Quanta intolerância! Quanta homofobia!

Passei uma parte do meu dia hoje trocando amáveis emails com uma certa senhora freqüentadora do Deus lo Vult!, “catequista” que não gosta muito do ensino moral da Igreja Católica. Após duas pessoas terem-me avisado que a nossa conversa – que eu julgava privada – tinha sido encaminhada e re-encaminhada com cópia oculta (bcc) para Deus e o mundo, tomo a liberdade de reproduzir aqui, em público e às claras (ao contrário do que gosta de fazer a referida “catequista”…), o teor dos nossos amáveis colóquios.

Tudo começou quando a tal senhora enviou-me uma estatística – de cuja veracidade tive dúvidas – de que havia centenas de homossexuais mortos anualmente no Brasil por “crime de ódio”. Pedi a fonte primária, gentileza que me foi imediatamente negada. Acto contínuo, foi-me atirada à face a pecha de homofóbico e, por meio de um pueril boneco de palha, fez-se o meu cadáver virtual no palco dos emails, enviados (com cópia oculta, lembrem-se!) sabe lá Deus para quem, e ainda com nada veladas ameaças de que, se a lei da mordaça gay estivesse já em vigor, a minha cabeça estaria entre as primeiras que iriam rolar em nome da “liberdade” e dos “direitos humanos”. Eis o teor de alguns emails que recebi hoje:

O pior dessa história toda é que eles se intitulam “pro-vida”!
Ele são pró-vida somente dos não nascidos?
Como uma pessoa que se diz “pro-vida” pode se omitir ou menosprezar a morte de outro ser humano, mesmo que fosse somente um, o que é publico e notório que não é. São muitos!

[…]

Eles são assassinados porque pessoas, como você, que se dizem “defensores da vida” falam ,  escrevem, esses textos repletos de preconceitos. ( ” agora o que eu não sei é que homossexuais sejam assassinados **por serem homossexuais**. A menos, é claro, que a gente ponha na conta os homossexuais que são assassinados por seus “parceiros”, homossexuais envolvidos com drogas, queima de arquivo de pessoas que são homossexuais, et cetera.”)
Com a aprovação do PL 122, tenho certeza que você guardará todo esse ódio, bem guardado, caso contrário terás serios problemas no judiciário.

[…]

Eu NUNCA ameaço.
Se a pessoa age CONTRA a LEI eu procuro a tutela legal.
Se o PL 122 já estivesse em vigencia, COM CERTEZA você estaria cometendo um crime TIPIFICADO COMO CRIME DE ÓDIO! termos da lei.

[…]

E com certeza, o dia que eu fizer algo contra a intolerancia, será via judicial.

Não ameaço ninguém. Se a lei passar eu serei,  PODE TER CERTEZA ABSOLUTA, como sou em tantas outras leis, um guardiã dela.

[…]

Quanto ao registro faço questão que o tenha, inclusive em Cartório, se possivel por favor.

Quando o PL 122  for aprovado,  e se tornar Lei, faço questão de denunciar qualquer um que não cumpri-la.

Já antecipando a minha futura reclusão nas mãos da Gaystapo, em um ato profético, registrei no final do mês passado uma foto do meu futuro atrás das grades, para onde querem me mandar os paladinos da tolerância. Ponho aqui para fins de registro:

 

Free Jorge Ferraz!

Eis a tolerância dos defensores da revolução moral do século XXI. E ainda por cima “catequistas”…! O tempora. O moras.

* * *

Postos de lado os devaneios da senhora catequista, analisemos o mérito da discussão. Quero deixar bem claro que repudio, como profundamente caluniosas, as insinuações da senhora catequista de que eu estivesse a me “omitir ou menosprezar a morte de outro ser humano”. Nenhuma pessoa pode ser assassinada por nenhum motivo, como é óbvio, e isso inclui os homossexuais. Nenhuma pessoa pode ser agredida por motivo algum, como é evidente (e dói ter que repetir), e isso inclui os homossexuais. É claro que eu não apóio, de nenhuma maneira, o assassinato de quem quer que seja. Isto precisa ficar bem claro. Não é este o ponto.

O ponto é que, em primeiríssimo lugar, assassinato já é crime tipificado no Código Penal Brasileiro e, portanto, quem mata homossexuais está sujeito às penas da lei. Isto é óbvio, mas convém ser repetido, porque a militância gayzista adora jogar “estatísticas” de tal maneira que, a julgar pelo alarde que é feito, parece que matar homossexuais é uma prática profundamente arraigada em nossa sociedade, largamente praticada e muito aceita socialmente – o que é um patente absurdo. Nenhum assassinato é permitido no Brasil. Assim, quem argumenta a favor da “urgência” de se aprovar o PLC 122/2006 como meio para conter o gigantesco número de homossexuais mortos “por homofobia” no Brasil simplesmente não está sendo honesto. Assassinato é crime, independente da orientação sexual do assassinado. Não é, absolutamente, por falta de lei que os proteja que os homossexuais são assassinados.

A morte de qualquer pessoa, homossexual ou não, é um crime horrendo que deve ser punido com rigor. Isto está fora de qualquer discussão. No entanto, chega a ser embaraçoso ter que falar isso, mas a militância Gay não parece ter nenhum  respeito nem mesmo pelos homossexuais que ela, supostamente, representa. Nenhum tipo de arrazoado sólido pode ser construído com base em mentiras, meias-verdades ou dados de procedência (pra dizer o mínimo) duvidosa. Perguntei e re-perguntei, à minha interlocutora nos emails acima, onde estava a lista dos homossexuais mortos “por crime de ódio” no Brasil. Acabou que ela me enviou esta notícia do Grupo Gay da Bahia, onde pode também ser encontrada esta tabela.

A primeira coisa que salta aos olhos é a completa ausência de fontes detalhadas em um documento que se pretende “relatório completo”. E, sem isto, é impossível diferenciar (e tal diferenciação é fundamental para que se possa falar em “crime de ódio”) um assassinato violento de um assassinato violento motivado pelo fato da vítima ser homossexual. Aliás, não fui eu o primeiro a lançar esta objeção! O senhor Luiz Mott já a levantou e já “respondeu”:

Ao se questionar a presença da homofobia nos crimes contra homossexuais, o Prof.Luiz Mott contraargumenta: “quando se divulgam estatísticas de crimes contra mulheres, negros, índios, não se questiona se foram ou não crimes motivados pelo ódio, sem falar na subnotificação dos “homocídios”. Nos crimes contra gays e travestis, mesmo quando há suspeita do envolvimento com drogas e prostituição, a vulnerabilidade dos homossexuais e a homofobia cultural e institucional justificam sua qualificação como crimes de ódio. É a homofobia que empurra as travestis para a prostituição e para a margens da sociedade. A certeza da impunidade e o estereótipo do gay como fraco, indefeso, estimulam a ação dos assassinos.”

Oras, e qual pode ser a relevância de um “estudo” que, por definição, justifica-se a si mesmo? Aparentemente, pela lógica do sr. Mott, todo assassinato de homossexual é crime de ódio. “Mas ele era envolvido com drogas”; “ah, é a homofobia institucional que empurra o homossexual para as drogas”. “Mas isto foi um crime passional por conta de prostituição”; “ah, é a homofobia cultural que faz com que o homossexual seja forçado a se envolver com prostituição”. E, francamente, estas declarações são profundamente ofensivas para os homossexuais que não são usuários de drogas e nem se envolvem com prostituição. Na verdade, isto sim é que é homofobia!

Repito que qualquer assassinato de qualquer pessoa que seja é um crime bárbaro que não pode ficar impune. Mas não é possível concordar com esta guerra ridícula e desrespeitosa travada contra inimigos imaginários. Nem existe “homofobia” no Brasil (no sentido de um genocídio de homossexuais), e nem é necessário aprovar uma lei injusta como o PLC 122/2006 para que os homossexuais assassinados (por crime de ódio ou por qualquer outro motivo) possam enfim receber justiça. Basta que a lei seja cumprida. Impunidade, se houver, não se resolve por meio da multiplicação das leis – muito menos de uma lei que fere terrivelmente os direitos de tantas pessoas que simplesmente têm graves reservas morais ao comportamento homossexual. Acaso estas não têm direito a cidadania?

Eu não tenho, absolutamente, nenhum problema com homossexuais. Jamais agi com nenhum deles de uma maneira contrária à dignidade à qual, como seres humanos criados por Deus e chamados à santidade, eles têm direito. Isto, no entanto, não se confunde com aplaudir-lhes os atos e nem tampouco silenciar as exigências morais do Evangelho em atenção aos melindres deles. Todo homossexual tem que ser respeitado sim, mas este respeito não pode ser “de mão única”. Os que gostam de militar a favor da diversidade e da tolerância precisam urgentemente aprender a tolerar a diversidade de pensamento.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

179 comentários em “Quanta intolerância! Quanta homofobia!”

  1. James

    As pessoas discriminam quem é diferente, isso é errado. Mas eu quero saber se tu ja foi ameaçado por ser careca ou se ja sofreu agressão fisica por isso?

  2. Caríssima Sandra,

    Curvo-me diante da sua coragem de enfrentar sozinha a todos. Não é tarefa fácil ! Mas acho que vc está cometendo um erro grave de julgamento. Em momento algum o Jorge Ferraz e outros tantos comentaristas incitaram a violência contra os homossexuais(isto seria um absurdo).Mas as discussões foram objetivas em torno desta atual cultura homossexual que levam muitas pessoas a crerem que é uma simples questão de opção sexual , o que é evidentemente um grave erro. Muitos comentaristas colocaram várias citações bíblicas onde o homossexualismo é veementemente condenado , portanto, se há alguma acusação de discriminação devem ser dirigidas a Deus.
    Não custa lembrar o que o catecismo ensina: “…devem ser acolhidas com reapeito e compaixão, evitando para com elas todo sinal de discriminação injusta…”

    abraços,
    lucas

  3. Já que dona Sandra está se dedicando a responder, gostaria de lembrá-la que esqueceu-se de responder-me aqui. Que foi? Acabaram-se os argumentos?

    Nunca existiram argumentos…

  4. HONESTAMENTE, Q VC PASSE UM BOM TEMPO NA CADEIA, QUEM SABE A VIDA TODA, PRA MIM E PRA MTA GENTE VC N IRÁ FAZER FALTA NENHUMA :*

  5. lucas

    Esse texto surgiu em razão de emaisls meus trocados com o Jorge e varios outras pessoas.

    Debatemos a necessidade do PLC 122 criminalizar. o assassinato de um homossexual pelo simples motivo dele ser homossexual,de ser tipificado como crimes de ódio.

    De ser proibido dizer que uma pessoa não presta porque é homossexual!

    Não acredito, sinceramente, que o Jorge ou qualquer outra pessoas que aqui escreve agrediria fisicamente um homossexual.

    Acho até que algumas pessoas aqui têm amizade com homossexuais.

    Acredito, ainda, que alguns jamais receberiam um homossexual na casa deles, mas isso é questão de foro íntimo.

    O ponto principal da discordia é que eu entendo que o pecado é personalíssimo.

    Eu tenho que evitar de pecar, mas não posso te obrigar a não pecar!

    Se você está pecando, as pessoas que se preocupam com você tem é que rezar para que se converta, mas obriga-la a não pecar, isso não cabe a elas!

    Humilha-sas, destratá-las só vai conseguir afastá-las mais ainda.

    Eu fujo desses “pregadores” que ficam apontando o dedo e que estão “se achando”.

    A parábola do filho pródigo nos ensina a cuidar e dar mais atenção pro filho com problemas.

    Quando o filho volta pra casa o pai não cobra seus erros lhe dá uma festa!

    É assim que eu penso é assim que eu vivo, se estou errada o Pai me julgará no dia do Juízo final.

  6. Jucken
    #

    Jucken says:

    2 March 2011 at 12:07 pm

    Se homossexualidade é orientação sexual, então pedofilia também é, afirmam especialistas.
    #

    Sandra says:

    2 March 2011 at 5:45 pm

    Jucken
    é dificil acreditar que existem pessoas que defendem que fazer sexo com bebê ou com impúberes seja equiparado com pessoas adultas do mesmo genero sentirem atração pela outra.

    Esse argumento é o mais absurdo que já ouvi para justificar a homofobia.

    perguntado e respondido!

  7. Concordo com a Dona Sandra que crimes motivados por odio devem ser considerados ediondos, pois matar alguém por pertencer a uma minoria é completamente absurdo.

  8. Cara Sandra

    Talvez o problema maior, e que tem provocado polêmica em muitos e para mim tristeza, não é a necessidade de respeito e não agressão entre as pessoas, agressão motivada por ódio ou não, todos somos unânimes e condenar estes atos covardes, o problema é que o homossexualismo para a Igreja é PECADO e deve ser tratado como pecado quando, ou se, for citado em qualquer catequese.

    Não cabe a nenhum padre, bispo ou catequista, reescrever o catecismo da Igreja a seu bel prazer.

    Sendo pecado, todo padre tem que se posicionar conforme a Igreja ou sair dela. Qualquer lei que tente proibir o Padre de dizer que pecado é pecado, não pode ser aceita por nenhum católico.

    Ainda conforme a Igreja, nunca falte caridade e respeito ao homossexual e se for de seu desejo, apoio para voltar a ter uma vida normal e sadia.

  9. …em tempo, nenhum homossexual praticante, e tanto faz ativos e passivos, NÃO devem comungar, caso assistam a uma missa.

  10. Estava outro dia num jogo de basquete, daí a torcida local começou a implicar com um jogador do time visitante gritando: “fulano v*****” “fulano v*****”
    O que vai acontecer com a aprovação do PLC 122, serão todos presos?! A maior hipocrisia é que deve ter um monte de gente apoiando esse projeto de lei e se enquadra em situações como eu descrevi acima.

  11. Imaginem, história fictícia…

    Num jogo de volei …
    Entra um jogador nordestino.
    Toda a torcida grita muito alto
    — Nordestino, nordestino, nordestino.

    Entra em seguida um jogador negro.
    Novamente a torcida grita tão alto quanto.
    — Negro, negro, negro.

    Agora entra um jogador branco.
    Sem pestanejar a torcida berra.
    — Branco, branco, branco.

    Mais um jogador, agora uma bicha.
    Tão alto quanto antes a torcida berra.
    —Bicha, bicha, bicha.

    Qual deles usará a PLC 122, para incriminar as pessoas que disseram que ele era, exatamente, aquilo que ele sempre desejou ser ?????????????

  12. A pergunta que não quer calar: é crime de ódio desejar que alguém se converta ao cristianismo???????

    Se assim for, dona catequista deve abandonar a catequese, porque está provocando traumas irreversíveis nas pobres criancinhas que não têm voz própria ainda.

  13. E, claro, é crime de ódio achar que o HOMOSSEXUALISMO é pecado, mas não há crime de ódio nenhum dizer que uma criança anencéfala PODE EEEEE DEVE ser morta por sua mãe.

  14. Wilson, baseada no seu comentário, se alguém chamar minha sogra, que é alemã, de alemã azeda, ela pode entrar com processo por discriminação racial?? Ahahaha, aposto que vão dar muitas risadas na cara dela, posto que, para esse povo, só existe discriminação racial contra negros e índios.

  15. Uma dúvida: se um teuto-brasileiro chamar um afro-brasileiro de “nego F.D.P.” posso ser processado por racismo, correto?

    Agora, se um afro-brasileiro chamar um teuto-brasileiro (por exemplo) de “branco F.D.P.” essa passoa pode processar o ofensor por racismo? Sandra, isso pode ser?

    Não é preconseito, racismo, nada. Apenas curiosodade mesmo…

  16. Jucken

    “Não se faça de besta, Sandra.”

    Você quer que eu responda o que te interessa. Eu respondo o que penso. Reitero.

    “é dificil acreditar que existem pessoas que defendem que fazer sexo com bebê ou com impúberes seja equiparado com pessoas adultas do mesmo genero sentirem atração pela outra.

    Esse argumento é o mais absurdo que já ouvi para justificar a homofobia”

  17. Alien

    Eu penso da seguinte forma:

    Temos que entender a intenção da lei.

    Em razão da escravidão o negro, por muitos anos, foi julgado como um ser inferior.

    Quando se que dizer que uma coisa tá ruim ou feia se diz “a coisa tá preta”

    Quando se queria elogiar uma pessoa negra diziam que ela tinha ” alma branca ” Pode?

    Antes a imensa maioria dos pobres no Brasil era da raça negra.

    No meu tempo de escola, só tinha negros no primário, no ginásio diminuia, no cologial mais ainda na faculdade era raros.

    Eu nunca vi, até pouco tempo, uma boneca negra para meninas negras. A beleza era branca.

    O cabelo bonito era o liso, e por aí vai

    Eu entendo, s.m.j., que é a conotoção de chamar um pessoa da forma que você exmplificou é no sentido de inferioliza-la. O agente quer diminuir a outra pessoa, quer humilha-la

    Ser branco, é coisa boa. Me chamar de branca azeda, na nossa cultura, não tem conotação de me tornar inferior, mas sim de dizer que sou chata ou ranzinza.

  18. Alien

    A mesma coisa eu entendo quanto aos palavrões.

    Quando o palavrão é dirigido a um branco, normalmente ele vem sem mencionar sua cor. Vem só o palavrão!

    Não vem ligado à sua raça.

  19. Para quem não me conhece, meus avós maternos são alemães e paternos portugueses.

    Meu marido era filho de sergipanos, tenho uma nora japonesa e outra negra.

    Nossa foto está no facebbok

  20. Exceto que o seu pensamento falha ao esquecer que não se pode criar integração cordial numa sociedade ao DIFERENCIAR o tratamento de grupos diferentes de pessoas, seja por diferença de posição social (nobres vs aldeões, acabou no *sangue da Rev Francesa), pela cor (pessoas de cor clara vs pessoas de cor escura, lembremos do Apartheid e dos movimentos anti-“negros” e anti-“brancos” dos EUA), ou o que quer que seja.

    A lei não determina nem pode forçar a mudança da moral. Está aí o racismo grassando, mesmo que subconcientemente, apesar das leis contra. E, pior, com uma hipocrisia conivente onde racismo não seria racismo se fosse contra uma pessoa de cor clara. Como se espera acabar com o racismo se ele é condenado para um mas justificado para outro, ao invés de ser universalmente condenado?

    Questão social? Quer dizer que uma pessoa, por ter cor escura, deve ser mais protegida e concedida mais direitos porque é fraca e incapaz de conquistar seus próprios meios de viver? Eu acho isso ,realmente, um racismo mal disfarçado: o homem independe da cor da sua pele para conseguir conquistar seu espaço no mundo. O que determina a sua conquista é o seu trabalho árduo, não um passado do qual ele não tem culpa ou benefício.

    E o mesmo se refere ao homossexualismo. Uma pessoa deve ser mais protegida porque prefere deitar-se com homens, e por esse único motivo seus atacantes deve ser mais punidos? E os muitos mais casos de agressões contra pessoas heterossexuais, não são dignos de serem verificados e soluciados? Suas ocorrências são menos estapafúrdias e injustas, comparadas à agressão ao homossexual?

    Homício e agressão já são crimes.
    Matar ou ferir alguém pelo fato de ser homossexual já tem o agravante de motivo fútil.

    Vocês partem do princípio de que “temos que incluir o homossexual na lista dos protegidos!!!!1!!111! junto com os negros e com as mulheres”.

    Nós, ou ao menos eu, parto do princípio de que TODOS tem que ser protegidos. Que já existe a lei para isso. Que já existe a capacidade de aumentar a pena por motivos fúteis. Que o juiz já pode determinar mais ou menos pena baseados em todos esses outros motivos subjetivos.

    Enfim, de que se devemos aumentar a pena por agressão, isso deve ser feito à TODOS. E não à melhor banda dos últimos tempos da última semana, a.k.a., o grupo minoritário favorito do momento. Porque no futuro, essa concessão extra de direitos, se não for extendida à todos, só gerará mais e mais discordância, e não união (porque esse cara é mais protegido que eu? O que ele fez para merecer isso? Ele realmente merece? Daí os camponeses foram lá e mataram os nobres, que haviam ganho seus direitos como guerreiros defensores da sociedade na Idade Média e Antiga).

    É tudo se repetindo de novo, só que com roupagem diferente. Mas a cupidez é igual.

  21. Enfim. Ponto simples: já existe lei para proteger toda e qualquer pessoa, independente de cor, sexo, religião, etc. QUE ELA SEJA CUMPRIDA. Criar mais papel não fazer com que ela se cumpra mais e melhor.

  22. Lucio, exatamente. Quer preconceito maior do que o sr. Mott dizendo que os homossexuais são empurrados para as drogas e para a prostituição? Este preconceito, no entanto, como está “a favor da causa”, não interessa a ninguém atacar.

    Abraços,
    Jorge

  23. Sandra (em resposta ao Alien):

    “Me chamar de branca azeda, na nossa cultura, não tem conotação de me tornar inferior”

    Como não pode ser preconceito racial um xingamento em que o agressor usa a cor da pele com clara conotação negativa? Pelo visto, o politicamente correto só vale para os politicamente amigos, não é?

    Continuando:

    “Quando se que dizer que uma coisa tá ruim ou feia se diz “a coisa tá preta”

    Não há fundamento algum que comprove origem ou uso racista dessa expressão. A “coisa” estar preta pode muito bem remontar a trevas ou a escuridão, conceitos bem mais próximos da idéia de caos, implícita na expressão.

    É preciso ter cuidado. Que dizer das frase abaixo? Seriam elas, também, amostras de racismo?

    – Xii, me deu um BRANCO …

    – Fulano ficou BRANCO de pavor.

    – AMARELOU, hein?

    – Você me deixou VERMELHO de raiva!

    Quanto à segunda expressão (alma branca), concordo que ela tem um matiz racial, no contexto citado.

    “Eu nunca vi, até pouco tempo, uma boneca negra para meninas negras. A beleza era branca.

    O cabelo bonito era o liso, e por aí vai”

    Bem típico da turma do politicamente correto é meter tudo no mesmo saco. No exemplo acima, abstraindo-se do caso das bonecas, pretende-se dar um contorno de racismo até a uma concepção estética negativa. Algo como dizer que achar um negro feio equivale a ser racista. Calha perguntar: seriam racistas os artistas e jogadores de futebol negros (inclusive um certo monarca …)que parecem só se interessar por louras oxigenadas?

  24. Vamos esclarecer bem as coisas.

    Se alguém mata um ser humano só pelo fato deste ser humano ser homossexual, trata-se de homicidio por motivo fútil ou torpe. Portanto, trata-se de homicídio qualificado (CP, art. 121, inciso I e II), QUE JÁ É CRIME HEDIONDO!!!

    Confiram:

    Lei 8072/90:

    Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994)

    I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994).

    A dona Sandra, que se diz advogada, deveria saber disso.

    Ora, o homicídio hediondo é o mais grave que já existe no Brasil. Mas para a Gaystapo, é pouco. Se a vítima for gay tem que ter mais agravantes e penas mais rigorosas ainda.

    Resumindo, o que eles querem é transformar o homicídio contra gay no crime super-hediondo, o que equivale a dizer que o gay é um fulano especial, maravilhoso, o máximo, e que está acima de todos os outros seres humanos. Depois eles vão querer a pena de morte para quem olhar de cara feia para um gay… E vão querer enquadrar também quem se recusar ao relacionamento íntimo com o gay (vão dizer que é homofobia!), etc. É só dar corda que eles vão querer cada vez mais.

    E tem gente boa que ainda cai nessa palhaçada.

    Carlos.

  25. Relendo a discussão me lembrei de uma coisa:

    [citar]Li em algum lugar, que essa pessoas que agridem homossexuais, na verdade são homossexuais enrrustidos.

    Eles tentam destruir, exterminar, aniquilar o que tanto temem.

    Vai saber, se não há um fundo de verdade nessa teoria.[/citar]

    Eu acho esse argumento interessante. Poderia demonstrar o estudo de psicologia, com o aval de maior parte dos especialistas na área, que a confirma? Porque seria de grande interessante a favor da “causa gay”… então… cadê ele?

  26. Jorge

    Como eu NUNCA vi Padre nenhum falando disso na Missa acho que esse texto vai passar!

    “A senadora Marta Suplicy, do PT, atual relatora do PLC 122 _a lei que pretende criminalizar a homofobia no Brasil_ fez uma alteração substancial no texto que tramita no Senado Federal. Na prática, a alteração permite que pregações em templos e igrejas condenem a homossexualidade. É a forma encontrada pela Senadora e seus assessores para que o texto do PLC 122 passe pela barricada formada pelos parlamentares evangélicos.

    Agora o projeto deixa claro que a lei não se aplicará a templos religiosos, pregações ou quaisquer outros itens ligados a fé, desde que não incitem a violência. O novo parágrafo diz: “O disposto no capítulo deste artigo não se aplica à manifestação pacífica de pensamento fundada na liberdade de consciência e de crença de que trata o inciso 6° do artigo 5° (da Constituição)”.

    A liberdade de pregação e culto contra a homossexualidade, preservada pelo novo texto, não inclui as mídias eletrônicas. Isso é: continua vetado, sob pena de multa, textos, vídeos e falas que condenem a homossexualidade publicados em sites ou transmitidos pela TV.”

  27. Tem pessoas que não são a favor da lei da homofobia porque quere o direito de xingar um homossexual, chamando de bixinha, veado e …

    Trate os outros como voce gostaria de ser tratado, acredito que ninguém aqui é criança e que não precisa aprender a respeitar o próximo.

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