Mais ataques à Igreja na Europa

Na Espanha, o governo socialista de Zapatero acabou com a isenção fiscal e o financiamento estatal (ver também na BBC) que a Igreja Católica detinha.

A Conferência Episcopal Espanhola havia lançado, no início do ano, uma nota ante las elecciones generales de 2008. Vale muito a pena ler. Zapatero não gostou e, como o seu partido venceu o pleito, veio a revanche. Afinal, o financiamento à Igreja era “excessivo”. E o Estado é Laico.

A contribuição da Igreja à sociedade é evidente e justificava a colaboração dos poderes públicos.
[vice-secretário para assuntos econômicos da Conferência Episcopal Espanhola, Fernando Giménez Barriocanal, in BBC supralinkado]

O “argumento” do Estado Laico é pífio, posto que – como já se cansou de dizer – “Estado Laico” não é a mesma coisa que “Estado Anti-Católico”. E o Estado pode muito bem ajudar financeiramente a uma instituição que julgue importante para o seu povo. Reconheça explicitamente o Governo Espanhol, pois, que a questão é simplesmente a falta de interesse da Espanha em colaborar com a Igreja.

Ontem, eu assistia “Marcelino, Pão e Vinho”. Uma das primeiras cenas mostra um grupo de três frades pedindo ao prefeito da cidade a permissão para construírem um convento num terreno que estava desocupado, após a construção que lá havia ter sido destruída pela Guerra. O prefeito hesita um pouco, mas concede aos frades o terreno. Tempos depois, morre este prefeito, e o que lhe sucede não gosta dos frades; a sua primeira idéia é ordenar a sua expulsão do terreno que o seu predecessor lhes havia concedido. No filme, este prefeito não consegue as assinaturas do Conselho que gostaria para realizar a sua má ação. Infelizmente, na vida real, o Governo da Espanha levou a cabo os seus maus propósitos.

* * *

Enquanto isso, na Itália, uma missa foi profanada por um casal – ele, católico, e ela sem religião – que resolveu trocar intimidades dentro de um confessionário. Muito sábias e oportunas as palavras do bispo local, na homilia da Missa celebrada em desagravo pelo ocorrido:

O gesto foi fruto de uma mentalidade que pode se tornar cultura, que não aceita regras, onde o bem é fazer o que se quer onde se deseja, livres de imposição e respeito. Isso é progresso ou sintoma de uma cultura em decadência e declínio?

Kyrie, eleison.