Mais homofobia

A coluna de ontem do Paulo Sant’ana, publicada no Zero Hora, é pertinente. Falando sobre o escandaloso “Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT” já aqui comentado, o articulista aborda uma só das dezenas de diretrizes absurdas que o documento contém: o recolhimento de mulheres transexuais e travestis aos presídios femininos.

O Paulo lança uma série de perguntas que, de tão óbvias, espanta-se que aparentemente ninguém tenha pensado nelas, preferindo atirar a pecha de “homofóbico” a quem ouse formulá-las: pela mesma lógica, e tendo em vista o “princípio carcerário de que não podem ser recolhidos a uma mesma unidade prisional indivíduos de sexo oposto” [para evitar que “mantenham atividade sexual dentro de um presídio indivíduos de sexos opostos”], as lésbicas não deveriam ir para os presídios masculinos? Os homossexuais masculinos não deveriam ser encaminhados também para os presídios femininos? E – essa não fez o Paulo, mas bem poderia ter feito, e faço eu – os bissexuais ficariam onde, em presídios “de um indivíduo só”?

O que afinal justifica esta diretriz estúpida? Aparentemente ninguém sabe, porque ninguém diz. Este blog chamado “Homomomento” fica irritado com o Paulo Sant’ana e publica uma carta enviada ao Zero Hora, avisando o motivo pelo qual a esposa do autor vai cancelar a assinatura do jornal: “se um colunista pode falar deste jeito ofensivo e baixo numa coluna dominical, logo a mais vendida, então é porque considera os gays como cidadãos que não merecem respeito”. Ao invés de procurar responder às perguntas do articulista, atira-lhe logo à cara a pecha de homofóbico e insinua que, para o jornal, os gays “não merecem respeito” – evocando assim o terrível peso da pressão do politicamente correto.

Esquece-se a autora da carta que “respeito” não significa concordância irrestrita com todas as posições de quem quer que seja. Agarrando-se a um único termo chulo usado pelo articulista, ela se julga no direito de, por causa daquele, escusar-se de entrar na discussão por este levantada, atribuindo-se a priori a razão. E, sem saber separar indignação subjetiva de argumentos objetivos, intenta silenciar o jornal por meio do protesto histérico. Expediente, aliás, que parece ter se transformado no supra-sumo dos debates públicos tupiniquins, infelizmente. E olhe que a lei da Mordaça Gay não foi aprovada ainda…

Aborto e Gayzismo

ABORTO no Brasil e no mundo:

No Mato Grosso do Sul, uma “médica” acusada de praticar mais de 10.000 abortos irá a Júri Popular. A dra. Neide Machado Mota é acusada de ser “responsável pela interrupção da gravidez de quase 10 mil mulheres”. Na enquete disponível no site da UOL – “Se participasse do júri, qual seria seu veredicto para médica dos 10 mil abortos?” -, no presente momento, 68,45% dos votantes disseram que ela é culpada. Sinceramente, eu tenho medo desses júris populares: não duvido que os abortistas manipulem-no a fim de que ele seja escolhido dentre os 31,55% restantes…

– Na Espanha, os espanhóis rechaçam a “barra libre” ao aborto que será imposta pelo governo. Segundo a pesquisa divulgada por HazteOir, 40,5 % dos espanhóis rechaça a reforma da lei do aborto contra 36,7% que a apóia; entre as mulheres a diferença é maior: 43,1% são contra, enquanto 34,3% são a favor. O que mostra – uma vez mais – que é mentira que as mulheres são as mais interessadas na defesa deste seu macabro pseudo-direito. Não obstante, a Espanha pretende legalizar o aborto: “[o] governo espanhol informou nesta quinta-feira [14 de maio] que enviará ao Congresso um projeto de lei que prevê o fim da proibição do aborto e propõe que meninas maiores de 16 anos possam abortar sem o consentimento dos responsáveis”. Que Deus proteja a Espanha!

GAYZISMO no Brasil:

Governo quer livro didático com temática homossexual; na área da educação, os nossos ilustres governantes querem que “sejam incluídos nos livros didáticos a temática de famílias compostas por lésbicas, gays, travestis e transexuais”. Mais um ataque à família brasileira, desta vez duplo: por meio da apresentação desta caricatura de família como se família fosse, e por meio da imposição de um ensino às crianças com o qual não necessariamente os seus pais concordam.

– Esta maravilha faz parte de um plano do governo voltado para os gayzistas. Foi lançado também nesta quinta-feira 14 de maio, em Brasília, e chama-se “Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT”. Entre as diretrizes que constam nesta depravação institucionalizada, estão a censura – “classificar como inadequadas para crianças e adolescentes” – de obras “que apresentem conteúdos homofóbicos” [a Bíblia, talvez?], a “[l]egalização do direito de adoção dos casais que vivem em parceria homoafetiva”, o encaminhamento “para o presídio feminino [de] mulheres transexuais e travestis”, a revisão “[d]a restrição existente para doação de sangue pela população LGBT”, a “[d]iferenciação dos conceitos de homofobia, lesbofobia e transfobia” [sic!], o “[c]ombate à homofobia institucional” [da Igreja, talvez?], o “[c]ombate à intolerância religiosa em relação à diversidade de orientação sexual e identidade de gênero” [sim! É da Igreja mesmo!], entre outras sandices. O documento completo de 45 páginas pode ser lido aqui.

– Enquanto isso, quase metade dos brasileiros assume ter preconceito contra homossexuais, segundo um estudo – feito pela Fundação Perseu Abramo – citado pelo Jornal do Commercio. E provavelmente “preconceito” significa exatamente acreditar que a família é composta por um pai e uma mãe, que as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são anti-naturais, que duplas de gays [ou lésbicas ou o que seja] não podem adotar crianças, que sodomia é pecado que brada aos céus vingança, que existem padrões mínimos de moralidade a serem observados nas sociedades para tornar possível a convivência, etc. Deus salve o Brasil!