Fotos da Manifestação contra o aborto em São Paulo

Publico as fotos da manifestação ocorrida ontem em São Paulo. Recebi-as de S. E. R. Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, junto com este texto publicado no seu blog. Faço coro ao pedido do senhor bispo: não tenhamos medo! O Brasil é de Jesus Cristo. Esta é a Terra de Santa Cruz.

“A mentira perdeu” – Dom Luiz Gonzaga Bergonzini

[Bela nota! O Wagner Moura me mandou a imagem por email no fim da tarde; e a transcrição eu encontrei depois no site de Dom Bergonzini. Sim, a mentira perdeu. Nós somos muitos, somos jovens, cheios de sonhos e de vontade de mudar o mundo. À nossa frente marcha Aquela Senhora Terrível como um exército em ordem de batalha; ao nosso redor, todos os santos e anjos de Deus. É Ele que nos sustenta e anima. Marchemos pois com confiança sob o estandarte do Crucificado. Nas fileiras do Senhor dos Exércitos. À vitória.]

Nota de Dom Bergonzini sobre a militância virtual católica

A MENTIRA PERDEU (Nota oficial)

Nas eleições de 2010, a candidata Dilma Vana Rousseff e sua coligação pediram a apreensão do documento “Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras” sob o argumento de infringir a lei eleitoral por debater o aborto. Também nos atribuíram a “mentira” de Dilma Vana Rousseff e o PT serem a favor da liberação do aborto. Provamos que o PT e Dilma Rousseff eram e continuam sendo a favor da liberação do aborto.

A Vice-Procuradora Geral Eleitoral, Dra. SANDRA CUREAU, encarregada do parecer sobre a apreensão dos impressos, assim se pronunciou: “Aliás, é natural e saudável que temas como esse sejam debatidos durante o período eleitoral, pois isso permite que os candidatos se posicionem, assumam compromissos, esclareçam suas idéias e pactuem com seus eleitores os termos de sua ação política. Em uma sociedade verdadeiramente democrática e plural, o período eleitoral deveria ser justamente o ápice desse tipo de discussão.”

O Tribunal Superior Eleitoral determinou a devolução dos “panfletos”, que podiam ser distribuídos e o serão durante nos próximos meses. Outros documentos novos poderão ser redigidos e impressos, assinados por nós, para serem distribuídos. A morte não pode vencer a vida.

Na época das eleições, e posteriormente, fomos acusados de criminoso por várias pessoas e veículos de comunicação. Hoje, estamos ajuizando açao de indenização por danos morais contra a entidade “Catolicas” pelo Direito de Decidir. Ordenamos aos advogados que busquem outros artigos ou matérias, passadas ou futuras, ofensivas à nossa honra e reputação, para que sejam ajuizadas novas ações. É hora de buscar a Justiça!

A mentira perdeu. A mentira nunca prevalecerá.  Hoje daremos o ABRAÇO DA VERDADE, no Forum João Mendes Júnior, da Justiça de São Paulo.  A data 21.03.2012 poderá ser o marco da mudança do Brasil, para o BRASIL DA VERDADE.  Queremos a CPI da VERDADE sobre o ABORTO, JÁ!

A partir de agora, o Cristianismo conta com um exército virtual de Blogueiros e Internautas da Verdade de Cristo, que mudarão o Brasil.

Jesus Cristo nos disse:

“O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” (Jo 10,10)  “Eu sou o caminho a verdade e a vida.” (Jo 14,6)

Chegou o tempo do Brasil da Paz e do Bem, do Brasil da Verdade e da Vida, do Brasil de Jesus Cristo!

O Brasil dos Blogueiros e Internautas de Cristo!

São Paulo, 21 de março de 2012.

Dom Luiz Gonzaga Bergonzini
Bispo Emérito de Guarulhos
Jornalista MTb 123
www.domluizbergonzini.com.br

Convocação – Manifestação Pública contra o aborto dia 21/03

É amanhã! Certamente a maior parte dos meus leitores já o sabe – afinal, além de estar bombando nas redes sociais, o assunto ganhou destaque na “grande mídia alternativa” religiosa (ACIDigital) e secular (Reinaldo Azevedo) -, mas faço questão de fazer coro ao chamado de S. E. R. Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo emérito de Guarulhos: por uma “CPI da verdade sobre o aborto”!

O pedido está oficialmente publicado no site de Dom Bergonzini. A idéia é manifestar a insatisfação popular com as políticas assassinas que vêm sendo – há anos! – consistentemente adotadas pelos nossos poderes públicos. É cobrar por transparência, por verdade, por decência; é pedir para que os nossos governantes deixem de ser subservientes a interesses estrangeiros e passem a governar os brasileiros em conformidade com os valores do povo brasileiro. Que é – nunca é demais repetir – maciçamente contra o aborto.

Não se compreende por que uma ideologia assassina (generosamente financiada por fundações internacionais) deva prevalecer sobre os valores do povo do Brasil. Não obstante, é exatamente assim que as nossas autoridades têm nos governado: escamoteando os legítimos anseios dos brasileiros para promover uma agenda ideológica estrangeira. É sobre isto, afinal de contas, o pedido de Dom Bergonzini: pelo fim desta pouca-vergonha. Políticos brasileiros, parem de promover o aborto no país! Nós não o queremos. Não o aceitamos.

A foto acima é de uma edição do Jornal do Brasil que hoje completa 48 anos. É de 20 de março de 1964 e mostra a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu em São Paulo meio milhão de pessoas. Diante da mesma Catedral da Sé em cuja fronte, amanhã, nos reuniremos para protestar contra o aborto. A ocasião é por demais propícia, e o elemento motivacional é bastante forte. Não deixemos passar a oportunidade! Os dados da manifestação, conforme constam no site de D. Bergonzini, são os seguintes:

CONVOCAÇÃO – CPI da VERDADE sobre o ABORTO, JÁ!

CPI  da VERDADE  sobre o  ABORTO, JÁ

PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO PÚBLICA

Convocamos as crianças, os jovens, os adultos, os idosos, os CRISTÃOS, de todas as denominações,  os NÃO-CRISTÃOS, todos DEFENSORES DA VIDA para, no dia 21.03.2012, comparecerem e  participarem da MANIFESTAÇÃO – CPI DA VERDADE SOBRE O ABORTO, JÁ!

DATA:   21.03.2012

HORÁRIO DO INÍCIO: 12:30 horas

CONCENTRAÇÃO:  a partir das 11:00 h, na escadaria da CATEDRAL DA SÉ – SÃO PAULO

LOCAL da MANIFESTAÇÃO: em frente ao FORUM JOÃO MENDES, na Praça João Mendes, Centro, São Paulo

CAMISETAS: haverá distribuição de camisetas para os primeiros 500 participantes (dependendo da numeração)

LEVAR : APITOS, FAIXAS E CARTAZES:  ABORTO NUNCA MAIS – CPI DO ABORTO, JÁ – ABORTO NÃO – os grupos podem imprimir suas próprias camisetas

Quem não puder comparecer, pode se manifestar no dia por outras formas:

TWITTAÇO:  dia 21.03.2012  – a partir das 13h  – #abortonuncamais – @SenadoresBrasil – @CamaraDeputados – @AssembleiaSP

EMAILS:  dia 21.03.2012, a partir das 10:00 – enviar emails para a Câmara Federal e Senado (os nomes e emails dos parlamentares podem ser retirados nos portais da Câmara e do Senado)

TELEFONE:  telefonar a partir das 13:00 – Câmara – 0800.619.619 / Senado – (61) 3303-1211

Vamos lá! Cumpre defender o nosso país dos inimigos que o querem tomar de assalto; importa levantar a nossa voz em defesa daqueles que não podem se defender sozinhos. Uno-me particularmente à convocação do Wagner Moura: “Agora é pra valer: não queremos saber de clínicas, não queremos saber de venda de abortivos, muito menos sobre quem são as mulheres que abortam. Nós queremos abrir a caixinha das ONGs abortistas para termos, afinal, TRANSPARÊNCIA sobre o financiamento e sobre a informação que elas recebem da Ford Foundation, da McArhur e Rockefeller”.

Os que estiverem em São Paulo, diante da Catedral da Sé amanhã! Os que não estiverem, que se lancem sobre as redes sociais, os emails e os telefones. E todos, os presentes e os ausentes, não deixem de empunhar o terço amanhã por esta santa causa. Que São Miguel Arcanjo nos defenda neste combate, e que o Imaculado Coração de Maria livre o Brasil da maldição do aborto. Nossa Senhora Aparecida, salvai o Brasil!

“Embrião humano é pessoa, sim senhor” – Ogeni Luiz Dal Cin

[Reproduzo conforme recebi por email, pedindo ampla divulgação. O artigo traz boas verdades: “Ora, o suprassumo dos preconceitos é o preconceito daquele que se julga não ter preconceito. Como não admitem a defesa do direito à vida dos nascituros, do alto de sua prepotência, declaram que todos os demais são preconceituosos”. O auotr – o dr. Ogeni Luiz Dal Cin – é advogado (OAB-SP) e já escreveu outros textos sobre o mesmo assunto, como p.ex. “Raízes metafísicas do aborto” e “O aborto no paraíso terrestre”.]

EMBRIÃO HUMANO É PESSOA, SIM SENHOR.

 Ogeni Luiz Dal Cin*

Originalmente, no mundo antigo, pessoa significava a máscara do ator que representava uma personagem ou o papel do indivíduo nas representações sociais, sempre algo exterior. Aparência. Tanto num caso como noutro, pessoa era pura exterioridade, o que aparecia para os outros, ocultando a verdadeira subjetividade, o fundamento do ser.

Com o cristianismo, a pessoa passa a significar o próprio conteúdo substancial escondido atrás das aparências exteriores e das representações teatrais ou sociais do ser humano. É a essência substancial constitutiva do ser humano, a fonte da dignidade.

A mudança do conteúdo do conceito de pessoa deu-se em razão do esforço teológico cristão de chegar a compreender um pouco mais a respeito do Deus revelado: um só Deus em três Pessoas da mesma natureza. E como o homem foi criado “à imagem e semelhança” desse Deus, o conceito de pessoa passa a ser a chave definidora do ser humano também, através da filosofia antropológica. Ora, essa ‘imagem e semelhança’ está sob a máscara, não é a máscara; a máscara expressa, mas não esgota a absoluta dignidade constitutiva da ontologia subjetiva da pessoa humana. Ou seja, a pessoa humana transcende a todos os demais seres e não pode ser violada por nenhum poder humano, porque ela traz em sua substância uma constituição ontológica que não decorreu exclusivamente do humano ou da natureza, mas do Criador. Sem Deus não há como salvar o homem. Nossa Constituição foi promulgada ‘sob as bênçãos de Deus’, mantendo-se dentro da tradição personalista que plasmou nossa história.

Nesse sentido, pouco importam a exterioridade, as diferenças, as fases da vida, a idade, pois o que importa, antes de tudo, é que há uma pessoa, ser original que transcende o mero dado, fundamento ôntico da igualdade, cuja substância é de natureza racional, não querendo significar, com isso, que a racionalidade deva estar em ato o tempo todo e em todas as suas etapas de desenvolvimento. Desde que haja uma vida de natureza humana, não importa o grau de desenvolvimento em que se encontra, nem o grau de consciência própria, aí há uma pessoa humana portadora de uma dignidade absoluta, cujo dever do Estado é de zelar, defender, proteger e promover as condições de seu desenvolvimento. Naturalmente, então, o direito à vida estende-se da concepção até a morte natural, protegida pelo “não matarás” garantido pelo Estado. É antinatural aceitar que a régua do tempo ou o período de desenvolvimento da pessoa, independentemente dos nomes que lhes são dados, tornem-se critérios legais concedentes de poder absoluto ao Estado para reduzir ou aniquilar o direito à vida da pessoa humana.

O interesse de controlar o direito à vida da pessoa humana, ditado por interesses multinacionais, financiando a propaganda do aborto, subjugando a alma nacional, é prática de eugenia da natureza humana dos excluídos sociais porque visa, em concreto, por meio de clínicas abortivas, instaladas preferencialmente nas periferias das grandes cidades, a controlar a demografia dos pobres e dos negros, como declarou, nessa senda, a Deputada Fátima Pelaes. Mas os políticos alheios à defesa da soberania nacional nesta grave questão dos nascituros, não investigam a entrada do dinheiro destinado à promoção de crimes contra a natureza humana dos nascituros, nem se preocupam com a discriminação, que daí pode decorrer, em relação aos pobres e negros, cuja população subliminarmente passaria a ser melhor controlada. Será que preferem, ao invés, proteger interesses escusos? O que é que faz compensar tais omissões? Por que os políticos não querem discutir o problema com os seus eleitores, enganando-os depois? Por que aquela mídia preconceituosa em relação ao direito à vida dos nascituros parte da crença de que todo aquele que defende a vida da natureza humana desde a concepção, defende apenas uma ideia religiosa, sem respaldo na realidade, como se matar nascituros humanos não tivesse nada a ver com o direito à vida e como se a religião não fosse um fato natural do homem? Os promotores da morte dos nascituros e a preconceituosa mídia têm suas crenças centradas em que quem defende a vida dos nascituros são pessoas preconceituosas. Ora, o suprassumo dos preconceitos é o preconceito daquele que se julga não ter preconceito. Como não admitem a defesa do direito à vida dos nascituros, do alto de sua prepotência, declaram que todos os demais são preconceituosos. Não bastasse isso, por que falsificar dados para criar uma falsa justificativa para matar os nascituros humanos? Mas igual decreto de morte não pode ser aplicado a alguns animais irracionais (criminalização da destruição de ovos de tartaruga). Ou seja: nenhum nascituro humano teria o direito à vida, enquanto alguns animais o teriam garantido pelo Estado, com a força da lei. Colocam-nos abaixo dos animais em valor e dignidade. Bem, até o direito de mentir para melhor promover o aborto é mais importante que o direito à vida dos nascituros! Por que romper a multissecular história da pessoa humana fundadora da cultura ocidental para justificar uma escusa prática de eugenia dos excluídos sociais? Ora, se as pesquisas atestam que mais de 70% dos brasileiros são francamente contra o aborto, por que, mesmo assim, uma pequena minoria, sem legitimidade popular, a serviço de interesses internacionais escusos tudo fazem para introduzir o aborto? Por que temem tanto uma CPI do aborto? Por que não revelam suas razões de fato, não as aparentes? A verdade sempre estará do lado da vida, a mentira do lado da morte.

Logicamente, quem condena o nazismo, não pode justificar o direito de matar nascituros humanos, renovação do holocausto. E, paradoxalmente, “todos os que são a favor do aborto já nasceram”.

O embrião humano é uma pessoa humana, sim senhor. Não é o Estado que faz a pessoa humana; a pessoa humana inicia-se na concepção. Fora dessa perspectiva antropológica personalista, o Estado torna-se um ditador, um senhor prepotente da pessoa humana e dos seus direitos. E, sem o primado da pessoa humana, todos os demais direitos passam a depender da vontade volúvel que se instala no exercício do Poder político.

* O autor é advogado e filósofo. Foi membro da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB/SP.

Autorizada ampla divulgação, respeitados o texto e o nome do autor.

A hipocrisia da mídia americana: dois pesos e duas medidas do New York Times

[Tradução do texto do Bill Donohue cujo original pode ser encontrado aqui. É sobre a hipocrisia do The New York Times, que publicou recentemente um anúncio muçulmano anti-católico [p.s.: encomendado por um grupo ateu] mas se recusou a publicar um anúncio idêntico que se dirigia contra os muçulmanos. O anúncio original na íntegra pode ser encontrado aqui. Sobre o assunto, vale a pena ler também o Reinaldo Azevedo.]

The New York Times se curva aos muçulmanos

Anúncio anti-católico publicado pelo The New York Times

O presidente da Catholic League, Bill Donohue, comentou [o assunto] conforme segue:

No dia 9 de março, o New York Times publicou um perverso [viciously] anúncio anti-católico encomendado pelo grupo ateísta radical Freedom From Religion Foundation (FFRF); para lê-lo, e a nossa réplica a ele, clique aqui. Em resposta, a ativista anti-islâmica Pamela Geller resolveu submeter um anúncio para o Times que imitava [that played off] o da FFRF [apenas] trocando as palavras, a fim de fazê-lo parecer um ataque ao Islam. Por exemplo, ela pedia aos muçulmanos para abandonar sua religião porque ela oprimia muitas pessoas.

Neil Munro do The Daily Caller escreveu hoje um esplêndido artigo sobre a corajosa jogada [gambit] de Geller [clique aqui para lê-lo]. Ela foi rejeitada [turned down] pelo Times. O artigo foi recusado, eles disseram, porque “os efeitos colaterais [the fallout] de publicar este anúncio agora poderiam colocar as tropas e/ou os civis americanos da região [do Afeganistão] em perigo”.

A razão do Times para negar o anúncio de Geller é prudente [is sound]: como um veterano, eu me oponho a colocar, desnecessariamente, nossas forças armadas em perigo. Mas eu imagino por que é necessário o medo para impedir o New York Times de veicular anúncios fanáticos. A ética não seria suficiente? Ela certamente não foi, quando eles decidiram publicar o anúncio da FFRP que agredia os sentimentos [religiosos] dos católicos [assaulting Catholic sensibilities].

Seria errado nos limitarmos ao Times. Precisamos de uma ampla discussão nacional sobre a forma como a grande mídia [elite media] está conferindo uma posição privilegiada para alguns setores da sociedade, enquanto falha em fornecer a mesma proteção para outros setores.

Médicos brasileiros não querem ser aborteiros – Ministra das Mulheres diz que é preciso pôr “outra pessoa no lugar”!

Foi com um certo alívio que eu soube desta crítica da Ministra Eleonora Menicucci aos médicos que se recusam a fazer o aborto alegadamente legal. Ao que parece, a maior parte dos médicos ainda não eliminou por completo todos os resquícios da própria consciência e, portanto, ainda se recusa a realizar procedimentos abortivos – mesmo que digam ser legais.

O povo brasileiro é contra o aborto, e esta realidade se manifesta nos mais diversos meios: as pesquisas o demonstram, as urnas o atestam (basta ver como a sra. Rousseff perdeu em 2010 um primeiro turno (que já estava certo) tão-logo a questão do abortismo do PT entrou no debate eleitoral), as mulheres (mesmo as que já abortaram!) o revelam, os médicos (que se recusam a ser aborteiros) o demonstram. É como se, por todos os lados, a rejeição ao aborto precisasse transparecer com clareza a fim de que não reste dúvida razoável sobre o assunto. No entanto, mesmo assim, o Governo do PT continua tentando implantar esta prática criminosa no país!

A “lógica” deste governo é a seguinte: se o povo não aceita o aborto, é preciso reeducar o povo. Se as mulheres não querem abortar, é preciso induzir-lhes (coagi-las até!) a abortarem. Se os médicos não querem ser aborteiros, é preciso – disse dona Eleonora – “que esses serviços coloquem outra pessoa no lugar”. Ora, está demonstrado para além de qualquer possibilidade de dúvidas que a população brasileira é abertamente resistente às políticas macabras que o Governo do PT vem implantando no nosso país! É incrível como os nossos governantes teimam em honrar os seus compromissos escusos – assumidos com fundações internacionais e frontalmente contrários à vontade manifesta do povo brasileiro – ao mesmo tempo em que têm a cara de pau de posar de governo democrático perante a opinião pública.

“A minha batina” – Dom Francisco Correa

Poema de D. Francisco Correa sobre a batina

A minha batina

Minha pobre batina mal cerzida,
Tu vales mais que todos os amores.
Pois, negra embora, enches-me de flores
E de esperanças imortais a vida.

Com seus sorrisos escarnecedores,
Zomba o mundo de ti, de ti duvida,
Porque não sabe a força, que na lida,
Tu me dás, do teu beijo aos resplendores.

Tu serenas de orgulho as brutas vagas;
E a mostrar-me do mundo a triste sina,
Toda volúpia das paixões apagas.

Oh! Como o bravo envolto na bandeira,
Contigo hei de morrer, minha batina!
Ó minha heróica e santa companheira.

Dom Francisco  D’Aquino Correa

Aborto em Goiás e na Paraíba: atitudes opostas dos Poderes Públicos

Em Goiás, a Câmara Municipal de Anápolis aprovou por unanimidade uma emenda que proíbe qualquer tipo de aborto nos hospitais da cidade. Qualquer tipo; “mesmo aqueles autorizados pelo Código Penal, como quando a gravidez é resultante de estupro ou quando a mulher corra risco de morte”.

Estão corretíssimos e merecem os nossos parabéns os vereadores de Anápolis, porque não existe nenhum tipo de aborto “autorizado” pelo Código Penal. O Código Penal, como o próprio nome diz, tipifica crimes e não direitos; explicita proibições, e não autorizações. O que existe no Código Penal são duas situações – nomeadamente, quando “não há outro meio de salvar a vida da gestante” e “se a gravidez resulta de estupro” e a mãe consente com o aborto – nas quais o aborto não é punido; ou seja, se um caso de aborto for a julgamento e restar demonstrada a existência de uma dessas duas condições, o juiz não lhe deve impôr pena alguma. Isto é o Direito. O resto é forçação de barra ideológica de quem não tem respeito pela vida humana e quer impôr, per fas et per nefas, interesses internacionais escusos à sociedade brasileira.

Na contramão da Câmara de Anápolis, contudo, e envergonhando o nordeste, o Ministério Público da Paraíba recomenda o aborto de um anencéfalo. De acordo com a notícia, “o principal argumento utilizado pelo Ministério Público para autorizar a interrupção da gestação” é “que os bebês decorrentes de tal problema quase nunca sobrevivem após o parto ou conseguem atingir, no máximo, alguns dias de vida”.

O que dizer? Primeiro, é falso que tais crianças atinjam “no máximo alguns dias de vida”. Elas podem até mesmo completar aniversáriosMarcela de Jesus que o diga. Em segundo lugar, ainda que fosse verdade que elas só podem viver alguns dias… e daí? Acaso existe autorização para se terminar com uma vida pelo fato dela ser curta? O nome disso, na verdade, é eugenia. Um fantasma que ainda assombra a nossa sociedade e que, desgraçadamente, parece resistir a ser definitivamente exorcizado. Por fim, em terceiro lugar, o Poder Judiciário existe para julgar segundo as leis, não para desrespeitá-las e nem muito menos para autorizar previamente que um crime seja cometido. O fato indiscutível é que, no Direito Brasileiro, aborto é crime (o Código Penal não faz nenhum tipo de exclusão dependente da doença que porventura o bebê possua) e os magistrados têm a obrigação de fazer valer o Código Penal, e não de fazer-lhe acréscimos ou supressões. Em se tratando do aborto, esta ingerência do Judiciário nas competências do Legislativo já atingiu o nível da promiscuidade escancarada. É uma vergonha.

Cristo e os tribunais de justiça na visão de eminentes juristas

Lembro-me de ter lido, há alguns anos, um belíssimo texto do Rui Barbosa a respeito do julgamento de Cristo analisado sob a ótica do Direito. Era, por si só, um testemunho eloqüente da conveniência de se manter, nos Tribunais, o memorial perpétuo daquela suprema injustiça que passou à Histoŕia como sendo o Julgamento Injusto por antonomásia. Sempre que aparecia algum sujeito exigindo a imediata proscrição destes símbolos religiosos cuja presença seria, por si só, uma afronta ao “Estado Laico” e um deboche à Constituição Brasileira, eu me lembrava do texto do ilustre político brasileiro. Mas nunca o havia conseguido reencontrar. Até hoje.

Encontrei-o junto com outra preciosidade: um texto recém-publicado do Paulo Brossard, ex-ministro do STF, chamado “Tempos apocalípticos” e que versa sobre este assunto. O Dr. Brossard comenta o recente caso (que eu também comentei rapidamente aqui) da associação de lésbicas que pediu ao TJ/RS a remoção dos crucifixos de todas as repartições da Justiça do estado, e foi atendida. A opinião do jurista gaúcho é a de que está havendo um “grave equívoco” nesta história. Nas palavras dele:

Tenho para mim tratar-se de um equívoco, pois desde a adoção da República o Estado é laico e a separação entre Igreja e Estado não é novidade da Constituição de 1988, data de 7 de janeiro de 1890, Decreto 119-A, da lavra do ministro Rui Barbosa, que, de longa data, se batia pela liberdade dos cultos. Desde então, sem solução de continuidade, todas as Constituições, inclusive as bastardas, têm reiterado o princípio hoje centenário, o que não impediu que o histórico defensor da liberdade dos cultos e da separação entre Igreja e Estado sustentasse que “a nossa lei constitucional não é antirreligiosa, nem irreligiosa”.

[…]

Faz mais de 60 anos que frequento o Tribunal gaúcho, dele recebi a distinção de fazer-me uma vez seu advogado perante o STF, e em seu seio encontrei juízes notáveis. Um deles chamava-se Isaac Soibelman Melzer. Não era cristão e, ao que sei, o crucifixo não o impediu de ser o modelar juiz que foi e que me apraz lembrar em homenagem à sua memória. Outrossim, não sei se a retirada do crucifixo vai melhorar o quilate de algum dos menos bons.

E, entrementes, ele cita o Rui Barbosa, exatamente no texto que eu um dia lera e não tivera, então, o cuidado de guardar – mil vezes grato! Pelo título eu o recuperei na íntegra. Chama-se “O Justo e a Justiça Política”, de 1899, e está disponível na Fundação Casa de Rui Barbosa. Nada me resta senão remeter às palavras do célebre jurista brasileiro, cuja leitura na íntegra eu recomendo enfaticamente. Apenas à guisa de exemplo, um excerto:

Repontava a manhã, quando a sua primeira claridade se congrega o sinedrim. Era o plenário que se ia celebrar. Reunira-se o conselho inteiro. In universo concilio, diz Marcos. Deste modo se dava a primeira satisfação às garantias judiciais. Com o raiar do dia se observava a condição da publicidade. Com a deliberação da assembléia judicial, o requisito da competência. Era essa a ocasião jurídica. Esses eram os juízes legais. Mas juízes, que tinham comprado testemunhas contra o réu, não podiam representar senão uma infame hipocrisia da justiça. Estavam mancomunados, para condenar, deixando ao mundo o exemplo, tantas vezes depois imitado até hoje, desses tribunais, que se conchavam de véspera nas trevas, para simular mais tarde, na assentada pública, a figura oficial do julgamento.

[…]

De Anás a Herodes o julgamento de Cristo é o espelho de todas as deserções da justiça, corrompida pela facções, pelos demagogos e pelos governos. A sua fraqueza, a sua inconsciência, a sua perversão moral crucificaram o Salvador, e continuam a crucificá-lo, ainda hoje, nos impérios e nas repúblicas, de cada vez que um tribunal sofisma, tergiversa, recua, abdica.

Há mesmo problemas na manutenção dos crucifixos nas repartições públicas? Será que retirá-los é mesmo um progresso? Eis a forma como encaram esta questão pessoas de reconhecida e incontestável envergadura intelectual! Diante de discursos de semelhante teor, como é possível não enxergar a miséria e a mesquinhez de muitos dos nossos magistrados atuais e de parte considerável da auto-intitulada elite bem-pensante? É desolador. Vivemos em tempos nos quais a barbárie está de tal maneira entranhada nas estruturas oficiais da sociedade que as pessoas perderam até mesmo a capacidade de reconhecer a indigência argumentativa de um discurso vazio que, embora pobre e simplório, tem a petulância de se apresentar ridiculamente cheio de pompas e faustos, pretendendo-se evolução de pensamento.

“A lógica da decadência” – D. Nuno Brás

[Recebi de um leitor do além-mar este artigo – publicado no semanário do Patriarcado de Lisboa – escrito por S.E.R. Dom Nuno Brás, bispo auxiliar de Lisboa. Lê-lo foi um alento; foi como se eu me deparasse de novo com aquela promessa da Virgem Santíssima em Fátima, dizendo que em Portugal sempre se conservaria o dogma da Fé. Corajoso artigo, que reproduzo integralmente, pedindo à Virgem SSma. que possa velar pelo ministério de Dom Nuno Brás; e que Ela faça também com que o Senhor da messe mande mais servos – bons e fiéis servos, como precisamos! – para cuidar da Sua grei.]

A lógica da decadência

Não gosto de ser “profeta da desgraça” mas, infelizmente, creio que nem é preciso ser profeta. Basta, simplesmente, darmo-nos conta da realidade. No mundo ocidental, vivemos numa clara “lógica da decadência”. Em todos os âmbitos e de há vários anos a esta parte.

Na economia, a “ciência das ciências” sem a qual parece que ninguém pode sobreviver, o que importa são os números, as estatísticas, e particularmente o crescimento da riqueza. De tempos-a-tempos vem uma crise, uns quantos declaram falência, outros passam por momentos mais difíceis, mas como, depois, o mecanismo se reajusta por si mesmo, tudo parece acabar bem, como num qualquer romance cor-de-rosa. Só nos esquecemos dos dramas humanos que, entretanto, foram vividos, e daqueles outros criados pela nova situação.

Na vida social, impôs-se o “politicamente correcto” ditado pelos telejornais e respectivos comentadores. Basta que cada um viva de acordo com os padrões estéticos (muito mais importantes hoje que os valores éticos), tenha dinheiro suficiente, gaste bastante em roupa e produtos tecnológicos, e possa viver como egoisticamente lhe apetece. Deixámos de ser uma sociedade, para sermos um conjunto de indivíduos que vivem ao lado uns dos outros, na esperança que ninguém retire ao outro o sossego que lhe é devido. E o direito passou a tutelar esse modo de viver. A família deixou de ter qualquer valor. Tanto dá que possa ou não ser o berço da vida. A lei só tem que defender o egoísta e aquilo que lhe apetece no momento.

Aliás, há muito que a vida humana deixou, efectivamente, de contar. Somos capazes de defender com tenacidade a vida das baleias, dos golfinhos e das plantas raras ou em vias de extinção; mas só em Portugal o Estado patrocinou cerca de 80.000 abortos (80.000 portugueses que foram mortos com a cobertura da lei e das instituições, sem terem cometido qualquer crime), mesmo que, depois, se mostre preocupado com a crescente diminuição da população portuguesa. Não tardará a que surjam opiniões nacionais a defender, como aconteceu numa recente revista britânica, que é perfeitamente legítimo matar recém-nascidos que não se integrem nos padrões decididos pela sociedade.

A própria fé não raras vezes é olhada como sendo demasiado exigente. Por isso, cada um faz os “descontos” que lhe apraz – cada crente (infelizmente, mesmo alguns sacerdotes) acha que a deve viver de uma forma mais suave (leia-se: menos exigente), até para que não o chamem de “fundamentalista” (pecado mortal numa sociedade em decadência e onde tudo vale), e as suas incapacidades, pecados e falta de coragem se vejam pretensamente justificados aos olhos de Deus.

E poderíamos continuar… Mas recuso-me a ser profeta da desgraça. Até porque é neste mundo, que se encaminha a passos largos para a decadência, que Deus nos enviou a proclamar com ousadia a Boa Nova do Evangelho. E essa propõe a todos uma vida nova, “radicalmente nova” – ou seja, nova de raiz, não a partir do homem mas de Deus. Ou melhor, a partir de Jesus de Nazaré.

D. Nuno Brás