E os padres pedófilos?

Um corajoso anônimo resolveu abrir a Boca do Inferno para tentar denegrir a imagem da Igreja Católica por meio da exposição das dolorosas faltas – graves! – daqueles que deviam ser os seus mais sinceros e intransigentes seguidores: os sacerdotes. Após o Joe falar na pedofilia entre o clero, recebi quatro comentários do falecido poeta barroco trazendo notícias sobre sacerdotes que haviam sido condenados por crimes de pedofilia.

Não há sentido algum em se discutir os problemas morais de uma parte do clero com pessoas cujo único intuito é atacar a Santa Igreja por meio da ignorância deliberada e sistemática de Seus incontáveis membros santos, ao mesmo tempo em que lançam cínicos holofotes sobre meia dúzia de gatos pingados que não souberam honrar a vocação que receberam. No entanto, uma coisa dá para fazer: desmascarar o expediente cretino e encerrar de vez as tantas alusões aos “padres pedófilos” que são feitas em discussões sobre temas quaisquer que sejam, como se a Igreja fosse composta por pedófilos ou como se os erros de uns tantos privassem a todos do direito de falar o que é certo.

Já devo ter dito isso antes aqui, mas repito. Chesterton dizia que um ser humano nunca age como um animal: ou age muito melhor do que ele, quando se comporta como homem, ou muito pior, quando “se esquece” da sua humanidade e passa a agir como se fosse bicho. Da mesma forma, um sacerdote do Deus Altíssimo nunca age como um homem normal: ou age de maneira muito superior, quando se esforça para viver o seu sacerdócio, ou de maneira muito pior, quando se esquece daquilo que é para se comportar como se não fosse consagrado ao Todo-Poderoso. Quanto mais, então, quando resolve cometer gravíssimos pecados contra a pureza, como é o caso da pedofilia!

Os pecados dos membros do clero são uma dolorosa chaga, sem dúvidas. É uma ferida pela qual toda a Igreja oferece sem cessar as Suas súplicas ao Altíssimo, a fim de que tenha misericórdia de todos os envolvidos em tão grave pecado, e que possa conceder – no que for possível – paz aos agredidos e conversão aos agressores. Correndo o risco de fazer o discurso do óbvio, enfatizo que pedófilos não podem ser sacerdotes, sendo uma traição à Igreja e um ultraje a Nosso Senhor que membros do clero cometam falhas morais desta magnitude. Um único caso de pedofilia no clero já seria de uma gravidade que os anti-clericais nem sequer são capazes de imaginar. No entanto, o Sacramento da Ordem mantém a natureza humana dos sacerdotes, natureza passível de erros que, embora – claro – não justifique, ao menos explica como é possível que a Igreja Santa carregue em Seu seio membros pecadores. Fazemos parte de uma Igreja indefectivelmente Santa, e não de uma Igreja de santos indefectíveis. É fundamental não confundir as duas coisas.

Sem entrar em absolutamente nenhuma discussão sobre as causas desta infâmia, as formas de saná-la, a potestade de jurisdição da Igreja sobre os Seus sacerdotes e tantos outros temas a ela relacionados, tenciono aqui simplesmente pôr a descoberto o expediente desonesto (já acima mencionado) da aplicação de lentes de aumento – às vezes, de microscópios de varredura eletrônica… – aos pecados do clero, passando assim a falsa impressão de que o problema apresenta uma magnitude que está infinitamente além da real. O método vai ser muito simples: coleta de notícias sobre sacerdotes condenados [acusados não vale] por pedofilia no Brasil nos últimos dez anos, para que, ao final, fique clara qual a proporção que estes ocupam entre tantos sacerdotes que, em maior ou menor medida, esforçam-se por serem fiéis ao ministério para o qual foram escolhidos.

O sr. “Gregório de Matos” trouxe três (as datas são da notícia, e não da condenação e nem do crime):

  1. pe. Geraldo da Consolação Machado, 2005 – homossexual.
  2. pe. Edson Alves dos Santos, 2008 – homossexual.
  3. pe. Avelino Backes, 2008.
  4. pe. Alfieri Eduardo Bompani, 2004 – homossexual.
  5. frei Tarcísio Tadeu Spricigo, 2005 – homossexual.
  6. pe. Félix Barbosa Carreiro, 2008 [cabe recurso] – homossexual.
  7. pe. Ângelo Schiarelli, 2009 [flagrante].

Temos até agora [atualizado em 23 de junho de 2009], portanto, sete casos. Vamos ver quantos mais os vândalos que não sabem fazer outra coisa a não ser aludir aos “padres pedófilos” vão conseguir trazer.

E que a Virgem Santíssima, Refúgio dos Pecadores, possa interceder pelos sacerdotes do Seu Filho que se mancharam de maneira tão grave.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

69 comentários em “E os padres pedófilos?”

  1. Jorge, vou colaborar também mostrando casos de ”pastores” pedófilos que não são mostrados na mídia (porque será?):

    http://www.exsurgedomini.xpg.com.br/apologeticas/subtitulos/noticiasprotestantes/abusossexuais.htm

    É estranho que estes casos de abusos sexuais,envolvendo ”pastores” protestantes, não tem a mesma repercussão na mídia!

    Para saber mais do ”amor” protestante vejam:

    http://www.exsurgedomini.xpg.com.br/apologeticas/noticias.htm

  2. Jorge,
    devemos sempre ter em nossas orações pedidos para a santificação do clero. Que, pela interecessão Santíssima Virgem Maria, Deus nos atenda.
    Sacerdotes são humanos e falíveis. Certo, eles não deveriam ser tão humanos assim. Nesse ponto, voltamos ao seu post anterior sobre os critérios para a seleção dos candidatos à vida religiosa. A chave está aí: uma seleção bem feita, associada a uma boa e sólida formação evitam as decepções.
    O resto é “camapanha” contra a Santa Igreja, alimentada por ateus militantes e protestantes. Estes não percebem que, derrubada a Igreja Católica (impossível, creio), a vida deles será muito curta.
    Sds.,
    de Marcelo.

  3. [AINDA CENSURADO]

    [Aqui: pendência do Argo.

    Quer conversar sério, caríssimo, a gente conversa. Agora quer zoar e, depois, fingir que nada aconteceu, não.

    – Jorge]

  4. É muita desonestidade intelectual querer imputar à Igreja como tal os atos de alguns padres pedófilos. A Igreja, por sua doutrina ou disciplina, abona a pedofilia?

    Se essa não for a pergunta mais honesta em termos racionais, então esses senhores que assim acusam a Igreja deveriam deixar de confiar na medicina ou no direito, por exemplo, por causa de médicos ou advogados e juízes pedófilos.

  5. A Igreja não pode ser responsabilizada por todos os casos de Pedofilia, a menos que ela saiba do que esta acontecendo e não tome nenhuma atitude.
    Pedofilia é uma doença e muitas vezes os portadores não apresentam sintomas gritantes, sendo impossível olhar para alguém e dizer se é pedófilo ou não.
    Mesmo sendo uma doença, não tira a culpa de quem a pratica, porque ele sabe que o que esta fazendo é errado.

  6. Vou fazer uma propaganda para um texto que publiquei em meu blog JORNADA CRISTÃ em 29 de dezembro, chamado “Perseguição à Igreja pela mídia: dois pesos e duas medidas nos escândalos de pedofilia nos Estados Unidos”. Trecho do artigo:

    [E]m um ano, nas escolas públicas norte-americanas, foram notificados MAIS QUE O DOBRO de casos de abuso sexual de crianças e adolescentes que os ocorridos nas Igrejas Católicas daquele país em… cinqüenta anos!

    Link: http://www.jornadacrista.org/?p=141

  7. Fiquem com suas [CENSURADO], meu caro. Continuem com suas idiotices religiosas.

    Quando eu digo que voce admira a época onde existia o censor-mor da inquisição, de que voce tem o pensamento direitista, voce estrila.

    Voce é uma vergonha para o estado de Pernambuco, libertário por natureza. Nabuco teria vergonha de uma pessoa igual a tu, se vivesse nessa época.

  8. Uma coisa eu não entendo nesta história toda, quando alguém comete um crime quem tem que arcar com o crime é o criminoso, e não a família do criminoso, a empresa aonde trabalha e por aí vai, então como que a Igreja teve que pagar ações milionárias como ocorreu nos EUA se quem cometeu os crimes foi alguns padrecos e não toda a Igreja?, é como aquela ação que um funcionário moveu contra um banco porque era humilhado por seus colegas por ele ser homossexual, horas, quem tem que arcar com o delito seriam seus colegas que o humilhavam mas não o banco, a não ser , que tanto em um caso como no outro as autoridades competentes ao serem informadas é que teriam que tomar providência para que isto acabasse e se isto não o fizeram mesmo assim a culpabilidade deve cair sobre as autoridades competentes mas não sobre toda a instituição.

  9. Sidney,
    o Lucas já deu uma pista. Qualquer empresa ou instituição é responsável pelo que acontece em suas dependências ou pelo que fazem os seus funcionários (ou membros subordinados). É uma resposabalidade por culpa (involuntária), decorrente da falta de cuidados na escolha desses funcionários/membros e/ou do monitoramento de suas ações. Óbvio que o magistério da Igreja condena a pedofilia, mas é preciso demonstrar que a instituição tomou as devidas cautelas para impedir os efeitos deletérios da má conduta de alguns de seus membros. Caso se demonstre que a insituição sabia dos desvios e que nada fez para impedi-los, cabe a responsabilização. Pelo direito canônico há punições como suspensão ou excomunhão. Pelo direito comum, prisão dos envolvidos, multa e/ou indenização pela Instituição.
    Talvez essas penas civis ajudem a hierarquia a tomar posições menos liberais quanto à conduta dos religiosos, não só nos temas morais.
    Sds.,
    de Marcelo.

  10. É só acompanhar o noticiário nos últimos dois anos neste país para se perceber que a maioria esmagadora de casos de pedofilia está associada a indivíduos não celibatários e que têm vida sexual “normal”, ativa. Associar a pedofilia ao clero celibatário católico é de uma desonestidade nojenta!!!

  11. Caros,
    De certa forma, devemos até sentir orgulho pela forma como a Mídia “malha” a Igreja, divulgando e ampliando com todo estardalhaço os casos de pedofilia dos padres, ao mesmo tempo em que silencia e omite os mesmos fatos quando praticados pelos heréticos pastores protestantes. Mesmo sem querer, a mídia está admitindo a superioridade moral da Igreja Católica, pois o que ela vê como normal no protestantimo, considera imperdoável no catolicismo. E nisso ela tem razão, embora seja hipócrita.
    Essa história de “pedofilia” é pura balela. Aposto que 99 por cento dos padres envolvidos nisso são mesmo é homossexuais (basta ver que os casos sempre envolvem meninos e rapazes, mas nunca meninas ou mocinhas).
    Isso prova a hipocrisia da mídia, pois é a instituição no mundo que mais defende e promove o homossexualismo, e talvez a que mais abriga homossexuais… Portanto, se a mídia fosse sincera, deveria é comemorar a existência de padres pedófilos (isto é, homossexuais).
    Hipócritas e falsos moralistas todos esses jornalistinhas e artistas que afetam se escandalizar com a pedofilia no clero (ainda que o fato em si seja realmente uma desgraça completa).
    Desculpem pelo desabafo…
    Um abraço.
    Carlos.

  12. A igreja manda acobertar casos de pedofilia… então se torna cúmplice

  13. Sou nordestino e em quase todas as cidade interioranas que ja visitei sempre ouvi de pessoas(que não eram necessariamente evangelicas) estórias de atos um tanto estranhos praticados por padres: Bebem (cachaça mesmo!), namoram,luxam, tomam posições politicas etc. Meu avô que é católico de nao perder missa ja me falou que em sua mocidade o padre local mandava e desmandava(uma especie de coronel) e não era nenhum santo não cometia inumeras injustiças! A Igreja deve ser mais objetiva em seus atos e punir, com expulsão mesmo!, esses que maculam o evangelho de Cristo. As pessoas de hoje em dia não hesitam em mudar de religiao, pois já sabem que religiao nao salva, o pregador não tem como fugir da imagem que representa, ele é um exemplo, e não estou falando de ser perfeito. O pior de tudo é que depois de tentar ser catolico, pentecostal, metodista …. e se decepcionar com todas, ou o cara vira um ateu revoltado ou tenta fazer o certo por si mesmo, criando por assim dizer sua propria religiao. Quem não conhece a frase: “Não tenho religiao mas acredito em Deus…”

  14. Há uma questão de foco que me preocupa: acho que, como católicos, enriqueceríamos mais a fé assumindo a gravidade do problema e pondo-nos ao lado das vítimas. Gosto de pensar que seria o que Cristo faria. A pedofília é um problema geral que afeta a todas as religiões, mas nem por isso é, em nenhuma circunstância, algo menor, quer seja praticada por um padre, um pastor ou um açogueiro. Claro que a quem mais é dado, mais será exigido. Assumindo a dor das vítimas e certificando-se (nos)de que tais depravados – religiosos ou não – não possam cometer seus crimes damos melhor testemunho do que respondendo com palavras de defesa àqueles que confundem a prática de alguns com a proposta do Cristo. Eu não posso, sob nenhum pretexto, desculpar a pedofília ou quem encobre um pedófilo impedindo-o que cumpra o seu melhor destino: na cadeia. Depois, a lista de padres pedófilos heterossexuais também é grande: recentemente, houve um caso em SC, divulgado e acobertado imediatamente. Não vejo que a questão seja considerar sinônimos pedofília e homossexualidade. Mas, o que parece central é ter em mente o que significa ‘castidade’ no contexto do século XXI.

  15. A opinião de Claudio Hummes,prefeito da Congregação para o Clero: “Evidentemente que será preciso continuar a investigar sobre eles [padres pedófilos] e que será preciso julgá-los de forma correcta e puni-los”. Parece-me o mais razoável.

    Acho também que vale a pena destacar trabalhos como o do Oratório Salesiano “San Luigi”, de Messina, sul da Itália, que dá assistência aos menores que foram vítimas de violências sexuais.

  16. Prezado Luís,

    Acontece que todos nós assumimos com dor e tristeza a gravidade enorme da pedofilia – aliás, assumimos uma gravidade maior do que os detratores da Igreja, porque temos a visão sobrenatural que lhes falta. É óbvio que ficamos ao lado das vítimas, e rezamos por elas, e desejaríamos extirpar este mal de vez do mundo. Ninguém aqui “desculpa” a pedofilia, meu caro.

    A lista de padres pedófilos não é grande: no Brasil, ela soma até o presente momento três sacerdotes nos últimos dez anos, dos quais dois são homossexuais; e eu continuo esperando que os anti-clericais de plantão possam mostrar, enfim, a epidemia pedófila que tão hipocritamente criticam. Repito, um único sacerdote pedófilo tem uma gravidade que os anti-clericais não são capazes de imaginar. Mas é necessário fazer justiça e reparar a imagem da multidão de sacerdotes que, se não santos, ao menos não são culpados desta ignomínia.

    Casos “divulgados e acobertados” não contam porque existe a possibilidade alta de que sejam calúnia barata. Lembre-se do caso da família Shimada, cuja vida foi destruída por causa da irresponsabilidade da mídia na divulgação de acusações de pedofilia que não tinham nenhum fundamento, e provada a inocência do casal no futuro, não foi possível reparar as perdas que eles tiveram.

    Abraços,
    Jorge

  17. {houve um caso em SC, divulgado e acobertado imediatamente.}

    Para o Jorge isso não existe. Ou não vai publicar esse comentário, também?

  18. Sr. Roberto,

    Existe, e existe a irresponsabilidade dos caluniadores de plantão:

    http://www.fazendomedia.com/globo40/romero10.htm

    [e olhe que nem são sacerdotes…]

    É óbvio que meras acusações não contam, afinal todo mundo é inocente até prova em contrário. Quero os casos de condenações. Ou tu achas uma coisa razoável sair crucificando publicamente uma pessoa à primeira acusação que se lhe seja atirada? Ou para a Igreja a lei é o inverso: todo padre é culpado até que prova em contrário?

    Este cinismo irresponsável precisa ser desmistificado.

    – Jorge

  19. Padres [CENSURADO], a igreja é composta de santinhos, o julgamento de Galileu nunca existiu.
    Concordam comigo?

  20. Sr. Marcelo,

    Não, a Igreja não é composta de “santinhos”, é composta de pecadores, de joio e de trigo. Só quem diz o contrário disso são os inimigos da Igreja, que acham mais fácil bater num espantalho do que discutir as coisas como elas são.

    Sim, os julgamentos de Galileu existiram.

    [IRONY ON, porque nunca se sabe do que os ateus são capazes…]

    E sim, a Igreja perseguiu os cientistas! Não leu Dan Brown? Não viu “Anjos e Demônios”? Não sabe o que é La Purga?

    [IRONY OFF]

    Abraços,
    Jorge

  21. Também Alexandre VI nunca foi papa, nunca teve filhos bastardos, e ele não foi corrupto. Ele não deixou de ser infalível por causa disso, deixou?

  22. Sim, Alexandre VI foi Papa, sim, teve filhos bastardos, e não, não deixou de ser infalível por causa disso. Percebe-se a completa falta de compreensão do que se está tentando atacar. É patético.

    – Jorge

  23. Então, responda, ó sabichão: qual o motivo de voce tentar esconder a discussão sobre os padres [CENSURADO]?.

  24. Sr. Macelo,

    Eu ESTOU ESPERANDO AS NOTÍCIAS DAS CONDENAÇÕES DE PADRES PEDÓFILOS. São os inimigos da Igreja de todos os naipes que, cínicos e hipócritas, adoram jogar acusações sobre casos que desconhecem completamente.

    Repetindo-me:

    O método vai ser muito simples: coleta de notícias sobre sacerdotes condenados [acusados não vale] por pedofilia no Brasil nos últimos dez anos, para que, ao final, fique clara qual a proporção que estes ocupam entre tantos sacerdotes que, em maior ou menor medida, esforçam-se por serem fiéis ao ministério para o qual foram escolhidos.

    E então, o senhor vai aceitar a proposta, ou vai espernear, ter ataque histérico e mudar de assunto de novo?

    – Jorge

  25. Do jeito que fala a anta do Marcelo Cardoso, fica parecendo que só entre os santinhos ateus não existe pedofilia.

  26. Perdão jorge, a questão está mal colocada.

    O desafio,para ser leal, tem levar em consideração as realidades. E as realidades são estas, as condenações em tribunal que têem arruinado as dioceses mais ricas do mundo não são dirigidas contra este ou aquele padre pedófilo. Com certeza que haverá muitos, mas com certeza que a maioria dos padres não são pedófilos.

    Mas as condenações dos tribunais têm sido dirigidas contra TODA A HIERARQUIA da igreja, não por ser pedófila, mas ter ENCOBERTO os padres pedófilos, por tê-los subtraído à justiça, por os ter escondido noutras paróquias permitindo que continuassem as suas actividades, por vezes por ter pressionado vitímas e testemunhas para que não apresentassem queixa, outras por ter tentado subornar vitímas e testemunhas para que não o fizessem.

    Todos aqueles seus santos varões, sem dúvida que poucos deles pedófilos, demonstraram uma completa falta de carácter, de humanidade e de compaixão ao preferir esconder o que se estava a passar do que efectivamente impedi-lo, preocupando-se apenas com a imagem exterior da igreja e não com o que efectivamente se passa lá dentro.

    Isto foi recorrente em todo o mundo onde se descobriram abusos pedófilos na igreja, seja na América, seja mais recentemente na Irlanda etc. Esse comportamento concertado demonstra que, se não era política oficial da igreja, pelo menos era um tipo de mentalidade muito difundido em grande parte da hierarquia igreja.

    Daí terem as DIOCESES sido penalizadas com imensas indemnizações, o que não faria sentido se o implicado fosse apenas o padre X ou Y que efectivamente [CENSURADO]. É que, mesmo que em quase todos os casos as hierarquia já sabia. Mas NUNCA denunciou os abusos ou sequer os impediu.

    Com este método vai ver que já aparecem provas da culpabilidade da igreja…

Os comentários estão fechados.