Uma “boa má propaganda” do aborto

[ATENÇÃO! POSSUI IMAGENS FORTES!]

Genial!

Um grupo pró-vida da Espanha, sabendo de uma manifestação pró-aborto, teve a feliz idéia de ajudar os abortistas na divulgação daquilo que eles defendiam. Nas palavras dos próprios pró-vida:

Isto foi o que fizemos em Albacete, no dia 22 de abril de 2009. Os pró-aborto haviam convocado uma concentração às 20:00, e era de se esperar que, após a mesma, colassem cartazes e adesivos reivindicando o aborto. Assim, pensamos que, esta noite, deveríamos ajudá-los, como bons cristãos. Desenhamos quatro [cartazes] autocolantes com mensagens pró-aborto, assinados por duas organizações inexistentes, e 15 duplas de voluntários colamos, nesta mesma noite, 1400 unidades em menos de uma hora. Foi isto que milhares de transeuntes albacetenses viram na manhã seguinte:

abortoespanha-01

abortoespanha-02

abortoespanha-03

abortoespanha-04

A história completa pode ser baixada aqui: Una buena mala publicidad del aborto.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

94 comentários em “Uma “boa má propaganda” do aborto”

  1. Caramba, será que ninguém se sensibiliza com estas imagens é porque tem um coração de pedra mesmo.

  2. Eu me sensibilizei… o o pior é que estou vendo elas jantando… Jorge, eu sei que a sua iniciativa é válida, mas será que você poderia futuramente colocar um aviso que as imagens são chocantes e somente postar o link para elas??? Eu concordo com a iniciativa, mas as imagens me revoltaram o estômago e me deram ânsias… :-(

  3. [Liberando excepcionalmente – Mallmal, não me faça arrepender-me… – JF]

    É, Jorge…
    Sei que não vai aprovar o comentário, mas a mensagem é só pra você mesmo. Estou com preguiça de abrir o email.
    É realmente uma pena que você fique tão feliz com uma propaganda tão medíocre, agressiva e vulgar…
    Deve fazer parte do seu espírito católico.
    Isso é puro argumento ad populum e falácia do espantalho… Será que você não percebe?
    Por favor!
    Seria a mesma coisa que fazer uma campanha contra a apendicectomia mostrando fotos de apêndices arrancados com rostinhos e boquinhas desenhados.
    Seria a mesma coisa que fazer uma campanha contra a venda de automóveis mostrando corpos humanos mutilados de vítimas de acidentes.
    Você está descendo para uma mediocridade sem volta. Toma cuidado. Daqui a pouco você compra Doriana.

    Um abraço.

  4. Mallmal,

    Liberei este comentário porque ele é uma pérola tão incrível que merece ser divulgada.

    Isso é puro argumento ad populum e falácia do espantalho… Será que você não percebe?

    Que espantalho, cara-pálida?! A falácia do espantalho consiste em atacar uma coisa por algo que ela não é. Acaso os bebês abortados são outra coisa diferente do que estas fotos mostram?

    Um “espantalho” às avessas é o que usam os abortistas, quando ESCONDEM os “resultados” das práticas que defendem. Espantalho às avessas é a OCULTAÇÃO DE CADÁVER SISTEMÁTICA que fazem os abortistas.

    Ao contrário, mostrar os cadáveres é desmontar o espantalho e trazer a discussão à realidade nua e crua da monstruosa prática do aborto tal e qual ele é.

    Seria a mesma coisa que fazer uma campanha contra a apendicectomia mostrando fotos de apêndices arrancados com rostinhos e boquinhas desenhados.
    Seria a mesma coisa que fazer uma campanha contra a venda de automóveis mostrando corpos humanos mutilados de vítimas de acidentes.

    As tuas comparações são dignas de uma senhora de nem-um-pouco-saudosa memória que costumava aparecer por aqui.

    Contra a primeira, os “rostinhos e boquinhas desenhados” seriam FALSEAR a realidade, ao contrário destas fotos de aborto que REVELAM a realidade escondida pelos abortistas. Portanto, não apenas não é a mesma coisa como é o contrário.

    Contra a segunda, as vítimas de acidentes não são inerentes aos automóveis, ao passo em que os cadáveres dos bebês abortados decorrem necessariamente da prática do aborto, como é óbvio. Um carro não pressupõe um acidente [e, aliás, deseja-se justamente evitar os acidentes], ao passo em que sem cadáver de bebê não há aborto. Sob nenhum aspecto, portanto, são “a mesma coisa”.

    Abraços,
    Jorge

  5. É… Qual a diferença entre um apêndice e um bebê?? Será se existe?? Alguém poderia explicar…

    Eu axo que a diferença é que se um apêndice não for arrancado a pessoa morre e se um bebê desse não for arrancado vai gerar muito mais vida!!!

  6. Os abortistas são useiros e vezeiros em fiar-se na petição de princípio de que os fetos não são seres humanos, portanto poderiam ser abortados.

    Portanto, soa bem hipócrita um defensor fanático do aborto mostrar tamanho interesse nas imagens daquilo que ele próprio sustenta não passar de amontoados de células.

    Seria uma derrubada de máscara?

    Quanto a argumentos “ad populum”, não surpreende que um abortista recorra a essa alegação, posto que “ad populum” é o que não falta às falácias abortistas como a ESTÚPIDA MENTIRA

  7. (continuando)* … a ESTÚPIDA MENTIRA do milhão de mulheres mortas devido a abortos em clínicas clandestinas. Alegação mentirosa e apelativa, excelente combinação “ad populum”.

    *devo ter clicado sem querer, o que causou o truncamento.

  8. São chocantes realmente. Apesar disso mostro essas imagens para todos, inclusive para meus filhos, para que jamais se enganem sobre o que realmente é o aborto.

  9. Aproveitam e ponham fotos de vítimas da $anta igreja, “defensora da vida”.

  10. Caro Jorge,
    Com o Mallmal não tem jeito mesmo. Quem consegue negar a evidência, como ele faz, é capaz de qualquer coisa. É assustador.
    Para o homem normal, uma imagem vale mais que mil palavras. Para o Mallmal, um preconceito vale mais que mil imagens.
    Sinistro…
    Carlos.

  11. “Realista”: antes de falar besteira sem sentido e sair correndo, mostre antes uma relação causal — qualquer uma — entre a Igreja e suas supostas vítimas — que você nem diz quem são.

    Esses “moralistas da modernidade” aplaudem propaganda de cigarro com pulmões putrefatos, cânceres abertos e até fetos abortados (pois fumar provoca um aborto “condenável”, já que não tem a ver com o “direito de escolha” — que mesquinharia política com a vida dos outros!). O governo chega a entrar na Justiça para publicar essas fotos, que mostram a verdade. Pouca gente diz que é nojento ou inconveniente. Recentemente, até divulgaram pesquisas afirmando que esse tipo de publicidade incentiva a desistência no vício, e todos apóiam.

    Mas quando se trata de mostrar a verdade do aborto, esses “moralistas” às avessas fecham a cara e esbravejam. Deve ser porque a imagem do filho morto ainda no útero pela própria mãe dói mais a esses apologistas de assassinatos do que a de um pulmão canceroso.

  12. “A falácia do espantalho consiste em atacar uma coisa por algo que ela não é. Acaso os bebês abortados são outra coisa diferente do que estas fotos mostram?”

    Sim, Jorge. São apenas a ponta do iceberg. A morte desses punhados de células evita muitos problemas e sofrimento.
    A questão do abortamento é muito maior que o fato dos restos pós-cirúrgicos serem feios ou repugnantes.
    Isso é secundário. Restos de amputações e de mastectomias são nojentos e não constituem motivo para impedir os procedimentos.

    “Espantalho às avessas é a OCULTAÇÃO DE CADÁVER SISTEMÁTICA que fazem os abortistas.”

    Devo supor, então, que pela sua lógica o fato de utilizarmos vasos sanitários é uma ocultação sistemática de fezes?
    Pela mesma lógica, o despejo de membros e órgãos e cânceres extirpados é ocultação sistemática de coisas nojentas?
    Não, não. Trata-se apenas da coisa lógica a fazer. Os fetos abortados são matéria orgânica em decomposição, que não pode ser legalmente sepultada como um ser humano antes da 20ª semana.

    “Contra a primeira, os “rostinhos e boquinhas desenhados” seriam FALSEAR a realidade”

    Da mesma forma que apresentar esses punhados de células como seres humanos funcionais.

    “Contra a segunda”

    Ok, escolhi mal o exemplo. Corrija para: “Seria a mesma coisa que fazer uma campanha contra a direção sob efeito de álcool mostrando corpos humanos mutilados de vítimas de acidentes.”
    Ad populum puro.

  13. Pedro, procure saber do genocidio de Ruanda…. a igreja foi cumplice !!!
    procure saber da Croácia de Ante Pavelic….

  14. “A morte desses punhados de células evita muitos problemas e sofrimento.”

    Partindo dessa premissa, todos nós somos um punhado de células, não é? Um assassino nada mais é do que um punhado de células que elimina outro punhado de células. Vou sair por aí matando um monte de punhado de células e não quero que nada me acontece. VIVA!!!

  15. Será que algum dia os abortistas perceberão que ser contra o aborto não é uma questão religiosa e não somente moral, mas, acima de tudo, uma questão de lógica?

  16. “Os fetos abortados são matéria orgânica em decomposição, que não pode ser legalmente sepultada como um ser humano antes da 20ª semana.”

    Como é extremamente ignóbil a argumentação de um materialista extremista! (Sic!)

    Senhor Blog Mallmal,

    É para o senhor um completo absurdo considerar um embrião HUMANO, ou já um feto HUMANO, como um, REALMENTE E EXISTENTE SER HUMANO???

    Se a resposta é sim, não consegue o senhor perceber que estaríamos fadados a um relativismo extremo e a beira, ou melhor, a beira não, mas já DENTRO DE UM TOTAL CAOS!???

    O senhor viu as imagens!?? Não consegue perceber que daqueles ‘punhados de células’, JÁ SÃO O DE UM SER HUMANO!!?? Ou será que o senhor acredita que dali venha outra ‘coisa’ a não ser um ser humano??? Quem sabe um abacate, quem sabe!!! Ou uma jaca, não é mesmo!?? Ou talvez um macaquinho!?? Que lindo não seria isso não é não???

    É ridículo senhor Mallmal, tal argumentação!!! Só existe uma intenção plausível para um dito-cujo ateu e materialista querer sustentar tal argumentação: PURA SOBERBA!!!

    Sim, só um tamanho orgulho e vaidade, para se colocar e se achar ‘diferente’ (ou seria superior?) a todos os outros seres humanos da face da terra. Se não acredita, REALMENTE, em Deus e na religião, mais propriamente ao Cristianismo e a Igreja Católica, o senhor se quer deveria se dar o luxo de discutir senhor Mallmal, pois ‘do nada não se fala nada’. Acredito mesmo que o senhor tenha uma espécie de síndrome-de-dor-na-consciência, ou coisa parecida. E é isso que o leva a gastar seu tempo e quantas energias forem possíveis gastar, para ao menos tentar acabar com toda e qualquer norma moral no mundo, e assim, viver na ‘doce’ ilusão de que na vida se possa instalar uma espécie de VALE TUDO para poder se conseguir a tão e famigerada ‘felicidade’ (Sic!). Só pode ser isso. Sua motivação para querer atacar a Deus e sua Igreja, se vale da tentativa de ficar com a consciência tranqüila, ou ao menos, sem nenhum meio ou organismo que lhe fique ‘cutucando’ sua consciência como “faça o bem e evite o mal”.

    Porque, senhor Mallmal ficar se desgastando tanto assim, para tentar provar o ‘nada’???
    Não percebes senhor Mallmal, que a nossa motivação, a de lutar para implantação do Reino de Deus nesta terra, é muito similar a sua motivação??? Só que nós chamamos isso de Fé, e de uma Fé bastante lógica e racional, ao contrário da sua!!! Não dá mesmo para perceber!???

    Abraços e até mais ‘ver’.

    André Víctor

  17. Mallmal,

    A morte desses punhados de células evita muitos problemas e sofrimento.

    A morte de qualquer “punhado de células”, grande ou pequeno, evita muitos problemas e sofrimento. Salvo raras exceções, as pessoas não matam por matar, e sim porque têm alguma motivação (receber uma herança, evitar ser denunciado, livrar-se de alguma agressão, et cetera).

    Ninguém discorda do fato de que as pessoas podem ter problemas evitados e sofrimentos aliviados quando assassinam os seus filhos. A questão aqui é outra: é legítimo assassinar uma pessoa, ainda que seja para evitar problemas e sofrimento?

    Outrossim, insisto que mostrar a realidade não pode ser sob nenhuma ótica chamado de “espantalho”, por óbvio.

    A questão do abortamento é muito maior que o fato dos restos pós-cirúrgicos serem feios ou repugnantes.
    Isso é secundário. Restos de amputações e de mastectomias são nojentos e não constituem motivo para impedir os procedimentos.

    Mallmal, não sei se tu não percebeste ou estás propositalmente desviando o assunto, mas uma pessoa assassinada é uma coisa repulsiva por causa do assassinato, e não por ser “nojento”. Seria igualmente repulsivo se o cadáver estivesse maquiado e perfumado, recém-saído de uma funerária.

    Os cadáveres dos bebês abortados estão sendo expostos para se mostrar que bebês estão sendo assassinados, e não porque são “nojentos”.

    Devo supor, então, que pela sua lógica o fato de utilizarmos vasos sanitários é uma ocultação sistemática de fezes? […]

    Pode usar a expressão se quiser, mas acontece que ela é desprovida de significado. Comparar um cadáver com fezes é só mais uma comparação descabida.

    Aliás, não tem ninguém exigindo que sejam mostradas as fezes dos vasos sanitários. Se alguém fizesse semelhante exigência e fosse respondido com um rasgar de vestes histérico do dono do vaso sanitário, eu diria que ele é suspeito e está escondendo alguma coisa.

    (…) cânceres extirpados (…)

    Desconheço, em toda a história da humanidade ou da clínica oncológica, um único caso de célula cancerosa não-extirpada que tenha “se desenvolvido” e vindo a defender a extirpação ou a não-extirpação dos cânceres depois.

    Não obstante, conheço muitíssimos casos de embriões desenvolvidos que vêm depois defender o “direito” das mulheres de impedirem que outros embriões como eles já foram um dia se desenvolvam.

    E uma prática cujos defensores não estão dispostos a aplicar a si próprios é obviamente indefensável. E isso não tem nada a ver com religião.

    Da mesma forma que apresentar esses punhados de células como seres humanos funcionais.

    Esses “punhados de células” são seres humanos, é óbvio, e isso é uma evidência biológica que tu não podes negar.

    O teu apriori de que não são seres humanos é tão irracionalmente contrário às evidências que te incomodas quando são mostradas as fotos da realidade que faz calar o pseudo-argumento. Não tem ninguém “maquiando” os cadáveres dos fetos abortados, eles estão apresentados tais e quais são.

    Ok, escolhi mal o exemplo. Corrija para: “Seria a mesma coisa que fazer uma campanha contra a direção sob efeito de álcool mostrando corpos humanos mutilados de vítimas de acidentes.”

    Sim, e coisas análogas a isso existem, nos emails contra álcool e direção que circulam por aí, naquelas propagandas do Ministério da Saúde do tipo “sinal vermelho não é vermelho por acaso” (mostrando uma bolsa de sangue), nas imagens das carteiras de cigarro alertando contra o vício do fumo. E ninguém rasga as vestes contra isso.

    [Aliás, registro que, para o Ministério da Saúde, o feto é o que convém ao que ele deseja. Se for para estampar em maços de cigarros, é um bebê. Se for para defender o aborto, é “um punhado de células” ou qualquer outra coisa que o valha.]

    Por fim, não existe ninguém defendendo a mutilação de corpos nos acidentes de carro, ao contrário do assassinato de crianças no ventre de suas mães, que muita gente defende. Todo mundo sabe que um corpo mutilado de um acidente de trânsito é uma coisa horrível, mas os abortistas querem a todo custo fazer as pessoas “esquecerem” que o aborto mata bebês. Estas imagens são utilíssimas para lembrar isso.

    Abraços,
    Jorge

  18. “A morte de qualquer “punhado de células”, grande ou pequeno, evita muitos problemas e sofrimento.”

    Sim, você pode praticar esse reducionismo, mas o que importa é o balanço entre benefício e malefício produzido pelo ato.
    Imagino que você vá argumentar que o feto abortado poderia compor uma sinfonia ou curar o câncer. Infelizmente, as decisões são tomadas no tempo presente e, para fins estatísticos, a contribuição de um ser humano em potencial para a sociedade é próxima a zero. O malefício materno, familiar e social é claro em alguns casos.

    “Salvo raras exceções, as pessoas não matam por matar, e sim porque têm alguma motivação”

    Exato! E por esse mesmo motivo o abortamento é justificável! Tanto quanto a morte em legítima defesa, mortes para a defesa da pátria e a eutanásia. São mortes que evitam o sofrimento pessoal ou social.

    “É legítimo assassinar uma pessoa, ainda que seja para evitar problemas e sofrimento?”

    Um feto abortado não é uma pessoa. Não concordo com a sua premissa – e nem a sociedade. Petição de princípio.
    Pergunto, extinguir uma não-pessoa (como uma vaca, galinha ou uma cobra) para maximizar o bem-estar e minimizar o sofrimento é justificável?

    “Outrossim, insisto que mostrar a realidade não pode ser sob nenhuma ótica chamado de “espantalho”, por óbvio.”

    Mostrar uma pequena parte da realidade pinçada e exposta de maneira agressiva é. É um espantalho por desviar a atenção dos tópicos importantes como o bem-estar da mulher e da sociedade como um todo para a parte técnica do procedimento.

    “Mallmal, uma pessoa assassinada é uma coisa repulsiva por causa do assassinato, e não por ser “nojento”.”

    Jorge, um produto de abortamento não é uma pessoa assassinada. Tanto não o é que antes da 20ª semana você nem poderá realizar um enterro dessa “pessoa”, que não terá sequer nome para a sociedade (uma clara evidência ontológica no âmbito da Antropologia e da Sociologia).
    Observe que sou contra o abortamento após a 20ª semana. Cerca de três-quatro semanas após essa data, o punhado de células não-pensante adquire a capacidade de sobreviver no meio externo e conexões neurais mais avançadas.
    Sei que estou andando em terreno pantanoso com essa afirmação e, portanto, já esclareço. Um ser humano adulto que por que ventura for tornar-se incapaz de pensar e sobreviver sozinho já tem os seus direitos constituídos.
    O feto não tem direitos pois nunca chegou a existir de facto para a sociedade civil e laica.

    “Os cadáveres dos bebês abortados estão sendo expostos para se mostrar que bebês estão sendo assassinados, e não porque são “nojentos”.”

    Correção. Os restos embrionários estão sendo mostrados de maneira agressiva para manipular a opinião pública através de argumentos emocionais e não racionais.

    “Comparar um cadáver com fezes é só mais uma comparação descabida.”

    Para a Medicina e para a sociedade em que você vive, tais entidades são equivalentes no que se refere a seu tratamento e destino. A lata de lixo.

    “Não obstante, conheço muitíssimos casos de embriões desenvolvidos que vêm depois defender o “direito” das mulheres de impedirem que outros embriões como eles já foram um dia se desenvolvam.”

    Sim! E sou um deles! Só há uma pequena diferença. Fui fruto de uma gestação desejada, concebido por pessoas responsáveis e capazes e não possuía qualquer indício de malformações incapacitantes.

    “E uma prática cujos defensores não estão dispostos a aplicar a si próprios é obviamente indefensável. E isso não tem nada a ver com religião.”

    Discordo. Por motivos óbvios relacionados à tessitura de nosso universo, é impossível aplicar o procedimento em qualquer pessoa que o defenda.
    Seria como você dizer que um adulto não pode defender a realização de circuncisão (sem sionismos envolvidos, apenas pela sua eficácia em reduzir a transmissão de DSTs e a incidência de câncer peniano) em recém-nascidos porque não pode a ela ser submetido em tal época da vida.
    Claro, um adulto pode ser circuncidado. E é exatamente por esse motivo que defendo a eutanásia voluntária ou decidida por junta médica. Manifesto publicamente aqui – e em qualquer outro meio – que desejo ter o meu direito de extinguir minha própria vida em situações extremas validado, bem como gostaria que tais procedimentos me fossem administrados em casos de incapacidades funcionais extremas e potencialmente irreversíveis.

    “Esses “punhados de células” são seres humanos, é óbvio, e isso é uma evidência biológica que tu não podes negar.”

    Se você quer dizer que são punhados de células com genoma humano, concordo com você.

    “O teu apriori de que não são seres humanos é tão irracionalmente contrário às evidências que te incomodas quando são mostradas as fotos da realidade que faz calar o pseudo-argumento.”

    Essas fotos não “calam” nenhum argumento. São puro apelo à emoção, embasado na similaridade entre os ditos punhados de células e bebês humanos viáveis, desejados e funcionais.
    E quais são as “evidências” que você cita, mas não apresenta?
    Aqui vou manifestar um argumento interessante. Por que motivo as organizações católicas não se posicionam tão aberta e entusiasticamente contra o D.I.U. e a pílula do dia seguinte?
    Ambos os métodos são claramente abortivos e utilizados com muito maior frequência. Já ofereço a minha resposta. O apelo emocional de um zigoto ou mórula de menos de 50 células é absurdamente inferior ao de um punhado um pouco maior, com aparência vagamente humana, mas ambos compartilham dessa “propriedade de talvez se tornar humano”.
    Os embriões e fetos expostos nessas fotos são extremamente similares aos olhos de um leigo a embriões de outras espécies. Se eu mostrasse a você fotos de abortamentos de macacos, cachorros ou outros mamíferos, você sentiria a mesma revolta?
    E se eu o enganasse dizendo que são “pessoas humanas”, como você está tentando fazer? Percebe onde reside minha crítica ao claro e evidente apelo emocional e irracional dessa campanha?

    “Não tem ninguém “maquiando” os cadáveres dos fetos abortados, eles estão apresentados tais e quais são.”

    Sim, estão. Eu poderia maquiar as fotos ao inverso escrevendo: “Eu ia matar a sua filha”, “Eu não possuo cérebro e morrerei em duas semanas, fazendo a mulher em cujo útero eu estava sofrer mais do que devia”, “Eu sou fruto de um estupro pedofílico”… Entendeu? Sem a maquiagem verbal, poderiam ser fotos de abortos espontâneos(que acontecem em cerca de 2/3 das fecundações, inclusive!).

    “Sim, e coisas análogas a isso existem, nos emails contra álcool e direção que circulam por aí, naquelas propagandas do Ministério da Saúde”

    Também sou contra.

  19. Pedro, procure saber do genocidio de Ruanda…. a igreja foi cumplice !!!
    procure saber da Croácia de Ante Pavelic….

    pedro.. olha qm vem de moralismo…. a $anta igreja que esbraveja contra o aborto.. “em nome da vida” é a mesma que fez pacto com Hitler, Mussollini, Pavelic (Ustasha)… foi cúmplice do massacre de Ruanda… da ditadura argentina….

    Prove isso tudo aí, mocinha “anônima” corajosa.

    Se houve religiosos envolvidos em crimes de guerra na Croácia, durante a segunda guerra, houve a oposição e a ação do cardeal Aloysius Stepinac.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Aloysius_Stepinac

    A Igreja não fez pacto nenhum nem com Hitler, Mussollini ou com Pavelic. O Vaticano jamais reconheceu o “Estado Independente da Croácia”. Nem o marechal Tito teve cara de pau suficiente para acusar Stepinac de qualquer crime de colaboracionismo com os aliados dos nazistas.

    Esse papo furado aí sobre a ditadura argentina já é bastante velho.

    Agora fala que a Igreja foi cúmplice em Ruanda também…

    É muita cara de pau dessa turminha de mentirosos compulsivos…

    Ah, faltou falar que a Igreja é que foi a responsável pelo tsunami, pelo furacão Katrina e pelo acidente com o Air France. Não se esqueça dessas acusações também, viu Realista?

  20. Tá provado: A Igreja é culpada de tudo de ruim que acontece no mundo. Até da queda do Vashhhco e do Curíntia (do Curíntia, mano!) pra segundona…

  21. Só para registrar mais uma contradição do Malmall:

    “Os fetos abortados são matéria orgânica em decomposição, que não pode ser legalmente sepultada como um ser humano antes da 20ª semana.”

    Então, Mallmal, se tiver com mais de 20 semanas aí já é ser humano?
    Carlos.

  22. SE a Igreja foi culpada pela queda do Grêmio para a segundona anos atrás, pontos pra ela! eheheh…

  23. Outros já responderam, mas apenas um comentário se algum desinformado esbravejar: “Ah, mas e a Concordata de Latrão que Pio XI assinou com Mussolini em 1929?”

    (Embora eu duvide que um desinformado saiba que se chama Concordata de Latrão, que foi com Pio XI – na verdade, um bispo, pois o tratado não foi assinado pelo rei – e em 1929)

    Então: a pendenga conhecida como “Questão Romana” estava pendente (senão não seria pendenga) desde 1870, com a Reunificação Italiana, então era necessário assinar um Tratado (Concordata) para definir que partes de Roma caberiam à Santa Sé. Mussolini respondia pelo rei Vittorio Emmanuelle II em questões de Estado, na época. Lembre que a Itália ainda era uma monarquia católica, então era natural que a concordata definisse o catolicismo como religião oficial (com consequências para o ensino, por exemplo).

    Não tem nada a ver com a Segunda Guerra Mundial ou com o fascismo.

    Viu? É assim que se argumenta com História, e não com “procure saber sobre o genocídio… a Igreja foi cúmplice!”. Frases assim não dizem nada.

  24. >>Só para registrar mais uma contradição do Malmall:

    >>“Os fetos abortados são matéria orgânica em decomposição, que não pode ser legalmente sepultada como um ser humano antes da 20ª semana.”

    >>Então, Mallmal, se tiver com mais de 20 semanas aí já é ser humano?
    Carlos.

    Mais ainda: o que define o que é ser humano é a LEI? Onde entra a natureza nisso? Se aprovarem uma lei dizendo que um biscoito é ser humano, eu vou ter de fazer um funeral toda vez que tirar um biscoito partido no pacote…

    (não duvidem da capacidade dos governantes para leis esdrúxulas: aqui no DF já “demitiram” o gerúndio).

    Viram só? Utilitarismo extremo somado ao relativismo fanático é uma combinação perigosa…

  25. Apesar de considerar falso considerar a noção de pessoa um conceito exclusivamente jurídico, eu pergunto àqueles que não consideram o feto (e o embrião) um ser vivo da espécie humana como então defini-lo. Que é um “conjunto de células” funcional é biologicamente inegável (logo é conceituável e, portanto, parar a definição dessa realidade como mero “conjunto de células” é absolutamente ridículo). Que é um ser distinto tanto do pai quanto da mãe também o é. Que é um ser vivo também é óbvio. Bom, se é um “punhado de células” funcional, distinto biológicamente dos pais e vivo e não pode ser caracterizado como ser humano é o quê então? A que espécie pertence esse ser?

  26. “Então, Mallmal, se tiver com mais de 20 semanas aí já é ser humano?”

    Carlos, como eu já disse – e você não leu – sou contra abortamentos acima da 20ª semana.

    “Mais ainda: o que define o que é ser humano é a LEI?”

    Pedro, para fins práticos, é. Além disso, em teoria (e eu sei que na prática isso não se aplica 100%) a Lei é o reflexo da moral da sociedade.
    Se não é a Lei a definir o ser humano, quem vai fazer isso? A religião? Isso não seria uma boa idéia, pois teríamos muçulmanos definindo judeus como seres inumanos e vice-versa, católicos definindo escravos, bruxas e muçulmanos como não-humanos e por aí vai…

    Você me acusa de utilitarista e relativista. Quem é utilitarista é a Igreja, que muda suas definições de acordo com o status quo da sociedade. Com o aumento do Laicismo, da Democracia e do Livre-pensamento pelo mundo nos últimos dois séculos, está gradativamente assumindo essa postura Mary Poppins. Bem diferente das épocas de teocracia…

    Meio que fora do que está sendo discutido, mas preciso perguntar:

    1) Como uma religião cujo Deus assassinou os primogênitos de todo um povo pode manifestar-se publicamente contra o abortamento? Como pode o abortamento ser moralmente errado e o infantícidio, não?

  27. Mallmal

    O Jorge já advertiu várias vezes aqui que não admite a tática de tergiversar e mudar de assunto antes de se concluir um tema.

    Sugiro você responder às questões já levantadas sobre o conceito de ser humano, por exemplo.

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