Dois curtas: derrotas do Movimento Gay

1. França contra o casamento gay: “O Conselho Constitucional francês, um órgão de proteção constitucional das leis do país, divulgou, na sexta-feira, 28 de janeiro, sua resposta à chamada ‘Questão Prioritária de Constitucionalidade’ (QPC), criado por duas mulheres lésbicas, Corinne Cestino e Sophie Hasslauer, e estabeleceu que a atual proibição do casamento homossexual está conforme a Constituição vigente”.

2. Colômbia contra o casamento gay: “A Corte Constitucional da Colômbia não aceitou o pedido de modificar a definição legal do casamento e manteve a fórmula do Código Civil que só o reconhece entre “um homem e uma mulher”, noticiou a agência ACI”.

Os dois reveses sofridos pelo Gayzismo – ainda que provavelmente temporários – enchem-nos de alento. Ainda há um mínimo de bom senso no mundo. Ainda há os que se preocupem com a defesa legal da Família. Ainda há esperança…

Guerras de Pernambuco – católicos brasileiros e holandeses calvinistas

[Transcrevo – aliás, copio a transcrição feita por um caríssimo amigo daqui de Recife, na lista “Tradição Católica” – alguns trechos do livro “História da Guerra de Pernambuco”,  do século XVII, escrito por Diogo Lopes Santiago. Contextualizando, nas palavras introdutórias de quem transcreveu originalmente os trechos: “A narrativa concentra-se no desenrolar das guerras envolvendo o domínio holandês: a de resistência, até a queda do Arraial do Bom Jesus, e a da restauração, com a expulsão dos holandeses em 1654. A parte que relata os sucessos de Cunhaú preparam a narração dos feitos de João Fernandes Vieira, herói da restauração, no Rio Grande do Norte”.

A referência aos mártires de Cunhaú surgiu neste vídeo (assistam) da caravana do IPCO. Mais informações podem ser obtidas também na revista “Mundo e Missão”, reproduzindo um documento da Arquidiocese de Natal.]

Livro II, capítulo IX

(…) Por me tirar do fio da história, quero escrever um caso infausto que sucedeu em Cunhaú (teatro, como já tenho escrito, de trágicos sucessos), e foi o caso que um domingo 16 de julho, e não como Fr. Manuel escreve que sucedeu em 29 de junho, dia de S. Pedro e de S. Paulo, estando ainda o governador João Fernandes Vieira no sítio do Covas, veio um holandês, chamado Jacó, casado com uma índia tapuia e quase bárbaros como esses indômitos e cruéis gentios, que com eles havia muito tempo morado no sertão e exercitado seus brutos e depravados costumes. Veio, pois, com ordem dos do Recife, trazendo muitos índios e tapuias  e mandou chamar à falsa fé os moradores que estavam em suas casas, pacíficos, tratando cada qual de granjear suas fazendas, sem saber do levantamento de João Fernandes Vieira, e juntos ao domingo, pela manhã, pondo um edital dos do supremo conselho de segurança nas portas da igreja, e dizendo querer tratar com eles negócios de importância. Eles, posto que receosos dos índios, se juntaram na igreja. O Jacó lhes disse que ouvissem missa, que depois lhes manifestaria o negócio a que vinha; isto fez para os acolher todos juntos os que estavam por suas casas para virem ouvir missa. Não faltou da companhia quem dissesse aos moradores que fugissem enquanto tinham tempo, porque os vinham matar, e eles por verem que em nenhuma causa estavam culpados, não fizeram caso do aviso por seu mal.

Estando, pois, todos juntos, uns dentro da igreja, que serviu de cadafalso a estes inocentes, e outros na casa do senhor de engenho, mandou o flamengo cercar assim a casa como a igreja, e entendo já os miseráveis que a tempo não podiam fugir, ser certo o que se lhes havia dito, e vendo que os flamengos que vinham com Jacó e os índios lhes foram tomando os bordões que traziam, que estas eram as armas com que vinham, entre mortais ânsias se confessaram ao Sumo Sacerdote Jesus Cristo Senhor Nosso, pedindo cada qual, com grande contrição, perdão de suas culpas. Jacó, fazendo sinal assim aos flamengos, como aos tapuias, foram matando cruelmente e atrozmente aos que na igreja estavam, e o primeiro que cometeu esta maldade, levando de uma adaga, foi um dos potiguares principal, chamado o Jererera, filho do Jandoim, que foi grande amigo dos portugueses no tempo passado, não seguindo as pisadas do seu pai, degenerando de sua bondade. E se afirma que ele foi o primeiro que feriu o padre capelão daquela igreja, chamado André do Soveral, que ali mataram com os moradores, exortando-os a bem morrer e rezando apressadamente o ofício da agonia. Os que na casa do senhor de engenho se recolheram, ouvindo os tristes gritos daqueles que na igreja e seu adro e cemitério matavam, desceram pela escada abaixo; e como no súbito perigo não é necessário largo conselho, vendo que não podiam romper por entre a caterva dos tapuias e potiguares, cada qual se abraçou com o seu e assim, às dentadas e punhadas, pois outras armas não tinham, venderam as vidas. Mortos aqueles, subiram pela escada acima e fizeram em pedaços os que na casa acharam, escapando somente três por cima dos telhados, ficando mortos alguns sessenta e nove.

E o padre, sacerdotes de noventa anos de idade, ou por ver se podia escapar a vida, ou já por não saber com as ânsias da morte, que tão presente via o que dizia,  se bem poderia ser por impulso sobrenatural, disse aos tapuias, que lhes falava bem a língua, que aqueles que o matassem se haviam de secar e morrer. Ficaram os tapuias tão admirados e confusos, que não quiseram dar morte ao padre; antes, se apartaram dele. Mas os potiguares, zombando dos tapuias, fizeram pedaços ao sacerdote e foi cousa admirável e estupendo caso que aos mesmos bárbaros causou espanto; porque secando em brevíssimo tempo os braços dos que ao padre mataram, acabaram as vidas raivando, e os que o ameaçaram ficaram com os braços tolhidos, conhecendo o erro que fizeram, que foi esse, se assim posso chamar, o primeiro arrependimento que esses bárbaros insolentes tiveram, por verem com seus olhos o castigo das inumanidades que fizeram; e ainda se viu outro prodígio; porque indo a Cunhaú, depois deste sucesso dois ou três meses, umas tropas de soldados nossos viram na igreja e seu adro o sangue dos que foram mortos tão vivo e fresco como se naquela hora fora derramado, e na porta da igreja uma estampa da mão que afirmaram ser do padre André do Soveral (…).

* * *

[mais dois curtos depoimentos sobre a ojeriza do povo brasileiro à heresia calvinista holandesa]

De Nassau, aos seus sucessores na administração do Recife, advertindo-os da incoveniência de pretender converter os da terra:

“Não convém por agora que a prática da nossa religião seja abertamente introduzida entre os portugueses, com a supressão dos seus ritos e cerimônias, pois nada há que mais os exaspere. Também não é conveniente agora que Vossas Nobrezas se envolvam em sua disciplina eclesiástica e no que disto depende. Deixem esta matéria (servatis servandis) a seus padres e vigários, poquanto o contrário disso é prematuro, sem proveito ou reputação, e Vossas Nobrezas verificarão de fato que nada há que mais lhes doa do que meter-se o governo secular e interferir com seus eclesiásticos.”

De Adriaan van der Dussen (conselheiro da Companhia das Índias Ocidentais), em 1639:

“Há pouca aparência de que os portugueses se convertam à religião reformada, porque aqui só há um ministro que prega na língua deles, porém nem um só português comparece às prédicas nem o procuram para, por meio de entrevistas individuais, aprenderem algo a respeito. Pelo contrário, recusam-se a prestar ouvidos a isto com pertinácia, o que procedem do que lhes disseram os padres, isto é, que a nossa doutrina é herética e maldita, da qual não poderiam ouvir falar sem incorrer em pecado de heresia.”

Divulgação: súplica por um ano mariano

Próximo ano, 2012, o excelente “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, de São Luís Maria Grignion de Montfort, completará 300 anos. Algumas lideranças católicas estão empenhadas em suplicar ao Santo Padre a graça de um ano mariano, para comemorar esta data e alcançar para toda a Igreja abundantes frutos de santidade, por meio da divulgação da devoção à Virgem Santíssima pelo meio preconizado por São Luís de Montfort. Quem não lembra do que se trata, veja aqui.

O vídeo abaixo foi produzido por membros da Fraternidade Arca de Maria e explica um pouco mais sobre esta devoção e os motivos da nossa súplica:

http://www.youtube.com/watch?v=t7OnM_sbsoo

Unamo-nos em oração neste pedido. Que a Virgem Soberana seja em nosso favor!

Convite – Missa em ação de graças

O Arcebispo emérito de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, vai celebrar no próximo sábado (05 de fevereiro) uma missa em ação de graças pelos seus 60 anos de profissão religiosa. Será na Basílica do Carmo, em Recife, às 10 horas da manhã. Os que puderem comparecer, não percam a oportunidade.

CONVITE PARA MISSA
EM AÇÃO DE GRAÇAS
PELOS 60 ANOS DE PROFISSÃO RELIGIOSA
DE S. E. R. DOM JOSÉ CARDOSO SOBRINHO

Sábado, 05 de fevereiro de 2011

Basílica de Nossa Senhora do Carmo, Recife

10:00

Avisos Técnicos

1. O uso do Google Friend Connect para os comentários foi (finalmente) liberado. A funcionalidade permite que os comentaristas sejam identificados por meio da sua conta Google (mostrando o nome que consta no Google, a foto da conta, etc.). Para utilizar, basta fazer o login na própria caixa de comentários (no botão “sign in” que fica abaixo dela) ou do lado direito do site, onde tem os “membros”. A funcionalidade, embora desejável, não é obrigatória: continua sendo possível comentar preenchendo o formulário normal, que pede nome e email.

2. A política de comentários do blog não mudou: continuam sendo aprovados todos os comentários, e censurados somente os palavrões, blasfêmias e trollismo. Há, no entanto, engraçadinhos – nomeadamente o sr. Hermes Pompeu – fazendo comentários absurdos (coisas do tipo “que coisa terrível é o fundamentalismo! Mimimimi!”) em posts antigos, sem nenhuma ligação com o assunto em pauta, e sem nenhuma intenção de defender a sua posição quando confrontado (já que nunca volta para o mesmo post, mas vai jogar o mesmo xororô em algum outro). Trata-se claramente de atitude troll que eu não tenho obrigação de aceitar por aqui. Doravante, serei mais rigoroso com a aprovação deste tipo de comentários claramente baderneiros.

3. A propósito, as diretrizes gerais para a boa convivência nos comentários também não mudaram:

  1. seja educado, evite argumentar ad hominem, exercite a paciência com os demais comentaristas;
  2. defenda as suas posições com objetividade, argumentando racionalmente;
  3. assuma a responsabilidade das coisas que você diz;
  4. evite iniciar outros debates quando há outros ainda inconclusos;
  5. procure, na medida do possível, ater-se ao assunto de cada post;
  6. procure condensar tudo o que tem para falar em um único comentário (evitando diversos comentários seguidos);
  7. utilize links para indicar textos maiores, evitando copiá-los e colá-los inteiros nos comentários.

4. Os últimos meses (e as últimas semanas, em particular) foram bastante conturbadas. Não estou com tanto tempo quanto eu gostaria para me dedicar ao apostolado virtual. No entanto, o pior já passou e as coisas agora tendem a melhorar. Mais novidades virão. 2011 está só començando. Agradeço a presença de todos; continuamos trabalhando para melhor servi-los.

Regras para o engajamento dos católicos na internet

[Leiam a íntegra em inglês aqui.]

  1. Lembre-se sempre da superioridade do mundo real sobre o mundo virtual.
  2. Sua salvação é mais importante do que o seu envolvimento na internet.
  3. Nunca diga na internet algo que você não diria pessoalmente.
  4. Não escreva nada com raiva.
  5. Não crie estereótipos das pessoas.
  6. Reserve pelo menos um dia da semana para ficar fora da internet.
  7. Presuma sempre as boas intenções dos outros.
  8. Lembre-se de quem é o verdadeiro Inimigo.
  9. Lembre-se de que Deus resiste ao soberbo.
  10. Não freqüente apenas sites católicos.

“There be dragons”

Excelente este trailler de “There be dragons”, filme de Roland Joffé que aborda – embora não seja este o cerne da trama, pelo que entendi – a vida de San Josemaría Escrivá. E, a propósito, o diretor tampouco é católico – é agnóstico. Sinceramente, sei bem pouco sobre este filme; mas, pelo trailler, parece-me que vai ser uma boa produção.

Vejam também o canal do filme no Youtube. E torçamos para que seja lançado no Brasil.

Roe v. Wade: 38 anos

Apenas para não deixar passar em branco, no último dia 22 de janeiro foi o aniversário de 38 anos do tristemente célebre Roe v. Wade. Houve, como há todos os anos, uma marcha pela vida nos Estados Unidos na data. Esta foto do protesto foi publicada por G1:

Foto: G1

Que Deus salve os Estados Unidos, e o sangue dos inocentes derramado ao longo de quase quatro décadas possa, enfim, mover o Altíssimo a fazer justiça.

Sobre a grande farsa que legalizou o aborto nos USA, não deixem de ler este texto.

“Eu não tenho orgulho nenhum de ser gay”

O vídeo é antigo, mas relembrar é importante. Quando um homossexual público vem colocar-se contra o gayzismo com tal clareza – dizendo que eles estão confundindo liberdade com libertinagem – a ponto de ser vaiado pelo Movimento Gay, talvez nós consigamos por fim enxergar a qual abismo moral estão nos tentando conduzir. Se, entre os próprios gays, há aqueles que percebem a tentativa de se institucionalizar a imoralidade, pode ser que haja uma luz no fim do túnel e nós, enfim, possamos levantar a nossa voz em defesa dos verdadeiros direitos do ser humano.

Destaque para “eu sou a favor da família, eu acho que eu nasci de um homem normal e de uma mulher normal”, aos 7m38s. Seguido de manifestações raivosas da turba gayzista.

http://www.youtube.com/watch?v=YLnXn9LpwuU

CESEP, CNBB, CTEH’s, “orientação sexual” – onde andam os responsáveis?

Por email, uma amiga me envia a divulgação do curso “A vida: desafio à ciência, bíblia e bioética – do genoma às células tronco”, promovido pelo CESEP – “Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular”. Neste blog há uma divulgação com o cartaz do evento.

O problema aparece quando entramos na página do CESEP que apresenta este curso de verão. Lá, em “conteúdo”, podemos encontrar a seguinte palestra:

A revolução científica na biologia e genética. O projeto genoma e as células tronco embrionárias – uma nova fronteira na pesquisa genética: seus dilemas científicos, éticos e jurídicos.
Lygia da Veiga Pereira – Livre docente e pesquisadora na área de genética humana-USP – São Paulo – SP

Para quem não lembra da sra. Lygia Pereira, trata-se de pesquisadora da USP favorável ao uso de embriões humanos em pesquisas científicas. Oras, cabe perguntar: em quê, exatamente, esta senhora pode contribuir para uma formação “à luz da Bíblia, Teologia, Pastoral e do compromisso cristão na sociedade” – que é a forma como se apresenta o curso de verão do CESEP?

O curso foi divulgado. Está no site do CNLB, está também no site da PJMP. E ninguém vê problemas em uma pesquisadora que afronta totalmente a posição da Igreja referente ao uso de CTEH’s em pesquisas cientícas ser convidada para palestrar em um evento que, teoricamente, é direcionado também para o povo católico – uma vez que está sendo divulgado em meios católicos? O que é isso, vamos chamar Hitler para dar uma palestra sobre respeito ao povo judeu? Bruna Surfistinha para explicar a moral sexual católica? Por que raios, então, uma pesquisadora que trabalha com embriões humanos – em frontal discordância, repita-se, com o que ensina a Igreja – é convidada para fazer parte de um evento (teoricamente, repita-se) direcionado a católicos? Ou, então: por que meios de comunicação católicos divulgam um evento onde vai ser dada uma conferência por uma pesquisadora que discorda da posição da Igreja sobre o emprego de CTEH’s em pesquisas? Será que é pedir demais um mínimo de coerência?

O evento ocorreu entre os dias 09 e 16 de janeiro de 2011. Ao seu término, foi divulgado no site da CNBB um texto contendo os “Compromissos do Curso de Verão 2011”. No texto, não é feita nenhuma menção ao singelo fato de que a Igreja não admite pesquisas com células-tronco embrionárias humanas. Nem é apresentada a menor explicação para que a presença da Lygia Pereira neste evento. No entanto, encontro lá, entre os compromissos assumidos, a necessidade de se “superar[em] discriminações de gênero, cor, raça, deficiência física, orientação sexual” (!). Agora expliquem-me como é que a “discriminação” por “orientação sexual” foi parar entre os compromissos firmados num curso cujo tema era “do genoma às células-tronco”!

A própria existência das pesquisas da sra. Lygia Pereira é, de per si, um fato já bastante lamentável. Que esta senhora seja conferencista em um curso de bioética ecumênico, já se transforma em um terrível escândalo. Agora, que meios de comunicação católicos – incluindo aí o próprio site da CNBB – divulguem e elogiem esta palhaçada, aí já ultrapassa todos os limites do tolerável. Repito-me: será que é pedir demais um pouco de coerência? Será que os católicos não podem se ocupar simplesmente em divulgar o que é católico e criticar o que é contrário à Igreja? Quem são os responsáveis por semear a confusão no meio do povo de Deus? E onde estão as sentinelas responsáveis por zelar pela doutrina da Igreja, que parecem não fazer nada?