Memorandum enviado a Roma

Consegui uma cópia do documento enviado a Roma pela Arquidiocese de Olinda e Recife, sobre as atitudes de Sua Excelência Reverendíssima Dom José Cardoso Sobrinho no caso do aborto dos gêmeos da menina de nove anos de Alagoinha:

Clique aqui para baixar o relatório em português

Pensávamos que a imprensa haveria de relatar fielmente o esforço pastoral empreendido pelo Pároco e pelo Conselho Tutelar de Alagoinha e o enorme trabalho desenvolvido por Dom José Cardoso Sobrinho para impedirem o aborto.

Infelizmente tal não ocorreu, em grande escala, por parte da mídia. E o Sr. Arcebispo, por ausência ou deturpação de informações, passou a ser falsamente considerado, até em certos meios católicos, culpado por uma atitude antipastoral e desumana para com a menina e sua mãe.

Diante dos fatos acima expostos, seria necessário que os críticos do Sr. Arcebispo refletissem e reconhecessem seus apressados e infundados juízos, reparando o mal perpetrado, fazendo, assim, justiça a Dom José Cardoso Sobrinho.

Em inglês, a repercussão em LifeSiteNews.com:

L’Osservatore Romano Won’t Let me Defend Myself Says Brazil Archbishop

EXCLUSIVE: Battle of the Archbishops Heats up as Legal Document Sent to Vatican Officials by Brazilian Archdiocese

Distinguished Philosophy Prof Accuses Head of Pontifical Academy for Life of “Total Relativism”

Agradecimento de Dom José Cardoso

AGRADECIMENTO DO ARCEBISPO DE OLINDA E RECIFE

Tendo recebido de várias entidades nacionais e internacionais e sobretudo de centenas de irmãos e irmãs – tanto do Brasil como de vários outros países – mensagens de solidariedade e felicitações pelo meu posicionamento por ocasião do recente evento clamoroso ocorrido nesta Arquidiocese de Olinda e Recife (o delito canônico do aborto) – quando mencionei publicamente a legislação vigente da nossa Santa Igreja, a qual estabelece a aplicação automática da excomunhão -, desejo manifestar a todos minha profunda gratidão, invocando sobre todos e cada um a plenitude das bênçãos do Nosso Salvador Jesus Cristo, que “veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (cf João 10,10).

A aplicação de penalidades canônicas é um meio usado pela nossa Santa Igreja, desde os tempos apostólicos, para induzir os cristãos ao cumprimento da Lei de Deus e à salvação eterna. “Deus quer que todos sejam salvos” (cf 1 Tm 2,4) e para isto é necessário a conversão, ou seja, a mudança de comportamento, deixando de praticar o mal e conformando a própria vida aos ditames da Lei de Deus. Misericórdia não é conivência com o mal, com as violações da Lei de Deus.

O Cân. 1398 do Código de Direito Canônico, é uma lei vigente da nossa Santa Igreja, aprovada pelo Vigário de Cristo na terra, o servo de Deus João Paulo II (promulgador do novo Código em 1983) e tem como finalidade ajudar espiritualmente todos os membros da Igreja a evitarem a violação gravíssima do 5º mandamento do Decálogo pela supressão de vidas inocentes e indefesas. É um “remédio” espiritual usado pela Igreja para induzir o pecador à conversão, isto é, à mudança de comportamento. Silenciar sobre esta sanção automática ou – pior ainda – desejar a sua ab-rogação é causar um mal imenso ao Bem Comum da sociedade eclesiástica e à salvação eterna dos filhos de Deus.

Para induzir seus discípulos a praticarem o bem, conformando a própria vida às exigências da Lei de Deus, o próprio Salvador Jesus Cristo falou claramente sobre o perigo real de condenação eterna (cf Mt 11,23; 13,41-42; 25,31-46; Mc 9,43-48; Lc 16,19-31). Esta é a finalidade das penalidades estabelecidas pela Igreja.

Temos provas de que a ampla divulgação deste evento ocorrido em nossa Arquidiocese já está produzindo ótimos frutos na vida espiritual de muitas pessoas.

Reitero, portanto, minha profunda gratidão em primeiro lugar ao Autor da vida, o “Pai das luzes, do qual provém toda dádiva perfeita” (cf 1 Tg 1,17). Agradeço também a todos os irmãos e irmãs que me enviaram mensagens de solidariedade e testemunharam sua total fidelidade à Lei de Deus e às normas canônicas da nossa Santa Igreja.

Que Deus nos conceda a todos a graça de continuarmos a trabalhar unidos em defesa da vida.

Recife, 19 de maio de 2009
Dom José Cardoso Sobrinho
Arcebispo de Olinda e Recife

Agradecimento do Arcebispo de Olinda e Recife – clique para baixar

Cerimônia de premiação de Dom José

Infelizmente, eu não estava aqui quando houve a cerimônia de entrega do prêmio Cardeal Von Galen a Dom José Cardoso Sobrinho. Foi na última quinta-feira; eu estava em Aracaju, numa cerimônia de ordenação presbiteral. Entretanto, muitos amigos estavam presentes na cerimônia, que foi muito bonita e teve – graças a Deus – uma boa repercussão. De Aracaju, eu rezava por Sua Excelência que, em Recife, era homenageado; quando voltei a Recife, fiquei sabendo de mais detalhes sobre a noite.

Teve uma boa repercussão; o site da Arquidiocese publicou uma nota sobre a homenagem. O site da Comunidade Shalom também publicou. Vários jornais também o fizeram [cf. o pequeno “recorte de notícias” publicado pelo Wagner Moura]. LifeSiteNews.com,  como não poderia deixar de ser, também noticiou o fato, fazendo com que ele tivesse alcance internacional.

E temos também o material por nós mesmos produzido. Um amigo, o Claudemir Júnior, tirou algumas fotos e publicou no seu álbum pessoal do Picasa; vale muito a pena ver. Vale também a pena ler a narrativa de um outro amigo, o Anderson Pontes, que estava presente e pôs no blog da Paróquia das Graças as suas impressões sobre a noite.

Demos graças a Deus porque temos um Arcebispo sério, fiel à Igreja de Cristo e zeloso para com as leis de Deus. A atitude heróica de Dom José foi premiada; sua fidelidade foi reconhecida. Unimo-nos também nós àqueles que, na última quinta-feira, prestaram homenagem a um Sucessor dos Apóstolos digno da plenitude do Sacramento da Ordem que possui. Parabéns, Dom José Cardoso!

Sucessão em Olinda e Recife

Começam a surgir os boatos sobre a sucessão de Dom José Cardoso Sobrinho – nosso Arcebispo já completou no ano passado a idade canônica de 75 anos e já enviou a carta de renúncia ao Santo Padre, que está à espera de ser aceita. O Diário de Pernambuco – fonte fidedigníssima! – garante que o sucessor pode sair esta semana. Eu, no entanto, guardo as minhas reservas.

Guardo as minhas reservas, porque sei que essas nomeações que vêm de Roma não têm data certa para acontecer; qualquer mês do ano, qualquer dia do mês, qualquer dia da semana, é um dia adequado para que o Santo Padre aceite uma renúncia de um bispo e publique a nomeação de um seu sucessor. Quais são as fontes trazidas pelo Diário de Pernambuco? Nenhuma. Apenas umas genéricas “fontes da Igreja Católica”. Por que motivo deveríamos dar crédito a notícias tão mal fundamentadas?

Estamos vivendo na iminência de uma transição que pode ser decisiva para a Arquidiocese de Olinda e Recife. Quem vive aqui, sabe como as coisas são complicadas: Dom José Cardoso Sobrinho é, sem a menor sombra de dúvidas, um verdadeiro herói, um sucessor dos Apóstolos  digno da posição que ocupa na hierarquia, um guerreiro incansável que, com esforços hercúleos, tem conseguido fazer maravilhas nesta Igreja Particula à qual eu tenho a honra de pertencer. As notícias sobre ele publicadas – algumas que eu reproduzi aqui mesmo, no Deus lo Vult! – dão testemunho inconteste disso.

Peço a oração de todos por nossa Arquidiocese. Angustia-me ter bem poucos nomes de bispos que, caso nomeados, deixar-me-iam tranqüilo. Na verdade, as “especulações” são muitas e não são todas lá muito agradáveis. A carta de renúncia de Sua Excelência, no entanto, está já nas mãos do Santo Padre desde o ano passado, que achou por bem manter Dom José no comando até então. Por quanto tempo mais ainda…? Quem o Vaticano nomeará para o suceder…? São perguntas cujas respostas ninguém tem. Mas podemos rezar; que Deus ilumine o Santo Padre, a fim de que o bispo que vier para esta diocese possa fazer jus ao nome do seu antecessor.

Entrega de prêmio – Human Life Internacional

[Tenho a imensa alegria de divulgar a cerimônia de entrega do prêmio Cardeal Von Galen a Dom José Cardoso Sobrinho. Infelizmente só agora soube do evento, que terá lugar na próxima quinta-feira, 16 de abril, no auditório do Colégio Damas, em Recife. É uma excelente oportunidade de prestigiar Sua Excelência pela sua corajosa atitude em defesa da vida. Quem puder comparecer, será muitíssimo bem vindo.]

Human Life International

premia a Arcebispo de Olinda e Recife

por defesa da vida

Human Life International é uma organização internacional cuja missão é a construção de uma cultura que evidencie e defenda a vida em contraponto àquela de morte que se instalou em todo o mundo.

“A Human Life International tem a honra de conceder a Dom José Cardoso Sobrinho, Arcebispo de Olinda e Recife, o Prêmio Cardeal Von Galen em reconhecimento por sua atitude heróica no cumprimento do ministério episcopal, na defesa da vida humana, ao enfrentar o desagrado de tantos que promovem a cultura da morte”.

Agindo em nome das associações católicas pró-vida em mais de 80 países do mundo, a Human Life International concede o Prêmio Cardeal Von Galen a personalidades – especialmente Prelados – que se destacam na defesa da sacralidade da vida conforme a Lei de Deus proclamada pela Igreja Católica.

O Prêmio leva o nome do Bem-Aventurado Clemens August Von Galen (1878-1946), bispo de Münster (Alemanha) durante a era nazista, o qual, levantou sua voz em defesa dos pobres e dos doentes, protestando contra a eutanásia, a perseguição dos judeus e a expulsão dos religiosos. Por causa de sua coragem, ficou conhecido como o “Leão de Münster”. O lema que escolheu quando foi eleito bispo foi “Nem elogios nem ameaças (me distanciarão de Deus).

O Prêmio já foi concedido a outros prelados que se destacaram em iniciativas em defesa da vida e da moral católica, como o Cardeal Lopez Trujillo, o Cardeal Tumi de Benin, Dom Antonio Arregui, arcebispo de Guayaquil e presidente da Conferência Episcopal Equatoriana, e muitos outros em vários países.

O cardeal Von Galen demonstrou coragem ao enfrentar os nazistas, desvelando a verdade sobre a ideologia do nazismo, defendendo a liberdade da Igreja e das associações católicas, bem como a educação religiosa. Acusou abertamente o nazismo de discriminação contra os cristãos, os quais eram encarcerados e assassinados. Condenou outros abusos do governo totalitário, lutou pelo direito à vida e denunciou de modo veemente o massacre das pessoas deficientes físicas e mentais consideradas “inúteis”.

Dom José Cardoso Sobrinho se destacou pelo empenho com que lutou pelos gêmeos nascituros daquela pobre menina grávida de apenas 9 anos de idade, em face de tanto negativismo, sobretudo em vários setores da mídia

O Mons. Ignacio Barreiro-Carámbula, JD, STD, chefe do bureau da Human Life International em Roma, virá ao Recife em nome do Rev. Padre Thomas Euteneuer, Presidente do Human Life International e entregará pessoalmente a Dom José o Prêmio Cardeal Von Galen.

A solenidade para outorga do Prêmio será no dia 16 de abril de 2009, às 20 horas, no auditório do Colégio Damas, à Av. Rui Barbosa, 1426, no bairro dos Aflitos, no Recife.

Mais curtas diversos

Mais coisas para comentar do que eu tenho tempo para fazê-lo…

– Apenas para fins de registro, o Frei Betto – para variar – escreveu mais uma vez contra a Igreja. Vejam que palavras dignas de um religioso: “Comparo a atitude do arcebispo de Olinda e Recife com a de Jesus diante da mulher adúltera… Que diferença! Jesus foi capaz de compreender, perdoar, acolher. Os médicos agiram corretamente, para salvar a vida da menina e evitar o risco de três mortes”. A ubiqüidade na repetição da besteira faz-nos pensar que é orquestrado; os ataques que chegam de todos os lados – de todos os inimigos da Igreja – evidenciam que estamos do lado certo do campo de batalha. Não podemos desanimar!

– É um pouco antiga – novembro de 2008 – mas um amigo trouxe à baila, numa lista de emails da qual participo, esta matéria sobre Oxum na Santa Missa. Aproveito para trazer aqui porque é um excelente exemplo daquilo sobre o que eu falava ontem, sobre a colocação de lixo no lugar das coisas sagradas: esta obsessão em profanar tudo o que é católico parece uma sanha satânica. Mente – sim, mente descaradamente – o padre Toninho quando diz que “as missas inculturadas e, especialmente, a missa afro, são expressões legítimas de elementos das culturas africanas na celebração da Eucaristia”. Aqui tem fotos de uma missa afro. Aqui e aqui tem vídeos de missas afro. E qualquer pessoa que tenha um mínimo de senso católico percebe que há alguma coisa errada aí; percebe que essas coisas são no mínimo inadmissíveis e, no máximo, blasfemas e sacrílegas.

– Um movimento gay de Pernambuco – os “Leões do Norte” – avisaram que iriam malhar um boneco de Dom José Cardoso nas ruas do centro da cidade na sexta-feira. Fizeram-no, e a matéria com algumas fotos foi publicada no blog do Jamildo. O presidente da ONG afirmou que “Dom José representa perigo para a sociedade. Foi imprudente porque colocou a vida de uma menina de 9 anos em risco. Para ele, o estupro não tem importância”. Interessante, né? Dona Terezinha percebeu

Alguns judeus são contra acordos diplomáticos com a Santa Sé. “A seis semanas da visita do Papa Bento XVI à Terra Santa, religiosos judeus fundamentalistas fazem pressão para que o governo israelense não faça concessões diplomáticas à Santa Sé sobre a questão dos impostos sobre os bens da Igreja”. Ah, esses nossos irmãos mais velhos…

– Também é um pouco antiga [25 de março], mas eu só vi agora. Depois das audiências públicas sobre células-tronco embrionárias e anencéfalos, parece que a moda pegou: a CSSF vai realizar uma audiência pública sobre a eutanásia. No entanto, desta vez quem a propôs foi o deputado Dr. Talmir (PV-SP), autor de um projeto de lei que torna a eutanásia crime hediondo. A data da audiência ainda não foi marcada.

Human Life International homenageia Dom José

[Recebi por email. Gaudete!]

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Estimado Padre

Saudações dos Estados Unidos!

Esta é para comunicar uma boa notícia que certamente encherá de júbilo e conforto os corações de todos aqueles que lutam contra o aborto no Brasil.

Human Life International tem a honra de conceder a Dom José Cardoso Sobrinho, Arcebispo de Olinda e Recife, o Prêmio Cardeal Von Galen em reconhecimento por sua atitude heróica no cumprimento do ministério episcopal, ao enfrentar o desagrado de tantos que promovem a cultura da morte.

Agindo em nome das associações católicas pró-vida em mais de 80 países do mundo,  Human Life International concede o Prêmio Cardeal Von Galen a personalidades – especialmente Prelados –  que se destacam na defesa da sacralidade da vida conforme os ensinamentos católicos verdadeiros.

O Prêmio leva o nome do Bem-Aventurado Clemens August von Galen (1878-1946), o qual foi bispo de Münster (Alemanha) durante a era nazista. Levantou sua voz em defesa dos pobres e dos doentes, protestando contra a eutanásia, a perseguição dos judeus e a expulsão dos religiosos.

Por causa de sua coragem, ficou conhecido como o “Leão de Münster”. O lema que escolheu quando foi eleito bispo foi “Nem elogios nem ameaças me distanciarão de Deus”. E verdadeiramente viveu conforme o seu lema.

O cardeal Von Galen demonstrou coragem ao enfrentar os nazistas, desvelando a verdade sobre a ideologia do nazismo, defendendo a liberdade da Igreja e das associações católicas, bem como a educação religiosa. Acusou abertamente o nazismo de discriminação contra os cristãos, os quais eram encarcerados e assassinados. Condenou outros abusos do governo totalitário, lutou pelo direito à vida e denunciou de modo veemente o massacre das pessoas deficientes físicas e mentais consideradas “inúteis”.

Dom José Cardoso Sobrinho se destacou pelo empenho com que lutou pelos dois gêmeos nascituros daquela pobre menina grávida de apenas 9 anos de idade, em face de tanto negativismo, tanto dentro como fora da Igreja.

Mons. Ignacio Barreiro, JD, STD, chefe do bureau da Human Life International em Roma, será enviado à arquidiocese de Olinda e Recife, acompanhado por mim na minha qualidade de diretor de programações para os países de língua portuguesa, a fim de entregar pessoalmente a Dom José o Prêmio Cardeal Von Galen.

O referido Prêmio é acompanhado de uma doação de mil dólares para ajudar de algum modo o trabalho pastoral dele.

Nosso maior desejo é o de publicamente apoiár a Dom José neste momento de grande dificuldade. A Santa Igreja precisa de pastores verdadeiros, que saibam dizer que “é justo obedecer a Deus antes que aos homens, pois não podem deixar de falar do que viram e ouviram” (Atos 4:19-20).

O Prêmio já foi concedido a outros prelados que se destacaram em iniciativas em defesa da vida e da moral católica, como o Cardeal Lopez Trujillo, o Cardeal Tumi de Benin, Dom Antonio Arregui, arcebispo de Guayaquil e presidente da Conferência Episcopal Equatoriana, e vários outros aqui na América do Norte.

Em última análise, através de Dom José serão homenageados e prestigiados todos aqueles que no Brasil se empenham na defesa do Evangelho da Vida.

O Mons. Barreiro e eu pretendem viajar para Recife na semana após o Domingo de Páscoa. Ele não fala português (fala espanhol, italiano e ingles, pelo menos) e certamente voltará a Roma a partir de Recife.

***

Que Nossa Senhora do Sagrado Coração e São Luís de Monfort obtenham para si todas as graças que precisa.

Em Jesus e Maria

Raymond

P.S.: Não sei se enviei os “links” abaixo para sua informação. Se não o fiz, faço-o agora (são vídeos curtos em ingles e portugues):

http://www.saintgabriel.com.au/SGC_EWTN.htm

http://www.youtube.com/watch?v=de9mI6U26rE

http://www.saintgabriel.com.au/trueGod.htm

http://www.saintgabriel.com.au/g.o.e.clip.htm

http://www.youtube.com/watch?v=rJNI3n3g150&eurl=http://vida-humana.org/

http://www.youtube.com/watch?v=cH4Pn_TXIt0&eurl=http://vida-humana.org/

A meia-errata da ÉPOCA

Agradeço ao Eduardo Monteiro pelo aviso. É sobre a entrevista que Dom José deu à ÉPOCA. Lá, foram atribuídas as seguintes palavras ao Arcebispo de Olinda e Recife:

Havia [no ITER] candidatos ao sacerdócio, candidatos à vida religiosa, havia mulheres negras, negros, e inclusive não-católicos.
[Época, 12/03/2009 – 19:52, grifos meus]

Pois bem. Em meio às cartas publicadas pela revista na sua última edição, consta a seguinte errata:

FOMOS MAL

Dom José Cardoso não declarou que havia “negros e negras” entre os alunos do Iter. Ele mencionou a existência de “leigos e leigas”. Houve um erro na transcrição da fita (“As polêmicas de Dom Dedé”, 565/2009, pág. 94)

Tal errata foi motivada pela seguinte carta de Dom José Cardoso, que também está publicada na revista:

O aborto e a religião

“As polêmicas de Dom Dedé” (565/2009) falou sobre o arcebispo de Olinda e Recife, que se envolveu no caso do aborto da menina de 9 anos que sofria abusos do padrasto

A revista publicou que eu havia declarado que entre os alunos do Instituto Teológico do Recife (Iter) havia “negros e negras”, insinuando que sou racista e que esse foi um dos motivos para o fechamento do Iter. É notório que entre os padres ordenados por mim existem vários de cor negra. É falsa a afirmação de que o Iter foi fechado por mim. O fechamento foi decretado pela Santa Sé. Publicou também que neguei a hóstia, na hora da comunhão, à prefeita de Olinda e que “o momento foi registrado por fotógrafos e cinegrafistas”. Avisei pessoalmente que ela não podia receber a comunhão por ser membra do Partido Comunista. Na hora da distribuição da comunhão, a prefeita nem sequer entrou na fila.

Dom José Cardoso Sobrinho,
arcebispo de Olinda e Recife, Recife, PE

É algo verdadeiramente espantoso que tenha havido um erro desta magnitude na transcrição da fita, sem que nenhum dos responsáveis pela revista tenha achado a frase estranha. A errata, contudo, foi publicada – menos mal. No entanto, ainda tem um “detalhe”. A frase incorreta ainda consta no site da revista, em pelo menos duas reportagens, sem que seja feita nenhuma alusão ao erro:

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT64050-15228-64050-3934,00.html

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI63883-15228,00-DOM+DEDE+A+EXCOMUNHAO+E+AUTOMATICA.html

Para protestar contra esta meia-errata [v. “Expediente”]:

Diretor de Redação: Helio Gurovitz
epocadir@edglobo.com.br

Época Online – Editora: Letícia Sorg
epocaonline@edglobo.com.br

Cartas à Redação: Felipe Seiji Oda
epoca@edglobo.com.br

Citando rapidamente

1. Em defesa de D. José Cardoso Sobrinho, texto do dr. Rodrigo Pedroso. “Apenas uma pequena minoria se posicionou contra o padrasto pelo crime cometido e menos ainda contra o aborto praticado. A sanha, o ódio, o xingatório se voltaram quase que exclusivamente contra Dom Cardoso Sobrinho e contra a Igreja Católica”. As considerações feitas pelo Dr. Rodrigo não são novas, mas são importantes e estão expostas de forma clara e concisa.

2. Papa está certo, sobre a AIDS. É uma versão em português da matéria aqui citada, “do médico e antropólogo Edward Green, uma das maiores autoridades mundiais no estudo das formas de combate à expansão da AIDS. Ele é diretor do Projeto de Investigação e Prevenção da AIDS (APRP, na sigla em inglês), do Centro de Estudos sobre População e Desenvolvimento da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Uma das instituições educacionais mais prestigiadas do mundo”.

3. O Papa e a AIDS, artigo de Dom Fernando Rifan que está no site da CNBB! “A distribuição de preservativos, como solução para o problema, insinua e inclui como pressuposto a promiscuidade, uma das principais causas da AIDS, convidando ao desregramento sexual. O fim bom não justifica utilizar meios perversos. Evitar a AIDS é ótimo, mas fomentar a promiscuidade é péssimo. Não se estaria utilizando um inibidor para a AIDS – o preservativo – que, em última análise, pode se tornar causa desta mesma doença? E depois chamam de irresponsável a quem dá um grito de alerta. O Papa João Paulo II já havia advertido: “o uso dos preservativos acaba estimulando, queiramos ou não, uma prática desenfreada do sexo”. Propagar a promiscuidade é um meio de propagar a AIDS”.

“Abortistas: se não Fé, pelo menos honestidade” – pe. Héctor Ruiz

[Publico um artigo escrito pelo reverendíssimo pe. Héctor Ruiz, pároco de São Lourenço da Mata, município vizinho a Recife e também pertencente à Arquidiocese de Olinda e Recife. Agradeço ao sacerdote pelo envio do texto; o tom combativo do mesmo e a ênfase dada n’alguns aspectos que a grande mídia deixou de lado no caso do aborto da menina de Recife fazem com que ele seja um valioso auxílio à Igreja, neste momento em que Ela é tão duramente atacada.]

ABORTISTAS,
SE NÃO FÉ, PELO MENOS HONESTIDADE!

ASPECTOS QUE NÃO PODEMOS IGNORAR NA ANÁLISE FILOSÓFICA DO CASO DA MENINA ESTUPRADA E INDUZIDA A ABORTAR

Sabemos o caso: Uma menina pernambucana, de nove anos, é estuprada pelo padrasto, tendo ficado grávida e os fetos submetidos a aborto. Dom José Cardoso deixa claro que quem aborta e os que colaboram diretamente num aborto ficam excomungados.

Deixemos de lado a fé. Analisemos o fato só com a razão natural para entender se é realmente o “pré-conceito” da Igreja o que está criando problema neste caso, como dizem os abortistas.

1º. Dom José não excomungou ninguém. Ele mesmo explicou que quem aborta, ou colabora diretamente num aborto se excomunga automaticamente. Como é que os médios de comunicação social (a globo, a tribuna, a Record…) colocaram nas suas manchetes que “Dom José excomungou”? Eu, sem fé, posso dizer que faltou honestidade humana.

2º. Ficou claro que a guerra que estão fazendo, uma parte da imprensa e vários políticos (entre eles o nosso presidente Lula), NÃO É CONTRA DOM JOSÉ. É contra a mesma Igreja! Dom José falou o que teria falado qualquer bispo na Igreja.  Sem fé, posso dizer que falta respeito e justiça contra uma instituição humana que já demonstrou em vinte séculos ser defesa de valores humanos incontestáveis.

3º. A excomunhão consiste no fato de ficar fora da Igreja (Não comungar com o seu espírito!). Só a Igreja tem direito de dizer quem faz parte dela e quem não. Esse direito o tem qualquer associação humana. Não é o político ou o jornalista que vai dizer se a Igreja vai deixar na comunhão com o seu espírito a uma ou a outra pessoa.

Por isso, sem fé, eu posso dizer que os políticos e os jornalistas que se têm manifestado ao respeito estão cometendo duas injustiças: Uma contra Dom José, pelo que dissemos antes, e outra contra a Igreja. Nenhum deles tem autoridade nesse campo. Estão atuando indevidamente em campos que não lhes correspondem!

4º. Por que a Igreja (como instituição humana) excomunga? Porque é pecado gravíssimo matar a uma pessoa, usurpando o direito sobre a vida humana, direito que é unicamente do Criador. Isto não é de fé, é de razão. Se Deus existe (E têm que existir. Seria irracional dizer o contrário) Ele é o único que como Criador e Governador de tudo pode dar e tirar a vida. Os homens todos temos direitos iguais. Ninguém é maior que outro para dispôr da vida alheia. E, se o faz, está usurpando um direito que ninguém lhe deu.

Este pecado torna-se ainda mais grave, quando se trata do aborto: de uma pessoa indefesa, que o homem tem dever de proteger.

Eu, sem fé, posso dizer:

– Que a Igreja nesse ponto é coerente com a sua teologia (revelada, segundo ela).

Que a Igreja está defendendo princípios racionais, que uma filosofia sadia já defende. NÂO NECESITO FÉ PARA DIZER QUE EU NÃO POSSO MATAR A NINGUÉM. (Só no caso de autodefesa).

Que temos que pensar mais num nível social e não só individual. Tem coisas que o indivíduo não pode por si mesmo fazer (caso desta menina de 9 anos). Mas a sociedade, a família…, ajudando, podem conseguir fazer. É o caso de doenças, velhice… Esta menina certamente não iria conseguir sozinha levar para frente a gravidez, mas juntando as forças sociais, vamos ver que conseguimos fazer! Pode ser que termine sem conseguir o êxito total… mas a sociedade ao final sim, vai ganhar.

5º. O aborto é um homicídio, porque no momento em que é fecundado o óvulo começa um processo irreversível, independente da vida da mãe, destinado só a aperfeiçoar-se e chegar a ser um ser humano maduro e completo. Já é vida humana! Já tem dignidade! Dignidade  igual que a da mãe e que a de qualquer ser humano!

Os abortistas dizem: como a morte nós a declaramos quando param de funcionar a células cerebrais, então a vida humana, enquanto tal, começa quando se formam estas células cerebrais e começam a funcionar.

Então eles estão dizendo que se um ser humano nasce com um problema na cabeça e não se desenvolvem essas células, podemos matá-lo como qualquer animal e não importa idade que ele tenha!!!

Nenhum ser humano tem poder para determinar se a pessoa humana e a sua dignidade começa aos três ou quatro meses de vida, ou quando for…! O processo de crescimento do ser humano começa na fecundação e já aí é um ser humano. Não existe uma argumentação filosófica, convincentemente lógica, que demonstre o contrário. Sem fé, posso dizer que qualquer aborto é um homicídio!

6º. Por que a menina de 9 anos vai ter mais direito a viver, que as outras duas crianças que estão no seu seio? Só pela idade? Quem tem o direito de dizer que a menina tem que viver e os embriões não? Racionalmente não tem justificação isso!!! Se é assim, então, tiremos da constituição o princípio de que todos somos iguais!!! Sem fé posso dizer que todos os embriões têm direito à vida!

7º. O estupro, e a situação da família nessas circunstâncias, é muito lamentável!!! Ninguém está satisfeito por isso! Mas, como a vida pertence só a Deus, façamos todo o possível medicamente para que as três pessoas se salvem. As três! Os médicos se precipitaram para declarar que isso era perigo iminente de morte. Eles mesmos não podem afirmar com certeza se isso daria em morte ou em aborto natural. Não era necessário matar!!!

Por exemplo: Em São Lourenço da Mata vive um menino de dois anos de idade, que foi gerado por uma menina com deficiência mental, estuprada quando ela tinha 11 anos! Também a mãe vive bem! Graças a Deus não chegaram os abortistas para impedir a esta criança gozar do banquete da vida!

O médico que praticou o aborto dizia ser católico e que ele era quem tinha autoridade no campo da medicina, não o arcebispo.

Sem fé eu posso dizer quatro coisas:

a) A medicina não está isenta da moral. A moral, que trata de todos os atos humanos pensados e queridos permeia tudo: a medicina, a política, o esporte… O arcebispo tem direito de iluminar a vida moral de todos os seus fiéis católicos. Ele, o médico, foi amoral!

b) Como membro de uma instituição humana ele está obrigado à obediência às normas dessa instituição, que se chama Igreja. Ele foi desobediente!

c) Como médico ele fez um juramento, o de Hipócrates, jurando que dedicaria a sua profissão para cuidar da vida e não para atentar contra ela. Matando dois embriões, ele foi infiel!

d) Precipitando o ato de abortar, não dedicou as suas forças para ajudar à criança e aos fetos para se desenvolverem… Nenhum médico pode afirmar ao cem por cento que isso terminaria em morte da menina. Ele foi incompetente!

Sem fé posso dizer que um homem que é amoral, desobediente, infiel e incompetente é um perigo para a sociedade!

8º. Finalmente, temos que evidenciar que, segundo os meios de comunicação social e vários políticos (entre eles  o nosso presidente Lula, que enche a boca dizendo que é católico – manifestando o contrario com as suas opiniões), o vilão de toda esta história é o Senhor Arcebispo Dom José. Os médicos, o presidente da República, o ministro da saúde, o de meio ambiente… esses são os de bom senso.

Eu, sem fé, posso dizer: deixemos que caiam os princípios de respeito à vida humana, deixemos que uns tenham mais direitos que outros, sigamos cultivando um estilo de vida hedonista, subjetivista, consumista e laxista, favorecido por estas pessoas e instituições e certamente o gênero humano não vai brilhar pela justiça e pela harmonia social… Terminaremos nos destruindo. Eles dizem que lutam por uma menina. Como filósofo posso dizer que a Igreja luta por toda a humanidade!

O que atrapalha ao homem de hoje não é a Igreja. É a falta de princípios de reta razão!!! Falta reconhecer humildemente que falta honestidade e amor pela verdade! Vamos lutar por essas virtudes perdidas!!!

Pe. Héctor M. Ruiz