Canção Nova, Edinho Silva, a mentira e os panfletos das eleições 2010

Quero escrever mais algumas linhas sobre o sr. Edinho Silva, o deputado gayzista e perseguidor da Igreja que ganhou recentemente um programa semanal na Canção Nova – em reconhecimento pelos bons serviços prestados, quiçá. Ontem o sr. deputado participou de um bate-boca no seu Twitter – @edinhosilva – com algumas pessoas que, justamente indignadas, cobravam um mínimo de coerência da Canção Nova e do parlamentar petista.

Abaixo um excerto da Timeline do sr. deputado. O blá-blá-blá dele se resume a repetir a meia-verdade (que, no contexto, é uma mentira completa) de que “Deus não exclui ninguém”, como se Nosso Senhor no Seu Trono de Glória estivesse obrigado a receber com beijinhos e abraços os sumo-sacerdotes dos judeus que O levaram à Crucificação.

Dizer que Deus não exclui ninguém significa que a nenhum pecador arrependido o Altíssimo nega o Seu perdão. Significa que as portas estão sempre abertas para os filhos pródigos que querem voltar. O Deus que não exclui ninguém permite que um perseguidor do calibre de um Saulo de Tarso transforme-se no Apóstolo São Paulo. Obviamente isto não significa que Pilatos, Anás e Caifás podem reivindicar um direito incondicional e inalienável de participarem das Bodas do Cordeiro, ou nem mesmo que São Pedro estivesse proibido de acusar os pérfidos judeus de terem crucificado a Cristo (cf. At 2, 36).

Isto, para qualquer pessoa que tenha a mais remota noção do Cristianismo, é básico; mas o sr. Edinho Silva parece estar realmente empenhado em propagar um “evangelho” que é o contrário mesmo d’Aquele que foi legado à humanidade pelo Filho de Deus. Na brilhante sabedoria teológica do sr. Edinho Silva, todo mundo pode apoiar qualquer barbaridade frontalmente contrária ao que prega a Igreja e, na verdade, os que denunciam esta hipocrisia e clamam por um mínimo de coerência e de respeito à palavra de Deus são os que estão contradizendo o Deus da Vida!

Mas a canalhice particularmente cretina surge quando este sujeito tem a cara-de-pau de, ao melhor estilo comunista, xingar os outros do que ele é e acusar os seus adversários daquilo que ele próprio faz. Lá pelas tantas, o sr. Edinho Silva tem a coragem de pronunciar a seguinte pérola twittesca:

Concedamos que não foi propriamente o sr. Edinho Silva, em seu próprio nome, quem abriu processo contra Dom Bergonzini. O processo 352620.2010.600.0000 tem como autores a sra. Dilma Vana Rousseff e a “Coligação para o Brasil seguir mudando” (PT/PMDB/PSB/PC do B/PDT/PR/PRB/PTN/PSC/PTC). No entanto, como já foi dito, o deputado petista era presidente do PT-SP à época do incidente e jamais escondeu o seu apoio entusiasta à palhaçada que foi feita contra o bispo de Guarulhos. Pode até não ter sido o autor material do processo, mas o apoiou pública e explicitamente.

No entanto, a confissão é interessante. Gente mentirosa não pode se intitular cristã, Edinho Silva? E o sr. se intitula cristão?

Folha de São Paulo, 06/10/2010, entrevista com o então presidente do PT-SP, o deputado Edinho Silva. A pergunta: como deve a campanha de Dilma lidar com o tema do aborto agora? A resposta (grifo meu):

Eu defendo que a gente enfrente isso de frente. Temos que tratar esse debate com muita transparência. A Dilma, em todas as manifestações dela, defende a vida. Se nós enfrentarmos a boataria e dialogarmos de forma franca com o eleitor, teremos sucesso. Até porque é fácil de debater, porque é uma mentira. O que está em disputa nessas eleições e nós temos que deixar isso claro, é que temos dois caminhos: um representa o Brasil que existia até 2002 e o eleitor conhece, e o outro é o pós-governo Lula.

Boataria, mentira? Os panfletos censurados pelo PT continham mentiras? Acaso é uma mentira o abortismo do PT? Acaso os vídeos da sra. Rousseff dizendo que o aborto deve ser tratado como uma questão de saúde pública (o que – como todo mundo sabe – significa que ele deveria deixar de ser crime para ser uma exigência de saúde) são mentiras? Acaso a sra. Rousseff afirmando textualmente em uma sabatina da Folha (tem até vídeo!) que “Hoje, no Brasil, (…) é um absurdo que não haja a descriminalização [do aborto]” é mentira? Acaso é mentirosa a camaleônica lista de declarações da sra. Rousseff sobre o aborto? Oras, sr. Edinho, mentiroso é o senhor! Como o sr. tem a cara-de-pau de chamar fatos públicos, notórios e amplamente divulgados pela imprensa de “boatos” e “mentiras”?

Alô, Canção Nova, vai continuar acobertando esta pouca-vergonha? O Edinho Silva diz que gente mentirosa não pode se intitular cristão. Mas o Edinho Silva mentiu escandalosamente à época das eleições presidenciais do ano passado, inclusive com grave prejuízo para o bispo de Guarulhos e o movimento pró-vida. Logo, o sr. Edinho Silva não pode se dizer cristão e, por conseguinte, não pode ter um programa na Canção Nova. Senão a Canção Nova vai estar compactuando com esta farsa e fazendo os seus telespectadores acreditarem que um notório gayzista e perseguidor da Igreja é, na verdade, um bom católico. Canção Nova, não permita este deboche ao Catolicismo. Apague a vela de Satanás. Sirva somente a Deus.

Curtas

Battisti e os conceitos de “justiça”. “Tudo isso significa que consideramos a Itália um país medieval, incapaz de julgar seus cidadãos adequadamente por crimes cometidos em seu território. Já a Justiça brasileira, como sabemos, é exemplar”.

A recente decisão do STF sobre a não-extradição do criminoso italiano é mais um capítulo da triste história da vergonha brasileira, a cobrir de opróbrios esta nação. Que os nossos descendentes nos perdoem!

No mesmo sentido, ouvi ontem e hoje na CBN o Arnaldo Jabor lamentar que a Dilma esteja evitando encontrar-se com a iraniana Shirin Ebadi – segundo o comentarista, por causa da amizade entre Lula e o Ahmadinejad e dos “soviéticos de Brasília”. Aliás, é o terceiro dia seguido que eu ouço o comentário do Jabor, e o terceiro dia seguido em que ele se refere aos “soviéticos” e “bolcheviques” do Planalto…

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Profanação Eucarística na Colômbia: “O Pe. Rodrigo Hurtado, pároco da igreja de San Isidro em Dosquebradas (Colômbia), denunciou que a capela Cristo Salvador foi vítima de um ato sacrílego, pois ladrões ingressaram no templo, furtaram dinheiro e bens valorados em mais de mil dólares, para logo retirar as hóstias do Sacrário, derramá-las no chão, jogar cerveja em cima e pisoteá-las”.

Caberia talvez pensar que foi um ato simples de assalto, onde os criminosos aproveitaram-se da oportunidade para vandalizar o ambiente. No entanto, o sacrilégio apresenta uns requintes de odium fidei tão ímpios que nos levam a pensar se, ao contrário, não foi o assalto uma tentativa de encobrir a profanação…

Rezemos ao Altíssimo em desagravo por este sacrilégio e por tantos outros que ocorrem mundo afora. Que Ele Se compadeça de nós.

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Perito desmente mitos anti-católicos sobre as cruzadas. Leiam lá. Só destaco:

  • Primeiro mito: “as cruzadas representaram um ataque não provocado de cristãos ocidentais contra o mundo muçulmano”.
  • Segundo mito: “os cristãos ocidentais foram às cruzadas porque sua avareza os motivou a saquear os muçulmanos para ficarem ricos”.
  • Terceiro mito: “os cruzados foram um bloco cínico que em realidade não acreditava nem em sua própria propaganda religiosa, senão que tinham outros motivos mais materiais”.
  • Quarto mito: “os cruzados ensinaram aos muçulmanos a odiar e atacar a cristãos”.

Governo recua na polêmica do “kit-gay”

Li no Supplementum Fidei e no Julio Severo que os protestantes conseguiram obter da presidente Dilma a proibição (ao menos por enquanto) do famigerado “kit gay” das escolas públicas. A mesma notícia foi publicada no Estadão, sob o título “Bancada Evangélica diz que Dilma considerou de mau gosto material sobre homofobia”. Deste último, destaco:

O deputado Ronaldo Fonseca contou que Gilberto Carvalho disse que a presidente afirmou que novo material só será distribuído após discussão de conteúdo com parlamentares da frente evangélica, católica e de defesa da família.

Há dois pontos aqui. O primeiro é que esta matéria está absurdamente vaga. O deputado “contou” que o ministro “disse” que a presidente “afirmou”… houvesse mais um elemento nesta cadeia de “disse-me-disse”, acabar-se-iam os sinônimos necessários à elegância textual do período. Ninguém falou com a presidente? Esta decisão dela não está registrada em nenhuma fonte? Deste jeito, não dá para confiar nesta “palavra” de terceira mão da sra. Rousseff.

O segundo ponto é que a presidente da República não pode jamais ser confundida com uma aliada da causa pró-vida e pró-família. Se ela recuou neste ponto específico, foi um recuo tático: foi porque os parlamentares pressionaram-na até que ela não teve outra opção que não ceder. Afinal, os deputados haviam decidido simplesmente abandonar o plenário e não votar mais nada enquanto o assunto não fosse tratado. Por conta disso, hoje a presidente da República “afirmou que novo material só será distribuído após discussão de conteúdo com parlamentares da frente evangélica, católica e de defesa da família”.

É uma boa notícia e é sem dúvidas uma vitória, mas não podemos baixar a guarda. Temos que ter consciência de que esta “discussão” pretendida tem tão-somente o objetivo de passar um verniz de legitimidade à arbitrariedade totalitária já previamente decidida neste jogo de cartas marcadas – como a Suplicy já deixou entrever. Não nos enganemos: o Governo voltou atrás agora porque não teve opção. Assim que tiver, passará por cima dos opositores com a maior tranqüilidade de consciência. Ai de nós se não estivermos preparados!

Em tempo: bancadas católica e evangélica pedem a demissão de ministro da Educação. Não há dúvidas de que o Haddad seja um grandíssimo mentiroso; mas é bom ver que os parlamentares não estão dispostos a serem enganados e a fazerem política de boa vizinhança. Os inimigos da Pátria assaltam-na de maneira tempestuosa e violenta. Este é o tempo em que tolerância é capitulação, e onde o respeito humano pode custar a própria liberdade. Não é mais possível haver omissão ou acordos de boa convivência: importa oferecer uma resistência clara e inequívoca ao gayzismo ideológico que nos querem impôr.

Minas Gerais: PF, PT, “crime eleitoral” e Igreja Católica

Esta eu li no Voto Católico; alguém tem mais informações sobre o assunto? Ao que parece, quatro sacerdotes foram intimados pela Polícia Federal a prestarem depoimento sobre [seu envolvimento n]a divulgação dos famosos panfletos censurados pelo PT nas eleições de outubro passado. Apenas relembrando alguns fatos:

1. O Partido dos Trabalhadores é aberta e institucionalmente abortista.

2. A sra. Rousseff é declaradamente abortista, como já disse e repetiu diversas vezes.

3. O documento da Regional Sul 1 da CNBB, como pode ser visto, não continha senão fatos públicos e amplamente conhecidos.

4. Durante as eleições, a sra. Rousseff “deu uma de doida” e tentou “desmentir” (!) o “boato” (!!) de que era favorável ao aborto, mentindo escandalosamente durante a campanha eleitoral na maior cara dura.

5. Os panfletos que foram ilegalmente apreendidos em outubro passado eram um documento oficial da Igreja Católica – que, até onde se saiba, tem pleno direito de expôr a Sua Doutrina Moral e Social.

6. Quando as circunstâncias o exigirem, os bispos “têm o grave dever de emitir um juízo moral mesmo em matérias políticas”, como disse o Papa.

É portanto estarrecedor que a GestaPTo esteja ainda empenhada em perseguir membros do clero que não fizeram senão ser fiéis à Igreja que prometeram servir. Rezemos pelos sacerdotes, rezemos pela Pátria.

Aborto: curtas

Nota sobre debate [sobre o aborto] na OAB-Niterói. “Segundo até relato do próprio Padre Anderson após o debate, o público presente demonstrou a opinião da sociedade. O público presente não fora formado apenas de homens ou da cúpula da Igreja. Havia homens e mulheres, jovens e idosos, advogados e outros profissionais, ou seja, era um auditório heterogêneo que em sua maioria era desfavorável ao aborto, e que não aceitou engolir goela abaixo os argumentos mais uma vez fracos, ou melhor, fraquíssimos e por vezes infundados daqueles que defendem ao aborto”.

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Dez feministas, nenhum segredo. “De uma maneira geral, podemos sim dizer que o Brasil está sendo chefiado por uma comissão abortista – colocada no poder pelos eleitores do ‘maior país católico do mundo'”. Também n’O Possível e o Extraordinário: em entrevista, TODAS as ministras de Dilma apoiam aborto.

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Rede Cegonha. “A primeira presidenta abortista do Brasil, Dilma Rousseff, quer maquiar ainda mais sua imagem pró-aborto e fazer as pazes com a Igreja. […] Recuo estratégico, é o que me parece. Espero que essa rede cegonha funcione!”.

Papa aceita renúncia de bispo que apoiou Dilma Rousseff

Vi esta manhã no Vatican Information Services que o Santo Padre “[a]ceptó la renuncia del obispo Luiz Carlos Eccel al gobierno pastoral de la diócesis de Caçador (Brasil) en conformidad con el canon 401, párrafo 2 del C.I.C.”. O bispo de Caçador, para quem não se lembra, foi aquele que divulgou uma carta de apoio a sra. Dilma Rousseff.

Teve a pachorra de divulgar esta carta um dia depois do Papa ter dito à Regional Nordeste 5 da CNBB que os bispos devem emitir juízos morais também sobre situações políticas concretas, sempre que “os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem”! A atitude de Sua Excelência foi de zombaria, de escárnio, de deboche; e agora, menos de um mês depois, teve a sua renúncia aceita pelo Santo Padre.

Segundo o site da diocese, a renúncia deu-se para que o bispo pudesse “cuidar de sua saúde”. Tinha 58 anos; 17 a menos do que a idade canônica, na qual todos os bispos são obrigados a pedir renúncia. Em seu lugar, como Administrador Apostólico, foi nomeado Dom João Marchiori, bispo emérito de Lages.

Que Deus dê forças e sabedoria ao Papa Bento XVI. A fim de que continue conduzindo a Igreja como Ela precisa ser conduzida.

La Iglesia Amordazada

Créditos ao Wagner Moura: cliquem na figura abaixo para terem acesso ao documento “La Iglesia Amordazada”. São 240 páginas de extensa e detalhada documentação, referente à tentativa de se silenciar os bispos brasileiros sobre o tema “aborto” durante as eleições presidenciais de 2010. Está tudo registrado!

Os autores do dossiê são de Belo Horizonte, MG. Estado que elegeu a sra. Rousseff presidente da República, mas que – com este excelente trabalho – mostra que deseja ser lembrado também por suas nobres atuações neste ano de 2010. A eles, nossos parabéns e nosso muito obrigado. E pedimos ampla e irrestrita divulgação.

Comentários políticos – de fora da cidade

Escrevo nas mesmas condições de ontem; mas não queria deixar de fazer algumas considerações que, aqui em retiro, e após apagarem-se as chamas da euforia (e da decepção) provocadas pelo resultado das eleições de domingo, vieram-me à mente.

Na verdade, nós vencemos. Porque vencemos as batalhas mais importantes, e aquela que perdemos foi precisamente a que tem menor relevância, porque era a única que não constitui novidade alguma no cenário político oficial.

É muito fácil explicar a vitória da sra. Rousseff nas urnas. Entre tantos outros motivos, podem-se destacar os seguintes:

1. A gigantesca (e ilegal, mas esse “detalhe” não interessa à petralhada) mobilização da máquina do Estado em favor da candidata petista, inclusive com o senhor presidente do Brasil abandonando as suas atribuições de Chefe de Estado para virar – palavras dele – “um cabo eleitoral da Dilma”, dizendo até mesmo que os que votassem na sra. Rousseff estariam votando também “um pouquinho” nele.

2. A grande farsa dos institutos de pesquisa, que passaram os últimos meses anunciando a vitória da Dilma em um país onde a população vota maciçamente como se estivesse apostando em uma corrida de cavalos e, caso vote – “aposte” – no candidato que perder a eleição, estará “perdendo o voto”.

3. A completa ausência de uma oposição que não seja composta em sua maior parte (ou, pelo menos, em sua parte reponsável pela tomada de decisões a nível estratégico) por companheiros dos criminosos que ora se encontram no poder e que, desde antes da campanha eleitoral ter início até, literalmente, a véspera do pleito, empenhou-se em assegurar a vitória da candidata do Governo.

4. O conservadorismo do povo brasileiro que, na análise do Carlos Ramalhete em lista de email, está paradoxalmente sendo empregado em favor da Revolução, uma vez que oferece natural resistência a mudanças políticas e, assim, favorece a perpetuação no poder da quadrilha que, hoje, lá já se encontra.

A vitória da sra. Rousseff, assim, apresenta-se como nenhuma novidade, nada de novo sob o sol. As novidades introduzidas foram exatamente aquelas sobre as quais já falei aqui e que, estas sim, ganhamos todas. Tiramos as questões morais do “submundo da política” para trazê-las às manchetes dos jornais. Comprovamos o enorme poder das novas mídias de comunicação. Revelamos o racha na Igreja no Brasil, forçando os lobos em pele de cordeiro (ou de pastor) a uivarem em público, arrancando-lhes assim as máscaras. Obtivemos apoio pontifical à luta que travávamos no Brasil há anos. Estas foram as nossas vitórias, estes são os nossos troféus dos quais devemos nos orgulhar, são os nossos trunfos que, doravante, poderemos e devemos utilizar.

Houve quem falasse em fazer as pazes, em depôr as armas agora que as eleições terminaram. Às vezes, eu fico impressionado com a capacidade dos meus leitores não entenderem nada. Nunca se tratou de uma querela político-partidária, o problema nunca esteve circunscrito às eleições. Trata-se da usurpação do governo brasileiro por uma cambada de criminosos que têm a intenção manifesta de transformar o Brasil (aliás, a América Latina como um todo) em uma versão aggiornata da antiga União Soviética, em um projeto que inclusive está já em estágio avançado de realização. Não começou com a eleição da sra. Rousseff e não estaria derrotado caso o sr. Serra tivesse saído vitorioso.

O combate sempre esteve além, muito além, das questiúnculas partidárias. E, portanto, é lógico que não terminou domingo passado. Há ainda muita coisa por ser feita, e é preciso fazê-las, aconteça o que acontecer.

Presidente Dilma

Escrevo do celular, longe de casa, onde os meus crismandos estão em retiro desde o sábado último. Escrevo nas escassas horas vagas das quais disponho, e por ambas estas coisas não me vou alongar demais.

Ontem foi um dia triste, um dia de luto para esta Pátria que amamos e cujo bem desejamos. Ontem houve festa no Inferno – e alguns comentários impublicáveis recebidos aqui no Deus lo Vult! são uma prova eloqüente disso. Ontem, riu-se Satanás, escarnecendo da Terra de Santa Cruz que se entregou, mais uma vez, nas mãos de governantes iníquos.

Confesso que eu cheguei a ter esperança… cheguei a acreditar. Não que o PSDB fosse fazer enfim alguma coisa; mas que conseguiríamos empurrar os desgraçados que estavam se empenhando, desde o início, em não ser eleitos. Não deu. Não dá para fazer sempre, pelos outros, as coisas que são obrigações deles. Forçamos um segundo turno. Esperar mais do que isso, talvez fosse realmente utopia demais.

Mas temos o presidente que merecemos. Claro que temos. Claro que o Brasil merece uma ditadura petista, e o motivo pelo qual lutamos contra ela foi porque esperávamos na Misericórdia Divina, que sempre nos castiga com uma intensidade menor do que de fato merecemos. Dilma Rousseff usurpou o poder desta Terra de Santa Cruz propter peccata nostra, não há dúvidas disso. Bendito seja Deus, que dá e que tira.

No fim… o que temos? Uma derrota nas urnas, sim, mas que – embora amarga – não se pode dizer que tenha sido uma surpresa. Aliás, nem foi um revés no sentido próprio da palavra, pois não houve mudança alguma, e sim a continuidade da iniqüidade. Mas, continuemos. Contra quem necessário for, como estamos já acostumados a fazer. A resistência continua, porque é o nosso dever e não temos o direito de desanimar.

Hoje é dia de Todos os Santos. Que a Igreja Triunfante inteira interceda pelo Brasil, posto que vamos precisar. Nossa Senhora Aparecida, salvai-nos. Nossa Senhora Aparecida, livrai o Brasil do flagelo do comunismo.