O fim de quem abraça o estado eclesiástico

Quem digita “padre Fábio de Melo” no Google recebe como primeiro resultado um link para “Fábio de Melo – novo site”. Na descrição, lê-se: “Site oficial do compositor, escritor e cantor Padre Fábio de Melo”.

Compositor. Escritor. Cantor. Só depois, ao final, padre. Já há diversas polêmicas internet afora envolvendo o reverendíssimo sacerdote e os mais díspares críticos, de modo que as minhas palavras sobre o assunto seriam, no máximo, redundantes. Quero apenas fazer um breve comentário sobre o que enxergo ser o cerne da problemática.

Tem razão – por exemplo – a Montfort em dizer que “Padre Fábio de Melo é um herege completo”? Decerto que não. Primeiro, que um católico vere et proprie herege, nos dias de hoje principalmente, é uma coisa relativamente rara (aliás, o que vem a ser um “herege completo”? O que seria um “herege pela metade”?). Segundo, que, dentre os diversos graus de censura teológica existentes, é muito pouco provável que os textos do padre Fábio fossem classificados como “heréticos”. Terceiro, que não se chama um sacerdote do Deus Altíssimo de “herege completo” em público antes que os seus superiores o façam.

Tem razão, então, o padre Fábio de Melo em escrever e falar as barbaridades que escreve e fala? Tampouco. O problema, no meu entender, está expresso de forma lapidar no site oficial do padre: é o reverendíssimo sacerdote comportar-se como compositor, depois como cantor, depois como escritor, e só depois como padre católico.

“O fim de quem abraça o estado eclesiástico”, escrevia São Pio X, “deve ser unicamente a glória de Deus e a salvação das almas” (Catecismo de São Pio X, q. 820, grifos meus). E para as almas serem salvas é necessário que elas possuam a Fé Católica e Apostólica, sem a qual ninguém pode agradar a Deus e se salvar. Um sacerdote do Deus Altíssimo, então, que deve ter como único fim a glória de Deus e a salvação das almas, precisa empenhar-se com todo o seu ser na propagação da Fé. Precisa torná-la compreensível aos seus fiéis. Por isso, como é doloroso ver o Padre Fábio de Melo compôr, depois cantar, depois escrever, e só depois anunciar a Fé!

O resultado é que a Doutrina vem expressa de maneira sofrível, e é necessário um bocado de boa vontade para interpretar as declarações do reverendíssimo sacerdote em um sentido católico. Isso é muito triste, porque enseja reações [às vezes mais duras do que seria devido, de modo que restam improfícuas por falta de prudência] dos católicos indignados com o digníssimo desleixo sacerdotal; e isso sem falar na multidão incomensurável dos católicos que precisam da Doutrina Católica para se salvar e, no entanto, são forçados a hercúleos esforços para encontrá-La sob o manancial de futilidades e digressões complicadas que jorra em profusão dos discursos do reverendíssimo padre Fábio de Melo! Acaso todos eles são capazes de semelhante empreitada…?

Consegue o padre – entre trancos e barrancos – fugir da heresia, mas o objetivo do sacerdote não é simplesmente fugir da heresia, e sim fazer a Doutrina conhecida, para que Deus seja glorificado e as almas sejam salvas, como ensinou São Pio X! O discurso dos sacerdotes [de todos os católicos aliás, mas dos sacerdotes de uma maneira particularíssima] deve almejar ser o mais fiel possível à Doutrina Católica, e não simplesmente possuir o mínimo indispensável para não ser classificado como heteroxo. Fazer desta segunda concepção a norma da própria vida é, infelizmente, não compreender qual é realmente o fim de quem abraça o estado eclesiástico, ou os meios necessários para alcançá-lo.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

87 comentários em “O fim de quem abraça o estado eclesiástico”

  1. Bravo, Jorge, Bravo!!!!

    Eu não quereria entrar em mais uma discussãozinha tradicionais x modernistas… isso já virou clichê internético…

    Mas vc disse o que eu diria, Jorge…

    Seu blog tem esse poder de calar a minha boca, porque diz o que eu gostaria de dizer com muito mais coragem e efifácia…

  2. No meu entender, o problema vem de cima.
    Se há algo errado, precisa ser corrigido.
    O problema é que os bispos não se impõem como autoridade que são sobre os padres.
    Como poderiam, se muitas vezes não seguem as orientações do Papa?
    Vira uma anarquia.
    Por que um fiel vai obedecer ao padre se este não obedece ao bispo?
    E o padre vai dizer: Por que eu vou obedecer ao bispo se este não obedece ao Papa?
    Somente uma decisão enérgica do Papa Bento XVI pode começar a mudar alguma coisa, mas a coisa anda tão à vontade que uma mudança brusca demais geraria um cisma, e isso o nosso Bento XVI, acredito eu, não vai arriscar.
    Talvez ele queira ser mais enérgico, mas acostumou-se durante tanto tempo todos a fazerem o que acham melhor que, se tirar isso, a transição será bem complicada.

  3. É Jorge seu comentário foi redundante mas pro lado de irrelevante.

    Só serviu pra alfinetar a monfort.

  4. Que bobagem o comentário sobre a expressão “herege completo”. Soa como uma mera intriguinha, pois qualquer um percebe que se trata de uma idiossincrasia do estilo de Fedeli para dar ênfase ao que quer dizer. Além do mais, se os textos do Pe. Fábio contrariam, mesmo que involuntariamente, algum dogma da Igreja, ele é um herege material. Os nomes aos bois podem ser dados. Para que criticar isso, tentando demonstrar, através desse tedioso “nem-nem”, uma falsa sabedoria?

    Os artigos da Montfort estão excelentes. Alguém tem de fazer esse trabalho para desestrurar um pouco a ação nefasta do padre. Concordo com o Junio aí em cima. O seu artigo tem mais o objetivo de alfinetar a Montfort do que ser útil na questão do Pe. Fábio, e por isso ele se torna irrelevante.

  5. Fernando e Junio,

    Sinto muito. Talvez não tenha ficado claro, mas eu só quis dizer que, immo, o problema do pe. Fábio é o seu péssimo discurso, que é justo ser combatido, mas que alguns mais atrapalham do que ajudam ao fazerem extrapolações indevidas [como as “idiossincrasias” de estilo] e ao tratarem em público um sacerdote do Deus Altíssimo de maneira [pra dizer o mínimo] inadequada.

    Abraços,
    Jorge

  6. Caro Jorge,

    Você diz que “não se chama um sacerdote do Deus Altíssimo de ‘herege completo’ em público antes que os seus superiores o façam”.

    Mas e se um sacerdote do Deus altíssimo estiver ensinando uma heresia (como, por exemplo, que Cristo não está realmente presente na Eucarisia), devemos esperar que os seus superiores o chamem de herege em público? E até quando devemos esperar?

    Que eu saiba D. Tomás Balduíno, Marcelo Barros, Padre Pinto, Frei Boff, Frei Beto (se bem que este acho que nem é sacerdote) etc, nunca foram chamados em público de hereges pelos seus superiores…

    Se os superiores dormem e não fazem o seu papel de pastores que protegem as ovelhas, não podem as próprias ovelhas dar o grito de alerta contra o lobo?

    Um abraço.

    Carlos.

  7. Jorge, esse artigo que você escreveu é tipico do pessoal do Veritatis, se você seguir o raciocínio desse pessoal você vai parar no meio do caminho.

    E eu também concordo com o comentário do Carlos. Será que estes ”sacerdotes” mencionados por ele não podem ser chamados de hereges?

  8. Lá vai o meu pitaco.

    Leigos não deveriam estar debatendo isso. Seja o seu OF, seja o seu Jorge, seja eu aqui.

    Leigos nem deveriam ficar sabendo em escala mundial de uma tragédia destas.

    Os Srs. bispos é que tem o dever de coibir essas monstruosidades.

    Porque não o fazem; deixando tal episódio aberto a livre-interpretação de Jorges, Orlandos e Gustavos?

  9. “Tem razão – por exemplo – a Montfort em dizer que “Padre Fábio de Melo é um herege completo”

    Para ele ser completo só falta a oficialização.

    Lisardo (DFLD)

  10. Existem algumas frases do Pe. Fábio de Melo realmente mal-interpretadas. Contudo, outras – e essas são de um número considerável – fogem totalmente da doutrina católica, da moral da instituição da qual ele é não só participante, mas sacerdote.

    Isso tudo porque ele quer “adocicar” o Magistério da Igreja com as teorias modernistas e essa tentativa – assinala o mesmo Papa Pio X – não pode ser bem realizada sem que ocorra uma distorção da lei de Deus.

    Não se trata – sublinho – de ser rad-trad ou anti-Vaticano II. Até os mais “moderninhos” reconhecem os absurdos nas falas do Pe. Fábio. Verdade imutável da Igreja? Que nada! O dogma evolui…

    Lamentabili.

  11. Concordo com os comentários do Fernando, Junio,Carlos, Renato e Portal União.
    Ademais se os excessos do Reverendíssimo padre sao públicos a crítica também tem que ser já que o seus superiores não o fazem que alguém possa censurá-lo e convenhamos que o professor o faz com maestria. “idiossincrasias” de estilo a parte.

    Em Cristo por Maria

  12. NINGUEM ESTA NEM AÍ PARA VOCES QUE FICAM PERDENDO TEMPO DE ATACAR O PE FABIO, VOCES QUE SE MATEM DE FALAR, O QUE IMPORTA É QUE O PE FABIO ESTA CADA VEZ MAIS LEVANDO JOVENS ,ADULTOS E IDOSOS PARA A IGREJA, ELE É UMA BENÇÃO EM NOSSAS VIDAS, ALIAS SUA BENÇÃO PADRE FABIO

  13. Carlos [e demais],

    O mundo não é preto-e-branco. Não existe somente a propositio haeretica, mas também a heresi proxima, a haeresim sapiens, a piarum aurium offensiva, a male sonans, etc. Há matizes e nuances que não podemos ignorar, ainda mais quando estamos falando de um sacerdote do Deus Altíssimo. Sugiro – de novo – a leitura do texto de Santa Catarina de Sena sobre o respeito devido aos sacerdotes:

    https://www.deuslovult.org//2008/11/21/respeito-devido-aos-sacerdotes-sta-catarina-de-sena/

    É óbvio que há necessidade de censura pública ao padre Fábio, mas ela deve ser feita na verdade e na caridade. Alguns comentários feitos internet afora não têm nem a primeira e nem muito menos a segunda!

    Em primeiro lugar, não ficou, absolutamente, demonstrado de modo inequívoco que exista propositio haeretica nos textos do padre Fábio. Está-se fazendo extrapolações indevidas das palavras do sacerdote que o autor não subscreve: nem a Inquisição agia desta maneira, quanto mais os leigos, por mais idiossincráticos que sejam! E aí os católicos são forçados a tomar a absurda posição de se levantar contra este espantalho e defender o padre Fábio, quando existe tanta coisa a se censurar nas atitudes dele! Isso é, sinceramente, frustrante.

    Em segundo lugar, ainda que houvesse – e não há – demonstração inequívoca de propositio haeretica no discurso do pe. Fábio, não seria caso de se dizer em público que ele é um herege simpliciter (muito menos um idiossincrático “herege completo”), porque heresia não é simples negação de verdade de fé, e sim negação pertinaz. Isto significa que o sujeito precisa (a) ou ter sido admoestado por autoridade competente, ou (b) ter consciência de que está negando uma verdade de Fé. A primeira coisa não aconteceu e, a segunda, não dá para demonstrar. É, portanto, inoportuno e contra-producente, para dizer o mínimo, o circo armado por alguns para atacar o padre Fábio.

    Volto a dizer que é frustrante! Existe uma infinidade de coisas que precisam ser corrigidas no padre Fábio. Daí vêm alguns à praça pública chamá-lo de herege (coisa que não se pode dizer que seja). As pessoas defendem o padre com inacreditável facilidade desta estapafúrdia acusação, e então colocam num mesmo saco os irresponsáveis que chamam publicamente o padre de herege e os que vêem os problemas reais do padre Fábio, e então a discussão sobre estes problemas é simplesmente descartada. Culpa do padre Fábio, obviamente, que não aprendeu a escrever direito. Mas culpa também da sanha quixotesca de caça às bruxas d’alguns que se julgam os guardiões da Ortodoxia.

    A comparação com os outros expoentes da Teologia da Libertação é inadequada, porque a Teologia da Libertação já foi, sim, condenada, inclusive na figura do próprio Leonardo Boff, como ele gosta de se gabar.

    Abraços,
    Jorge

  14. Desculpe Caríssimo,

    Você falou falou e não convenceu.
    O que mais precisa dizer e fazer o Pe. Fábio?
    Irresponsável é ele e não quem desmontra seus erros.
    Jorge o seu blog é bom é interessante e acredito que muito acessado. Só que as vezes vc tem uns posicionamentos que decepciona. Francamente!

  15. Ângela,

    Meu objetivo não é simplesmente “convencer”, e sim expôr as coisas tais e quais são. Não dá para subscrever os espantalhos levantados por uns e outros.

    O padre Fábio já passou de todos os limites e precisa ser repreendido inclusive publicamente. Mas repreendido pelo que faz, e não por coisas inventadas, como alguns fazem.

    Inventar acusações só faz desviar o foco das acusações verdadeiras que precisam ser feitas, e isso é profundamente frustrante, como eu disse. Agora, ao invés de criticar o padre Fábio por aquilo que ele precisa ser criticado [acho que nenhum de vocês percebeu, mas era era exatamente este o teor original do post], eu sou obrigado a perder tempo defendendo o padre Fábio das acusações descabidas, irresponsáveis e contra-producentes que lhe jogaram. Francamente!

    Abraços,
    Jorge

  16. A Ângela tem razão!

    “eu sou obrigado a perder tempo defendendo o padre Fábio”

    Deixemos que os fãs façam isso!

    Defenda a Igreja meu caro!

  17. A questão que aqueles que se apressam em acusar de heresia o Pe. Fabio ignoram, voluntária ou involuntariamente, está expressa no primeiro comentário do Jorge: o Padre tem que ter consciência de que está negando uma verdade de fé!

    Não se esqueça que vivemos em tempos sombrios, em que mesmo bispos desconhecem certos conteúdos da Doutrina Cristã, e que há uma crise de fé mesmo!

    É tão contraproducente chamar de herege um sacerdote que não consegue alcançar a profundidade dos erros que professa, quanto chamar um cachorro de ignorante e estúpido porque ele comeu seu trabalho de ciências do colégio.

  18. “o Padre tem que ter consciência de que está negando uma verdade de fé!”

    Ah ah ah aha ha ah

    Vamos ter que aplicar essa teoria aos pastores protestantes também! Se não tem consciencia… tá perdoado!

    Me poupem!

  19. Captare caríssimo,

    Desculpe-me pelo trocadilho infame, mas você não captou nada.
    Você e o Jorge não estão brincando, só pode ser!
    Valei-me meu Deus.

    Lisardo vc resumiu bem a situação.
    Nos poupem!

  20. Errata:
    Eu quis dizer: vc e o Jorge só podem estar brincando…

  21. Caro Jorge,
    Sem desejo de polemizar mais, mas apenas para eu entender bem, você disse que está defendendo o Pe. Fábio de Melo das acusações mentirosas que estão lhe fazendo, das coisas que estão inventando contra ele. Mas ele não disse realmente aquelas coisas pelas quais está sendo chamado de herege, por exemplo, que a fé é feita para ser perdida? Isso não está até gravado? Sinceramente, não entendi.
    Um abraço.
    Carlos.

  22. Carlos,

    Sim, está gravado, mas o padre Fábio não está dizendo que as pessoas devem ser atéias. Como na questão da Eucaristia, ele não está negando a transubstanciação. Como na questão da Ressurreição, que ele tampouco nega. É exatamente o que eu estou dizendo, sobre o modus operandi de alguns: o pe. Fábio – não tenho dúvidas – não subscreveria nenhuma das acusações que lhe são imputadas. E ninguém pode ser herege por idéias das quais não comunga. Repito que a Inquisição não agia assim e, portanto, não vejo a mais remota justificativa para que os leigos assim ajam.

    Existem muitos problemas graves com o pe. Fábio que precisam ser atacados (dentre os quais eu destacaria como da máxima urgência a sua péssima capacidade de expressão), e a idiossincrática palhaçada pública levanta uma cortina de fumaça que impedem os problemas corretos de serem tratados.

    Abraços,
    Jorge

  23. Das duas, uma: ou o Padre Fábio tem noção de que está falando coisas que não combinam com a Tradição Apostólica e o Magistério (e daí pode ser acusado de ter posturas heréticas); ou simplesmente fez Teologia sem cuidado e tenta discorrer sobre coisas que não entende (daí pode ser tido como um ignorante). Seja como for, o Padre Fábio precisa urgentemente ser admoestado!

  24. Vou fazer uma pequena reflexão. Não precisam concordar comigo. Apenas acompanhem meu pensamento:

    Tudo é questão de uma cadeia: Pe. Fabio, RCC, Missa nova, CVII etc etc.

    Agora vejam outra cadeia de ítens: TL, PT, Comunistas, Frei Beto, CNBB etc etc.

    Ninguém pode apoiar parcialmente os ítens acima. Ou apóia todos os ítens dessas cadeias ou… nenhum!

    O que me admira no Jorge é que ele tem uma única linha de pensamento, ou seja, se errado ou não, ele continua com sua linha de DEFESA! Acho até que o mesmo daria um excelente advogado!

    O Jorge “não esconde o jogo”. Ele acredita naquilo que defende se mantém nessa linha.

    Outra coisa boa que ele tem, na minha opinião, é a publicação de todos os comentários, mesmo os que venham a lhe contradizer. Na blogsfera poucos tem essa tolerancia e paciencia dele!

    Finalizando, é muito salutar ler o Jorge quando seu alvo faz parte de uma cadeia que ele…

    …não apóia! (rs)

  25. “[Pe Fábio de Melo tem que]ter consciência de que está negando uma verdade de Fé.”

    Jorge,
    admiro seus textos, sua escrita e sua clareza, porém, não posso acreditar que você realmente defenda que o Pe Fábio de Melo não tem noção do que escreve. Por favor, isso é muita ingenuidade. O livro ‘Cartas entre amigos’, provavelmente passou por revisão, certamente o Pe leu e releu o que escreveu e ainda assim publicou. Ele não é mais criança, tem plena consciência do que faz. O que acontece é que ele não tem caráter suficiente para voltar atrás em suas afirmações, depois que demonstradas que incorrem em erro.

    Att!

  26. Lisardo, você fala como se competisse a nós perdoar ou não os pastores protestantes. A questão, caríssimo, não é quem devemos perodar ou condenar, o que não é nossa função. A questão é que para resolver qualquer problema, temos que ter a correta compreensão das reais dimensões do problema. Repetir fórmulas jurídicas não é producente contra quem não sabe o que elas implicam.

    Uma coisa é você colocar o problema como ele realmente se apresenta: “o Pe. Fábio deve ser confrontado com as fontes onde estão definidas as verdades de fé que ele vilipendiou, voluntária ou involuntariamente”; outra coisa completamente diferente é pressupor que esta etapa já foi cumprida e tascar a sentença condenatória. Como o Jorge falou, fica mais grave se considerarmos a atitude piedosa que devemos ter para com um sacerdote.

    Ah! E rir de maneira arrogante também não é producente. Não tenho nada contra a ironia: gosto dela. Mas a segurança para usá-la, só tem quem entende a profundidade do assunto. Sua reflexão sobre o que apoiar parcialmente ou totalmente só mostra que você preferiu, pelo menos neste assunto, pensar de uma maneira linear que não te dá a correta dimensão da questão.

    Ângela, o seu trocadilho até que foi engraçadinho(mesmo! sem sercasmo). Mas sua acusação foi vaga. Por que o que eu falei pode ser interpretado como uma brincadeira? Principalmente se tratando de um assunto tão sério.

    Paz e Saúde a todos vocês…

  27. Jorge, não adianta ficar brincando com a palavra idiossincrasia. Você veio com uma bobagem “completa” quando se aprofundou na distinção entre “heresia completa” e “heresia pela metade”, pois todos sabem que o “completo” é só um reforço, uma maneira de se expressar. Todo mundo já falou assim um dia. Ficou claro que você quis fazer uma gracinha sem graça.

    Também é estranho você criticar os juízos sobre ortodoxia e heterodoxia feitos pela Montfort e ao mesmo tempo aceitar selos de ortodoxia do Veritatis. Contradição total, visto que trata-se da mesma situação. Afinal, quem é o Veritatis para julgar que o seu blog é ortodoxo?

    E, para finalizar, foi só um erro de expressão quando o padre disse claramente que o dogma evolui? A negação pertinaz carateriza a heresia formal, mas o padre, mesmo que sem querer, negou verdade de fé, portanto é herege. Não formal ainda, mas herege é. Ele não se retratou de nada. Se fosse só erro de expressão, ele reconheceria o erro imediatamente. Mas o que nós estamos vendo é uma tentativa desesperada do seu amigo Pe. Joãzinho de se justificar e justificar o amigo.

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