“Hierarquia dentro do Matrimônio” – prof. Carlos Ramalhete

[Em complemento ao post anterior do Deus lo Vult!, permito-me reproduzir na íntegra um email enviado pelo Carlos Ramalhete à lista Tradição Católica no início do mês passado. Achei que ele já estava disponível em algum lugar da net e ia somente linká-lo ao final do post passado; procurando, no entanto, não o encontrei. O texto é bem longo, mas é precioso. Recomendo enfaticamente a sua leitura atenciosa.

Fiz questão de mantê-lo tal e qual foi enviado, com os exemplos pessoais que foram lá citados, por considerá-los muito úteis e extremamente didáticos. Apenas fiz ligeiras correções tipográficas.

Fonte: Tradição Católica e Contra-Revolução.]

Pax Christi!

>Não concebo, e outros comigo como já falarei, que no matrimónio um
>seja superior e outro inferior, como ocorre numa hierarquia.

Creio que esteja havendo um grave engano sobre o que signifique hierarquia.

Isto não é incomum, devido à perversão do termo pela modernidade, e que é provavelmente o que faz com que ele seja evitado, a não ser em algumas raras ocasiões em que há alguma analogia com as hierarquias modernas (por exemplo, ao tratar de hierarquia eclesiática, caso em que a confusão leva a coisas como a tentativa americana de responsabilizar o Papa por crimes cometidos por um padre, como se o padre fosse um subordinado hierárquico ***no sentido moderno*** do Papa).

Vamos então ver algumas das diferenças:

1 – Na compreensão clássica de hierarquia, “superior” e “inferior” não são categorias ontológicas (ou seja, “ele é meu superior” não significa em absoluto que ele seja melhor do que eu);

2 – Na compreensão clássica de hierarquia, não há autonomia decisória do superior (ou seja, ele não tem o direito de inventar nada. Ele não pode chegar e dizer “doravante tudo será assim ou assado”, exigindo obediência incondicional);

3 – Na compreensão clássica de hierarquia, não há autonomia individual a ser afirmada ou negada (ou seja, não se trata nem de impedir o outro de ser de uma maneira, como o sargento treinador impede os soldados, nem de poder ou não poder tomar decisões, como é a diferença entre um subordinado e um superior numa hierarquia moderna). Isto ocorre pq a noção de indivíduo que é empregada na categorização hierárquica moderna não condiz com a noção de indivíduo que é operante na hierarquia clássica.

Vamos, então, por partes. A hierarquia clássica é entendida como um modo de pertença perfeita a uma ordem que começa e termina em Deus. A autoridade do superior (e estou usando este termo no sentido clássico; até eu chegar na definição de “superior”, peço que leiam como se fosse uma palavra doida qualquer, sem sentido: “a autoridade do peteléquio”, sei lá) começa e termina num enquadramento nesta ordem maior. Não se trata de uma autoridade autônoma ou delegada no sentido moderno (como a autoridade do capitão é delegada da do major, coronel, general, presidente, povo). Há, assim, ao mesmo tempo, uma liberdade enorme e uma restrição igualmente enorme em relação à noção moderna de hierarquia.

Enquanto na noção moderna o superior tem uma “listinha” de ordens que pode dar (por exemplo, o capitão não pode mandar os soldados atirarem no próprio pé deles), na hierarquia clássica não há limites deste tipo (“listinha”) nas ordens que o superior (o “peteléquio”, se quiserem) pode dar. Só para ficar no meio militar, onde isso é mais claro e preciso, é pensar em Aníbal atravessando os Alpes com elefantes. Por outro lado, na hierarquia clássica há uma necessidade absoluta e premente de que tudo se encaixe na ordem maior, na “ratio divina” de que nos falava São Tomás, ordem maior esta que engloba basicamente tudo o que ordena o universo, da lei da gravitação universal à lei natural, passando pela proibição de roubar e pela adequação de enfeites brilhantes à natureza feminina (ou seja, proibir as mulheres de usar jóias foge à “ratio divina”), até cada pequeno ato de cada pessoa (por exemplo, o movimento dos meus dedos que me faz digitar “ratio” e não “artio”). ***É esta a razão de ser da hierarquia***.

Deste modo, a alternativa é entre hierarquia e caos, pecado, desordem (são sinônimos). Hierarquia é ordenação, mas não ordenação arbitrária como na noção moderna. Há nela autoridade, mas não uma autoridade de arbítrio pessoal como na noção moderna. A hierarquia é o “encaixe” em toda a ordem do universo, e existe em toda parte e em todo lugar. Não há nem poderia haver nada sem hierarquia; nem mesmo o Inferno é desprovido de hierarquia, porque a hierarquia, no sentido clássico, é sinônimo da ordem que, em seu mínimo, é necessária à subsistência (é a hierarquia das ligações atômicas que faz com que o ar não se torne subitamente venenoso) e, em sua perfeição (ou seja, quando a hierarquia passa plenamente de potência a ato) é sinônimo de santidade.

Assim, na hierarquia clássica, a posição do superior é ao mesmo tempo uma posição de serviço, mas não de serviço ao homem (como o capitão serve ao major) ou a uma idéia (como o presidente serve ao povo). O serviço é a uma ordem muitíssimo maior que aquela minúscula instância da Criação, dentro da qual compete ao superior encaixar aquilo que é de sua responsabilidade.

A idéia moderna, modernésima, irracional e herética, de uma igualdade completa é em seu âmago a negação da ordem. É, em sua essência, o brado satânico de “non serviam!”, “não servirei!”. Note que quem disse isso não foi a mosca do cocô do cavalo do bandido, mas o maior de todos os anjos. Não servir implica não só – dentro da noção clássica de hierarquia – em negar-se a receber ordens, mas também em negar-se a dá-las. Trata-se de uma negação ***da ordem***, da adequação do fim último ao princípio primeiro.

Como já escrevi alhures, ao escolhermos como arrumar os livros na estante ou as roupas no gaveteiro, estamos fazendo uma distinção hierárquica. Esta distinção, contudo, só é verdadeiramente hierárquica quando ela é conforme à “ratio divina”. Se um louco entrasse na minha biblioteca, com seus cento e muitos metros de estante, e arrumasse os livros por ordem de tamanho ou pela ordem alfabética da terceira palavra da quinta página, ele estaria criando uma falsa hierarquia (e estaria pedindo uma bela surra, que eu lhe aplicaria de muito bom grado!). Não importa se a arrumação por ordem de tamanho (que seria perfeitamente adequada se fosse um só metro de estante, aliás, ao invés de cento e muitos) está impecavelmente bem feita: ela não está conforme à “ratio divina”, por ordenar pelo acidente mais irrelevante e não pela essência.  Não há arbitrariedade compatível com uma hierarquia perfeita; aquela só pode existir dentro de uma suposta igualdade.

Aí poderia vir alguém, com a cabeça inflada de idéias modernas, dizendo que a hierarquia é feia, chata, boba e má (ou, nas palavras do poeta, que “o mal é bom e o bem cruel”), porque impede um pleno desabrochar de cada um ao querer inseri-lo numa ordem que lhe seria externa. Ao que respondo que não, esta ordem não lhe é externa. É a mesma ordem que faz com que respire, coma e digira, ande, pense ou aja que lhe dá o lugar em que ele pode desabrochar plenamente. A igualdade completa entre pessoas é como a arrumação dos livros por ordem de tamanho: é tomar o irrelevante como ordenador do relevante. Só é relevante a igualdade entre as pessoas quando é necessário distingui-las de quem não é igual a elas. Assim, é relevante esta igualdade (que existe e é igualdade na dignidade humana) quando se quer tratar macacos como gente, quando se quer matar bebês dizendo que eles são “tecido indesejado”, ou quando se afirma que a mulher é equiparada a um animal. Ou seja: é relevante que a mulher é igualmente dotada de dignidade humana (e é nisso que ela é igual ao homem), é igualmente capaz de razão (e é nisso que ela é igual ao homem), é igualmente chamada à santidade (e é nisso que ela é igual ao homem) quando se afirma que ele é digno, racional e chamado à santidade, ***e se nega que ela o seja***.

Deste modo, é perfeitamente irrelevante esta igualdade, que é verdadeira, quando se trata da ordenação hierárquica de seres humanos dentro de um contexto não apenas natural, mas elevado à ordem sobrenatural pela instituição do Sacramento do Matrimônio. Se já havia uma necessidade de hierarquia (no sentido clássico: adequação à “ratio divina”) no matrimônio natural, mais ainda a há no Matrimônio cristão.

Como já lembrei, o matrimônio é o múnus da mãe (matri munus). A mãe, graças ao bom senhor Deus, difere do pai. E é pela diferença, não pela irrelevante igualdade, que se pode fazer a hierarquia. De que adianta reconhecer que todos os livros da estante são livros para que sejam ordenados?! A igualdade é irrelevante justamente por não ser possível a ninguém negá-la. Só cabe afirmá-la quando ela for negada ou não existir (“isto não é um livro, é uma caixa em forma de livro”). Ora, ela existe, e é pressuposto que sejam dois seres humanos que se casam, não um homem e uma cabra.

Assim, para a reta compreensão desta hierarquia, é necessário que se percebam ***as diferenças***, e que a ordenação (muitíssimo mais complexa e multi-nivelada que uma ordenação de livros numa estante) seja feita em função delas.

Se tomarmos características femininas e masculinas, fica mais fácil entender qual é esta hierarquia e como ela opera dentro do matrimônio. Façamo-lo.

O homem é naturalmente voltado para fora. Como já escrevi, só um homem teria a idéia de jerico (pela qual agradecemos e sem a qual não estaríamos aqui no Novo Mundo) de, ao ver um tronco atingido por um raio e tornado oco, empurrá-lo para a água, entrar dentro e ir ver o que há do outro lado da grande água. Este foco no exterior faz com que o homem tenda a ser mais indiscriminadamente agressivo, atacando mais do que defendendo.

Já a mulher, ela é naturalmente voltada para dentro, para o círculo de pessoas e coisas que ela tem como suas; aquilo, em suma, que ela ama. É ela quem chora ao ver que o homem, irredutível, enfiou-se na casca de tronco e se meteu água adentro. Enquanto o homem quer subir ao último galho da árvore, a mulher quer que o filho não se machuque, e não gosta de vê-lo subindo na árvore. Este foco no interior faz com que a mulher tenda a ser muito mais discriminada e impedosa em sua agressão, voltada para a defesa e não para o ataque. Uma mulher faz prodígios para defender um filho, ou mesmo o homem que ela ama.

Só para eu não deixar de mostrar o marido babão que eu sou, conto um prodígio da minha esposa. Morávamos em uma casa abaixo do nível da rua, com mais andares para baixo. A Carla estava cuidando de um canteiro no nível da rua, e eu estava na garagem (um andar alto abaixo, cerca de cinco metros), consertando a moto. Minha filhinha, então naquela fase em que os bebês engatinham para a frente e dão ré para descer degraus, sem que eu visse (eu estava a uns 4m dela) resolveu descer de ré pela lateral de uma escada que levava ao andar inferior. Coisa de três metros de altura, de onde cairia em degraus de cimento nu e áspero. A Carla a viu “mirando” o fraldão, e simplesmente pulou de onde estava (5m de altura!!), percorreu em dois passos a distância que ainda a separava da pequena, e a pescou. Se eu tentasse fazer isso, quebraria as duas pernas com certeza.

Ora, isto é magnífico. Magnífico e, se desordenado, perigosíssimo.

É este foco para o interior que faz com que a mulher consiga, ao contrário do homem, manter perfeitamente a ordem na casa. E é este mesmo foco que faz com que a mulher tenha uma dificuldade muito maior que a do homem em perdoar qualqer atentado àqueles que ama.

O homem, deixado sozinho, vai dirigir seu foco para o exterior. Um solteirão com a casa impecavelmente arrumada vai beber vitamina direto do copo do liquidificador, por exemplo. Já a mulher, deixada sozinha, vai dirigir seu foco para o interior, defendendo-o de tudo o que é exterior. Ai de quem ferir um filho seu! Ela nunca o perdoará.

É por isso que o homem é, como já escrevi, o “ministro das relações exteriores”. Ele é mais naturalmente capaz de ir lá fora, retirar agressivamente do mundo o sustento da casa, e, lá chegando, relaxar. Já a mulher é, como também escrevi, o “primeiro ministro”. Ela é mais naturalmente capaz de proteger e manter uma ordem perfeitamente adequada à “ratio divina”, sem atalhos ou deslizes masculinos.

Isto faz do homem o “cabeça do casal”, no sentido que é ele quem fala com o mundo, é ele quem ouve o mundo, é ele quem faz caretas e morde quando é preciso. Se a questão é o lugar da família no mundo, é dele a primazia. Vale perceber, inclusive, como os constantes conflitos entre noras e sogras decorrem, justamente, da atitude agressiva contra o exterior que ambas têm, com cada uma considerando a outra como externa ao seu círculo e afetando negativamente alguém que elas amam.

Por outro lado, o foco do homem no exterior faz com que ele não seja capaz de manter e construir um lar. Ele consegue até fazer um alojamento e mantê-lo, mas não um lar. Por isto, a primazia nos assuntos domésticos é e tem que ser da mulher; é ela o “coração” que bate e mantém a vida.

Eu mesmo, por exemplo, passei a tarde quase toda fora fazendo o que chamei de “gincana da patroa”, comprando coisas que ela afirma serem indispensáveis para a manutenção da casa (um sistema para puxar água para molhar plantas, basicamente; trocentas pecinhas, a comprar em várias lojas diferentes). A minha participação no processo decisório destas coisas é perfeitamente secundária, apesar de ser o meu dever arranjar o dinheiro para comprá-las e a força para instalá-las (no caso, temos um caseiro que pode fazê-lo… mas quem tem que pagar o caseiro sou eu; estou terceirizando).

A hierarquia doméstica, assim, tem mão dupla. O homem é sim o superior da mulher no sentido de que é dele a responsabilidade de ordenação daquele núcleo familiar à instância de ordem imediatamente superior, que é a sociedade (a rua, a cidade, o país). Isso é inegável, e seria perigosíssimo se fosse de outra maneira.

Isto não significa em absoluto nem que ele seja melhor do que a mulher (seria uma piada afirmar uma besteira dessas), nem que ele possa agir de forma arbitrária, nem que ele possa mandar nela como se ela fosse um cachorro (ou ele um sargento e ela um soldado), nem que ela não possa sair de casa, trabalhar, etc. Significa, sim, que é dele que se pode esperar, e é dele que se deve cobrar, que sejam feitas as relações primordiais do núcleo familiar com a sociedade como um todo: sustento, defesa, representação, etc. Ele não é alguém que decide e a família baixa a orelha, mas sim o seu representante, o encarregado, o que age não em função de si, mas da família. O fato de o homem ser o superior faz com que ele seja quem menos tem voz, na prática. Exatamente por ele ser o superior, por ser dele o múnus do pai (patri munus), é ele quem tem que – por exemplo – abdicar de seus desejos (por exemplo, de consumo, de viagem, de formação…) em prol da família. O sacrifício só pode ser exigido como dever de estado do homem, não da mulher.

Mas dentro de casa, dentro do núcleo familiar, dentro do lar, é da mulher a primazia. É ela, não ele, quem tem como dever decidir e fazer a perfeita ordenação da família à “ratio divina”. A manutenção desta ordem intrafamiliar é o múnus da mãe, o “matri munus”. E isso inclui, como lembrei várias vezes, não só uma arrumação de móveis num apartamento (apesar de que ela tem, sim, a autoridade para decidir sobre isso).

Como já escrevi, um dos horrores advindos da modernidade é justamente esta transformação do lar em uma caixinha fechada (apartamento, casa com quintal…), deixando de ser o lar, por definição, uma unidade de produção ***econômica***. A família clássica vivia não em uma caixinha da qual o homem se desloca para ganhar seu pão em outro lugar, mas em uma propriedade rural produtiva, ***gerida economicamente pela mulher*** (a “mulher virtuosa” dos Provérbios, por exemplo), da qual o homem é o representante junto à sociedade exterior (o Conselho dos Anciões dos Provérbios, no qual o marido da mulher virtuosa é bem recebido).

O modelo burguês, moderno, de pessoas vivendo em caixinhas e o homem tendo que sair do lar para ganhar o pão, é a raiz da escravização da mulher que tanto marcou (e marca ainda) a sociedade. De produtora rural, a mulher passou a tomadora de conta de caixinha. De alguém que vivia, trabalhava e produzia, a mulher passou a espanar móveis e fazer crochê. Ora, isso é absurdo! Uma mulher é muito mais do que isso!

Conheci uma senhora que conseguiu, em ambiente urbano, recriar o modelo clássico: ela era a proprietária de um posto de gasolina. Conheço outra, tabeliã, com o cartório no andar de baixo da casa, que fez o mesmo. São mulheres fortes, admiráveis, com muitos filhos e uma vida longa e feliz, que conseguiram o que é o mais correto: fazer com que o seu trabalho fosse um trabalho em prol ***do lar***, ocorrendo nele. “Vestiram a camisa” não de uma firma “lá fora” (o que causaria um conflito enorme entre dois círculos a defender, a firma e o lar), mas do lar como unidade econômica produtiva: lar-com-posto, lar-com-cartório. E poderia ser lar-com-consultório, lar-com-escritório, etc.

Nunca, em nenhum momento, elas deixaram de lado a verdadeira hierarquia.

Espero ter ajudado.

[]s,

seu irmão em Cristo,

Carlos

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

221 comentários em ““Hierarquia dentro do Matrimônio” – prof. Carlos Ramalhete”

  1. Teresa,

    Não venha com essa do Brasil ser o país pobre. É mais rico que Portugal em muitos aspectos e em diversas regiões (não todas, mas o Brasil é enorme e com diferenças econômicas marcantes).

    Portugal não passa do país mais rico do norte da África.

    Estamos falando mais de igual para igual do que se pensa.

  2. Maria,
    não fui eu quem invocou o tema das diferenças culturais.

    Mas é facto que aqui as mulheres não levam duas horas de caminho do emprego para casa e vice-versa.

    Aqui, no máximo, para a maioria dos casos, meia hora quarenta e cinco minutos, sendo que a grande maioria de mulheres com nível intelectual superior (que é o tipo de trabalho que defendo compaginado com a família numerosa) têm carro para melhor se deslocarem.

    Das duas, uma:
    ou as mulheres que dei como exemplo – sendo algumas santas, beatas ou servas de Deus – foram péssimas mães; ou então é possível sim compatibilizar, tendo-se sempre em linha de conta a particularidade dos casos e a individualidade de cada um.

  3. Você não deu nenhum exemplo que realmente prove sua tese.

  4. Geeeente, dá dor de cabeça ler tantas acusações e tantos “sou/estou mais certo que vocês”.

    Putz, para alguém como eu, que estou bebendo Leite Ninho 1+ da doutrina Católica, ainda (pra não dizer Leite Nan 1), isso é apavorante.

    Mais uma vez, vou trazer aqui “relatos cotidianos da vida real”, que vocês interpretem da forma como quiserem, mas para mim a realidade é muito clara.

    * Meu filho, como muitos aqui sabem, tem 1 ano e 10 meses (completos amanhã, dia 10, glória a Deus). É uma criança maravilhosa. Passa a semana inteira com a babá. É dela quem ele ouve a maior parte das “regras de educação e convivência”. Obedece mais a ela que a mim. E mesmo ela às vezes esquece que eu sou a mãe, e toma a dianteira da situação mesmo eu estando em casa. Não discuto porque ela é uma pessoa muito simples, e quem sairia prejudicado seria meu filho caso ela ficasse ofendida.

    * Ela precisa dar conta do serviço da casa. Não temos $$ pra pagar babá + empregada. É uma faca de dois gumes – por mais que eu diga a ela que a preferência é meu filho, a casa arrumada no fim do dia é um alívio para mim, que disponho apenas de 2 horas por noite para ficar com ele antes dele dormir (DUAS HORAS!!! QUE QUALIDADE DE EDUCAÇÃO EU CONSIGO PASSAR PARA MEU FILHO EM DUAS HORAS, CONTRA MAIS DE 40 H DA BABÁ?????)

    * NOs fins de semana, sempre me perguntam se sou babá do meu filho. As babás ficam bestas que eu dou folga a Neusa aos sábados e domingos!!!!!!! Dispensa comentários!!

    * Isso tudo aí em cima é aplicado também a minha colega de serviço, cujo menino é 5 meses mais velho que o meu.

    * Saindo da minha família para a família dos outros: quantas crianças hoje chamam as avós de mãe?? E não é porque as mães são adolescentes não, são mais que passam mais tempo sendo submetidas a seus chefes, que dentro de casa dando atenção ao marido e aos filhos. Já vi váaarios casos assim no supermercado.

    * Hoje dá-se uma importância enorme às escola, meu filho é praticamente taxado de burro porque não vai à creche, mesmo ele sendo extremamente esperto. Me digam uma coisa: o que um professor que dança funk, xinga, fuma e bebe, não aceita a doutrina cristã têm para oferecer de melhor a meu filho que eu e meu esposo? O que uma “tia da creche”, que tem 500 crianças para olhar, vai ensinar a mais para meu filho? Nem mesmo as escolas “cristãs” estão diferentes das escolas “mundanas”. EU JÁ VI PROFESSORA DIZER QUE É DIREITO DA CRIANÇA PEGAR MATERIAL QUE O COLEGUINHA ESQUECEU!!!!!!! Se alguém aí conseguir me convencer de que não é assim aqui no Brasil…

    * Hoje os pais não tem nem mesmo tempo pra levar os filhos à escola. Surge outro problema: o transporte escolar. Crianças de 1 ano convivem com crianças de 3, 5 e até mais idade, aprendendo a “se virar”, como dizem os que defendem a “socialização” de crianças desde a mais tenra idade. Em “socialização” vocês podem incluir palavrões, brincadeiras ofensivas e perigosas, além de músicas indecentes.

    * Indo para o mercado de trabalho, do qual eu faço parte à 13 anos. Até hoje não consegui encontrar uma mulher que chegasse ao menos na unha do dedo mindinho de Santa Giana em levar santidade ao trabalho. Me incluo nessa. O que mais vejo são mulheres que querem a todo custo mostrar que são mais e melhores que os homens, que têm medo de dizer “não” aos patrões e sacrificam quem sempre vai acolhê-las de braços abertos, que é a família (até quando?), mulheres que fofocam, mulheres que são provocadas (e que provocam!!) os homens, mulheres perdidas… Na política, alguém aí conhece alguma candidatAAA que lute verdadeiramente pelos interesses cristãos, pelos valores?? Aqui no Espírito Santo temos o “belíssimo” exemplo de Rita Camata, com seu mal-enjambrado Estatuto da Criança e do Adolescente. E Roseana Sarney? E Martha Suplicy? “Grandes” exemplos.

    * Abro um parênteses para as “mulheres espiritualizadas” que encontro pela frente. Protestantes ou “católicas ecumênicas” em sua maioria. Uma delas, quando a filha foi casar, eu falei sobre o Método Billings, madei material e o escambal. Ela me disse em alto e bom tom, num tom de desdém “filha minha não usa tabelinha”. Tive pena.

    * Fecho com um caso que doeu meu coração há uns anos atrás, numa reportagem: uma babá que via seu próprio filho de 15 em 15 dias!!!!!!! Preciso dizer alguma coisa sobre a inversão de valores dessa situação???

    É por essas e outras que já falei para meu esposo que eu rezo para a situação dele no serviço estabilizar e dar tudo certo, peço a Deus para que, quando o segundo filho vier, eu possa mudar essa situação na minha casa, ao menos.

  5. P.S: eu ainda consigo ser uma “boa mãe”, mas mais por obra e graça de Deus que minha… Por que, definitivamente, não é fácil!!!

  6. E, Maria das Mercês, não exagere: o nível de vida em Portugal é óptimo na maioria – exceptuando-se agora a crise financeira -; e um português que vá daqui com dinheiro para o Brasil (vinte mil euros já era o bastante) para ser aí bem endinheirado.

    A diferença é abismal, sim senhora.

  7. Ótimo, Karina!

    Hoje em dia há muitas crianças que conhecem mais as babás do que as próprias mães!!! Que triste! Em caso de necessidade, como é o seu, realmente não há muito o que fazer a não ser orar e continuar na busca por melhoria das condições. O problema é que a mulherada feminista quer a qualquer custo “se realizar profissionalmente”… aí a coisa fica séria porque não é isso o que a Igreja ensina. Católico deve buscar ensinamento da Igreja e não ficar arrumando exceções para apresentar como regras na defesa de suas idéias.

  8. Como o ensinamento de Bento XVI e de João Paulo II é ensinamento da Igreja, eu e todas as que defendem a minha posição estamos certas.

    E há beatas, santas e servas de Deus para nos servirem de modelos: de mães, esposas e profissionais.

    Se estamos erradas, o ensinamento de João Paulo II – no meu blog há muitos muitos pronunciamentos – também está errado. Tirar as ilações lógicas próprias da coerência.

    Obviamente, que em discussões assim, acaba-se por se desistir pelo cansaço – não vou certamente colocar, de novo, os pronunciamentos dos dois papas citados que já coloquei anteriormente, bem como a vida das santas e servas de Deus…

  9. Irmão Aparecido disse: “Mulheres cultas e livres do trabalho, é isso que eu defendo! Não para competir com seus maridos. Do que adianta à mulher ser advogada, médica ou engenheira, se o maior poder que ela pode ter sobre um homem é formar seu coração e sua inteligência para a vida adulta?”

    Maria das Mercedes disse: “Penso que essas mulheres tornaram suas vidas uma espécie de prova para o mundo de que “tudo se pode”, têm até boas intenções, mas estão sufocadas por algo que se tornou uma ideologia por causa da sua má interpretação, deixando de ser uma visão correta de como se portar na realidade.”

    Assino embaixo.

    Só queria colocar aqui minha visão sobre o trabalho prestado, por exemplo, por Santa Giana, durante seu período profissional (antes do matrimônio e dos filhos): qualquer mulher que se portasse como Santa Giana, hoje, seria considerada louca. Acham, de fato, que ela desempenhava seu papel de obstetra e pediatra por “realização profissional”, por que ela considerava que ser somente dona de casa não estaria a sua altura? Sinceramente, eu acredito que ela pensava muito mais que, enquanto não viesse sua família, ela colocaria os dons e o estudo que Deus lhe dera a serviço das mães e crianças necessitadas, por uma causa justa e santa.

    Ela seria considerada louca hoje, sim, pois seria o mesmo que uma mulher passar 8 anos na faculdade de medicina e abrir mão de um consultório estruturado e dos convênios com os planos de saúde para se dedicar apenas ao trabalho voluntário, muito pouco ou até mesmo não remunerado.

    Eu custo a acreditar que o objetivo de Santa Giana era provar única e exclusivamente provar ao mundo que mulher pode trabalhar… Acima de tudo, enquanto não era chamada à sua vocação para a família, ela estava colocando seus dons à serviço dos outros.

    Ademais, quando falamos do papel da mulher como esposa, devemos sempre lembrar do outro lado da moeda, que é o papel do marido, chefe da família. O homem foi criado por Deus com esse “instinto”.

    Vocês chegaram a ver uma pesquisa que mostrava que homens que ganham menos que/são sustentados pelas esposas traem mais? Saiu no site da Revista Época, mas eu não estou achando o link. A pesquisa pode ter lá seus vieses “machistas”, mas acho que revelou o quanto os homens também estão perdidos em toda essa “avalanche feminista” dos últimos anos.

    No mais, o que mais me incomoda (me incomodou muito em comentários num outro texto do Jorge) é pensar que a mulher que fica em casa é imprestável, burra, alienada, etc, etc. Assim o faz quem quer, e já vi muita mulher que trabalha fora agir da mesma forma, uma maquininha de dizer “sim” a qualquer superior que apareça, sem vontade própria.

    Enquanto não chegam os filhos, a esposa ocupa muito bem o tempo com as coisas de casa, além, claro, de poder se aperfeiçoar em cursos que vão ajudar a crescer como esposa e como futura mãe. Até mesmo pode se aprofundar da doutrina a respeito do matrimônio, participar da comunidade…

    Depois do filho, aaaahhh, aí é que se tem muiiiito trabalho pela frente, e qualquer conhecimento é bem vindo.

    Eu mesma queria aprender a tocar violão, no mínimo, junto com meu filho, que ele ama música. Mas, trabalhando, cadê tempo?

  10. Karina, para ser realmente bom em alguma coisa, somente com a ajuda da Graça de Deus. Somos tão fracos que, até para fazer nossa parte, nossa obrigação, precisamos de uma d’Ele.

    No Brasil, temos nossos problemas referentes à erotização infantil precoce. Na Europa (e esse nível ainda não atingimos, mas não estamos longe), ocorre:

    -Na Alemanha conseguiram que o incesto seja encorajado pelo Estado:“Amor, Corpo e Brincar aos Médicos” (Bundeszentrale für gesundheitliche Aufklärung – BZgA – Centro Federal de Educação para a Saúde).Onde se lê sobre crianças de 1 a 3 anos: “os pais devem acariciar o clitoris e a vagina das suas filhas”. Esta publicação é obrigatória para a formação de enfermeiras e educadoras de infância, etc.

    -Inglaterra: Folheto Pleasures (publicação oficial do Governo inglês): “An orgasm a day keeps the doctor away! Ensure discussions take place with young people that cover experimentation in sexual relationships to try to dispel the myth that there is only one way to have ‘proper’ sex (ie penetration).Teachers and carers should promote masturbation to young women and men. ”

    -Portugal (Ministérios da Educação e da Saúde): Objectivos da educação sexual na idade pré‑escolar (0‑6 anos): 1. Aprender a realizar a masturbação, se existir, na privacidade; 2. Desenvolver um papel de género flexível; 3. Aceitar os comportamentos sexuais do próprio e dos outros; 4. Conhecer e usar o vocabulário popular sobre as partes mais sexuais do corpo; 5.Conhecer diferentes tipos de família.

    Um exemplo do que acontece quanto à educação sexual dados pelo Estado Português às suas crianças, é uma produção traduzida para o português e que foi realizada pelo governo canadense em parceria com o governo dinamarquês:

    http://www.youtube.com/watch?v=pd5f8Lk9LOc&feature=PlayList&p=991B1116F843BF4C&index=2

    Diante disso, acho que as mulheres precisam retornar urgentemente ao lar para melhor proteger os filhos, tão vulneráveis a investidas pedófilas oficiais. E, tendo mais consciência do que se passa com eles, podem lutar para a escola não promover tamanha imoralidade. Hoje, como não se tem tempo para isto, as escolas fazem o que querem com os filhos dos outros. E como muitos pais não estão mesmo preocupados com a educação dos filhos, já nem se importam com o quê estão aprendendo ou deixando de aprender.

    Essas informações me foram repassadas em uma projeção de slides. Muitas delas já tinha visto a notícia por meio de jornais on-line. Existem inclusive gravuras homosseuxais, com homens beijando homens para as crianças de 6 anos imitarem tal qual um teatrinho de como se comporta uma “família homoparental”.

    Mundo cão, mundo gay…

  11. de uma ajuda especial d’Ele… foi o isso o que queria ter escrito.

  12. Cresci vendo o exemplo da minha amada mãe. Sempre trabalhou os dois expedientes. Criou três filhos. Ia nos deixar na escola, almoçava conosco e, à noite, nos via, brincava, perguntava pela lição de casa. Hoje, que já sou mãe, imagino o esforço que isso demandava. Ela devia chegar em casa exausta, mas acredito que brincar com filho, apesar de ser um cansaso físico, é um relaxante mental. Fomos muito bem criados e educados. O mais velho cuidava de mim na escola e eu protegia meu irmão mais novo. Foram esses valores que ela nos ensinou. Papai também sempre foi maravilhoso. Exemplos como esses encontro também na casa das minhas tias. Na minha família também tenho exemplo de um tia que nunca trabalhou enquanto as duas filhas eram pequenas, mas hoje trabalha em uma escola. Mas isso sempre foi uma escolha dela. A minha mãe, como eu, sempre gostou de trabalhar, ser produtiva no mercado. Cada pessoa sabe de si. Dizer que é SEMPRE melhor a mãe dentro de casa é generalizar, é ser radical. Temos casos e casos. Tem mães que, dentro de casa o dia inteiro, ficam impacientes, frustradas e acabam descontando no filho.
    É claro que tem as mulheres que colocam o trabalho em primeiro lugar, antes da família, o que não é certo. Mas também não é certo que o homem o faça. A presença de um pai dentro de casa é única. É dele que os filhos (homens principalmente) herdam valores de chefes de família, como muitos costumam dizer. Vamos acordar para a nova realidade. A mulher é muito exigida? SIM. Mas nada impede que tenha vocação profissional e, ao mesmo tempo, desempenhe maravilhosamente seu papel de mãe, melhor do que muitas outras que estão dentro de casa, fazem todas as vontades da criança e acabam por cirar delinquentes (infelizmente e sem a intenção, claro). Falar de um mundo ideal é complicado. Ideal mesmo era que o pecado não existisse e estivéssemos todos no Paraíso.
    Fiquem em paz.

  13. Apenas complementando, é diferente ouvir o depoimento de uma mulher que trabalha por pura necessidade (complementar o pagamento das despesas do lar) e de outra que trabalha no que gosta, que se realiza ao trabalhar. No primeiro caso, é muito comum querer parar, descansar, ainda que os filhos não existam, pq se volta pra casa cansada física e mentalmente, além de frustrada. Na segunda hipótese, porém, o trabalho, embora não seja (e nem se compara) mais importante do que os membros familiares, faz parte da vida da mulher, sendo primordial para sua realização, seu bem-estar, fazendo, inclusive, com que seja uma esposa melhor, mais bem-humorada e uma mãe mais amorosa e carinhosa (mais uma vez a questão da qualidade no lugar da quantidade). Então, irmãos, sem exageros (como, por exemplo, uma mulher que tem filhos e vive para o trabalho, fazendo-o até em casa), é perfeitamente possível um desempenho da maternidade para uma mulher que trabalha fora, sendo, em muitos casos, até saudável.
    Abraços fraternais.
    Fiquem com Deus.
    Mariana

  14. Não vale a pena, Mariana.

    Sugiro que nos retiremos para os nossos espaços – caso vc tenha algum – e deixemos esta discussão inútil, cheia de insultos.

    Nós conhecemos óptimas mulheres (muito mais católicas que muitas das que escrevem em blogs e são mal educadas e falhas quanto à caridade cristã) que conseguem; sabemos que há casos na causa dos santos de mulheres asim; sabemos que os dois últimos Papas estiveram muito próximos deste tipo de mulheres; mas nada adianta, nada do que digamos é considerado argumento, porque aqui são poucos os que realmente querem discutir/debater; a maioria quer atacar e ficar por cima, mesmo contra todo o bom senso e contra todas as evidências.

    Karina,
    como saí da lista, peço-lhe um grande favor: adoro seus textos sobre bebés (os que vc encontra aí online rsrs). Se vc puder me encaminhar seus e-mails sobre bebés, agradeço muito, porque aprendo muito com isso.

    Obrigada!
    moreno.teresinha@gmail.com

    Vc encontra muita coisa boa, mtas reportagens, etc. É do que sinto mais falta (de resto é o único de que sinto a falta) da lista.

    Mariana, não vale a pena. A mentira repetida mil vezes n se torna verdade, mas cansa o oponente!

  15. “Mulheres cultas e livres do trabalho, é isso que eu defendo! Não para competir com seus maridos. Do que adianta à mulher ser advogada, médica ou engenheira, se o maior poder que ela pode ter sobre um homem é formar seu coração e sua inteligência para a vida adulta?”

    A protposta que eu estou dando junta as duas coisas:

    A MULHER PODE SER CULTA (ESTUDAR, SE FORMAR E EXERCER A SUA PROFISSÃO DENTRO DE CASA), A MULHER PODE JUNTAR FACILMENTE A SUA FUNÇÃO DE ESPOSA, MÃE E DONA DE CASA E DONA DE SEU P´ROPRIO NEGÓCIO DENTRO DE SEU LAR!

    POR EXEMPLO:

    UMA MULHER QUE SE FORMAR EM CONTABILIDADE, PODE MUITO BEM ABRIR O SEU ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE DENTRO DE SUA CASA. PODERÁ TRABALHAR QUANDO QUISER E QUANDO PRECISAR AJUDAR O MARIDO QUANDO APARECER UM PROBLEMA FINANCEIRO.

    SE A MULHER SE FORMAR EM MEDICINA, PODERÁ EXERCER A SUA PROFISSÃO DENTRO DE CASA (COMEÇO UMA MÉDICA QUE ABRIU UMA CLÍNICA PRATICAMENTE DENTRO DE CASA. É SÓ ATRAVESAR A RUA). ESA PROFISSÃO SERÁ ATÉ ADEQUADA, POIS DEIXARÁ A MULHER MAIS RESPONSÁVEL MAIS DO QUE NUNCA DOS CUIDAOS DA SUA FAMÍLIA E TAMBÉM DE OUTRAS FAMÍLIAS).

    POSSO DAR VÁRIOS E VÁRIOS EXEMPLOS AQUI ONDE AS MULHERES PODEM SE FORMAR E EXERCER AS SUAS PROFISSÕES DENTRO DE CASA.

    COM A TECNOLOGIA DE HOJE É POSSÍVEL E MUITO POSSÍVEL A MINHA PROPOSTA.

  16. Dar explicações, dar aulas particulares…

    Criar uma escolinha para crianças…

    Até um escritório de advocacia.

    Renato, vc é d+++!!!

    O problema é que não há quem queira fazer isto. Era engraçado experimentar.

  17. Francamente, essa discussão me parece um pouco sem sentido. Não faz sentido pretender que as mulheres fiquem confinadas em casa nos dias de hoje. Inclusive porque mesmo as famílias de classe média precisam do trabalho feminino para manter seu padrão de vida, quanto mais as pobres.
    Infelizmente parece que há gente que acredita em ideais do tipo “Stepford Wives”…

  18. Felizmente há homens com H grande ainda!

    Graças a Deus é uma minoria de fanáticos os que pensam assim, são meia dúzia de gatos a falar uns para os outros…

  19. A esmagadora maioria dos católicos (e sobretudo das católicas) e refiro-me a gente bem formada na moral, não pensa dessa forma por este mundo a fora.

    Deo gratias!!!

    Ontem falava disto com um sacerdote da FSSPX (com os da Obra nem vale a pena, todos concordam comigo) e ele dizia-me:
    -leva tempo, mas eles acostumam-se à nova realidade.

    Kkk, até os sacerdotes, são dois ou três os que pensam de modo contrário.

  20. Teresa, agradeço os seus elogios, apesar de discordar de muita coisa, mas muita coisa que você escreveu.

    A minha proposta não ferirá a honra nem impedirá as mulhers de seram mães, esposas e donas de casas; mas também poderá ao mesmo tempo ajudar a própria família, defender a propriedade privada (hoje em dia tão perseguida e tão desejada pela corja satanista socialista).

  21. Maria das Mercedes, a “qualidade” da educação escolar é, sem dúvida, a coisa mais preocupante nos dias de hoje. Aqui no Brasil estamos dando os “primeiros passos” nesses sentido, com máquinas de preservativos e cartilhas sexuais para “adultos” de 12 anos de idade.

    Além disso, temos a questão da saúde da família, que nos últimos anos, venhamos e convenhamos, piorou muiiiito. Comida de restaurante, guloseimas e fast food são o cardápio tradicional das famílias brasileiras hoje.

    Na minha gravidez, eu “dei de presente” ao meu filho parar de almoçar em restaurante e trazer comida de casa. Eu fazia à noite e já deixava tudo arrumado. Agora nem isso dá pra fazer, que a empresa tá em obras e não tem mais lugar para almoçar.

    Moral da história: meu ticket alimentação vai todo para abastecer a geladeira em casa no mês, e eu ainda gasto o mesmo tanto (às vezes mais) com almoço fora.

    Como já disseram: a gente trabalha para pagar contas que não teria se não estivesse trabalhando rsrsrs

    Renato, sua ideia de “negócio caseiro” é muito bem vinda, desde que a mulher tenha em mente de que os filhos são prioridade.

    Eu vejo a Mirka Federer, esposa do Roger Federer, o melhor tenista da atualidade. Ela era tenista também, sofreu uma lesão, parou de jogar e, depois de casar, não voltou mais às quadras. É ela quem administra os contatos do marido com a imprensa e os patrocinadores. Em todo jogo dele, ela está lá na arquibancada torcendo, tão serena quanto ele. Eles têm gêmeos, e as meninas acompanham os pais nos jogos (só não assistem às partidas, pq não dá pra prever qto tempo vai durar). É um casal lindo, companheiro e que cooperam para o bem estar um do outro e dos filhos.

  22. “Renato, sua ideia de “negócio caseiro” é muito bem vinda, desde que a mulher tenha em mente de que os filhos são prioridade.”

    Karina, e onde estou escrevendo diferente disso?

  23. Os filhos são prioridade tanto para a mulher quanto para o homem. Ou por acaso para o homem os filhos não têm de ser prioridade?

    Esse discurso de mulher ficar em casa por causa dos filhos é tanto mais hipócrita quanto ao homem não é exigida tal coisa.

    Claro que se ele quer divorciar-se e tal, já se vem com a conversa de que uma criança sem pai não recebe boa educação e blá blá blá. Mas, enquanto casados e felizes, este discurso da mulher a tempo integral no lar dá a entender que para o homem os filhos não são prioridade, posto que por esta absurda lógica mãe fora de casa não tem os filhos como prioridade.

    Cansa!!!

  24. Teresa,

    Para o homem, ter os filhos como prioridade significa que ele precisa prover-lhes o sustento em detrimento de quaisquer interesses próprios. Para a mulher, significa que ela precisa – na bonita expressão de Chesterton – apresentar-lhes o mundo.

    Abraços,
    Jorge

  25. Não Jorge, os dois têm de educá-los, os dois têm responsabilidades idênticas na educação.

    O homem pode perfeitamente partilhar com a esposa tarefas domésticas, e a esposa com o marido – em clima de cooperação e não de competição – o ‘sustento’ dos filhos.

    Pus entre aspas porque realmente não gosto da palavra «sustentar», daí as confusões desnecessárias que houve com o que disse. Bastava perguntar.

    Só falta defender-se aqui que o homem que fica em casa com os filhos porque se sente mais realizado é um banana e os filhos não são bem educados.

  26. Teresa,

    Os seus escritos estão cada vez mais primorosos; destaco:

    “A esmagadora maioria dos católicos (e sobretudo das católicas) e refiro-me a gente bem formada na moral, não pensa dessa forma por este mundo a fora.”

    Deo gratias!!!

    Baseada em que a senhorita chegou a essa conclusão tão interessante? Acredito que esteja se referindo a maioria dos “católicos e católicas” que usam preservativos, tomam pílula anticoncepcional, mulheres
    que colocam “DIU”, fazem laqueadura, homens que fazem vasectomia e mulheres que sobretudo abortam. Esses senhorita Teresa são a maioria dos católicos atuais;(principalmente as mulhres abastadas e realizadas profissionalmente) e aí leiam-se, advogadas, médicas, jornalistas, executivas, etc. Isto posto, peço-lhe que por favor repense, reveja, estude suas esdrúxulas estatísticas e me prove o contrário, porque eu posso provar o que digo.

    A classe mais esclarecida que a senhorita se ufana tanto em destacar é onde estão os maiores desrespeito aos dogmas e doutrinas da Santa Madre Igreja.

    A senhorita quer fazer tudo parecer tão fácil como se fosse fácil; o seu desprezo pelas classes mais simples de mulheres as que não tem a sua bagagem intelectual/cultural como as caixas de supermercado por
    exemplo e tantas outras. Afinal, são essas mulheres as que surpreendentemente ou não, que mais observam/praticam os ensinamentos da Igreja.

    Senhorita Teresa, o que pretende com esse seu apostolado de elite? Acha que está fazendo um bem à Igreja e às mulheres?

    Quando se fala em mães em casa educando seus filhos ao invés de estarem fora trabalhando, espera-se que essa permanência seja plena: plena em todos os sentidos, educando, rezando, preparando seus filhos para uma vida digna e próspera dentro dos moldes que nos pede Deus através da sua Igreja mãe mestra e única detentora da verdade.

    Deus nos presenteou com a maternidade, o mais sublime dos dons; nos confiou filhos para que os eduquemos e acompanhemos vida afora para que os preparemos para enfrentar um mundo cada vez mais afundado nos pecados do materialismo, relativismo , comunismo, paganismo e tantos outros ismos… Mundo esse que cada vez mais se entrega a uma apostasia que nos parece cada vez mais incontrolável e irreversível; mundo esse que se dobra aos caprichos do seu príncipe e renega os preceitos de Deus. Senhorita Teresa, os dons nos foram dados e eles serão cobrados. Filhos são dons de Deus, o que acha?

    Só se frustarão como donas de casa e rainhas do lar aquelas mulheres que não amarem a Deus sobre todas as coisas, e amando-o desta forma, amarão o seu próximo e a si mesmas ( marido,filhos, família) e aqueles todos que povoam nosso cotidiano. Esse mesmo amor devemos ter pela única Igreja de Cristo e tudo o que para nós ela significa e representa.

    A senhorita orgulhosamente nos apresenta seus conhecimentos adquiridos, os seis idiomas que fala, os conhecimentos que ainda buscará… Será?
    Teresa tudo isso pode ser muito, mas pode ser absolutamente nada diante de Deus. No momento em que escrevia falando de suas conquistas, com certeza fruto de muito esforço e trabalho que a colocará a frente de muitos homens intelectual e profissionalmente falando é claro,e que a levarão muito provavelmente a acumular bens, tesouros perecíveis, aqueles que sabemos que as traças corróem… Reportei-me aquela passagem do Evangelho de São Lucas mais precisamente ao capítulo 12 versículos 16 ao vinte.
    Cuidado Teresa! E ainda: Mt, 16,24-26

    Por favor, reflita…

    E nos últímos parágrafos;

    “Ontem falava disto com um sacerdote da FSSPX (com os da Obra nem vale a pena, todos concordam comigo) e ele dizia-me:
    -leva tempo, mas eles acostumam-se à nova realidade.”

    Grande coisa Teresa. Quem disse que eles são exemplos de ortodoxia? Refiro-me aqui, a esse padre da FSSPX, pois tenho muito a respeito pela fraternidade como um todo. Quanto aos da “Obra” como diz vc, quem são? Que autoridade eles possuem?

    Nova realidade? Isso soa muito perigoso Teresa; daqui a pouco você vai dizer que o “DOGMA” evolui.

    “Kkk, até os sacerdotes, são dois ou três os que pensam de modo contrário.”

    É… Depois desse seu risinho que nos chega(ao menos para mim) como vitorioso e sarcástico) só posso concluir:

    O mundo apostatou, desgraçadamente o nosso clero também.

    Que Nossa Senhora de Fátima verdadeira Rainha e Mãe interceda por você e todos nós!

    A.M.D.G

  27. Não Fernanda, referia-me à grande maioria dos católicos(as) sem aspas, de sólida formação doutrinal e moral.

    Mas a srta precisaria falar outros idiomas para compreender o porquê de ter chegado a estas conclusões. E viajar com frequência, conhecer vários apostolados de formação, etc.

    Falava de católicos-católicos, naturalmente, que recebem formação de sacerdotes piedosos.

  28. Teresa,

    Acabei de ler o seu penúltimo comentário antes do meu onde a já exausta de dar tanta explicação (tentando explicar o inexplicável) diz:

    Claro que se ele quer divorciar-se e tal, já se vem com a conversa de que uma criança sem pai não recebe boa educação e blá blá blá. Mas, enquanto casados e felizes, este discurso da mulher a tempo integral no lar dá a entender que para o homem os filhos não são prioridade, posto que por esta absurda lógica mãe fora de casa não tem os filhos como prioridade.

    Cansa!!!
    Teresa,

    Sim, a mulher que trabalha fora não tem os filhos como prioridade.
    Sabe por quê? Deixar um filho aos quatro meses ou aos seis meses é prioridade?
    Não venha por favor alegar necessidade e blá, blá, blá.
    E desculpe o trocadilho; sei que está cansada, mas o seu discurso politicamente correto mas nada cristão é que cansou.

    Acorda mulher!

  29. Claro que sim. Quando as coisas não nos agradam, os outros não são bons católicos e et voilá a fazer caricaturas do pensamento dos outros; quando o Papa não agrada não é Papa; quando o santo não é o modelo exacto que nós achamos na nossa omnipotência que deva ser, então não é santo; quando os sacerdotes orientam alguém de forma diferente àquela que achamos que é a mais perfeita e católica apostataram!

    puritanismo leva ao sectarismo.

  30. Não, Teresa, os dois não têm responsabilidades idênticas coisa nenhuma. Na obrigação, sim, mas não no modo. Este teu igualitarismo que destrói os papéis específicos de cada um dos sexos não tem razão de ser. Tu não estás mais criticando o abuso de transformar a mulher em escrava do marido – com o qual, aliás, ninguém aqui concorda e o qual não tem ninguém defendendo. Tu estás criticando a “estrutura essencial da própria família e sua lei firmemente estabelecida por Deus”, nas palavras de Pio XI.

    Já ficou mais do que claro que nenhum dos exemplos trazidos por ti, dos santos, têm esta concepção igualitária radical que tu defendes. Também é evidente que o Magistério não defende esta aberração.

    Se o homem, sem razões gravíssimas (invalidez, por exemplo), fica em casa educando os filhos e manda a mulher para o mundo trazer dinheiro pra dentro de casa, isto é objetivamente desordenado sim e contraria, sim, a instituição familiar – é evidente. E tu não vais encontrar santos nem beatos gigolôs e nem vais conseguir distorcer o Vaticano II ou João Paulo II a ponto de fazê-los dizer que o “gigolonato” é modalidade lícita de família.

    Abraços,
    Jorge

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