A imprensa e a internet

Há um “ditado” em informática que diz o seguinte: para fazer uma besteira (o termo não é bem esse, mas preciso torná-lo adequado ao blog), é suficiente uma pessoa. Agora, para fazer uma grande besteira, é preciso uma pessoa e um computador.

A brincadeira me veio à mente quando eu pensava na Reforma Protestante e nos desastrosos efeitos que ela provocou na Europa do século XVI. Eu pensava no papel determinante que a invenção da imprensa desempenhou na propagação das heresias de Martinho Lutero e, por conseguinte, nas proporções que teve a Reforma. E disse para mim mesmo, parafraseando o ditado acima: para se fazer um herege, basta um monge bêbado sem vocação. Para lançar a Alemanha inteira na heresia, no entanto, só com um monge bêbado sem vocação e uma máquina tipográfica.

Não que a invenção da imprensa tenha sido uma coisa ruim. Facilitou o acesso a inestimáveis tesouros culturais antigos, propiciou o aumento da produção intelectual, popularizou escritos aos quais, de outra maneira, dificilmente as pessoas teriam acesso. No entanto, isso não é “um bem em si mesmo”. Depende do que foi feito com os tesouros antigos, do tipo de produção intelectual que foi feita, de qual literatura foi popularizada.

No caso da imprensa (cujo primeiro trabalho foi, ironicamente, a Bíblia de Gutemberg), ela foi terrivelmente usada por Martinho Lutero para espalhar os seus escritos e, assim, angariar adeptos para as suas heresias. Posso cometer alguma injustiça por ignorância histórica, mas tenho a impressão de que, olhando para trás, a partir da Reforma Protestante, os maus frutos da invenção da imprensa são mais visíveis do que os seus bons frutos.

A internet hoje provoca uma revolução análoga àquela que a imprensa provocou outrora. E é possível fazer também paráfrases do ditado ao qual eu me referia no início do post. Uma das que vejo mais claramente é no que se refere à castidade. Para levar material pornográfico para um jovem, um canalha é suficiente; para massificar a pornografia entre a juventude, é preciso um canalha e a internet.

Precisamos dar um melhor uso à internet do que este. E é com muita alegria que eu vejo o potencial positivo que a internet tem, nos sites de defesa da Fé Católica, nas listas de discussão por email, na possibilidade de contato entre pessoas que, de outra maneira, provavelmente jamais se conheceriam. É importante trabalhar e explorar essa potencialidade da rede mundial de computadores. Para, quem sabe, fazermos uma paráfrase enfim positiva do ditado da informática: uma que revele a importância da internet na manutenção e na promoção da Fé Católica durante a terrível crise do final do segundo milênio.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

8 comentários em “A imprensa e a internet”

  1. Que [CENSURADO] de matéria, entrei nesse site direcionado pelo google pra ler uma outra matéria, e resolvi dar uma fuçada e dou de cara com essa [CENSURADO] preconceituosa e grosseira que nem sei se pode ser chamada de opinião, apenas uma ofensa gratuita aos protestantes, e engrandecimento de uma [CENSURADO] de uma religião chamada catolicismo que só trouxe desgraça pra humanidade… ah e monges/padres/papas bêbados é que é uma coisa comum, acho q Lutero no seu primeiro momento de sobriedade foi que percebeu o monte de lixo que estava envolta dele e resolveu esclarecer a mente de quem estava perdido na enganação do catolicismo… graças a Deus por isso…

  2. Tava pensando um dia desses: essas pessoas não devem ter vergonha nenhuma de falar assim, com palavrões, preconceito e intolerância. Se fizessem isso ao vivo, seriam alvo de olhar torto, chacota, risos, caretas, talvez até alguns tomates. Eu morreria de vergonha, no mínimo.

    Por isso dizem assim na internet. Duvido que fariam o mesmo ao vivo, na frente de todo mundo e dos filhos, esposa, etc. Ou então não têm vergonha porque tratam os membros da família da mesma forma.

  3. Concordo inteiramente com o texto. Esse senhor que foi censurado várias vezes, naturalmente por escrever palavras de baixo calão, agride a igreja de Jesus, a única que ele fundou. Ele precisa além de ser mais agradável e educado, estudar mais, muito mais, assim ele saberia quem foi Martinho Lutero, não vou dizer quem foi, para ve se ele estuda, duvido muito, pois os protestantes geralmente detestam estudar, o que eles adoram é abrir igrejolas em lojinhas 3×3 e dana a expulsar demônios para ver se arranja um monte de infelizes para sustentar as mordomias.A ignorância é horrível, mas a amargura, o ódio, e o ataque a Jesus e a Maria, sempre virgem Maria, deplora o ser humano a um sub-mundo desnecessário. E o pior que esses senhores nem sabem que o louco(era mesmo doente)do Martinho Lutero nunca desmentiu Maria, até ele que matou mais de cem mil pessoas em só dia juntamente com o Calvino, venerava Maria Santíssima. Sou católico mas mesmo assim estudei um pouco muitas religiões, parei com os protestantes, não dá para levar a sério. Não sei onde este senhor mora, mas desafio a um debate, desde que seja com nível de educação elevado, frente a frente para que eu possa provar a ele quem foi Lutero. Eu moro em Niterói. latria, hiperlatria e idolatria, é isso que os católicos fazem, entendeu?

  4. ´” religião chamada catolicismo que só trouxe desgraça pra humanidade…”

    Há sim claro, a Igreja Católica foi responsável pela fundação de inúmeras universidades na Europa e no mundo, deveria ter fundado nada deveria ter deixado o povo tudo ignorante.

    A Igreja Católica criou hospitais, orfanatos e asilos de idosos, deveria ter criado nada, deveria ter deixados os doentes morrerem as mínguas, as crianças que não tinham órfãs jogadas nas ruas e os velhos já que são velhos e que ficaram sozinhos ou foram abandonados pelas famílias deveriam também ser deixados de morrer as mínguas.

    A Igreja Católica proibiu o aborto que já era muito comum na época do Império Romano sendo que alguns a praticavam até mesmo em alguns instantes após a criança nascer, ou seja, se nascesse uma menina e os pais queriam um menino se jogava fora a criança até ela morrer de fome ou ser devorados pelos animais, coisa que acontece em algumas tribos indígenas aqui no Brasil e em nossos dias, que nada, a Igreja deveria deixar tudo como estava, aí nos dias de hoje nem precisava este debate de se legalizar ou não o aborto pois seria uma prática tão comum em nossos dias como a de comer e andar.

    A Igreja Católica proibiu lutas de gladiadores, que pena, deveria ter deixado, pois aí nos nossos dias poderíamos ver lutas em que dois homens irião lutar com outro até que um dos dois viesse a morrer, fora aqueles que tivessem que enfrentar feras ou eles matarião a fera ou serião devorado por ela, já pensou que divertido não seria ver isto tudo na TV, mas teve que ter a Igreja Católica lá atrás para proibir isto e hoje não temos mais esta diversão toda.

    A Igreja Católica através de seus missionários que vieram para evangelizar os indígenas que aqui residiam acabou com práticas como a de sacrifícios humanos que ocorriam entres os astecas e maias e com o canibalismo que ocorriam entre algumas tribos indígenas como aqui no Brasil, que nada, a Igreja deveria ter deixado os índios continuarem a sacrificarem seres humanos e a de comer carnes humanas, para que se intrometer nos hábitos alimentares e cultuais dos índios, sem sombra de dúvida a Igreja foi a maior megera de todos os tempos.

  5. Sr. Paulo, estou esperando a sua resposta, sobre o meu desafio, frente a frente, o senhor não é corajoso? então enfrente a verdade histórica, com certeza o senhor deve ser dono de uma igrejola 3×3. não sabe o que é o aborto,e nós católicos somos muito agresivos não é? Acreditamos em Deus, em Jesus e amamos e veneramos a sempre virgem Maria e o senhor o pastor. Leia o texto do Sdnei.

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