pai e uma mãe, e nunca dois marmanjos ou duas senhoras ou uma trupe de circo ou nada do tipo, e perder isto de visto é amputar uma parte nada insignificante da existência individual. A partir do momento em que o Estado entrega uma criança a um aglomerado amorfo de pessoas qualquer como se a uma família a entregasse, ele está falsificando a história daquela criança e fechando-lhe definitivamente as portas a um seu direito inalienável: o direito à sua origem humana. Como eu já expliquei, tolera-se uma família putativa na impossibilidade da família natural. O que é intolerável é jogar a criança a um grupo de pessoas que nem família putativa pode ser, uma vez que lhe é intrinsecamente impossível ser (mesmo em hipótese) a origem daquela criança.

    As comparações com casais amancebados ou que fizeram fertilização in vitro são descabidas e sem razão de ser, uma vez que um homem e uma mulher – independente de serem recasados ou terem problemas de fertilidade – podem ser pais naturalmente (e, se não o são, é por fatores extrínsecos à constituição familiar – uma doença, p.ex.). Coisa totalmente distinta é o conglomerado humano intrinsecamente estéril: igualá-lo à união entre o homem e a mulher é apenas uma farsa grotesca, realizada sob o aplauso de meia-dúzia de lunáticos e que prejudica enormemente as crianças que servem de cobaias para a tentativa de implantação desta fantasia vanguardista.

  8. Carísimos a adoção por pessoas solteiras há muito tempo é permitida.
    Quando da adoção de uma criança por uma pessoa solteira, nem creio que seja questionada suas preferências, apenas verificasse se não há antecedentes que possam prejudicar a criança.
    As parcerias gays, isto é duas pessoas solteiras e aptas para a adoção, necessitam que a adoção seja concedida para a dupla, usando assim a criança para referendar a “união”. A busca do bem para a criança é deixado em segundo lugar. Se a parceria gay pudesse ser refendada pela adoção de um gato angorá, faltariam tamborins.

  9. @cff66b2e0983c8d4e0f4a379c542b98f:disqus

    “O judiciário não modificaria nada não fosse por desejo de cidadãos que tem direitos tanto quanto eu ou você.”

    O Judiciário não pode sair por aí modificando tudo “por desejo dos cidadãos”.Já pensou se o Estado legalizasse o incesto “por desejo dos cidadãos”;o crime de homicídio “por desejo dos cidadãos”;a pedofilia “por desejo dos cidadãos”;a zoofilia “por desejo dos cidadãos”…etc.A sociedade é dinâmica,mas o Estado não tem obrigação de satisfazer todos os “desejos dos cidadãos”.

    “Achar que a criança irá se tornar gay apenas por isso seria simplista demais (afinal o contrário seria verdadeiro, o filho de um machão nunca seria gay e vê-se muito isso por aí). ”

    O sujeito chama o argumento de simplista,mas incorre no mesmo erro!Muitos “filhos de machões” possuem maus relacionamentos com seus pais e o próprio pai da psicanálise disse que isto é uma das causas de homossexualismo.Existe a PROBABILIDADE e a POSSIBILIDADE de a sexualidade de um casal influenciar o filho,mas não posso ser simplista e nem generalista(como você foi),pois a homossexualidade se dar por diversas formas em diversas famílias.Pode ser por trauma;por imposição e até mesmo por vontade própria,mas é inegável que OS PAIS INFLUENCIAM OS FILHOS.Negar isto é uma desonestidade intelectual e,portanto,o simplismo do seu argumento não atinge o fato de os pais serem referenciais para os filhos.

    “O que falta é uma mudança na constituição “.Pelo menos fostes sincero ao reconhecer isso.

    E por último,ninguém está obrigado a seguir uma religião.Segue a quem quer.Deve -se,por via de dúvidas, salientar que Estado laico não se confunde com Estado laicista e anti-clerical,porém o Estado ADOTA UM PADRÃO E ISTO INDEPENDE DE RELIGIÃO.O incesto entre maiores é um ilícito civil e entre menores é também crime justamente porque o Estado adota um padrão de família e moralidade.

  10. Ah, o artigo irá suscitar a ira dos ativistas gays? Não só deles, meu caro. O artigo suscitou a minha indignação como mãe biológica e adotiva.E não apenas a minha, mas a de muitas pessoas que acreditam na filiação adotiva como um tipo de maternidade/paternidade tão digno quanto qualquer outra. Caso não seja do conhecimento de vocês, com muita frequência, o modelo ideal não funciona e é preciso que o Estado atue no sentido de salvaguardar a integridade física e emocional de crianças e adolescentes. Neste caso, suponho que a proposta desse cara de tanto bom senso seja o extermínio em massa, já que ele acha uma terrível aberração que outros assumam o papel de pai e/ou mãe de alguém!
    O que eu tenho certeza é que nem ele, nem você conhecem, nem de perto, a realidade de crianças e adolescentes que crescem em abrigos, porque se tivessem a mais vaga ideia do que é crescer por lá, pelo menos desconfiariam que quando a coisa que a gente mais quer ter nesse mundo é alguém que te ame e de quem você possa ser filho, a gente não está nem aí, mas nem aí MESMO, para as preferências sexuais dessa pessoa.
    A vocês dois, como mãe, como cidadã, como militante da causa da adoção, como cristã e como ser humano, a minha mais sincera REPULSA!

  11. Se a senhora ler direito este texto e o do Carlos, vai perceber que ele(s) se dirige(m) precisamente contra a **negação** da adoção verdadeira de crianças órfãs (por famílias de verdade), a partir do momento em que o Estado as entrega para uma dupla de gays e fecha o assunto como se tivesse cumprido a sua missão.

    É claro que uma criança abandonada pelos pais merece ser adotada por um pai e uma mãe adotivos, e é exatamente por nós defendermos isso que nos indignamos quando o Estado nega à criança o direito a uma família, entregando-lhe a uma dupla de pessoas do mesmo sexo.

  12. Álvaro

    “Pode ser por trauma; por imposição e até mesmo por vontade própria,mas é inegável que OS PAIS INFLUENCIAM OS FILHOS”.

    Dizer que alguém se torna homossexual por imposição é a coisa mais absurda que eu já li. Não se pode forçar uma pessoa heterossexual a se tornar homossexual, a não ser com uma arma apontada pra cabeça dela 24 horas por dia e mesmo assim ela teria desejo apenas pelo sexo oposto. Esse discurso de pastor evangélico pseudo intelectual não cola Álvaro.
    Só para você saber existem pesquisas que mostram que a esmagadora maioria das crianças criadas por homossexuais são heterossexuais. Amanhã eu vou procurar e posto aqui.
    Ps: Pais homossexuais aceitam filhos heterossexuais, eles não mandam seus filhos para alguma seita evangélica (igrejas gays) para tentar torná-los homossexuais.

  13. Meus caros.

    Como o homem, como ser racional que é, tem a capacidade de criar a bomba atômica, e coisas complicadas como a internet, por que não tem uma pequena ideia de, no documento chamado de certidão de nascimento, no local reservado para indicação dos nomes dos pais, quando não são conhecidos, a exemplo do que já se faz em “declarações à praça”, registro em delegacias de polícia e que tais, em relação a endereço, quando não se o conhece, mencionando “endereço desconhecido”, indicar pais desconhecidos e a condição de que a criança foi adotada por fulano e beltrano, sem indicar se pai ou mãe, já que não se sabe os nomes dos seus pais biológicos?
    Isso porque, todos aqui já devem ter tomado conhecimento de traumas causados aos adotados, quando eles, normalmente na adolescência, souberam que foram adotados, acusando os pais de mentirosos por não terem informado o fato, desde quando eles eram pequenos; ou não?
    Assim, em lugar de ficarmos aqui filosofando sobre uma situação já consolidada socialmente, com base em eufemismos, como a frase “Uma certidão de nascimento em que constem os nomes do pai e mãe adotivos é uma MENTIRA PIEDOSA, que serve para evitar constrangimentos” (grifei), contrariando o “Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não. Tudo o que passa além disto vem do Maligno.”, dito por Jesus. (Mt 5,37) , por que não procuramos arranjar uma solução para amparar condignamente uma criança no seio de uma família? Ou todos aqui pensam que família é só pai e mãe e esquecem-se dos demais parentes dos adotantes?
    Ou por uma questão de convicção pessoal de alguns formadores de opinião, vamos “entrar na deles”? Ou, o que é pior, vamos proceder igualmente aos políticos de “transformar uma solução em problema” em lugar de “transformar um problema em solução”?… Digo isso em função de uma frase atribuída a Woody Allen: “A diferença entre o político e o cidadão comum é que o cidadão comum transforma o problema em solução, enquanto o político transforma a solução em problema.” E uma das soluções,
    para mim, está na forma de indicar a situação do adotado no seu assentamento no Cartório de Registro Civil, aumentando ainda mais a possibilidade de reduzir o número de crianças desamparadas, dando-lhe uma família afetiva. Ou os religiosos daqui não acreditam no amor, independente do caráter sanguíneo ou sexual, para não falar na afinidade de almas?
    Pensemos nisso, e deixemos de nos atrelar a correntes ideológicas que só servem para massagear o EGO dos que as criam…
    Após escrito este texto, o submeti a uma amiga, criada nos tradicionais padrões de uma família cristã, bem constituída, também mãe, e ela me respondeu:
    “Oi, Frazão…
    Vejo que o problema está na definição do que é “família”. “Família tradicional” todos têm conhecimento do que é, mas atualmente tentar enquadrar a definição de “família” apenas nos moldes de “família tradicional” é demonstrar total falta de bom senso. Pai e mãe são as pessoas que criam, dão afeto, amor, sustentam e dão proteção à criança. Se não é possível na adoção a figura de um pai e de uma mãe, não vejo problema algum em que a criança seja adotada por dois homens ou duas mulheres. O importante é que a criança seja bem cuidada e tenha um núcleo
    familiar que a proteja. Isso é infinitamente melhor do que, por puro preconceito, deixar uma criança desamparada pela falta de uma “família
    tradicional” que a adote. O importante é que ela seja inserida em um núcleo
    familiar, tradicional ou não. Abraços”
    Vejam, que é uma mãe que fala sobre o assunto…
    Abraços. Frazão

  14. Gustavo,

    A homossexualidade tem DIVERSAS CAUSAS,conforme eu citei,a imposição é somente uma delas e tu não podes falar por todos os homossexuais do mundo.

    Quanto ao assunto em questão eu faço um apelo para todos os juízes de instância inferior(que podem discordar do STJ mesmo com a possibilidade de perderem alguns abonos e gratificações) que não concedam este tipo de adoção.E um apelo aos deputados que debatam democraticamente este assunto.

  15. Senhor coordenador.
    Não entendo como o meu comentário, que não tem nada a ver com qualquer dos comentários até o momento postados, não foi postado na ordem do mais recente para o mais antigo, mas incluído como penúltimo, sem qualquer ligação com o imediatamente a ele anterior.
    Será que foi para não ser dada qualquer visibilidade aos posicionamentos nele contidos?
    Abraços. Frazão

  16. Bicho, sinceramente, tu és muito chato, cheio de perguntas arrogantes com relação às intenções dos outros às quais dás de antemão as respostas mais desabonadoras possíveis. Sério cara, isso é muito feio,

    Se tu tivesses te dado ao trabalho de ler a política de comentários do Deus lo Vult!, ias ver que o DISQUS tem opções diversas de visualização de comentários (verbis, o usuário «pode optar por visualizar primeiro os comentários mais antigos, os mais recentes, os mais populares ou os melhor classificados»). Isto pode ser feito clicando na setinha que tem ao lado de “Discussion” (logo abaixo da caixa principal de comentários) e, então, selecionando uma das opções de ordenação. Isto, aliás, é uma configuração que depende de cada usuário (i.e., cada pessoa em seu computador pode escolher por ver os comentários na ordem que achar melhor).

    Francamente, é muita paranóia arrogante e ofensiva da tua parte achar que existe algum complô para «não ser dada qualquer visibilidade» às tuas idéias. A qualidade das tuas participações, meu caro, já se encarrega disso sozinha.

    Jorge Ferraz,
    Moderador

  17. Tu se esqueceu da genética de cada indivíduo meu caro Àlvaro. Vamos lançar uma luz sobre a ignorância, me traga estudos científicos bem detalhados que expliquem as tuas “idéias”.

  18. Gustavo,

    Tu lestes o que eu escrevi?Não se pode generalizar!!! GENERALIZAR!!!!!Tu não podes falar por todos os homossexuais.Se é genético eu não sei…só sei que vi pessoas e até amigos que largaram tal comportamento depois de muito tempo e arrependimento e ALGUNS deles relataram que foi por causa de traumas(abusos);outros sofreram uma desestruturação familiar;outros optaram livremente por tal vida e outros dizem que nasceram assim.Eu não posso afirmar que TODOS nascem assim!Eu não sei!!!Não sou Deus!!!!O que eu já vi foi transformações de vida e de comportamento.Umas foram lentas,processuais e outras instantâneas.Isto é uma questão de fé,meu caro,eu acredito que o Santo Evangelho muda as pessoas.

    Eu penso que o oríficio anal foi criado por DEUS somente para defecar!É a anatomia médica que comprova isso.Agora para de desviar o foco do assunto-adoção- e ver se argumenta ou para de aporrinhar!

    Flw,

    Álvaro

  19. Num primeiro momento em que li o artigo do professor fiquei indignada com algumas colocações sobre adoção. A frase “Uma certidão de nascimento em que constem os nomes do pai e mãe adotivos é uma mentira piedosa” me fez pensar que ele, inclusive, estava reduzindo a importância e a grandeza do ato de adotar, menosprezando o amor e os laços criados entre pais e filhos adotivos e até defendendo a permanência das crianças nos abrigos.
    Ainda que fosse este o sentido do texto, ainda que a opinião dele fosse um confronto a minha opinião ele teria o direito de se manifestar e apresentar seu ponto de vista.
    Através do link petição pública defendi o direito de liberdade de expressão.
    Bem, meu achismo foi muito além do que realmente o texto expressa.
    Depois, com mais calma li o artigo novamente e percebi que o ponto central é a defesa de que a união entre homem e mulher é a única capaz de, biologicamente, gerar vida e de que apenas esta união é a vontade e o desejo de Deus. De que família em sua integralidade e equilíbrio só se pode construir a partir da união entre o homem e a mulher. E de que o Estado não pode abusar de sua autoridade e certificar o que é impossível de acontecer biologicamente.
    Certidão de nascimento é o documento que representa a origem biológica e natural do ser humano apresentando, dentre outros dados, o nome de seus pais e avós (homem e mulher). Ou seja, a certidão de nascimento representa, em palavras, a única união biológica capaz de gerar vida, a união entre um homem e uma mulher (daqui a pouco vão dizer que a lei natural é preconceituosa por ser esta a única possibilidade da geração de vida e vão passar a exigir mudança desta lei).
    O nome dos pais adotivos heteros é uma mentira piedosa: mentira porque aquele filho não foi gerado biologicamente pelo casal; piedosa porque o casal hetero não é mas poderia ser os pais biológico e também porque tal documento cria direitos e evita constrangimentos aquela criança.
    O professor entende que o Estado não pode e não deve criar origens fora das possibilidades naturais, ou seja, não pode registar duplas paternidades, duplas maternidades e nem mesmo múltiplas (exemplo do registro no nome de 20 freiras) e com isto distorcer o conceito divino de família.
    Não sou psicóloga, psiquiatra, terapeuta. Mas, tendo por base histórias que já presenciei, depoimentos que já ouvi, minha vivência religiosa, entendo que um grupo de freiras por mais amor que tenha pelas crianças não será pai e mãe, assim como duas pessoas do mesmo sexo nunca desempenhará as funções de pai e mãe para o desenvolvimento integral e completo de uma criança, seja do ponto de vista biológico, seja do ponto de vista sociológico, seja do emocional. Serão apenas substitutivos incompletos.
    Penso que o Estado, ainda que regularize estas situações bizarras (por favor, não venha dizer que eu não acho bizarro pais que abandonam seus filhos), ainda que, sob o discurso de proteção às crianças, distorça o conceito de família, terá de garantir a liberdade de expressão dos que, por motivos religiosos, científicos, biológicos, pensem de modo contrário.
    Mas não podemos nos esquecer, há um bem muito precioso envolvido, crianças em formação.
    Vejamos se aqueles que seguem pelo caminho das situações não naturais saberão conviver de forma pacifica e tolerante com quem pensa de forma contrária a eles.
    Engraçado, aqueles que acharam um absurdo, uma afronta as colocações e o entendimento do Prof. Carlos Ramalhete, que acham que ele é preconceituoso, são os mesmos que também emitem juízo de valor preconceituoso sobre o professor, são os mesmos que ridicularizam a doutrina católica, são os mesmos que vão lá na página do facebook e postam mensagens agressivas, de ódio e de promessas de morte, são os mesmos que não gostam de serem contrariados em seus conceitos e em seu modo de vida e são os mesmos que não aceitam e não respeitam o que lhes é contrário.

  20. Senhor coordenador.
    Primeiro; não sou bicho, nem tenho qualquer outro apelido.
    Segundo; o meu questionamento não foi sobre a forma como eu pretendo ver os comentários, mas, sim, sobre a forma como os comentários aparecem normalmente, logo que a página, onde o assunto é apresentado, é aberta; e normalmente, quando ela é aberta é o comentário mais recente que aparece, quando não está vinculado a outro, como deveria ter acontecido com o meu primeiro; e o exemplo está aqui, com este, já que eu o estou vinculando graficamente ao teu aqui referido.
    Um bom exemplo do que eu afirmo está na página https://www.deuslovult.org//2012/08/29/os-homens-conseguem-reconhecer-e-valorizar-a-beleza-artistica-sim/, que apresenta como primeiro comentário um de 2 dias atrás e mais dois de três dias, sendo o terceiro vinculado ao segundo; a opção a que você se refere só surge após aberta a página; ou não é?
    Portanto, não cabe essa tua impaciência de professor de curso primário de escola rural, do nosso sertão nordestino; antes que você me venha dizer que estou com preconceito, esclareço que frequentei uma dessas, da qual tenho boas recordações.
    Já em relação á tua expressão quanto à “paranóia (sic) arrogante e ofensiva” de minha parte, e à qualidade de minhas participações, entendo que não deve ser tão ruim assim, pois, se assim fosse, você estaria debochando, e não demonstrando essa atitude arrogante de doutor sabe-tudo.
    Como hoje é fim de semana e estou de bem com a vida, junto a meus familiares, vou ficar por aqui.
    Abraços. Frazão

  21. O sistema de comentários exibe (a partir da nova versão do DISQUS) por default os best comments primeiro, nem os newest nem os oldest, a menos que o usuário altere esta opção.

    O mais bizarro é que isto é assim para todo mundo, a opção de ordenação dos comentários existe na tua interface se tu procurares um pouquinho, a existência dela é mencionada explicitamente na página da política de comentários e, mesmo assim, a primeira coisa que tu fazes é vir insinuar que eu esteja fazendo algum artifício para colocar os teus comentários para baixo (!). Logo os teus! Ah, tenha santa paciência Frazão. Fica por aí mesmo, toma um chá de maracujina com os teus familiares e aprende a não fazer insinuações levianas, que é o melhor que tu fazes.

    – Jorge

  22. Caro Jorge.

    Não tomei maracujina, mas fiz minhas orações e meditação antes de dormir, como todo bom cristão.
    Mas vamos ao que interessa.
    Posso até aceitar que você, pessoalmente, não faça esse juízo de valor, deixando a cargo de outrem; mas, o que não acredito é que o Disqus, “motu proprio”, faça juízo de valor, tentando ordenar os comentários pela importância do assunto nele tratado; por isso, é que em meu comentário, em que perguntei sobre o meu anterior não ter sido postado na ordem do mais recente para o mais antigo, mas incluído como penúltimo, sem qualquer ligação com o imediatamente a ele anterior, gerando toda essa série de demonstração de prepotência de tua parte, ao dizer que eu precisava ler sobre a forma de apresentação dos comentários na página, culminando, no comentário ora sob resposta, com tua colocação seguinte: “O mais bizarro é que isto é assim para todo mundo, a opção de ordenação dos comentários existe na tua interface se tu procurares um pouquinho, a existência dela é mencionada explicitamente na página da política de comentários e, mesmo assim, a primeira coisa que tu fazes é vir insinuar que eu esteja fazendo algum artifício para colocar os teus comentários para baixo (!).”
    Meu caro, você acha que eu iria dizer algo a esse respeito se eu não tivesse certeza de como os comentários são publicados (ou pelo menos deveriam ser)?!
    Eu até dei uma oportunidade de você verificar o engano quanto à forma de apresentação, quando disse:
    “Segundo; o meu questionamento não foi sobre a forma como eu pretendo ver os comentários, mas, sim, sobre a forma como os comentários aparecem normalmente, logo que a página, onde o assunto é apresentado, é aberta; e normalmente, quando ela é aberta é o comentário mais recente que aparece, quando não está vinculado a outro, como deveria ter acontecido com o meu primeiro; e o exemplo está aqui, com este, já que eu o estou vinculando graficamente ao teu aqui referido.”
    Entretanto, como você nem desconfiou que poderia ter-se enganado, vindo com sete pedras na mão, chegou a minha vez de dizer para você ler a página da política de comentários, e ver que eu estava (e estou) com a razão); pelo menos é o que está lá escrito, conforme transcrição do trecho relativo à forma de apresentação dos comentários; ei-lo:
    “Algumas informações de ordem prática:
    – Desde março de 2012, o Deus lo Vult! utiliza Disqus para suportar os seus comentários. O sistema foi escolhido por disponibilizar funcionalidades interessantes, como facilidade de envio de comentários, criação de profiles, um sistema individual de notificação de atividades e a possibilidade de se encontrar os comentários dos usuários em outros sites na internet que utilizem o mesmo sistema, entre outras.
    – Por default, os comentários aparecem por ordem de publicação, COM OS MAIS RECENTES NO TOPO. Esta ordem de exibição pode ser alterada pelo usuário por meio da interface: ELE PODE OPTAR POR VISUALIZAR PRIMEIRO OS COMENTÁRIOS MAIS ANTIGOS, OS MAIS RECENTES, OS MAIS POPULARES OU OS MELHOR CLASSIFICADOS.” (caixa alta apenas para destaque, já que não consigo fazer sair negritado)
    Veja, meu caro, que a minha reclamação teve (e tem) procedência, pois baseada no que está escrito na referida página da “política de comentários”.
    Era o que me cabe dizer, pois os fatos demonstram o motivo da minha estranheza quanto ao comentário original não ter sido publicado no topo, ao ser o mais recente postado.
    Peço desculpas por essa minha atitude, mas fui levado pelas circunstâncias.
    Abraços. Frazão

  23. Frazão,

    Mas vamos ao que interessa.

    Sinceramente, estas lamúrias tuas não interessam nada. São desinteressantes e desgastantes.

    o que não acredito é que o Disqus, “motu proprio”, faça juízo de valor, tentando ordenar os comentários pela importância do assunto nele tratado

    Então gaste cinco minutos de Google procurando o algoritmo que o DISQUS utiliza para fazer a ordenação de comentários dele, meu caro. Não tenho interesse nem paciência para mastigar (também isso!) para você.

    De minha parte, como já disse em outras ocasiões, o fato de teus comentários serem repetitivos, mal-formatados, prolixos e gerarem pouco ou nenhum interesse (o que se depreende das respostas que eles recebem, da quantidade de avaliações positivas e negativas que fazem deles, etc.) é que deve ser usado pelo sistema como critério de ordenação. Mas não sei, não sou programador da rede de comentários. Escreva para eles.

    chegou a minha vez de dizer para você ler a página da política de comentários, e ver que eu estava (e estou) com a razão)

    A única coisa que tu tens, meu caro, é um terrível delay na leitura das coisas e uma falta de sincronia com o debate que chega a ser burlesca. No comentário anterior a este, eu falei textualmente que «[o] sistema de comentários exibe (a partir da nova versão do DISQUS) por default os best comments primeiro, nem os newest nem os oldest, a menos que o usuário altere esta opção». Aí o que você fez? Em uma patética tentativa de insistir na discussão sem sentido, ao arrepio de todo e qualquer bom senso, você preferiu ignorar a informação mais recente e específica para aludir à mais antiga e genérica! O que só me faz pensar, mais uma vez, que tu não estás lendo direito coisíssima nenhuma, mas só buscando aleatoriamente frases pinçadas que – na tua opinião – ofereçam suporte ao teu ponto de vista.

    Em todo o caso, vou riscar a informação (o detalhe do detalhe do detalhe!) da página de Netiqueta, para evitar futuros desperdícios de tempo e de energia como este.

    – Jorge

  24. Caro Jorge.
    Foi justamente em decorrência do teu “comentário anterior” que fui reconferir na página de Netiqueta, para ver se batia com tua informação ou ainda estava na forma original, quando da migração para o disqus e lá encontrei que estava justamente com os mesmos dizeres da página original; daí eu ter feito a minha afirmação, já que se tratava de um esclarecimento oficial do site e não de um debatedor tentando não reconhecer um engano, como acontece com alguns.
    Foi esse o meu intuito.
    Logo, meu caro, se você estivesse na minha situação, será que não teria reagido de forma semelhante à minha, ou, até com mais ênfase, face ao teu temperamento, pelos menos como aqui demonstrado? Ou não teria?!
    Sem mágoas, por favor, pois não as guardo em relação a ti, como pessoa.
    Abraços. Frazão
    P.S. Estou entrando de férias por, aproximadamente, 15 dias, só acessando eventualmente a internet.

  25. Jorge,

    O principal argumento dos casais homossexuais são os dos princípios Constitucionais.O princípio mais utilizado é o da igualdade(material),por exemplo.Eles teriam este “direito” por serem cidadãos e pagarem impostos.

    Aliás,este foi o “argumento” utilizado pelos Ministros do STF de que não estariam julgando contra a Constituição,mas estariam julgando contra o “apego excessivo a letra da lei” e estariam interpretando a Constituição Federal de forma principiológica.Este é o único argumento “difícil de rebater” utilizado amiúde nas faculdades de Direito pelos inovadores do conceito de família.

    Se alguém aí puder me ajudar com bons argumentos contrários eu serei grato,pois não poderei utilizar argumentos religiosos!

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