Inquisição em Portugal: debate na TV

Este vídeo é antigo, mas eu só vi hoje. Trata-se de um debate sobre a Inquisição em Portugal entre um historiador, o professor Jorge Martins, e um padre [acho que jesuíta p.s.: na verdade, conforme me informou um leitor de Portugal, o sacerdote é do clero diocesano e membro do “Comunhão e Libertação”], o pe. João Seabra, feito em um programa de televisão português, o RTP Memória, que foi ao ar em 7 de novembro de 2005.

Excerto:

Jorge Martins: – Foram 24.000 as vítimas da Inquisição em menos de 200 anos, 1.000 das quais condenadas às fogueiras e, portanto, pode-se dizer que, em termos da população portuguesa, foi um drama imenso pra toda a sociedade porque muitos outros foram perseguidos, foram estigmatizados, foram expulsos, tiveram que fingir. (…) De fato a Inquisição foi uma organização terrorista e criminosa. O papel da Inquisição foi terrível na sociedade portuguesa. Tem que se dizer isso claramente e com todas as letras.

Pe. João Seabra: – Bem, em primeiro lugar, a Igreja não Se conhece, de maneira nenhuma, na descrição do passado que fez o prof. Jorge Martins. É uma descrição cheia de paixão e de comoção e de indignação há quatro séculos de distância, mas que não corresponde aos fatos. (…) Diante dessa mentalidade [da época], a Inquisição Portuguesa foi seguramente muito menos violenta contra as minorias religiosas que efetivamente perseguiu do que as perseguições religiosas da Europa Central, da França, da Suíça, da Inglaterra, da Noruega.

[…]

[Tratar a Inquisição Católica Portuguesa e Espanhola] como se fosse um caso único no contexto da uniformização religiosa que se seguiu às guerras da religião é uma falta de rigor histórico completa. E basta dizer (…) que houve mil executados em 200 anos (…) cinco por ano, em cinco [ou] três tribunais que funcionam, quer dizer que houve duas condenções à morte em Évora, duas em Lisboa e uma no Porto. Ora, era num tempo em que os tribunais civis condenavam à morte dezenas pessoas por ano. Quer dizer, a pena de morte era aplicada (…) para os crimes mais insignificantes. Quer dizer, das pessoas que morriam condenadas à morte em Portugal todos os anos às dezenas, cinco eram condenadas pela Inquisição. Portanto é evidente que o clima de terror judiciário não era imposto pela Inquisição, as pessoas tinham muito mais medo da polícia civil.

“Diga não à Cultura da Morte” – Você pode salvar muitas vidas!

Acho bem válido o estilo deste vídeo do IPCO sobre o ante-projeto de Reforma do Código Penal ora em trâmite no Parlamento Brasileiro. “Se for alertada, a opinião pública brasileira reagirá” – é bem verdade. Como é bem sabido, o desgoverno petista está tentando de todas as maneiras impôr o aborto no Brasil via Judiciário, porque ele sabe que a sociedade brasileira é majoritariamente a favor da vida e, portanto, a infâmia do aborto no Brasil não poderia jamais ser aprovada por vias democráticas.

http://youtu.be/zBHHDoW9A_g

Há uma petição ao Presidente do Congresso “para que a vida seja defendida na Reforma do Código Penal”. Assine e divulgue. O Brasil agradece. A nossa recompensa “teremos no dia em que formos chamados a prestar contas ao Supremo Juiz, e tivermos em nossa defesa as milhares de crianças que se salvaram por esta nossa atitude de agora”, como é dito no final do vídeo. Lutemos pelos que não podem lutar por si próprios. Sim, o problema também é nosso. Ajude-nos Deus.

Elba Ramalho: “Foi pelo amor de Nossa Senhora que eu fui resgatada do peso de ter feito um aborto”

Vale a pena conhecer esta entrevista da Elba Ramalho à ACI Digital, onde ela fala da sua Fé Católica e do seu trabalho na defesa da vida – por conta do qual a cantora tem inclusive recebido ameaças de grupos feministas radicais.

É possível obter mais informações na matéria da ACI Digital. «Eu conheci a palavra Deus, esperar, confiar, acreditar, desde a infância naquele lugar árido, seco, de natureza cruel, mas de uma beleza também muito grande. Minha cidade se chama Conceição, a minha padroeira se chamava Nossa Senhora da Conceição, e Ela era nosso farol e nosso guia. Eu cresci seguindo a procissão de Nossa Senhora da Conceição, eu cresci coroando a santa, virava anjinho e coroava a santa naquelas festas de dezembro, de 8 de dezembro».

A agência católica de notícias promete a divulgação da íntegra da entrevista ainda hoje, dia 30 de julho, à tarde. Vamos aguardar.

Vídeos da palestra de D. Bertrand em Recife

Para os que não tiveram a oportunidade de prestigiar a conferência de S.A.I.R. o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança ocorrida aqui em Recife no último dia 04 de julho, seguem abaixo os vídeos produzidos no evento. São quatro partes, disponíveis, respectivamente, aqui (parte 1), aqui (parte 2), aqui (parte 3) e aqui (parte 4). Assistam e divulguem.

Esta cuaresma…

[Eu já havia visto o vídeo do menino e da árvore em outro contexto; mas achei este pequeno “vídeo promocional da Quaresma” bastante simpático. Não se trata de menosprezar (é óbvio) o valor das penitências, mas sim de colocá-las em perspectiva: não é penitenciar-se por penitenciar-se, mas sim fazê-lo por amor a Deus, para mais Lhe agradar e mais aproximar-se d’Ele. As penitências não são “um fim em si mesmas”, e todas as práticas religiosas existem para nos levar a Deus. Convém lembrar isto logo no início destes 40 dias, a fim de que possamos vivê-los frutuosamente. Uma santa Quaresma a todos!]

“A verdadeira face do movimento homossexual” – Cruzada pela Família e (mais!) Jean Wyllys

Aconteceu em Divinópolis, no interior de Minas Gerais, com a Cruzada pela Família do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (aqui o relato em texto). Para quem não conhece o trabalho dos garotos, são uns jovens que – durante o período de férias – viajam pelo Brasil em caravana para conscientizar a população a respeito dos perigos que o Brasil corre com a agenda anti-católica. Eles sempre têm alguma história para contar. Desta vez, foram – de novo… – ativistas gays.

O vídeo é longo, mas conta a história completa. Primeiro, eles só passavam na frente da imagem. Depois, pintaram-se e ameaçavam jogar tinta nos caravanistas. Depois passaram para as agressões verbais mais baixas e chulas, ameaçando confinar a religião ao interior das igrejas.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=vh-TQPmYrX8

Os jovens católicos sempre rezando e cantando:

– Quem provoca reconhece que não tem argumento! / O homossexualismo é contra o Mandamento!

– Agressores! Agressores! / Agressores! Agressores!

– Tolerância… tolerância… / onde está? Onde está? / É só para o vício, é só para o vício… / pra nós, não. Pra nós perseguição.

– Brasil sim! / Sodoma não! / Isto é / perseguição!

Note-se: os gayzistas não toleram sequer a exposição pacífica da Doutrina Católica! Estamos falando de pessoas que consideram “homofobia” a defesa dos Dez Mandamentos, e que se incomodam com uma campanha católica a ponto de procurarem tumultuá-la a fim de que ela cesse. No que dependesse dessas pessoas, nós não poderíamos defender em público a Doutrina Católica. E são estas as pessoas às quais o Governo está empenhado em dar proteção especial. São estes os “perseguidos” que estão se transformando em uma casta de intocáveis.

Perceba-se: estes jovens católicos não estavam espancando homossexuais, não os estavam xingando nem debochando deles, não estavam separando à força as duplas sodomitas, não estavam sequer se dirigindo a eles. Se algum católico tentasse se posicionar – ainda que pacificamente – contra alguma manifestação homossexual, seria o fim do mundo; lembro-me de um caso (se alguém achar o vídeo, me avise) em que havia uma manifestação pró-gay em uma estação de metrô e aí um católico que estava passando por lá simplesmente escreveu numa folha de caderno um “cartaz” improvisado com frases pró-vida, e foi ameaçado até de estupro pelos homossexuais que lá estavam. Os homossexuais, no entanto, se acham no direito de tumultuar e impedir a realização de uma manifestação católica pacífica; ora, quem são os perseguidos aqui? Afinal de contas, qual dos dois grupos é uma ameaça para a sociedade brasileira? Os católicos rezando o terço diante de uma imagem de Nossa Senhora, ou a militância gayzista que não tolera a manifestação de pensamento contrária à sua ideologia?

Enquanto isso, o sr. Jean Wyllys ratifica – mais uma vez! – as suas calúnias contra um chefe de Estado (vai ficar – de novo – por isso mesmo?) e líder espiritual da maior parte da população brasileira, e ainda tem a cara-de-pau de dizer que não está ofendendo os católicos, e sim somente uma “minoria homofóbica” (!) para a qual o Papa significa alguma coisa. Sim, senhoras e senhores, o deputado gayzista do PSOL, em um novo surto de megalomania, agora quer definir o que é expressão religiosa e o que não é, e quer impôr aos católicos um novo modelo de religião onde aquilo que o Papa fala só importa para “um pequeno grupo extremista e fundamentalista” e nós somos obrigados a concordar com ele:

Veja-se como ele é tolerante: claro que ele não é contra a Religião e não seria capaz de ofendê-la; não, jamais! Ele só é contra os intolerantes homofóbicos. E quando o Papa diz algo de que ele não gosta, ele tem o direito moral de xingar e caluniar o Papa sem que com isso esteja (de nenhuma maneira!) ofendendo o catolicismo, porque as “declarações homofóbicas” do Papa não fazem parte do verdadeiro cristianismo e, portanto, os verdadeiros católicos (os “cristãos de boa fé”) não precisam se sentir ofendidos! Lindo, não é?

É a esta caterva hipócrita que se está concedendo super-direitos neste Brasil. É esta gente preconceituosa e intolerante que se quer transformar em super-cidadãos. É a este grupo, claramente incapaz de conviver pacificamente em sociedade porque não tem tolerância alguma para com aqueles que discordem (ainda que pacificamente) do seu estilo de vida, que se está elegendo como modelo de modernos super-valores, que deve ser ostensivamente promovido. As políticas públicas brasileiras estão criando e alimentando um monstro, e isto é evidente para além de qualquer dúvida razoável: basta ver como eles agem! Que os brasileiros de bem acordem enquanto é tempo, e assumam a parte que lhes compete no cenário atual – a fim de impedir o pior. Que Nossa Senhora Aparecida salve o Brasil.

Senhora da Conceição, minha Mãe, minha Rainha!

No Youtube, encontrei somente o áudio desta propaganda (o que é uma pena, porque a de “Davanira” tem o vídeo – e tenho a impressão de que são mais ou menos da mesma época…) das Casas José Araújo de mil novecentos e antigamente. Em homenagem à Virgem da Conceição hoje celebrada; belo exemplo de respeito à cultura do povo recifense! Lembro-me de que a via quando era criança. Nunca esqueci esta música.

Eu vou subir o morro agora. Na procissão da Imaculada, suplicando-Lhe a proteção. Renovando-Lhe a consagração. Oferecendo-Lhe, junto com o povo desta terra, o testemunho público dos que guardamos a Fé dos Apóstolos. Agradecendo-Lhe por tudo quanto tenho e que me vem de Suas mãos virginais.

Desmentindo o Gabriel Chalita: a Dilma é a favor do aborto SIM, deputado!

Recomendo sem fazer adendos o texto do Wagner Moura a respeito da última entrevista do Gabriel Chalita. A cretinice foi publicada ontem no Portal IG e o vídeo pode ser visto na íntegra lá. A “questão do aborto” é o terceiro tópico. O Sr. Chalita diz, expressamente, que a Dilma nunca falou ser a favor do aborto.

Como assim, Gabriel Chalita, o senhor por acaso não conhece a candidata a quem deu o seu apoio ano passado? Como o senhor fala à imprensa nacional uma coisa que desconhece? Ou será que o senhor sabe, deputado, que a Dilma afirmou, sim, com todas as letras, que era “um absurdo” não haver a descriminalização do aborto no Brasil? Por que o senhor afirma com esta cara tão limpa uma coisa que não é verdade, deputado? A quem o senhor quer enganar? A si mesmo? Ao povo brasileiro?

Vamos mostrar ao deputado Chalita a Dilma falando sobre o aborto. Melhor: vamos colocar os dois vídeos lado-a-lado: o Chalita dizendo que a Dilma nunca se disse a favor do aborto e a Dilma, imediatamente depois, dizendo taxativamente que acha um absurdo o aborto ser crime no Brasil e tem que haver a descriminalização sim. Vamos ver se o deputado vai continuar negando o que está diante de seus próprios olhos.

Não há mais espaço para a mentira em cadeia nacional, deputado! Nós não vamos deixar que os boatos petistas – estes, sim, os verdadeiros boatos, porque totalmente mentirosos – adquiram o status de “verdade” por sua descarada repetição indefinida. As posições da sra. Rousseff em particular (e do PT em geral) sobre o aborto são públicas e notórias e nem o senhor nem ninguém, Chalita, vai conseguir varrê-las para debaixo do tapete. É bom se acostumar.

E termino com as palavras do Wagner Moura, respondendo ao deputado que acha que somos um “grupo restrito” de radicais ultraconservadores fazendo um uso “desonesto” da religião na internet [é uma piada! Se nós, que estamos dizendo a verdade e agindo com coerência com a nossa Religião somos os desonestos, o que é o Chalita que profere inverdades em cadeia nacional e apóia um Partido que tem incontáveis posições políticas frontalmente contrárias ao que manda a Igreja que ele diz seguir? Somos nós os desonestos, porventura?!]:

É um erro grotesco imaginar, como faz no vídeo acima, que somos “um grupo restrito”, um monte de “fundamentalistas perigosos”, “uma parte”, “espalhadores de ódio”… A boca fala do que está cheio o coração. E de um coração que quer vingança para ter respeito de seus desafetos políticos não nos surpreende que partam tantas palavras que visam simplesmente desqualificar pessoas.

Nós somos belos, Chalita. E por certo há um perigo na beleza. O perigo da verdade! Mas em nada esse perigo se assemelha ao fundamentalismo grotesco o qual você infelizmente nos imputa.

Nós somos belos, Chalita. Somos pais, somos mães, somos irmãos, somos filhos, somos poetas, somos matemáticos, somos professores, somos esportistas, somos estudantes, somos namorados, somos jovens, adultos, idosos e crianças, somos carismáticos, somos das pastorais sociais da Igreja, somos de outras religiões, somos políticos… Somos muito mais que os rótulos de desqualificação que criam para nós e que em breve sequer servirão para enquadrar, fichar e deter a multidão que somos.

Somos a primavera, Chalita. E quem poderá nos ferir sem espalhar todo nosso perfume e nossa beleza?

Sim, Chalita, aceite. Nós somos o futuro porque queremos reproduzir no mundo a imagem d’Aquela Beleza que é tão Antiga e tão Nova, da Qual o mundo jamais se farta porque é uma imagem ínfima d’Ela e por Ela anseia. Nós somos o futuro porque queremos estar radicalmente unidos à Videira Verdadeira que dá frutos – e fora da qual não há senão sarmentos secos que são levados pelo vento. Nós somos o futuro, Chalita, porque queremos ser a casa edificada sobre a rocha – sobre a Pedra, sobre Pedro – que resiste aos assaltos das intempéries da natureza e a única que permanece de pé ao final. Nós somos o futuro, Chalita, porque não queremos nos deixar levar pela cupidez de coisas novas já incontáveis vezes condenada e que já deu incontáveis provas de não produzir senão desgraças. Nós somos o futuro porque temos ao nosso lado a promessa da Virgem em Fátima de que, ao final, o Seu Imaculado Coração triunfará. Aprenda a conviver com isso.

Os últimos quatro meses – Mãe de anencéfala

Quem disse que não faz sentido?

Quem é capaz de dizer que não vale a pena…?

Não ao aborto. Porque também os que vão nascer devem ser levados em consideração. Também os que vão morrer têm direito a voto.

Ver também: Nascimento de Esther Ferreira Villamil Martins.

Como é possível amar a natureza e não amar o ser humano para o qual Deus criou a natureza?

«Como eu posso defender, por exemplo, a natureza, os ovos das tartarugas, as plantas – e nós devemos fazer isso – e não defender a vida humana? Como eu posso propugnar uma ecologia natural e aceitar aquilo que destrói a vida – a miséria, a injustiça – e o que destrói a vida na sua origem – o aborto? Como é possível amar a natureza e não amar o ser humano para o qual Deus criou a natureza? Nós temos que defender a natureza na sua totalidade, na sua globailidade, em todos os aspectos nos quais ela manifesta a vontade de Deus; que é o Deus da vida, o Deus da existência, o Deus da Verdade, da Justiça e do Amor.

[…]

Irmãos e irmãs, para nós cristãos a verdadeira ecologia representa antes de tudo uma atitude de respeito ao dom que nós recebemos de Deus. A ecologia é para nós cristãos uma questão de fé, porque nós somos chamados a defender aquilo que Deus criou. É inaceitável para quem quer amar a Deus não amar o que saiu das mãos misericordiosas e amorosas de nosso Deus. (…) É preocupante o fato de que frequentemente muitos daqueles grupos sociais e políticos – que de forma admirável estão em harmonia com a maravilha da criação – que eles não dêem tanta atenção para, p.ex., a maravilha do ser humano no útero da sua mãe. Nós queremos a ecologia global, a ecologia completa, que envolva toda a obra da Criação, desde a natureza que Deus fez para que nós pudéssemos desfrutá-la até o ser humano, imagem e semelhança de Deus».

Dom Antonio Rossi Keller,
Bispo de Frederico Westphalen

http://www.youtube.com/watch?v=_D63jw6dh1k