Solicitada abertura de inquérito por ultraje a culto na Catedral da Sé

Já não deve ser novidade para ninguém o recente vandalismo perpetrado por um indivíduo na Catedral da Sé de São Paulo, desfilando pelo interior da igreja com vestes dignas de uma Parada Gay. Muito satisfeito e muito orgulhoso do seu gesto libertador e revolucionário, o celerado em questão – que atende pelo nome de Yuri Tripodi – vinha se vangloriando em seu Facebook da “performance”. A depender dos desdobramentos que o caso tomou, é de se esperar que ele em breve ponha de lado o sorriso zombeteiro ora estampado no rosto.

Na última segunda-feira (28/07), foi protocolado junto ao 1º Distrito Policial da Capital (SP) um pedido de abertura de inquérito policial para a averiguação dos possíveis crimes de ultraje a culto e ato obsceno praticados pelo sr. Tripodi (cf. aqui). A notícia alvissareira me foi enviada pelo caríssimo Rodrigo Pedroso, um dos requerentes, a quem duplamente agradeço: em primeiríssimo lugar pela própria atitude tomada junto aos órgãos competentes de polícia e, em seguida, pela sua divulgação.

Não é de hoje que acontecem esses gestos covardes contra a Igreja, motivados por uma falta de respeito ao próximo que transcende qualquer credo religioso ou mesmo ausência de credo: esse tipo de agressão gratuita, tenho certeza, é percebido não apenas pelos que têm Fé, mas por qualquer pessoa capaz de um mínimo de empatia, tanto como ofensivo aos católicos quanto como de mau gosto e desnecessário. Ninguém precisa ser religioso para entender que expôr as partes íntimas dentro de um templo católico é profundamente agressivo: aliás, o próprio fato do “artista” tomar isso como um libelo contra a opressão religiosa ou o que seja já demonstra, por si só, que ele tem completa consciência do significado do seu gesto. Não se trata, portanto, de nenhum pobre-coitado sobre cujo “jeito de ser” a Igreja está lançando censuras descabidas e injustos vitupérios: trata-se, isso sim, de alguém que deliberadamente se comporta de modo a ofender e escandalizar católicos que estavam pacificamente reunidos no seu lugar próprio de culto. Não é questão de melindre religioso, e sim de civilidade pura e simples.

Não é de hoje, eu dizia, que gestos covardes assim encontram quem os realize alegremente; mas o número desses “corajosos”, estou certo, seria bastante diminuído se eles sofressem na pele alguma mínima conseqüência pelas suas ações. Se ao lado dos tapinhas amigáveis nas costas e das manifestações rasgadas de admiração despejadas nas redes sociais caíssem-lhes alguns pedidos de esclarecimentos por parte das autoridades públicas, estou certo de que os desocupados arranjariam rapidamente outras coisas para fazer: quando menos para não ter que perder tempo às voltas com delegacias e fóruns de justiça. Porque atitudes assim têm o espírito de corpo de um punhado de baratas: basta acertar uma delas para as demais fugirem, desorientadas e perdidas, para todas as direções.

Se por um lado é de se lamentar profundamente a leniência das autoridades religiosas no tocante a estas questões, que nelas parecem não ver nenhum problema de suficiente monta, por outro merecem louvores as atitudes dos fiéis particulares que, em seu próprio nome, gastam um pouco de tempo e de energia para tornar um pouco mais difícil a zombaria das coisas sagradas. Oxalá o exemplo do sr. Rodrigo Pedroso e colegas possa levar outras pessoas a tomarem a mesma iniciativa. Não somos em menor número do que os vândalos e baderneiros. Não é justo que assistamos, inertes, a esses ataques ao sentimento religioso, que escarnecem da própria civilização.

O melhor protesto do Femen

Certas coisas são cômicas. O feminismo é um movimento tão revolucionário, mas tão revolucionário que, para afirmar com mais veemência a própria rebeldia, decidiu agora revoltar-se contra si mesmo. O mais recente eco do brado “Não me representa!” foi dado pelo Femen contra o próprio Femen. Ou, para ser mais exato, pelo Femen internacional contra o braço tupiniquim do movimento.

A notícia nos chegou pelo divertido título de «O Femen Brazil não nos representa, afirma líder de organização ucraniana». Em resumo, o fato é que a líder do movimento na Ucrânia disse que a ativista brasileira até então responsável pelas atividades do Femen no solo pátrio não pertence mais ao movimento. Por quê?

Alexandra Shevchenko, a ucraniana (“uma das fundadoras do Femen”, diz Zero Hora), expõe as suas razões: «A pessoa que nos representava, Sara Winter, e que tem sua própria conta no Facebook, o Femen Brazil, não faz parte do nosso grupo. Tivemos muitos problemas com ela. Ela não está pronta para ser líder. É uma pena, mas essa decisão faz parte do nosso crescimento como movimento honesto. O Femen Brazil não nos representa».

Sara Winter, a paulista, defende-se: «Elas queriam que eu contratasse um helicóptero para desenhar um símbolo do Femen no Cristo Redentor. Como iria fazer uma coisa dessas? Queriam que eu encontrasse uma cruz de madeira no Rio ou em São Paulo e serrasse, como elas fizeram em Kiev. Elas tinham muitas ideias absurdas que foram nos distanciando».

O que dizer disso tudo? Faço só três ligeiros comentários.

Primeiro, que este imbroglio nos revela, uma vez mais, que essas senhoritas não passam de vândalas arruaceiras, cujo propósito de vida se resume a perpetrar agressões cada vez mais absurdas (pichar o Cristo Redentor de helicóptero, sério?!) que qualquer pessoa civilizada não pensaria duas vezes antes de classificar como criminosas. Por não encontrarem ninguém com o mesmo grau de instinto criminoso aqui no Brasil, as celeradas da Ucrânia preferiram romper com o movimento local. O problema não é portanto ideológico, mas de praxis: não importa se a sra. Winter comunga ou não das mesmas idéias do movimento, se ela não está disposta a fazer as barbaridades que o Femen quer que ela faça, então ela não é boa o bastante para o grupo.

Segundo, que certamente não faltarão quem se disponha a defender as fundadoras. E, sob este aspecto concreto, elas não deixam de ter razão: se existe um grupo com certos objetivos e alguém não concorda com eles, nada mais lógico do que afirmar que esta pessoa não faz parte daquele grupo. Neste caso, quanto à coerência das baderneiras eu não tenho nada do que reclamar. Mas quando um outro grupo decide expulsar um membro que não se coaduna com os objetivos para os quais o grupo existe – por exemplo, quando um padre rebelde é excomungado pela Igreja por defender heresias -, não faltam pessoas que rapidamente se levantem contra esta intolerância obscurantista. Ora, onde estão estes baluartes da “liberdade de expressão” para defender a pobre da Sara Winter, que foi sumariamente expulsa do seu movimento por discordar das orientações da sua superiora?

Terceiro, que o Brasil certamente não perde nada com o fim dos “serviços” do Femen Brazil: que vá com Deus e nos deixe em paz! A srta. Alexandra garante que vai «reconstruir o Femen no Brasil» – não tenha pressa! Por enquanto, é motivo de júbilo saber que a metralhadora rotatória das revolucionárias acabou ferindo de morte as próprias companheiras. Se elas continuarem assim – que o bom Deus o permita! -, acabarão se auto-destruindo: e esta será de longe a melhor coisa que o Femen já terá feito pelas mulheres do século XXI.

Vandalismo e iconoclastia na Rússia e na Ucrânia

Ativistas do grupo feminista Femen derrubaram hoje uma cruz em Kiev. Dizem que é protesto por conta da prisão das “Pussy Riot”. Não sei quem são. A mesma matéria dá um pouco de contexto: trata-se de uma banda de jovens roqueiras russas que foram presas por conta de “um protesto contra o Kremlin feito no altar de uma igreja” no início do ano. A referência ajuda; lembro-me de ter lido algo sobre o caso. Vou ao Google. Lembrei; são as três garotas que foram recentemente consideradas culpadas “por terem entoado em fevereiro, encapuzadas e acompanhadas de guitarras, uma “oração punk” contra Putin, na catedral do Cristo Salvador, em Moscou”.

Não nutro simpatia pelo ex-agente da KGB que é hoje o presidente da Rússia. Não me incomodo que as meninas russas protestem contra ele. O que me incomoda, claro, é o vilipêndio ao Cristianismo, a profanação de um lugar sagrado. A catedral de Cristo Salvador é um templo religioso destinado à oração, e não palco para reivindicações políticas (ainda que fossem justíssimas – não entro neste mérito, não conheço a política russa). Transformá-la em objeto de protesto – à revelia dos cristãos que a utilizam para o culto a Deus, vale salientar – é sim vandalismo, é sim ódio religioso; e isso não pode ser tratado como se não fosse nada demais.

Como também é vandalismo usar uma motosserra para derrubar uma cruz de praça. Vandalismo, iconoclastia e ultraje a culto. Não sei o que leva estas garotas a fazerem isso com a cara mais lavada do mundo, como se existisse alguma coisa de louvável ou heróico em derrubar símbolos que milhões de pessoas mundo afora consideram sagrados; mas o aspecto particularmente anti-religioso dessas manifestações se repete. Antes uma propriedade privada, agora um monumento público: antes uma catedral, agora uma cruz. São atos de evidente incitação ao ódio religioso, às quais as autoridades deveriam dar maior atenção. Por mais que sejam legítimas as divergências políticas, não há sentido em permitir aos insatisfeitos com o governo que descontem nos símbolos cristãos. Não deveria haver espaço para estes proto-pogrons em uma sociedade que se pretenda civilizada.

Vandalismo e ofensas gratuitas são “piadas” para alguns

Parece que um apresentador de TV teve a fantástica idéia de conclamar os seus telespectadores a picharem igrejas (!) e enviarem as fotos para o programa. O sujeito faz referência a este fato ocorrido no interior do Paraná, quando alguém resolveu fazer uma “homenagem” de gosto estupidamente discutível ao Kurt Cobain e pichar “Deus é Gay” – entre outras delicadezas – nas paredes da Igreja [Católica] Matriz de Santa Helena (PR). Após a repercussão negativa do fato, o fulano responsável pelo programa meio que pediu desculpas por sua “piada” (aqui e aqui), a despeito de poluir em seguida o Twitter com provavelmente a maior sequência encadeada de orações adversativas que o microblog já armazenou.

O pior não é a “letra” de música do Nirvana e nem mesmo (por incrível que pareça) o próprio ato do vandalismo. O mais deprimente é encontrar alguém que pareça achar graça nisso e, fazendo piada em um programa de televisão, sinta-se depois ofendido quando acusado da apologia ao crime que estava fazendo. É como se nessa pichação não existisse um imenso desrespeito e uma agressão gratuita ao sentimento religioso dos católicos (aliás, dos cristãos como um todo). É como se não tivesse redundado em dano material à paróquia este vandalismo que danificou os muros de uma propriedade sua. É como se nada disso importasse, porque “é engraçado” debochar de religiosos e ninguém pode violar o sacrossanto direito de se divertir às custas das desgraças alheias.

Os seres humanos possuem uma característica que lhes é própria e sem a qual se bestializam facilmente; trata-se da empatia, i.e., da capacidade de perceber (ou ao menos de entrever) a realidade sob o ponto de vista de outras pessoas: é o velho “colocar-se no lugar dos outros”. Basicamente, é esta habilidade humana que nos permite, p.ex., oferecer os nossos sentimentos a alguém que perdeu um ente querido que nos seja desconhecido: nós conseguimos entender que, embora fulano seja desconhecido para nós, a sua importância para a viúva ou para o órfão é grande ao ponto de provocar-lhes um profundo sofrimento, e somos capazes de compreender em certa medida o estado de espírito de alguém que esteja passando por um situação dessas a ponto de podermos dizer “meus pêsames” [= “pesa em mim”] ou “minhas condolências” [“co” = junto, “dolência” = dor, “dividir a dor”] sem que isto seja mentira ou hipocrisia.

Esta habilidade humana parece estar profundamente danificada – ou, pior ainda, ter sido irremediavelmente destruída… – em pessoas como este apresentador que acha divertido picharem as casas dos outros. Mais ainda: a apreciação prolongada deste tipo de comportamento pode destruir paulatinamente as habilidades empáticas do sujeito que se submete a isso, a ponto de torná-lo insensível ao sofrimento alheio: se hoje riem quando vandalizam um templo católico, quem garante que ainda serão capazes de se solidarizar quando explodirem uma igreja com gente dentro? É preocupante. Muito pior do que o agressor é o sujeito que acha “não haver problema” na agressão. E ainda pior do que este último é o fulano que está convencido de que a agressão é na verdade uma piada.

Sobre agredidos e agressores

A notícia chegou controvertida. O Globo falou em três homens, o Fratres in Unum disse que 1800 protestaram mas só dois chegaram às vias de fato, o Cardoso falou em 1000 fanáticos (!) invadindo a galeria. O fato é que, graças a Deus, alguém finalmente teve o bom senso de destruir a “obra” blasfema do sr. Andres Serrano que consistia em um crucifixo submerso em um pote de urina. Se foram dois, três ou mil, pouco importa.

E quem são os agressores aqui? São os cristãos que resolveram agir com violência após se terem esgotado todos os meios pacíficos (a maldita “obra” já vinha sendo exibida deste 1989; já existe um abaixo-assinado contra ela com mais de oitenta mil assinaturas), ou é o irresponsável que julga poder agredir desta maneira a fé de milhões de pessoas ao redor do mundo? O agressor é quem reagiu à ofensa prolongada contra a sua Fé, ou é o fulano que, do nada, arrogou-se o “direito” de ofender a Fé dos outros?

Quando um pastor queima um Alcorão nos Estados Unidos, acto contínuo dezenas de pessoas são mortas em “protestos” do outro lado do mundo. Quando um cretino expõe uma obra blasfema, são necessárias duas décadas e incontáveis protestos para que o saldo da fúria dos fanáticos fundamentalistas cristãos seja… uma obra avariada. É preciso uma total falta de senso de proporções – ou um tremendo mau-caratismo – para comparar minimamente o fanatismo islâmico com este “fundamentalismo” cristão.

Não conheço as leis francesas. Lá deve haver, no entanto, alguma espécie de legislação para proteger os símbolos nacionais, à semelhança do que acontece no Brasil. Oras, então os símbolos da França não podem ser desrespeitados, mas os símbolos da Fé Cristã o podem? Protegem-se os símbolos que identificam uma nação com alguns milhões de habitantes, mas pode-se ofender à vontade o símbolo da Fé de mais de um bilhão de pessoas? Não se podem agredir os símbolos de repúblicas humanas, mas agressões aos símbolos de Deus são permitidas à la volonté? Bem se vê que isso foge a qualquer razoabilidade!

Tem o direito de exigir civilidade quem se porta com civilidade. Contra quem só sabe agredir é até possível reagir pacificamente, mas isto não pode ser nunca um princípio a exigir-se semper et ubique – como se a culpa recaísse sobre quem reage razoavelmente a uma agressão, e não sobre o agressor. A paz não é simplesmente a ausência da violência, e sim a tranqüilidade da ordem. É um absurdo hipócrita condenar as pessoas pela violência necessária à legítima defesa.

Vandalismo na Cidade Eterna

Escada Santa de Roma amanhece com pichações contra o papa. Na verdade, a julgar pelas fotos, não foi propriamente “a Escada Santa”, e sim a igreja na qual ela está abrigada. Em italiano, a agência ANSA.it traz mais informações (e mais fotos). Pego-me a pensar no que significa este ato de vandalismo.

Foto: ANSI.it

A Escada Santa é a escada do pretório de Pilatos, onde Nosso Senhor foi apresentado à multidão ensandecida – Ecce Homo! – e onde ela exigiu a Sua crucificação. Qual é o mal que este objeto histórico pode representar, a ponto de ser objeto de atos de agressão e de vandalismo, escapa-me à compreensão. A única explicação minimamente plausível que encontro, é que o ódio é dirigido não à escada em si, não ao que ela representa, e sim Àquela – a Igreja – que a venera e a tem guardado e preservado ao longo dos últimos séculos.

É contra a Igreja que se dirige a sanha vândala dos arautos da tolerância! Seria um curioso caso clínico de esquizofrenia ou distúrbio de personalidade múltipla, se não fosse um preocupante sintoma das contradições do nosso tempo. Por um lado, clama-se “tolerância, tolerância” o tempo inteiro. Por outro lado, tolera-se (e, em algumas casos, até aceita-se) o comportamento agressivo e discriminatório, caso o alvo da agressão e da discriminação seja a Igreja Católica. “Faça o que eu digo, não faça o que eu faço” – parece ser o que clama o mundo moderno. Este parece ser o que reivindica para si o monopólio da perseguição, da agressão gratuita, da discriminação – e isto, de tal maneira que, se forem outros a realizarem tais atos (ou, pior ainda, qualquer coisa que seja interpretada como se tais atos fossem, ainda que não o sejam de verdade), são bárbaros e fanáticos; mas se forem os modernos e tolerantes que o façam, então são pessoas de bem exercendo a sua liberdade de expressão, ou protestando civilizadamente contra o que quer que seja, ou no pleno e lícito gozo do direito à expressão artística, ou o que seja. Aos amigos, tudo, aos inimigos, a lei. Este é o mundo no qual vivemos. Domine, miserere nobis.

Vai ficar tudo por isso mesmo?

O Josias de Souza escreveu que o “Braço Agrário” da CNBB apóia o vandalismo no laranjal. Um herege protestante chamou a Igreja de hipócrita, fazendo esta constatação que nos envergonha: “Em situações de gravidade em território nacional como por exemplo, aumento da violência e a corrupção na política, a Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB) costuma emitir nota, repudiando tais fatos. Entretanto, quando trata-se de violência promovida pelo MST, como a recente, onde milhares de pés de laranja foram criminosamente destruídos, após a invasão  de uma propriedade particular pelos pobres integrantes do MST, a CNBB omite-se”.

E vai ficar tudo por isso mesmo? Senhores bispos, os senhores irão simplesmente deixar que a Igreja seja escarnecida em público, associada a atos de vandalismo, acusada de hipocrisia, de conivência, de omissão?

Para variar, escrevi sobre o assunto a S.E.R. Dom Dimas Lara Barbosa, Secretário Geral da CNBB, e a S.E.R. Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da mesma. Para variar, não obtive nenhuma resposta. A mensagem que enviei segue abaixo. Se os bispos não respondem aos seus fiéis, a quem eles podem recorrer?

* * *

[Email enviado em 07 de outubro de 2009]

Sua Excelência Reverendíssima Dom Geraldo Lyrio Rocha,
Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil,

Sua Excelência Reverendíssima Dom Dimas Lara Barbosa,
Secretário Geral da supracitada Conferência,

Foi noticiado recentemente pela imprensa a ação de alguns integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na ocupação da fazenda Santo Henrique, no interior de São Paulo. Em um vídeo que pode inclusive ser visto na internet – cf. http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u634176.shtml -, é mostrado um trator guiado por integrantes do MST destruindo uma plantação de laranjeiras.

Ao que me conste – posso estar enganado -, não é lícito, segundo a Moral Católica, ocupar uma fazenda produtiva (mesmo que a área seja “pública”) e destruir por conta própria, sem autorização judicial, as plantações de uma produtora legal de suco de laranja. No entanto, tomei conhecimento de uma nota da Comissão Pastoral da Terra protestando contra a divulgação destas cenas de barbárie e vandalismo, que pode ser encontrada no seguinte link:

http://www.cptnacional.org.br/?system=news&action=read&id=3414&eid=8

Isto posto, gostaria de fazer algumas perguntas (às quais, sinceramente, espero respostas):

1. Foi moralmente lícita a ação dos integrantes do MST na fazenda Santo Henrique?

2. Sendo a CPT parte da CNBB, devo concluir que a Conferência concorda com o teor da nota publicada por esta Comissão Pastoral?

3. A CNBB não vai publicar uma nota condenando os atos de barbárie e vandalismo perpetrados pelos integrantes do MST?

Renovando os meus votos de estima,
e rezando pelos Sucessores dos Apóstolos no Brasil,
subscrevo-me, em Cristo,
Jorge Ferraz
Leigo, Recife – PE

About Comments

CONSIDERANDO a existência de vândalos na internet,

CONSIDERANDO a orquestrada onda de bárbaros que se lançou sobre o Deus lo Vult! a partir de ontem à noite,

CONSIDERANDO que este espaço não foi criado com o intuito de armazenar lixo,

CONSIDERANDO que me dá muitíssimo trabalho filtrar, a posteriori, o que pode ser aproveitado dos comentários que estão publicados,

CONSIDERANDO que não estou ON o tempo inteiro e não me agrada a idéia de ter porcarias expostas no BLOG enquanto eu não as vejo para apagar,

CONSIDERANDO que precisei apagar uma quantidade considerável de comments que só continham lixo nas últimas horas,

CONSIDERANDO que se perde muito tempo preparando respostas para indivíduos de evidente má fé,

CONSIDERANDO, enfim, o que convém à glória de Deus, à salvação das almas e à exaltação da Santa Madre Igreja,

FAÇO SABER que, doravante e por tempo indeterminado, os comentários do blog não estão mais previamente aprovados, como foi praxe até então, sendo necessária a minha expressa aprovação para que eles sejam publicados.

Lamento ter sido obrigado a tomar esta decisão, mas ela é necessária à manutenção da ordem da casa. Os comentários não estão proibidos – ao contrário, continuam sendo bem-vindos e incentivados, e o que não for lixo será publicado como sempre foi -, mas no entanto passarão a exigir aprovação prévia.

Grato pela atenção,
Jorge Ferraz
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