Amanhã, 07 de setembro, «dia de jejum e de oração pela paz na Síria»

O Santo Padre, o Papa Francisco, convocou no Angelus do último domingo toda a Igreja Católica para um dia de jejum e de oração pela paz na Síria e no mundo inteiro. As suas exatas palavras foram as seguintes:

Por isso, irmãos e irmãs, decidi convocar para toda a Igreja, no próximo dia 7 de setembro, véspera da Natividade de Maria, Rainha da Paz, um dia de jejum e de oração pela paz na Síria, no Oriente Médio, e no mundo inteiro, e convido também a unir-se a esta iniciativa, no modo que considerem mais oportuno, os irmãos cristãos não católicos, aqueles que pertencem a outras religiões e os homens de boa vontade.

A convocação suscitou algumas dúvidas. Duas delas me parecem as mais importantes.

Primeiro, importa esclarecer que o dia não é de jejum e abstinência, como a Sexta-Feira Santa e a Quarta-Feira de Cinzas. É uma dia de jejum e oração. A carne, portanto, está liberada, com a parcimônia que se exige de um dia de jejum, é lógico, mas ainda assim liberada.

Segundo, algumas pessoas quiseram saber se elas estão obrigadas sob pena de pecado mortal a atenderem a este pedido do Papa. Vejam, existe a obrigação, sim, inclusive sub grave, de obedecer aos Mandamentos da Igreja. O Direito Canônico diz que «[t]odos os fiéis, cada qual a seu modo, por lei divina têm obrigação de fazer penitência», e que os «dias de penitência» são prescritos para que os fiéis possam vivê-los «cumprindo mais fielmente as próprias obrigações e sobretudo observando o jejum e a abstinência» (CIC, Cân. 1249). Isto, no entanto, vale, de acordo com o mesmo cânon, «segundo as normas dos cânones seguintes». E os cânones seguintes (1250-1253) tratam dos dias de jejum e penitência ordinários da Igreja: as sextas-feiras, a Quarta de Cinzas e a Sexta da Paixão. Não fala nada sobre um dia de penitência convocado extraordinariamente (como é o caso atual) e, portanto, não permite ser extrapolado para impôr a este as mesmas obrigações decorrentes daqueles.

O Papa fez um convite que exige séria consideração, sem dúvidas, uma vez que é um convite do próprio Romano Pontífice, mas que não tem a mesma natureza dos dias de penitência ordinariamente prescritos para toda a Igreja. Portanto, deixar de fazer jejum e oração amanhã não é de per si um pecado grave. Esta é opinião de alguns sacerdotes nos quais confio, e é a opinião do pe. Z. exposta em seu blog no início desta semana.

No entanto, é importante que nos unamos sim, cada qual na medida das suas capacidades, a esta louvável inciativa à qual nos chama o Vigário de Cristo. Se pudermos fazer jejum amanhã, não deixemos de fazer: não percamos esta oportunidade de unir as nossas penitências às de toda a Igreja, sob o convite expresso do Papa Francisco, pela paz na Síria e no mundo. E, se por alguma razão o jejum nos for muito penoso ou impossível (sei lá, se já havíamos marcado um churrasco de aniversário, ou coisa parecida), não descuidemos da oração: elevemos particulares súplicas ao Todo-Poderoso, em união com toda a Igreja, a fim de que Ele nos conceda a paz de que o mundo tanto precisa e não tem condições de a obter por conta própria.

Elevemos estas preces a Deus principalmente no momento em que o Papa estiver rezando especificamente para este fim. Segundo ele, no «dia 7 de setembro, na Praça de São Pedro, aqui, das 19h00min até as 24h00min, nos reuniremos em oração e em espírito de penitência para invocar de Deus este grande dom para a amada nação síria e para todas as situações de conflito e de violência no mundo». Daqui para Roma são cinco horas de fuso-horário; então, aqui no Brasil isso será das duas da tarde às sete da noite. Reservemos estas horas, ou ao menos alguma(s) destas horas, para nos unir ao Papa em oração. Que o Todo-Poderoso nos ouça. Que o Príncipe da Paz venha em nosso socorro. Que Ele nos consiga o que está para além do nosso alcance.

«Porque a Religião não somente é útil para os indivíduos e para as famílias, mas também para a sociedade» – Frei Damião de Bozzano

Uma Igreja pobre e para os pobres. Uma Igreja que vá ao encontro dos necessitados. Uma Igreja que não seja auto-referencial mas que, ao contrário, exista para atrair cada vez mais almas a Cristo Jesus. Uma Igreja que não viva encastelada, mas que tenha em Si o cheiro das ovelhas. Esta é a Igreja que o Papa Francisco vem pregando desde o início do seu pontificado. E esta é a Igreja vivida em si próprios por tantos homens e mulheres que nos precederam, e dos quais é urgente que nós aprendamos a seguir os passos de Nosso Senhor.

O nosso Frei Damião é um desses homens. Capuchinho verdadeiramente imitador de São Francisco de Assis, pregador carismático e comovente que atraía multidões, romeiro incansável pelos sertões nordestinos: eis um homem de quem podemos aprender como anunciar a Cristo Jesus.

O curto vídeo abaixo (tem menos de dez minutos) é um pequeno documentário de uma sua visita a Taperoá, cidade do interior da Paraíba, em 1969. Vale muito a pena assisti-lo.

Eis um homem que nos interpela com a força do exemplo vivo, e que conhece as dificuldades do povo pobre não a partir dos livros e das retóricas afetadas dos ideólogos, mas a partir de cada cidade que ele visitou ao longo de décadas. Ele, como ninguém, pode demonstrar com a sua vida que não é necessário sacrificar as exigências da Fé para falar ao coração do povo sofredor. Ele, com o seu testemunho de vida, mostra que os pobres não precisam ser infantilizados: vê-lo utilizar desembaraçadamente a segunda pessoa do plural é o argumento definitivo contra a retórica vazia dos que pretendem, por meio de um elitismo às avessas, transformar a alta cultura em um obstáculo à comunicação com as pessoas humildes.

Ele conhece o sofrimento dos pobres e os pobres o amam, justamente porque enxergam nele não um agitador social ávido por uma “libertação” sócio-econômica, mas um ministro de Cristo que anuncia com clareza as Suas palavras de Vida Eterna. Eis o exemplo que acaba com a tagarelice marxistóide que hoje empesta a Igreja de Deus! Que Frei Damião de Bozzano possa olhar pelo seu Nordeste, hoje em um estado de miséria religiosa muito maior do que em sua época, pois hoje não há mais capuchinhos como ele. Ouçamo-lo. Aprendamos dele, que o povo elegeu como Apóstolo do Nordeste.

Para que os sinos voltem a badalar: «A Guerra dos Cristeros»

A fim de que os sinos voltem a tocar: este nobre propósito foi responsável por uma das mais gloriosas páginas da história da Igreja do século passado, infelizmente muito pouco conhecida pelos nossos contemporâneos, ao menos os de língua portuguesa. Com alegria, nós achamos que já se pode dizer: até agora.

Foi lançado pelas Edições Cristo Rei o livro do Enrique Mendoza Delgado, «A Guerra dos Cristeros» (Belo Horizonte, 2013), que é uma excelente introdução ao estudo do que aconteceu aqui ao lado, no vizinho México, há menos de um século atrás. Quando um governo maçônico e anti-clerical resolveu pôr em prática a perseguição oficial à Igreja Católica, tão louvada pelos livre-pensadores de então (e, por que não dizer?, também pelos dos nossos dias). Quando católicos simples pegaram em armas para defender os direitos de Deus e da Santa Madre Igreja. Quando o sangue dos mártires tingiu de rubro o solo mexicano. Quando os que lutavam sob os estandartes de Cristo Rei e da Santíssima Virgem tornaram-se invencíveis contra um inimigo mil vezes mais poderoso, e foram vendidos em acordos espúrios firmados em salões acarpetados antes de serem vencidos a sol aberto nos campos de batalha.

O livro de Delgado conta toda a história daqueles trágicos e heróicos acontecimentos, desde os antecedentes da Revolução até depois dos “acordos” que derrotaram os cristeros. Por se preocupar mais com a narração geral dos acontecimentos do que com os detalhes biográficos dos personagens, a leitura consegue ser leve e sucinta: as 134 páginas constituem uma agradável leitura para uma tarde. Enganar-se-ia, no entanto, quem julgasse que a obra é superficial. Muito pelo contrário: o colorido daquela história salta aos olhos do leitor a cada página, envolvendo-o com a narrativa e inflamando-o de amor à Igreja e àqueles tantos cristãos que, naqueles dias difíceis, levaram ao extremo aquela máxima neo-testamentária segundo a qual «importa obedecer antes a Deus do que aos homens» (Atos dos Apóstolos 5, 29).

O governo maçônico de Plutarco Elías Calles, a partir de 1925, «decidiu aplicar à risca a Constituição revolucionária de 1917» (op. cit., p. 16), com toda a perseguição à Igreja Católica que isso significava. Leigos, padres e bispos foram presos. Sacerdotes estrangeiros foram expulsos. Seminários e conventos foram fechados, bem como escolas católicas. Houve até uma tentativa de cisma com a fundação de uma Igreja Católica Apostólica Mexicana, graças a Deus fracassada. Mas foi em julho de 1926, com a “Lei Calles” que reformava o Código Penal e estabelecia sanções para cultos religiosos, que se deu a gota d’água. No dia 25 de julho de 1926, o episcopado mexicano publicava uma carta pastoral onde se lia que (op. cit., p.44)

(…) na impossibilidade de continuarmos exercendo o nosso ministério sagrado, depois de ter consultado nosso Santíssimo Padre Pio XI, ordenamos que, a partir do dia 31 de julho, se suspenda nos templos o culto público que exija participação do sacerdote.

Os sinos estavam mudos. O povo católico estava privado dos sacramentos.

O resultado foi desastroso. Calles não retrocedeu um milímetro e ainda ordenou que, após a suspensão dos cultos, as prefeituras tomassem os templos. Ainda se tentou uma resistência pacífica; no entanto, o anti-clericalismo do governo era demais para o povo católico simples. Sobre isso, fala Delgado:

Adiantando-se às decisões de seus chefes, e finalmente forçando-os a segui-los, seriam os católicos comuns que empreenderiam a resistência armada contra o perseguidor. Para eles, tudo estava claro; não entendiam nada de alta política, nem de diplomacia, nem de estratégias ou táticas. O assunto era bem simples: Deus estava sendo perseguido e sua Igreja era proscrita por um César tirânico e cruel; todos os homens tinham o dever de defender aquilo que os constituía, no mais profundo de seu ser, e que era a base de todas as outras liberdades: a liberdade de crer e de servir a Deus [op. cit., pp. 45-46].

As revoltas armadas começaram espontaneamente, nos povoados. Das associações de católicos que já há muito protestavam contra a injustiça das leis persecutórias – como a “Liga Nacional de Defesa da Liberdade Religiosa”, o Comitê de Defesa da Religião, posteriormente “União Popular”, a “Associação Católica da Juventude Mexicana”, dentre outras – vieram muitos soldados cristeros; outros tantos vinham dos campos, dos vilarejos, dos lugares onde a perseguição caíra sem que se apresentassem formas pacíficas de se lhe resistir. Um estudo de Jean Meyer, citado por Delgado, permite concluir que da Cristiada «participaram desde homens da costa até os que viviam nas montanhas, desde corajosos mestiços até pacíficos indígenas, desde filhos das famílias aristocráticas até os filhos do último peão da fazenda» (op. cit., p. 56). Na Guarda Nacional, no ejército cristero, os mexicanos estavam unidos em torno deste mesmo santo ideal: fazer com que os sinos das igrejas voltassem a badalar, conseguir que o culto a Deus voltasse a ser praticado livremente nas terras mexicanas, conquistar ao Governo o sagrado e inalienável direito de praticar a Religião Verdadeira. São impressionantes as vitórias que estes homens alcançaram, contra um exército em treinamento, número e armas muito mais poderoso do que eles:

Em Coalcomán, no dia 27 de julho de 1928, foram sitiados três regimentos do Exército, deixando sobre o campo mais de 1.500 cadáveres. Lançou-se uma contra-ofensiva com três regimentos, dois batalhões e artilharia, e os cristeros triunfaram novamente, provocando cerca de 1.000 mortes em seis meses. A proporção de baixas era surpreendente, e se devia, sobretudo, à tática dos cristeros, mas eles próprios atribuíam-nas, também, à Providência. Assim, Ramón Aguilar provocou cem baixas no 11º Regimento, contra duas no seu Regimento; Luis Navarro teve cinco baixas no combate de El Fresal, contra 189 baixas no Exército; Dionisio Ochoa, em Colina, perdeu quatro homens, contra a morte de 375 soldados do governo; Pedro Quintanar, em Arandas, perdeu 7 contra 145; Luis Navarro, em Ahijillo, matou 125 soldados sem perder um só homem, e em Coalcomán, perdeu dois contra 133 do inimigo; Ezequiel Mendoza teve em Tehuantepec somente uma baixa contra duzentas no Exército, etc. [op. cit., pp. 65-66]

Foram ao final vendidos, em acordos ingênuos firmados entre autoridades eclesiásticas e governantes perversos; e, após deporem as armas, foram massacrados pelo governo. Mas sempre tiveram a consciência de que lutaram ao lado do bem e da justiça, e o general da Guarda Nacional pôde escrever aos seus homens, ao dissolver o exército cristero, que «a Guarda Nacional não desaparece vencida por nossos inimigos, porém, na realidade, abandonada por aqueles que haveriam de receber, em primeiro lugar, o fruto valioso de seus sacrifícios e suas abnegações». E terminava: «Salve Cristo! Os que por Vós encontraremos a humilhação, o desterro e, talvez, a morte ignominiosa, vítimas de nossos inimigos; a Vós vos saudamos com nosso amor mais fervoroso e, uma vez mais, vos aclamamos Rei de nossa Pátria! Viva Cristo Rei!» [op. cit., pp 77-78].

Cerca de 30.000 mártires depois, assim terminava a grande Cristiada. As perseguições ainda se arrastaram por alguns anos, até que, em 1940, o México pôde encontrar «uma época de tolerância plena, que, com seus altos e baixos, tem mantido a liberdade “de fato” do povo católico para professar a fé» (op. cit., p. 85). Graças à luta e ao sangue daqueles que largaram o conforto de suas vidas para lutar pelos direitos da Igreja. Graças aos bravos cristeros que um dia se levantaram aos gritos de «¡Viva Cristo Rey!» contra um governo tirânico e perseguidor do Cristianismo.

Este livro das Edições Cristo Rei é uma obra para se ter em casa e para presentear os amigos. A edição traz ainda dois belos anexos, um com alguns artigos do Beato Anacleto González Flores e outro com fotografias da época. Isso, somado à beleza da história que Enrique Mendoza Delgado conta de modo tão envolvente, fazem dele uma preciosidade digna de ser conhecida e divulgada.

Pode ser adquirido a R$ 22,00 + frete no site da Editora.

Capa-A-Guerra-dos-CristerosTítulo: A Guerra dos Cristeros

Autor: Enrique Mendonza Delgado

Páginas: 134

Formato: 12cm x 18cm

Acabamento: Brochura

Capa: laminação fosca

Miolo: papel pólen de 80gr

Aborto: Globo mostra ficção e esconde a realidade

A respeito de certa cena pró-aborto que a Globo recentemente transmitiu em uma sua novela, está primoroso este artigo da Dra. Elizabeth Kipman publicado na Gazeta do Povo. Antes de aparecerem por aí com comentários disparatados, melhor fariam as pessoas em se inteirarem devidamente a respeito do que é verdadeiro e do que é falso no que aparece “na telinha”. Para que não juntem à sua imoralidade já suficientemente repugnante a mais abjeta desonestidade intelectual.

Porém, consideremos: uma pessoa que quiser amputar sua própria mão sem ser por motivo de saúde não pode ser auxiliada pelo médico, que sofrerá severa punição se o fizer – apesar do risco que esta pessoa corre se insistir em fazer o ato de forma insegura. Mas, quando existe a ameaça da realização de um aborto provocado, o médico seria obrigado a fazê-lo?

Não existe um único médico católico no mundo que se recuse a fornecer cuidados básicos para uma mulher que tenha sofrido complicações por conta de um aborto provocado. Como não existe nenhum médico católico no mundo que se recuse, por exemplo, a ministrar os primeiros socorros a um ladrão que tenha sido ferido num tiroteio com a polícia. Isto não está sequer em discussão, e é verdadeiramente calhorda a empulhação que foi ao ar numa novela da Globo. Inventando uma história totalmente sem pé nem cabeça, a emissora apresenta as coisas como se a culpa das mulheres que morrem em conseqüência de abortos provocados fosse não delas próprias, que tentaram mutilar o próprio corpo a fim de matar o filho inocente que carregavam no ventre, mas sim da ficção totalmente inexistente de médicos religiosos se recusando a lhes prestar socorro uma vez que elas chegam nas emergências dos hospitais!

É uma lástima que mulheres morram na prática de abortos clandestinos? Sim, é, sem dúvidas. Mas se o governo se importasse realmente com estas mulheres, deveria fornecer-lhes todo o suporte possível (psicológico e financeiro) para que elas não precisassem matar os próprios filhos. No entanto, as pobres mulheres em situação de vulnerabilidade que – num momento de desespero – desejam recorrer ou recorrem ao aborto são utilizadas pelo Governo brasileiro como bucha de canhão para o avanço da agenda abortista no país. Depois disso, são descartadas.

Se a mesma quantidade de recursos e energia gastos para empurrar o aborto no Brasil fosse aplicada no auxílio verdadeiro a mulheres grávidas que não têm condições de ter os seus filhos, o (aliás já baixo) número de mulheres mortas por conta de abortos provocados no nosso país ia cair para zero. Para que se veja o quão hipócrita é a política governamental de “apoio” às mulheres grávidas, veja-se este artigo (com um vídeo) que o pe. Lodi publicou há algumas semanas no seu site. O testemunho é impressionante. Regiane foi estuprada e ficou grávida. Procurou fazer um aborto, e foi tratada a pão-de-ló pelos órgãos oficiais e oficiosos de “defesa da mulher”. Antes de fazê-lo, contudo, desistiu; e, por conta disso, o Governo rapidamente perdeu o interesse nela. Para ajudá-la a criar o seu filho, não apareceu ninguém que movesse uma palha em seu favor. Ouçamos o que ela diz:

Vim pra falar que Secretaria de Política para Mulheres não defende as mulheres, procurei o CEDIM no Rio de Janeiro [e] escutei delas que, por não optar pelo aborto, que eu tinha problemas porque eu queria. Porque meus problemas poderiam ter sido resolvidos. Como eu optei pela gravidez, eu estava com problemas por livre e espontânea vontade.

Isso, sim, é a realidade das mulheres brasileiras, isso deveria estar em horário nobre na televisão, para que os brasileiros de bem se indignassem com a patifaria que o Governo realiza com o dinheiro dos nossos impostos, empregando-o para assassinar crianças e deixando mães passarem necessidades. Isso é o que precisa ser mostrado. Não a ficção mentirosa que a Globo coloca nas suas novelas para, mentindo e enganando, minar a sã aversão que o povo brasileiro tem ao crime horrendo do aborto.

4ª Campanha Nacional de Consagrações à Santíssima Virgem

À semelhança do que já ocorre há alguns anos, o «Consagra-te!» lançou agora a 4ª Campanha Nacional de Consagrações à Virgem Maria. Trata-se, como a maior parte dos meus leitores já deve saber, da «Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem» à qual São Luís de Montfort consagrou o seu Tratado.

Recomendo vivamente que todos ao menos conheçam essa santa devoção. E aos que se sentirem inspirados a fazê-la, eu digo sem medo de errar: sejam generosos em se entregar a Nosso Senhor por meio das mãos imaculadas da SSma. Virgem Maria! Acho que foi Bento XVI quem disse certa feita aos jovens que eles fossem generosos para com Deus, porque Ele não tira nada, ao contrário: dá tudo. O mesmo posso dizer eu com relação à santa escravidão de amor. Se a idéia de entregar completa e irrevogavelmente os próprios méritos à Virgem Santíssima pode parecer assustadora para alguns, eu digo que é ao contrário: é libertador.

Ao contrário do que possa parecer à nossa experiência materialista mais imediata, depositar todas as graças aos pés da Mãe de Deus nos torna muito mais agraciados do que quando as retínhamos para nós. Ou porventura alguém acha que pode vencer a Santíssima Virgem em generosidade? Ou algum filho da Igreja realmente acredita ser capaz de entregar à Virgem Santíssima mais do que Ela própria é capaz de lhe alcançar?

Na lógica do Evangelho, nós temos mais quando mais damos. Isso vale também (e talvez até principalmente) para tesouros espirituais: seremos tanto mais ricos quanto mais entregarmos tudo a Nossa Senhora. Ou poderia ser diferente? Ou algum servo da Rainha dos Anjos poderia ser mais pobre do que antes de dedicar-se integralmente aos serviços d’Ela? É Boa a Senhora de quem nos fazemos escravos! Alguém realmente A conhece tão pouco a ponto de imaginar que Ela seria capaz de deixar os Seus servos na indigência?

Aproveitemos esta oportunidade. Informações detalhadas podem ser encontradas no «Consagra-te!» (não deixem de acessar), incluindo dicas para a organização de grupos de estudo e materiais de apoio (como o próprio Tratado). Como nos outros anos, o dia escolhido para a Consagração é o 08 de Dezembro, solenidade da Imaculada Conceição. Preparemo-nos para este grande dia. Digamos com coragem que somos todos d’Ela, e que tudo o que possuímos é d’Ela. E veja-se se não seremos mais felizes. Veja-se se a nossa vida espiritual não será muito mais rica do que era até então.