Índio da Costa assina termo de compromisso contra o aborto!

[Republicando excelente notícia do En Garde!. Está também no Twitter do Brasil Sem Aborto. Em breve, maiores informações.]

Acabo de receber a notícia da Dra. Lenise Garcia, Presidente do Brasil sem Aborto.

Esta tarde, no Rio de Janeiro, na Câmara dos Vereadores, Índio da Costa assinou o termo de compromisso contra o aborto do Brasil sem Aborto e disse que fala também por José Serra.

O nome dele vai sair em breve no próprio site do Brasil sem Aborto.

Espalhem o quanto puderem a notícia!! Temos de fazer isso chegar o mais rápido possível em todo canto. Quem tiver contato na imprensa, emplaque aí.

Agora temos o compromisso deles de que não aprovarão o aborto e podemos cobrar!

Saliento o seguinte: Dilma e o PT têm compromisso com o aborto e agora Índio da Costa assina, também por José Serra, compromisso CONTRA o aborto. Isso significa muito para os pró-vida que se viam em tão poucas opções!

Quando souber mais aviso a vocês!

Acabo de receber a notícia da Dra. Lenise Garcia, Presidente do Brasil sem Aborto.

Esta tarde, no Rio de Janeiro, na Câmara dos Vereadores, Índio da Costa assinou o termo de compromisso contra o aborto do Brasil sem Aborto e disse que fala também por José Serra.
O nome dele vai sair em breve no próprio site do Brasil sem Aborto.

Espalhem o quanto puderem a notícia!! Temos de fazer isso chegar o mais rápido possível em todo canto. Quem tiver contato na imprensa, emplaque aí.

Agora temos o compromisso deles de que não aprovarão o aborto e podemos cobrar!

Saliento o seguinte: Dilma e o PT têm compromisso com o aborto e agora Índio da Costa assina, também por José Serra, compromisso CONTRA o aborto. Isso significa muito para os pró-vida que se viam em tão poucas opções!

Quando souber mais aviso a vocês!

Campanha de Oração – pela salvação do Brasil!

O Brasil vive uma situação política terrível. Enquanto governantes ímpios zombam de Deus e das raízes católicas do povo brasileiro, o país caminha a passos largos em direção à Foice e ao Martelo que, derrotados no Leste Europeu, querem fincar raízes aqui no Novo Mundo. Os brasileiros, inermes e apáticos, não se apercebem do abismo que se lhes abre aos pés. Não se descortina, no horizonte, nenhuma esperança meramente humana que possa libertar o país da sombra que, sobre ele, paira ameaçadora.

Já não há o que fazer, mas o nosso auxílio está no Nome do Senhor – que fez os Céus e a Terra. As hostes do Inferno levantam-se contra o Brasil e o pretendem tomar de assalto, diante da apatia do seu povo; mas esta aqui é a Terra de Santa Cruz. Esta é a terra que tem por Padroeira uma Senhora poderosa e terrível, uma Virgem que, sozinha, venceu todas as heresias do mundo inteiro. Esta aqui é Terra de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Este é o país que, em sua história, já pôde contar com as inestimáveis graças desta Boa Rainha. Foi Ela que, no século XVII, livrou-nos da dominação holandesa. Foi também Ela que, no século passado, livrou-nos do comunismo. É a Ela que recorremos mais uma vez, e que mais uma vez há de nos valer. Porque jamais se ouviu dizer que algum dos que tivessem a Ela recorrido, fosse desamparado.

É a Ela que recorremos, gemendo e chorando sob o peso de nossos pecados, sem termos absolutamente mais a quem recorrer. É a Virgem Aparecida que vai salvar o Brasil. É aos pés d’Ela que depositamos a nossa confiança; e a Ela que recorremos neste momento terrível que a nossa Pátria atravessa.

Rezemos pela Pátria! Unamo-nos à Campanha de Oração pela Salvação do Brasil. Reproduzo-a, como foi originalmente publicada no En Garde. Divulguemo-la. E rezemos. Que Nossa Senhora Aparecida Se compadeça de nós, e nos salve!

* * *

A nossa Terra de Santa Cruz enfrenta um de seus piores momentos. O comunismo galopa como o cavaleiro vermelho do Apocalipse, trazendo consigo os flagelos do aborto, da destruição da família, da perseguição religiosa, do ateísmo programático, do narcotráfico.

Em Pernambuco, a Virgem apareceu em 1936 advertindo que o Brasil passaria por uma sangrenta Revolução que instauraria o comunismo no país e traria sofrimento e dor ao povo brasileiro. Com o sangue dos cristãos nas mãos, a Virgem pediu que rezássemos o Santo Terço, em devoção ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria, contra a comunistização do país e em favor da exaltação da Santa Cruz. Pediu penitência e oração.

Esse é o momento de atendermos ao pedido da Virgem!

1000 Ave-Maria’s pelo Brasil!

Rezemos o Santo Terço diariamente, até o dia das Eleições, adicionando a início a seguinte petição: “Nossa Senhora Aparecida, livrai o Brasil do flagelo do comunismo!”

Se cada católico brasileiro comprometer-se um Terço pelos 20 dias anteriores à Eleição, teremos rezado 1000 Ave-Maria’s, cada um, pelo nosso país!

Comprometamo-nos a rezarmos diariamente o Santo Terço até o fim do pleito, atendendo ao pedido da Virgem, nesta hora difícil que se avizinha.

Caso contrário, com o advento do comunismo, do aborto e da destruição do matrimônio e da família, advirá sobre nós também a Ira de Deus; lembremo-nos que a Virgem disse em La Salette que “a mão do Seu Filho já pesava demais, e já não conseguia segurá-La”. Rezemos, pois!

Replique em seu Blog e listas este apelo, no Brasil e no exterior! Faça chegar o apelo da Virgem a todo o Brasil, pelas diversas mídias católicas: TV’s, rádios, Blogs, jornais, revistas… tudo!

A Virgem pediu, a Mãe pediu: nós atendemos! Rezemos!

Recorramos à Virgem Santíssima, Porta dos Céus e Refúgio dos Pecadores! Consagremos a nós mesmos e ao Brasil ao Coração Imaculado de Maria!

Bispos do Brasil, consagrem a Terra de Santa Cruz ao Coração Imaculado de Maria, por Ela prometeu em Fátima: No fim, meu Imaculado Coração triunfará!

Mãe Maria, Nossa Senhora Aparecida, Rainha do Brasil, rogai por nós!

Escândalo! O comunismo, o abortismo, o gayzismo e… a Arquidiocese de Olinda e Recife!

ou “Eu, Masoquista II”

[Disclaimer: infelizmente, muni-me de uma câmera que não era minha para fazer as fotos que aqui vão apresentadas, e só reparei em casa que a data dela estava desconfigurada – de modo que as fotos foram registradas com o timestamp incorrecto. Unicamente para não confundir os leitores, utilizei-me do “ungido programa Photoshop” para apagar a data errada, pondo uma tarja preta no seu lugar. As fotos originais (as que vão aqui, bem como outras que não pus por questões de espaço) podem ser vistas no Picasa. Todas as fotos foram tiradas hoje, dia 07 de setembro de 2010, entre as dez da manhã e o meio-dia.]

“O Grito dos Excluídos é uma iniciativa da CNBB, que começou em 1995 com a Campanha da Fraternidade” – Dom Fernando Saburido, em entrevista veiculada no NE-TV do 07/09/2010 (00m46s).

Estive no Grito dos Excluídos. Comentei sobre o evento aqui, no Deus lo Vult!, ontem; vale lembrar que a Arquidiocese de Olinda e Recife anunciou que iria “disponibilizar mil bilhetes gratuitos para 18 paróquias de Recife, Jaboatão e Camaragibe”, apoiando assim o evento e incentivando os fiéis católicos a dele participarem.

Sabendo que Dom Aldo Pagotto, na vizinha Paraíba, afirmou que a Arquidiocese não apoiava o evento “porque nos últimos anos participam do evento entidades de movimentos que são contra dogmas e ensinamentos da Igreja Católica”, perguntei ontem se tais coisas também não se verificariam aqui em Recife.

E fiz questão de ir, para ver e para registrar. A concentração estava marcada para as oito horas; cheguei perto das dez. O Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, estava já terminando de falar (foi dele o discurso na abertura da caminhada); não cheguei a ouvir o que ele falou. Vi, no entanto, a enorme bandeira da ONG gay “Leões do Norte”; como cheguei pelo lado oposto àquele pelo qual a marcha saiu, a referida bandeira com as cores de Baal foi a primeira coisa que eu vi. Para quem não se lembra, foi exatamente esta ONG quem queimou um boneco de Dom José Cardoso no ano passado. Hoje, eles estavam participando de uma caminhada junto com o atual Arcebispo Metropolitano.

Registrei os participantes do evento: a referida ONG gay, a abortista MMM (Marcha Mundial das Mulheres), um tal de “Grupo Mulher Maravilha” que estava fazendo “Defesa e Afirmação (…) do PNDH3” (assim, literalmente – vejam as fotos!), movimentos em favor do limite da propriedade da terra, um monte de comunistas (membros do PSOL, do PSTU, da CUT, et caterva), o senhor Arcebispo, vários religiosos e diversos leigos membros de paróquias. Assim, na mais completa promiscuidade, para vergonha desta Veneza Brasileira.

Fiz questão de seguir a caminhada. Da praça Oswaldo Cruz até o Pátio do Carmo. Em um certo momento, uma mulher que estava no alto de um dos trios pega o Microfone: “nós estamos aqui para defender o direito à vida das mulheres, porque há milhões de mulheres morrendo por falta de apoio do Governo na questão do aborto. O Governo tem que oferecer assistência às mulheres, nos hospitais públicos, quando elas decidem interromper a gravidez. E as igrejas têm que deixar de discriminar as mulheres que optam pela interrupção da gravidez”. Sim, isto foi dito com estas exatas palavras! Olhei para a frente. Alguns metros adiante, o senhor Arcebispo dava uma entrevista, um grupo de capuchinhos dançava coco e maracatu… ninguém se importava. Para escândalo e vergonha da Igreja de Olinda e Recife, uma mulher defendeu o aborto em alto e bom som, em uma caminhada da qual estavam participando também o Arcebispo Metropolitano e diversos religiosos e leigos católicos.

Os homossexuais do Leão do Norte balançavam o seu bandeirão ao longo de toda a avenida. Gritavam “viva a diversidade!”. Poucos metros adiante, o senhor Arcebispo continuava caminhando, e os capuchinhos continuavam dançando (coco, desta vez). Escândalo: padres, religiosos, leigos membros de pastorais e o Arcebispo de Olinda e Recife engrossavam as fileiras daqueles que estavam defendendo expressa e ostensivamente o aborto e a cultura gay. Ninguém protestava. Ninguém parecia se importar.

Chegamos à ponte e, na avenida Guararapes, um grupo do MTST tinha invadido um prédio. Quando o trio elétricou chegou lá, começou a gritaria eufórica no edifício público ilegalmente ocupado. O sujeito que estava em cima do trio começou a gritar inflamado: “saudamos os companheiros do MTST que invadiram um prédio para mostrar a força dos trabalhadores”. E, logo após, arrematou: “Invadam! Resistam!”. Sob uma chuva de aplausos. Bem perto, um sujeito envolto em uma grande bandeira da União Soviética conversava com uns transeuntes. Afastei-me.

Cheguei, por fim, exausto, ao Pátio do Carmo, destino final da caminhada. O senhor Arcebispo também lá estava, tirando fotos. Para completar o escárnio, a grande bandeira gay foi estendida na praça, diante da Basílica da Virgem do Carmo, onde várias pessoas tiravam fotos. Enquanto isto, uma grande ciranda atraía a atenção de todos. Desisti, e voltei para casa.

Vale a pena perguntar: o que o Arcebispo estava fazendo em uma caminhada onde se defendiam o comunismo, o aborto, o gayzismo, o uso de preservativos e tantas outras imoralidades? O que a Arquidiocese tem a ver com estes escarnecedores da Igreja, para dar-lhes apoio e aumentar-lhes o número? E quanto às pessoas – havia tantas! – que, muito provavelmente sem saber do que se tratava o evento, fizeram-se presentes por conta da divulgação feita pela Arquidiocese e pelas paróquias – e, lá chegando, depararam-se com mulheres defendendo o aborto e travestis vestidos com as cores do arco-íris? O que justifica este conluio promíscuo entre os filhos da Igreja e os de Satanás? Qual a razão do silêncio das autoridades eclesiásticas sobre estas imoralidades e – pior ainda! – do apoio entusiasta a elas dado, a partir do momento em que estavam todos – Arcebispo, padres, religiosos, leigos – “caminhando e cantando e seguindo a canção”, dançando e sorrindo lado a lado com inimigos declarados da Igreja Católica?

Abaixo, algumas fotos. Para protestar junto ao senhor Arcebispo: dfsaburido@uol.com.br

[P.S.: chegaram-me aos ouvidos algumas reclamações de que eu teria divulgado o email pessoal do sr. Arcebispo. Sinto informar, mas não sou o autor de semelhante indelicadeza. Apesar dele não ser (como eu originalmente pensei) o oficial disponível no site da CNBB, é um email público há muito tempo disponível na internet; por exemplo, está no Catolicanet há mais de cinco anos. Portanto, não divulguei absolutamente nada que já não fosse de conhecimento público.]

E que Deus tenha misericórdia de nós.

O “non serviam” dos excluídos

1445. As palavras ligar e desligar significam: aquele que vós excluirdes da vossa comunhão, ficará também excluído da comunhão com Deus; aquele que de novo receberdes na vossa comunhão, também Deus o acolherá na sua. A reconciliação com a Igreja é inseparável da reconciliação com Deus.

(Catecismo da Igreja Católica; itálicos no original, negritos e sublinhados meus)

Enquanto, pois, subsiste a promessa de entrar no seu descanso, tenhamos cuidado em que ninguém de nós corra o risco de ser excluído (Hb 4, 1).

Por meio do pecado, nós nos excluímos do amor de Deus. A máxima e definitiva exclusão é o Inferno, onde “o próprio homem (…) se exclui voluntariamente da comunhão com Deus” (Compêndio, 213). Nosso Senhor ensina-nos, nos Evangelhos, que o Inferno é “destinado ao demônio e aos seus anjos” (Mt 25, 41); portanto, o Excluído por antonomásia é Satanás, e os outros excluídos são aqueles a quem o “Fogo Eterno” (id. ibid.) é destinado, bem como os outros “malditos” que lá serão lançados.

Na Bíblia Sagrada, por diversas vezes os excluídos gritam. Tanto demônios (Mt 8, 29) quanto homens que fazem a vontade de Satanás (Lc 23, 18) e, por isso, recebem esta dura censura de Nosso Senhor: “tendes como pai o demônio” (cf. Jo 8, 44). Também estes são excluídos.

Não poderia haver, portanto, nome mais adequado para o evento que ocorre amanhã em todo o país: o Grito dos Excluídos. Excluídos da comunhão com Deus e com a Igreja, a gritar, a berrar, como um dia gritou aquele que têm como pai: “não servirei”! Este grito perpassa os séculos e, aqui nesta Terra de Santa Cruz, faz-se particularmente audível todo ano, no dia sete de setembro.

Na semana passada, o grito dos excomungados levantou-se contra o Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto. Em carta assinada pela esmagadora maioria das sucursais do Inferno que exercem anti-apostolado em solo brasileiro (acho que só faltou o CIMI), aqueles que “têm como pai o Demônio” tiveram a pachorra de exigir da CNBB medidas punitivas (!) contra Sua Excelência Reverendíssima. “Ao tempo em que trazermos a público nosso protesto, vimos solicitar à CNBB, por meio de suas instâncias competentes, que trate de advertir o Arcebispo da Paraíba com relação às suas manifestas atitudes de descumprimento de sua função de pastor”. Mas o Sucessor dos Apóstolos não demorou a responder:

2- Em relação ao grito dos excluídos: a Arquidiocese não apoia e nem mais organiza, porque nos últimos anos participam do evento entidades de movimentos que são contra dogmas e ensinamentos da Igreja Católica, como por exemplo, aquelas que pedem a descriminalização do aborto e defendem o uso da camisinha.

São, portanto, excluídos porque defendem comportamentos morais aberrantes. São excluídos porque se excluíram da Igreja, contradizendo os Seus dogmas e Seus ensinamentos morais. São excluídos que gritam, bem alto, que não vão se submeter, repetindo e actualizando o brado satânico de revolta primordial. Non serviam: eis o verdadeiro grito dos excluídos! Vergonha participar de um evento desses. Escândalo que haja católicos que não o denunciem com a seriedade exigida.

Na contramão de todo o movimento de tomada de consciência da natureza e missão da Igreja Católica em curso no Brasil, bem como da dissolução – ad majorem Dei Gloriam, e finalmente – dos conluios promíscuos vergonhosa e historicamente realizados entre membros da Igreja e filhos de Satanás (movimento do qual o que aconteceu na Paraíba é um belíssimo exemplo),  no entanto, o site da Arquidiocese de Olinda e Recife noticia que a Mitra estará apoiando e participando da 16ª Edição do Grito dos Excluídos, coisa que muito nos causa perplexidade.

Será que, n’O Grito de Recife, não há “entidades de movimentos que são contra dogmas e ensinamentos da Igreja Católica”? Será que, em Recife, por algum milagre particularmente portentoso, o evento transcorrerá em clima da mais absoluta catolicidade? Será que, em Recife, o “non serviam” dos excluídos não se levantará amanhã?

Rezemos pela Igreja no Brasil. A fim de que Ela possa permanecer forte e firme diante da zombaria e do escárnio de Satanás. A fim de que, mais alto do que o diabólico grito dos excluídos, levante-se o anúncio do Evangelho. Só assim os excluídos podem ser readmitidos à presença de Deus, para a qual foram criados. A Igreja é o caminho – e o único caminho – que pode acabar com toda a exclusão.

“Eu vim para que todos tenham vida” – Dom Luiz Gonzaga Bergonzini

[Admirável coragem! Que Deus abençoe Dom Luiz Gonzaga.

Fonte: Diocese de Guarulhos]

“Eu vim para que todos tenham vida” (Jo 10,10)

03-08-2010 – 12:47

Aos meus diocesanos

Sob o título “Dai a César o que é de César”, na edição do mês de julho da Folha Diocesana, na coluna “A Voz do Pastor”, nós recomendávamos aos verdadeiros cristãos e católicos a não votarem em todo e qualquer partido e candidato que fossem contrários aos princípios cristãos e católicos, mormente aqueles que dizem respeito à lei Natural que é lei de Deus positiva.

Acrescentávamos que não deviam dar o seu voto à Sra. Dilma Rousseff, pois o partido a que a mesma pertence, o PT, é francamente favorável à liberação total do aborto. Senão, vejamos:

01- Aos 11 de abril de 2005, o governo Lula comprometeu-se a legalizar o aborto no Brasil, assinando o Segundo Relatório do Brasil sobre o Tratado de Direitos Civis e Políticos, apresentado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU (nº 45) e, em agosto do mesmo ano, entregou ao Comitê da ONU para a eliminação de todas as formas de descriminalização contra mulher (CEDAW), documento no qual reconhece o aborto como Direito Humano da Mulher.

02- Em setembro de 2007, no seu IIIº Congresso Nacional, o PT assumiu a “descriminalização do aborto e a regulamentação do atendimento de todos os casos no serviço público, como programa de partido. E no dia 20 de fevereiro de 2010, no seu IVº Congresso Nacional, o PT manifestou “apoio incondicional” ao 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) editado pelo Presidente Lula, no final de 2009. O programa inclui entre outros temas, a defesa da descriminalização do aborto.

03 – O PT puniu os deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso por se recusarem a assinar o PL (projeto de lei) que tornava livre a prática do aborto…

04 – Mais recentemente, em 16 de julho de 2010 (no mês passado!!!), a Ministra Nilceia Freire, na linha da política do Senhor Presidente da República, propôs a liberação total do aborto em toda América Latina através do “Consenso de Brasília”.

05 -Chamam a nossa atenção as propostas de governo da candidata à Presidência, que alteram a linguagem mas não alteram o conteúdo. Já apresentou três propostas de Governo, sendo que a segunda “maquia” a primeira, e a terceira “maquia” a segunda retirando tudo que pudesse deixar “transparecer” os objetivos de liberar o aborto, para não “prejudicar” sua candidatura. Há rumores de que, no próximo mês será anunciada uma “quarta” proposta…

06 – Para evitar desgastes na campanha de sua candidata, o Sr. Presidente “engaveta decisões sobre temas polêmicos” (Cf. Estado de São Paulo – 06/08/2010 – A7). Contrariamente a todos estes “ajustes” que tentam mascarar a verdade, o Evangelho nos manda: “ O seu Sim, seja Sim. O seu Não, seja Não”.(MT 5,37). Sem subterfúgios, sem máscaras, para não esconder a verdade…

07 –Sendo coerente com nossa profissão de Fé (o que, é evidente, não ocorre nesses “Planos de Governo”), reafirmamos tudo quanto já dissemos. Não temos receio de reafirmar, assinar e confirmar tudo quanto temos escrito. Não precisamos de “reformulações”…

08 – Apesar de 70% dos brasileiros e cristãos terem se manifestado contra a descriminalização do aborto, em pesquisa CNT/Sensus do início deste ano, os delegados do PT chegaram ao entendimento de que o partido deve dar “apoio incondicional ao programa PNDH-3 por considerar que ele é “fruto de intenso processo de participação social”. Ou seja, o PT está levando o país na contra mão da democracia reconquistada há pouco e com fadiga.

09 – Houve quem nos criticasse por termos tomado essa atitude, alegando que não tínhamos o direito de nos “intrometer” na política. A esses queremos lembrar que, num país democrático, como cidadão temos o direito de nos manifestar, a favor ou contra as pretensões de políticos.

10 – Como Bispo, temos a obrigação de alertar os fiéis para que escolham bem os partidos, os candidatos e suas propostas, para não votarem naqueles que sejam contra as Sagradas Escrituras, em especial em relação à vida: “Não Matarás” (Ex. 20,13; Dt. 5,17; Mt. 5,21).

11 – Agora é a hora da defesa da vida. Não podemos nos omitir. Repetindo Dom Henrique Soares, Bispo Auxiliar da Diocese de Aracaju: “É nosso dever de cristãos e de cidadãos procurar votar de modo consciente e esclarecido, pensando unicamente no bem comum…afinal, um voto pode nos mandar para o inferno: aqui, por quatro anos e, após a morte, por toda a eternidade!”

Encerrando os esclarecimentos, pedimos a Deus, por intercessão da Santíssima Virgem Imaculada Conceição, Padroeira de nossa Cidade de Guarulhos, que proteja nossa Diocese assim como todo nosso País, concedendo-nos governantes que sejam respeitadores da Lei de Deus e das Leis Naturais que têm sua fonte no próprio Deus.

+ Luiz Gonzaga Bergonzini
Bispo de Guarulhos

http://www.camara.gov.br/sileg/integras/755059.pdf

Carta ao povo católico paulista – prof. Hermes Rodrigues Nery

[Publico, como a recebi por email do prof. Hermes. Já falei sobre ele aqui no Deus lo Vult!; inclusive tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente este ano, em São Paulo, na Marcha pela Vida. Aos que votam em São Paulo, recomendo-o com muita alegria.]

CARTA AO POVO CATÓLICO PAULISTA

Prof. Hermes Rodrigues Nery

“Só o amor de Jesus podia fazer-me afrontar estas dificuldades e as que vieram depois…”
Santa Teresinha, História de uma Alma

Há 33 dias do pleito de 2010, eleições estas cruciais para a vida da Igreja Católica Apostólica Romana, no Brasil, vamos percebendo a hora grave, gravíssima, em que estamos, em que “triunfa soberba a improbidade, insolente a ciência, licencioso o descaramento”1. Neste momento, poucas e corajosas vozes se levantam contra o mal que se avizinha (dos que estão contra Cristo, porque não estão com Cristo” – Lc 11,23), mal este que vai se agigantando, agindo de forma cada vez mais intensa contra a sacralidade da vida humana, a dignidade da pessoa, a família e, principalmente, os mais caros valores da civilização cristã em nosso País. “Chora e se desfaz a terra… contaminada pelos seus habitantes, porque esses transgrediram as leis, mudaram o direito e romperam a aliança eterna” (Is 24, 5).

“Os erros da Rússia se espalharão pelo mundo…”

Os poderosos do mundo avançam na implantação de uma nova ordem mundial explicitamente anti-cristã; daí inclusive o projeto internacional de refazer as religiões e o próprio cristianismo, desfigurando-o, destituindo-o de sua identidade, esvaziando-o de seu conteúdo e força doutrinal, num movimento de ateísmo militante e agressivo, como nunca visto antes, em tão grande proporção. Como propôs Hobbes, querem substituir Deus por Leviatã.

O jussárico modelo político anarco-comunista, de premissas marxistas e do feminismo radical, após fracassar de modo retumbante na Rússia e no Leste-europeu, vem sendo trazido, desde os anos 90, para a América Latina, onde grupos organizados, com táticas gramscianas, esperam agora finalmente conseguir tomar o Brasil, stalinizando-o, no afã de impor a ditadura do proletariado, e um controle social desmedido e tecnologicamente sofisticado, para conter e buscar minar ainda mais a fé cristã no solo brasileiro. Devemos então, muito mais agora, defender o Brasil com vigor patriótico, com a energia e a coragem para o bem, como pede o nosso hino nacional: “Verás que o filho teu não foge à luta!”. É preciso o bom combate por um Brasil em defesa da vida, para que esta grande nação, nascida da Santa Cruz, alcance s eu destino promissor.

Mais uma vez ressoa forte a voz de Nossa Senhora de Fátima: “Se atenderem aos meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja”.

O projeto de sovietização do estado brasileiro está contido no Plano Nacional de Direitos Humanos (Decreto Federal 7037/09)2, a exemplo do que fez Hitler, no Mein Kampf, quando disse tudo o que desejava fazer, e depois de eleito, passou a executar tudo o que pretendia, para o horror de todos. Assim os socialistas e anarco-comunistas, com a conivência de grandes financistas e muitos dos que querem tirar proveito no desarranjo atual das coisas, vão querer impor o PNDH3, esperando encontrar um Congresso Nacional tíbio, vulnerável e subserviente.

O estado brasileiro foi assaltado pela pior espécie de homem-massa, que nivelou tudo por baixo, numa exaltação da degradação moral, em vários aspectos, ferindo as instituições, a começar pela primeira e principal de todas elas, que é a família, num ataque sem precedentes na história, minando as forças que dão vigor às instituições que já não encontram o suporte necessário para que cumpram seu papel social, em especial a missão de formar pessoas e edificar valores. Com muita tristeza, vejo o povo brasileiro acuado, sem saber ao que se ater, sem entender o que está acontecendo, não aceitando, em seu íntimo, a configuração desta nova realidade, de uma “cultura da morte” que vai se impondo, artificialmente, arquitetada e financiada por poderosos centros privados internacionais, de pérfidos interes ses.

De que lado estamos?

Depois de alguns anos, militando como leigo católico na minha Diocese de Taubaté3, animando a Comissão Diocesana em Defesa da Vida, conseguimos, em ação conjunta com vários grupos do País, evitar a aprovação da legalização do aborto no Brasil4, bem como viabilizar iniciativas que visam proteger a família, especialmente no campo legislativo5.

Não tem sido um trabalho fácil, pois que a correnteza contra o bem e a beleza do matrimônio e da família tem sido muito forte, movida por um pragmatismo altamente desumano; porém, sem titubear no sentido da missão evangelizadora, com a consciência de remar contra esta corrente, vamos conseguindo, pela graça de Deus, agregar forças e unir pessoas que realmente têm amor ao Evangelho da Vida e unidos a Cristo (porque é Ele quem atrai), para fazer frente a esta “conjura contra a vida”, e nos posicionarmos firmemente, lembrando a importante pergunta do papa João Paulo II em seu livro “Memória e Identidade”: “Afinal, de que lado estamos?” Hoje, em meio a este contexto em que somos chamados a fazer a escolha dos próximos governantes do nosso País, precisamos – enquanto cristãos e cidadãos retomarmos esta séria indagação: “De que lado estamos?”, e recordarmos ainda o imperativo do Deuteronômio: “Escolhe, pois, a Vida!”

“Escolhe, portanto, a vida, para que você
e seus descendentes possam viver!” (Dt 30, 19-20).

A hora exige de nós, cristãos e cidadãos, o discernimento. As nossas decisões têm conseqüências. Não podemos nos omitir nem nos acovardar, ou nos acomodar no indiferentismo. Cada um de nós – todos nós – somos responsáveis pelas nossas escolhas, e começamos aqui, com as nossas decisões, o que seremos na eternidade. O seguimento a Jesus Cristo, o verdadeiro discipulado, é confirmado pela aceitação da cruz, sempre redentora. Pois segura é a vitória da vida, porque vem de Deus.

“Quem sou eu para ir até o faraó?” (Ex 3,11)

Estamos hoje com o grave risco, iminente, de sermos submetidos a uma nova forma de totalitarismo (muito mais sutil), um Leviatã implacável a comprometer a liberdade, e a escravizar cada vez mais as multidões aflitas. O povo brasileiro, seduzido pela medusa midiática, não tem consciência de tais grilhões, uma multidão manipulada, que requer o olhar compassivo de Cristo. Nesse sentido, o lema de São Bento (ora et labora) nos impulsiona a ir para o campo de batalha, no difícil campo legislativo, para buscar afirmar a cultura da vida, em meio a tantas ameaças. Ao contrário do que se pensa, a Igreja “agora será salva, porque a cruz reaparece”6. Daí o apelo a todo cristão, católicos paulistas, a se prepararem para os tempos difíceis, porque vão nos exi gir a coerência de vida, a fidelidade ao Evangelho e, especialmente, o amor que tudo salva.

Não é hora de desânimo, nem de soçobrar no niilismo, nem de entregar os pontos. Mas hora de levantarmos enquanto povo de Deus e povo da vida, para anunciar e testemunhar, com viva alegria que só Deus é o nosso Senhor e Salvador, que Jesus Cristo é ontem, hoje e sempre, que sabemos o que defendemos e a quem defendemos. “E que pela intercessão da gloriosa bem-aventurada sempre Virgem Maria, sejamos livres da presente tristeza e gozemos a eterna alegria. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”

Prof. HERMES RODRIGUES NERY é Secretário-Geral do Movimento Nacional pela Cidadania Brasil Sem Aborto, Coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida e Movimento Legislação e Vida, da Diocese de Taubaté. Vereador (PHS), Presidente da Câmara Municipal de São Bento do Sapucaí (SP). Candidato a DEPUTADO FEDERAL pelo PHS no Estado de São Paulo – 3133. Site: http://professorhermes3133.wordpress.com

  1. Papa Gregório XVI, Encíclica Mirari Vos, 5
  2. http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2010/03/15/a-ideologia-inumana-e-totalitaria-do-pndh3/
  3. http://www.cnbbsul1.org.br/index.php?link=news/read.php&id=2937
  4. http://www.pastoralis.com.br/pastoralis/html/modules/smartsection/item.php?itemid=189http://www.reinodavirgem.com.br/fe-e-politica/stf-aborto.html
  5. http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=275361
  6. François-René de Chateaubriand, O Gênio do Cristianismo, W. M. Jackson INC Editores, 1970, Volume 2, p. 285

Padre Euteneuer e Human Life International

Como foi noticiado na semana passada, o pe. Thomas Euteneuer está deixando a presidência da Human Life International para retornar à sua diocese de origem, como pároco. Segundo (tradução livre do) email que ele próprio enviou, “um padre é um soldado de Cristo e da Igreja, e obediência é a primeira virtude do seu estado de vida”.

Achei estranho o fato não ter tido tanta repercussão por aqui, bem como achei estranha a atitude do pe. Euteneuer que se me afigurou como um relâmpago em céu claro. É um sacerdote corajoso, que “não tem papas na língua”, que estava fazendo um excelente trabalho à frente daquela importantíssima organização internacional pró-vida. Disse o padre que, para ele, esta era a coisa certa a ser feita neste momento. Difícil, no entanto, imaginá-lo dizendo coisa diferente, após louvar a obediência sacerdotal como ele o fez.

Ele pede orações, e as merece e delas precisa. Rezemos por ele. De sua parte, prometeu-nos lembrar-se sempre de nós, todos os dias, no Sacrifício Eucarístico, “fonte de toda unidade e VIDA”. Pode ser que tenhamos perdido um general que estava à frente da batalha pró-vida; mas sem dúvidas não perdemos o sacerdote que, mesmo tendo que se afastar um pouco das primeiras fileiras na liça contra a Cultura da Morte, lembra-se de nós no Santíssimo Sacrifício do Altar. E isso importa.

O LifeSiteNews.com publicou um justíssimo tributo ao padre Euteneuer. Lamento não ter tempo de traduzi-lo agora, mas para quem entende inglês vale a pena uma leitura. São alguns comentários sobre os últimos anos em que o pe. Euteneuer dedicou-se com afinco à batalha pró-vida. Talvez o mais famoso de seus corajosos feitos públicos tenha sido esta entrevista com Sean Hannity, em 2007 – infelizmente está em inglês. Hannity possui um talk show conservador e se apresenta como católico. Certa feita, no entanto, defendeu publicamente o controle de natalidade. O padre Euteneuer protestou. Convidado para uma entrevista, aceitou, e respondeu com tranqüilidade à crescente exaltação de Hannity. A pergunta final foi a mais chocante, e também a mais bonita para quem tem visão sobrenatural: “-o senhor me negaria a comunhão? -Sim, eu negaria. -Uau”. Bravo, padre Thomas. Bravo!

Rezemos pelo padre Thomas Euteneuer. Rezemos pelo Human Life International. E rezemos por todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, dedicam-se à defesa da vida.

“Hierarquia dentro do Matrimônio” – prof. Carlos Ramalhete

[Em complemento ao post anterior do Deus lo Vult!, permito-me reproduzir na íntegra um email enviado pelo Carlos Ramalhete à lista Tradição Católica no início do mês passado. Achei que ele já estava disponível em algum lugar da net e ia somente linká-lo ao final do post passado; procurando, no entanto, não o encontrei. O texto é bem longo, mas é precioso. Recomendo enfaticamente a sua leitura atenciosa.

Fiz questão de mantê-lo tal e qual foi enviado, com os exemplos pessoais que foram lá citados, por considerá-los muito úteis e extremamente didáticos. Apenas fiz ligeiras correções tipográficas.

Fonte: Tradição Católica e Contra-Revolução.]

Pax Christi!

>Não concebo, e outros comigo como já falarei, que no matrimónio um
>seja superior e outro inferior, como ocorre numa hierarquia.

Creio que esteja havendo um grave engano sobre o que signifique hierarquia.

Isto não é incomum, devido à perversão do termo pela modernidade, e que é provavelmente o que faz com que ele seja evitado, a não ser em algumas raras ocasiões em que há alguma analogia com as hierarquias modernas (por exemplo, ao tratar de hierarquia eclesiática, caso em que a confusão leva a coisas como a tentativa americana de responsabilizar o Papa por crimes cometidos por um padre, como se o padre fosse um subordinado hierárquico ***no sentido moderno*** do Papa).

Vamos então ver algumas das diferenças:

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Chefe da Família. Rainha do Lar.

Estão muito produtivas as discussões sobre o papel da mulher no Matrimônio católico, que foram motivadas por um meu comentário a um ponto do discurso do presidente Lula aqui em Recife. O assunto – a lista Tradição Católica que o diga… – tem uma impressionante capacidade de acirrar ânimos e melindrar susceptibilidades. Sobre ele, vale tecer alguns comentários.

Dentro do Matrimônio, a cada um dos cônjuges competem papéis distintos e complementares. Quer agrade, quer desagrade. Isto não é uma convenção social e nem uma construção histórica; isto está inscrito na própria natureza do consórcio matrimonial, da forma como foi querido e instituído por Deus. Portanto, esposo e esposa não são peças idênticas de uma máquina, perfeitamente intercambiáveis entre si sem nenhum prejuízo da harmonia do todo. Ele é esposo, ela é esposa. Ele é pai, ela é mãe. Ele é chefe da família, ela é rainha do lar.

Isto, no entanto, não pode ser entendido com a estreiteza intelectual das feministas. É óbvio que a mulher não está “proibida” de sair de casa, desde que isso não a faça descuidar do seu papel insubstituível de manter a ordem e a harmonia no lar da família. E é óbvio que a vocação a (vá lá, usemos corajosamente a palavra que tem uma carga tão pejorativa nos dias de hoje, explicando-a melhor adiante) dona de casa – vocação de toda mulher casada, diga-se de passagem – não tem nada de degradante, de simplória ou de digna de compaixão. Ao contrário: tem muito é de santidade e de heroísmo.

Não me lancem pedras, ainda. Ser dona de casa não tem nada a ver com ser inculta, ou com precisar passar a vida entre o fogão e o tanque de roupas, ou com tantas outras imagens ainda mais ofensivas que encontramos algures, mas que eu não vou reproduzir aqui. Uma mulher casada pode optar por ser médica ou executiva, por ser jornalista ou advogada, por ser professora ou pesquisadora. O que ela não pode é optar por ser dona de casa – i.e., por ser a responsável pela ordem doméstica -, porque isso não é opção, é precisamente o papel que lhe compete dentro do Matrimônio, e do qual ela não pode abdicar.

Vê-se muito extremismo sobre este assunto. Por exemplo, há quem ache um absurdo que a menina seja educada para os serviços domésticos porque precisa trabalhar para não ser “vagabunda”, e há quem diga que mulher não pode estudar porque tem é a obrigação de cuidar da casa. E vê-se muita da estreiteza intelectual sobre a qual falei acima. Sim, a menina precisa ser educada para ser dona de casa, e a mulher casada precisa sê-lo de fato. Sim, a menina (e a moça, e a mulher, solteira ou casada) pode(m) estudar, e a moça e a mulher (a casada inclusive) podem trabalhar. Quem vê contradição entre as duas coisas é porque não encarou ainda a realidade sem as lentes ideológicas infelizmente tão comuns nos dias de hoje.