Sobre agredidos e agressores

A notícia chegou controvertida. O Globo falou em três homens, o Fratres in Unum disse que 1800 protestaram mas só dois chegaram às vias de fato, o Cardoso falou em 1000 fanáticos (!) invadindo a galeria. O fato é que, graças a Deus, alguém finalmente teve o bom senso de destruir a “obra” blasfema do sr. Andres Serrano que consistia em um crucifixo submerso em um pote de urina. Se foram dois, três ou mil, pouco importa.

E quem são os agressores aqui? São os cristãos que resolveram agir com violência após se terem esgotado todos os meios pacíficos (a maldita “obra” já vinha sendo exibida deste 1989; já existe um abaixo-assinado contra ela com mais de oitenta mil assinaturas), ou é o irresponsável que julga poder agredir desta maneira a fé de milhões de pessoas ao redor do mundo? O agressor é quem reagiu à ofensa prolongada contra a sua Fé, ou é o fulano que, do nada, arrogou-se o “direito” de ofender a Fé dos outros?

Quando um pastor queima um Alcorão nos Estados Unidos, acto contínuo dezenas de pessoas são mortas em “protestos” do outro lado do mundo. Quando um cretino expõe uma obra blasfema, são necessárias duas décadas e incontáveis protestos para que o saldo da fúria dos fanáticos fundamentalistas cristãos seja… uma obra avariada. É preciso uma total falta de senso de proporções – ou um tremendo mau-caratismo – para comparar minimamente o fanatismo islâmico com este “fundamentalismo” cristão.

Não conheço as leis francesas. Lá deve haver, no entanto, alguma espécie de legislação para proteger os símbolos nacionais, à semelhança do que acontece no Brasil. Oras, então os símbolos da França não podem ser desrespeitados, mas os símbolos da Fé Cristã o podem? Protegem-se os símbolos que identificam uma nação com alguns milhões de habitantes, mas pode-se ofender à vontade o símbolo da Fé de mais de um bilhão de pessoas? Não se podem agredir os símbolos de repúblicas humanas, mas agressões aos símbolos de Deus são permitidas à la volonté? Bem se vê que isso foge a qualquer razoabilidade!

Tem o direito de exigir civilidade quem se porta com civilidade. Contra quem só sabe agredir é até possível reagir pacificamente, mas isto não pode ser nunca um princípio a exigir-se semper et ubique – como se a culpa recaísse sobre quem reage razoavelmente a uma agressão, e não sobre o agressor. A paz não é simplesmente a ausência da violência, e sim a tranqüilidade da ordem. É um absurdo hipócrita condenar as pessoas pela violência necessária à legítima defesa.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

93 comentários em “Sobre agredidos e agressores”

  1. Jorge,

    “Sobre o suposto “dever” de se respeitar uma decisão injusta, isto não existe. Por este raciocínio patético, um soldado alemão estaria obrigado a matar judeus nos campos de concentração, e seria um “vândalo” subversivo e execrável se tivesse cometido o imperdoável crime de “fazer justiça com as próprias mãos” e tivesse facilitado a fuga de alguns prisioneiros ou danificado a tubulação das câmaras de gás.”

    Você parece desconsiderar que foi a Justiça que puniu o nazismo no fim da Guerra. Os europeus não se vingaram dos alemães, como criaturas incontroláveis, destruindo tudo que encontraram na Alemanha até não deixar nada. Tudo foi resolvido à luz dos tribunais.

    Mas vamos ao que interessa: quanto aos casos de injustiça, devemos combater a injustiça em si, e não um mero fruto da injustiça. Com a sua ação, os vândalos só trouxeram mais ódio dos conservadores franceses. Pode esperar por mais leis repressivas à religiosidade naquele país. E se vocês continuarem reagindo desta maneira, só vão piorar a situação.

    A luta com o diálogo, e não com a mera força, é a melhor maneira. E no caso de nem o diálogo dar certo (no caso da Alemanha nazista), é muito melhor abandonar a região (no caso de sua vida estar em risco) e chamar a atenção das outras nações para a injustiça do que simplesmente se valer de uma revolta armada (que vocês criticam tanto – ora essa, é só se lembrar do que vocês diziam contra a “Dilma guerrilheira”). Hoje eles destroem uma obra herege; se saírem impunes, o que os impedirá de, no futuro, destruírem OS hereges?

    A justiça, assim como qualquer instituição humana, é imperfeita. Mas isso não nos escusa de lutar sempre pela sua melhora. Destruir uma obra ofensiva é apenas cortar (e cortar da forma errada) um galho da árvore; todos sabem o que acontecem quando um galho é cortado: nascem ainda mais no lugar. Não ficarei surpreso se o ditad… ops, presidente Sarkozy aprovar ainda mais leis de repressão à liberdade religiosa.

    Atenciosamente,
    Diogo Cysne
    (http://brightsdobrasil.wordpress.com)
    (https://sites.google.com/site/cysnepa)

  2. Jorge,

    A minha participação nesse tema deu-se justamente em favor disso o que voce sabiamente postou.
    Como poderia ser Jesus esse poço de “amor” que muitos advogam, se lançou sete maldições sobre os fariseus?
    Esse “Jesus hippye e fã do Lenon”, não existe.
    Isso é caricatura ou de católico carismático ou de pessoa relativista.
    Deus é bom, manso e humilde de coração.
    Mas é justo.
    Deus criou o céu.
    Mas tambem fez o inferno.
    Muitas vezes pelo fato de eu escrever em tom de ironia possa passar uma interpretação desvirtuada de minha mensagem.
    No mais é isso.

    PS.: E veja Jorge que agora eu “cutuquei” o Lenon…O Paul, esse nem pensar…he,he.
    Abraços.
    Olegas

  3. Cysne,

    Você parece desconsiderar que foi a Justiça que puniu o nazismo no fim da Guerra

    Irrelevante. Não estou falando do final da Guerra, e sim do “durante” a Guerra.

    Os europeus não se vingaram dos alemães, como criaturas incontroláveis, destruindo tudo que encontraram na Alemanha até não deixar nada

    Nem eu falei isso e nem fiz a menor alusão a nada nem remotamente análogo a isso.

    Mas vamos ao que interessa: quanto aos casos de injustiça, devemos combater a injustiça em si, e não um mero fruto da injustiça. (…)

    Cysne, isso é desvio de foco. Quero saber o seguinte: um soldado alemão convocado para trabalhar em um campo de concentração podia facilitar fugas de presos e danificar câmaras de gás? Sim ou não?

    Se sim, então fica comprovado ser falsa a idéia nonsense de que devemos sempre respeitar decisões injustas. Se não… bom, então nem sei como continuar a discutir, pois o teu senso moral está mais contaminado com o positivismo doentio do que eu imaginava.

    E no caso de nem o diálogo dar certo (no caso da Alemanha nazista), é muito melhor abandonar a região (no caso de sua vida estar em risco) e chamar a atenção das outras nações para a injustiça do que simplesmente se valer de uma revolta armada (que vocês criticam tanto – ora essa, é só se lembrar do que vocês diziam contra a “Dilma guerrilheira”).

    Este parágrafo é todo absurdo. Primeiro que ninguém condena o sujeito que simplesmente foge; o problema aqui é que você (aparentemente) está condenando o sujeito que fica para ajudar os outros.

    Depois, que ninguém defende um “simplesmente se valer de uma revolta armada”, sobre o qual eu sequer mencionei uma única palavra aqui.

    E, ainda, ninguém condena as “revoltas armadas” simpliciter, como ninguém aqui condena a guerra simpliciter ou coisas análogas. Por exemplo, a Cristiada mexicana deu incontáveis mártires para a Igreja.

    Por fim, os problemas com a Guerrilheira Dilma não estão no fato “simplesmente” dela ter feito revolta, e sim de ter sido uma terrorista trabalhando per fas et per nefas para implantar no Brasil uma ditadura injusta.

    Hoje eles destroem uma obra herege; se saírem impunes, o que os impedirá de, no futuro, destruírem OS hereges?

    A coerência. Fazer a extrapolação de uma coisa para a outra é simplesmente uma extrapolação indevida.

    E, aceitando este teu “argumento”, eu poderia simplesmente inverter o raciocínio e dizer que, hoje, os ateus atacam a religião. Se ficarem impunes, o que os impedirá de, no futuro, atacarem os religiosos?

    Não ficarei surpreso se o ditad… ops, presidente Sarkozy aprovar ainda mais leis de repressão à liberdade religiosa.

    Continuaremos lutando.

    Abraços,
    Jorge

  4. “hoje, os ateus atacam a religião. Se ficarem impunes, o que os impedirá de, no futuro, atacarem os religiosos?”

    Jorge, na verdade alguns deles já tentam atacar OS RELIGIOSOS, caso recente da estupidez ateísta na Espanha, que pretendia confrontar os católicos na Procissão do Senhor Morto.

    O que tenho visto de ateus militantes, anti-religiosos desesperados, como os que comentam neste espaço, é um ostensivo ataque à religião e também aos religiosos, amiúde ofendendo-nos com a pecha de fanáticos, fundamentalistas e outras coisinhas más, enquanto no maior e descarado cinismo posam de críticos imparciais, auto-presumidos arautos da ciência.

    Na própria questão que deu ensejo a esses comentários soa interessante constatar a hipocrisia de quem enxerga no símbolo religioso um mero “toco de madeira”, mas quando se trata de retirar esse mero “toco de madeira” das paredes das repartições públicas aí ele ganha um imenso significado religioso que ofende os coitadinhos dos ateus.

    Quanto aos “argumentos” postados por anti-religiosos aqui, salta aos olhos o primarismo, evidente em quem pretende que os historiadores obtenham provas dos milagres relatados no Novo Testamento. Como, de igual modo evidente, é tarefa impossível, dentro da metodologia historiográfica e ainda da própria concepão do que seria tal “prova”, é de se esperar que não se faça menção em livros de história a esses milagres, o que não implica, necessariamente, na sua falsidade e nem mesmo na descrença do autor neles.

    O que tenho observado é um imenso reducionismo de abordagem da religião e, em particular, do seu conteúdo escritural. E o mais interesssante é que esse reducionismo fechado, que exige provas inquestionáveis até das vírgulas na Bíblia só é aplicado por detratores cínicos da religião, especificamente do Cristianismo, no seu PATÉTICO desespero de “provar” que esta é falsa e ainda mais PATÉTICO “provar”, por corolário, que Deus não existe. Não é realmente engraçado ler de sujeitos assim, tão exigentes em cobrar provas minimalistas da Bíblia, baboseiras estupendas como a afirmação de que “quase todo” o Antigo Testamento é “descaradamente mitológico”?

    Pois bem, sejamos miminalistas com ele, também. PROVE-NOS, com todo o rigor científico ou da metodologia historiográfica que:

    1 – QUASE TODO (olha que o AT é bem grandinho para assumir esse ônus, hein) o Antigo Testamento é mitológico.

    2 – Em específico: pode-nos PROVAR, com todo o rigor científico ou da metodologia historiográfica, que a Arca de Noé é pura lenda? (e antes que venha com aquela imbecil proposição do bule voador de Russell, lembro que a eventual impossibilidade de provar o que se está pedindo não será usado como evidência do contrário).

    Por fim: em se tratando de história antiga, há muito menos hiatos na Vida de Jesus Cristo que em muitos outros personagens históricos, dentre os quais nada menos que um Alexandre Magno, para me deter num exemplo bem relevante. Quase tudo que se sabe da vida do conquistador macedônico se deve a relatos ulteriores de seus feitos, dos quais praticamente NENHUM repousa em provas materialmente constatáveis. Não se nega que tenha existido um Alexandre, o que pode ser deduzido da sucessão helenística dos diádocos, mas quanto à sua vida, temos que confiar num Plutarco et al. No tocante à existência de alguém, para ficar no tipo de prova exigido por esses ateus “brilhantes” (como modestamente se denominam), poder-se-ia aventar, num exercício reducionista de história, que Sócrates nunca existiu. Afinal, o que se tem de comprovação material da vida do filósofo? Nada. Tudo o que dele sabemos, vem por testemunho: Xenofonte, que teria sido seu discípulo; e Platão, idem. Hà motivo para descrer num dos dois? Certamente, não! O que estou salientando é que isso é aceitável na construção do tecido da histórica, máxime da Antiguidade, contrastando com a exigência absurda de provar material e minimalisticamente toda passagem da Bíblia. Como isso é impossível até para Júlio César, Alexandre Magno e outros vultos do passado, ficará fácil para o “brilhante” mostrar que nós religiosos somos um bando de fanáticos fundamentalistas, que acreditamos num livro mitológico. São os dois pesos e as duas medidas dos nossos “críticos imparciais”, entendem?

  5. Caro Jorge, você disse:

    “… o problema é que os “casos muito extremos” parecem nunca chegar.”

    Respondo: Casos muito extremos já chegaram em muitos lugares do mundo.

    Você disse:

    “Quem não é fiel nas coisas pequenas não vai ser fiel nas coisas grandes, e quem não se acostuma a travar batalhas menores não vai conseguir jamais desempenhar bem as grandes batalhas.”

    Respondo: É correto o pensamento mas a questão é saber se aqueles franceses eram fiéis antes da destruição do objeto de “arte repugnante” ou se passaram a ser fiéis depois de tomarem a decisão de destruí-lo. Penso que são fiéis de qualquer jeito e podem ,com o ato, ter cometido um excesso ou um grande feito.
    Devo dizer que não considero coisa pequena o que esse “artista” fez. Para mim é grande a provocação mas eu não quebraria esta peça do museu pois isto pode dar mais munição aos inimigos da Igreja, que não são poucos. Não que eu os tema, é que parece imprudência armar-se uma grande batalha por um ato, talvez, desnecessário.

    Você disse:

    “Defendo a proporcionalidade e a razoabilidade das lutas, sempre. Nada de “ficar quieto” até que o mundo exploda para, só então, pensar em lutar.”

    Respondo: Concordo mas talvez aqueles franceses tenham excedido a proporcionalidade e a razoabilidade daquela luta.

  6. Comentário rápido,

    Eduardo, se você sequer acha que há a mínima possibilidade da existência da Arca de Noé… não tenho nada a discutir contigo.

    “…então um senhor idoso construiu uma arca grande o suficiente para abarcar TODAS as espécies de TODO O PLANETA. Além do mais, elas conviveram em ABSOLUTA HARMONIA (imagine os lobos perto das lebres), SEM DEFECAR e SEM SE ALIMENTAR (afinal, como estocar ainda os alimentos de cada espécie?), por 40 DIAS E 40 NOITES???!!!”

    Sério, se você não consegue enxergar ESSA COMPLETA IMPOSSIBILIDADE LÓGICA…!!!! Desisto… não tem o que argumentar com você. É simplesmente PATÉTICO.

    Retorno ao tópico amanhã.

    Atenciosamente,
    Diogo Cysne
    (http://brightsdobrasil.wordpress.com)
    (https://sites.google.com/site/cysnepa)

  7. Caro Jorge Ferraz

    Teu blog tem sido muito bom, mesmo tendo atraído ateus tão chinfrins. Aceitar o debate considero positivo, mas permitir links para sites anti-cristãos (ateus) não é um pouco de exagero nesta bondade?

    O que se pode perceber em comentários de ateus é uma burrice crônica e repetitiva, assim como seus links.

    Pesquisando no google “deuslovult” vemos que ele é indicado pelos melhores sites católicos, meus parabéns.

    Sou voto vencido, mas eu removeria qualquer tentativa de vincular o blog a sites de neo-ateus retardados.

  8. Carlos

    Você tem razão racismo e homofobia são coisas diferentes, mas ambas tem algo em comum:a velha ignorancia. Achar que tu pode sair por aí chamando as pessoas de viado, para se divertir as custas da humilhação alheia é deplorável.
    Voces querem saber de onde vem a antipatia pelos “religiosos” ? Vem da fruta podre que acaba estragando todo o cesto, ou seja, daqueles que não sabem se comportar de acordo com as regras de civilidade.
    Um jogador ja foi chamado de macaco por ser negro, alguém aqui quer defender isso? “Há mas o gay escolheu ser gay, agora aguenta”. Serio isso é argumento?

    Quem sabe um estuprador posso justificar seu crime dizendo que a vitima mereceu aquilo, estava com uma roupa curta e andando sozinha. (argumento fenomenal)

    Até o aborto poderia ser justificado, bastaria apenas justificar que o feto merece ser morto e transformar a vitima no culpado do proprio assassinato.

  9. Jorge

    “Irrelevante. Não estou falando do final da Guerra, e sim do “durante” a Guerra.” Relevantíssimo. Por mais injusta que a Justiça possa ser em uma nação, é a mesma Justiça que garante a ordem das coisas, no final. Se todos agirem fora da Justiça “de vez em quando”, “em casos especiais”, o mundo recai em barbárie.

    “Cysne, isso é desvio de foco. Quero saber o seguinte: um soldado alemão convocado para trabalhar em um campo de concentração podia facilitar fugas de presos e danificar câmaras de gás? Sim ou não?” Mal percebia eu que você também executou um desvio de foco. Primeiro, porque a situação nazista, além de ser um exagero abismal comparado a um artista sem noção, não reflete o caso: na Alemanha, o que havia era um CÓDIGO LEGAL anti-ético; na França, o que houve foi uma DECISÃO anti-ética. Ora, qual é a injustiça da lei francesa? Liberdade de expressão? O que acontece foi que um indivíduo que resolveu extrapolar sua liberdade de expressão; e foi seguido de vândalos que, por sua vez, extrapolaram sua liberdade religiosa. Ligar tudo isso a um conflito moral na Alemanha nazista é
    um truque bobinho para me expor ao ridículo.

    Pois então, Sr. Moral, você quer saber se o soldado nazista podia ajudar a fuga ou não? Claro que podia! Eticamente, é a cosia mais sensata a ser fazer. É claro que, legalmente, não importa a situação: se pego, ele seria punido de qualquer forma, fazendo valer a Justiça, embora anti-ética, de sua nação. Ele é um fora-da-lei ético e, quando uma lei passa a confrontar a dignidade de vida das pessoas, é melhor claramente desrespeitá-la (e sofrer, porventura, as sanções penais deste desrespeito) a permitir a morte de inocentes.

    É claro que, mais uma vez, comparar o sufoco nazista ao caso francês é uma extrapolação que beira os índices de paranóia.

    “Se não… bom, então nem sei como continuar a discutir, pois o teu senso moral está mais contaminado com o positivismo doentio do que eu imaginava.” Fala o homem cujo senso moral diz que a Santa Inquisição foi uma das melhores coisas que aconteceu na Europa.

    “Primeiro que ninguém condena o sujeito que simplesmente foge; o problema aqui é que você (aparentemente) está condenando o sujeito que fica para ajudar os outros.” Jorge, seu “aparentemente” está muito bem colocado.

    “sobre o qual eu sequer mencionei uma única palavra aqui.” Jorge, desculpe-me, mas pare de fingir: quando você defende a revolta pela força de grupo contrariados pela justiça, o que mais você está defendendo?

    “E, ainda, ninguém condena as “revoltas armadas” simpliciter, como ninguém aqui condena a guerra simpliciter ou coisas análogas.” Verdade, mas somente em casos EXTREMOS, onde a revolta armada é simplesmente inevitável (crise no Oriente Médio, por exemplo). Já defender uma ação vândala por causa de um artista maluco… desculpe-me, mas isto é que é extrapolação.

    “Por fim, os problemas com a Guerrilheira Dilma não estão no fato “simplesmente” dela ter feito revolta, e sim de ter sido uma terrorista trabalhando per fas et per nefas para implantar no Brasil uma ditadura injusta.” Por favor, não me venha com teorias conspiratórias que só se encontram em sites ultra-católicos.

    “A coerência. Fazer a extrapolação de uma coisa para a outra é simplesmente uma extrapolação indevida.” Ahã. Fala o homem que trouxe o nazismo à discussão.

    “eu poderia simplesmente inverter o raciocínio e dizer que, hoje, os ateus atacam a religião. Se ficarem impunes, o que os impedirá de, no futuro, atacarem os religiosos?” Como eu sabia, vocês simplesmente não aceitam a liberdade de CRÍTICA. Para vocês, tudo é ofensa. Ah, sim, é claro que os islâmicos também são muito ofensivos, pois eles não crêem na divindade de Cristo… enfim, poupe-me disso. Já estou cheio de “Carlos” neste mundo!

    “Continuaremos lutando.” E continuarão revoltando ainda mais seus opositores, que continuarão criando leis opressoras, que continuarão injuriando vocês, que continuarão lutando… vocês, que pregam tanto a paz, não conseguem ver o ciclo de ódio em que se metem com essa estratégia.

    Quão mais bonito, para todo o mundo, se, ao invés de agirem como fanáticos xiitas, vocês tivessem feito um acampamento de dezenas de milhares ao redor do museu, entoando seus cântigos e tentando convencer os outros de não ver a obra (convencer, e não impedir). Você teriam se mostrado muito superiores à própria decisão judicial, em termos éticos, e teriam feito justiça à fama de paz do Cristianismo.

    No entanto, vocês insistem em se prender no ciclo inútil de violência. Parecem crianças que, ao serem injuriadas, dizem “Mamãe, foi ele quem começou” e parte para a briga, ao invés de procurar alguma solução diplomática.

    Que pena…

    Atenciosamente,
    Diogo Cysne
    (http://brightsdobrasil.wordpress.com)
    (https://sites.google.com/site/cysnepa)

  10. Parece que o Cysne não conhece a diferença entre o recurso à extrapolação como instrumento para demonstrar a lógica de um raciocínio e a extrapolação indevida…

    Você repararam que, além disso, quando falta argumentos ele apela recorrentemente para o sarcasmo ou ironia (nada fina) para se defender?

    E, Wilson, quanto aos links é muito fácil. Não os abra (ele que traga seus argumentos aqui). Se for esse o objetivo desse garoto (obter ‘ibope’ para seu blog), o seu tiro sairá pela culatra, pois deve ter pessoas que acessando o blog dele cheguem aqui e vejam o quão fraquinho são seus argumentos e deixem de acessar o blog dele.

  11. Bom dia, “Paz a esta casa.” São Mateus 10, 12

    O que se está discutindo é, na realidade, o direito (ou dever?) da livre defesa. Nada mais.
    Jesus a aprovou, em alguns casos.
    Todo mundo a aprova!
    Até Gandhi, com sua desobediência civil!
    E vem pessoas metidas a ateus (na verdade anti-cristãos) dizer que nós, e somente nós, cristãos não devemos seguir nosso Mestre e Senhor e sua Igreja?
    Tenha-se paciência…
    Miserere nobis, Domine!

  12. Gustavo,

    Você, como o outro ateu gay, só fala besteira. Era melhor se ficasse calado para não dar tanto vexame.

    “racismo e homofobia são coisas diferentes, mas ambas tem algo em comum:a velha ignorancia.”

    Racismo é fruto não só de ignorância, mas também de maldade. “Homofobia” é palavrinha nova inventada pela gayzada para encher o saco de quem não é gay e que não participa de parada gay. Se acha que me assusta com essa palavrinha ridícula, tá perdendo seu tempo, seu heterofóbico e cristianofóbico.

    “Achar que tu pode sair por aí chamando as pessoas de viado, para se divertir as custas da humilhação alheia é deplorável.”

    Humilhação por quê? Vocês não dizem que têm orgulho da viadagem?

    “Voces querem saber de onde vem a antipatia pelos ‘religiosos’? Vem da fruta podre que acaba estragando todo o cesto, ou seja, daqueles que não sabem se comportar de acordo com as regras de civilidade.”

    Mentira. A antipatia vem do fato de que a religião condena suas depravações. Só isso.

    “Um jogador ja foi chamado de macaco por ser negro, alguém aqui quer defender isso? ‘Há mas o gay escolheu ser gay, agora aguenta’. Serio isso é argumento?”

    Eu não defendo o racismo, porque o racismo é uma imbecilidade. Quem misturou boiolisse com raça negra foi o Cysne. Quem ligou “negro” a “imundície” foi o ateu racista. Deveria ser preso, mas não vai dar nada, porque sendo gay e ateu está acima das leis.

    Mas o que eu falei é argumento, sim senhor. Você não escolheu ser gay? Não é uma “opção sexual” como outra qualquer? Então, aguente. Todas as opções que fazemos na vida têm seu preço. Principalmente as erradas. Se eu escolhesse ser ladrão, teria que aguentar ser chamado de ladrão. Você escolheu ser viado, tem que aceitar ser chamado de viado, uai!

    (Mas eu só ataco os militantes, como você e o Cysne. Se ficassem quietinhos, na moita, não sofreriam essas “humilhações”, mas são vocês mesmo que se expõem, querendo atenção – então, aguentem baitolas!)

    “Quem sabe um estuprador posso justificar seu crime dizendo que a vitima mereceu aquilo, estava com uma roupa curta e andando sozinha. (argumento fenomenal)
    Até o aborto poderia ser justificado, bastaria apenas justificar que o feto merece ser morto e transformar a vitima no culpado do proprio assassinato”

    A roupa curta e outros comportamentos não justificam o estupro, mas acabam facilitando-o. Já o aborto em hipótese nenhuma pode ser comparado ao estupro, porque a criança indefesa jamais facilita ou oferece motivos, por culpa própria, para ser assassinada. Ela é sempre 100% inocente.

    Mas neste mundo louco está tudo invertido. Se uma mulher anda de madrugada na rua, quase pelada, e sofre um estupro e engravida, o que acontece? O estuprador fica uns seis meses na cadeia assistindo televisão e comendo às nossas custas, fazendo rebelião, e queimando colchões, ao passo que a criança inocente é condenada à pena de morte. Palhaçada!

    Agora, vou trabalhar (por que você também não vai trabalhar?). Depois eu respondo o seu parceiro Cysne.

    Carlos.

  13. Cysne,

    na Alemanha, o que havia era um CÓDIGO LEGAL anti-ético; na França, o que houve foi uma DECISÃO anti-ética

    Que grande diferença! Por acaso então as pessoas estão obrigadas a respeitarem decisões anti-éticas, e só podem se revoltar contra códigos legais anti-éticos? O desespero já atingiu os níveis do ridículo aqui.

    Ora, qual é a injustiça da lei francesa? Liberdade de expressão?

    Exatamente. A “liberdade de expressão” confundida com um suposto direito a ofender os outros é uma tremenda injustiça. Aliás, achei que tu já tinhas concordado com isso anteriormente.

    Se (i) o artista cometeu uma injustiça, se (ii) as decisões das leis francesas foram injustas e se (iii) não existe obrigação de se respeitarem determinações injustas, qual o motivo da sua histeria com a atitude dos cristãos franceses? Lembro que você já tinha admitido anteriormente (i), (ii) e (iii).

    Ligar tudo isso a um conflito moral na Alemanha nazista é
    um truque bobinho para me expor ao ridículo.

    Eu não preciso ter este trabalho, tu já o estás fazendo sozinho muito bem. :)

    Pois então, Sr. Moral, você quer saber se o soldado nazista podia ajudar a fuga ou não? Claro que podia!

    Ótimo! Podia por quê? Exatamente porque ninguém está obrigado a obedecer a leis injustas, correcto? E tu já admitiste que a agressão do “artista” francês é injusta, bem como é injusta a manutenção da “obra” por duas décadas, correcto? Por quê, então, os cristãos que infringiram uma determinação legal que tu próprio consideras injusta são “vândalos”? Tenha coerência, sr. Cysne!

    É claro que, mais uma vez, comparar o sufoco nazista ao caso francês é uma extrapolação que beira os índices de paranóia.

    Princípios são princípios, meu caro. Se as pessoas nunca podem desrespeitar a lei, então cristãos e soldados alemães estão errados. Se, no entanto, as pessoas às vezes podem desrespeitar a lei, você não pode condenar a atitude dos cristãos simplesmente por meio de brilhantes “argumentos” como “[os cristãos] devem respeitar a decisão [favorável à blasfêmia]”. Devem por quê, cara-pálida, se não existe nenhum dever de se respeitar o que é injusto e tu acabaste de admitir isso?

    “Continuaremos lutando.” E continuarão revoltando ainda mais seus opositores, que continuarão criando leis opressoras, que continuarão injuriando vocês, que continuarão lutando…

    O que não tem solução, solucionado está. A alternativa que tu propões é a absurda incoerência de exigir dos cristãos respeito absoluto às leis, por injustas que elas sejam, enquanto que em outros casos é permitido quebrá-las. Não, obrigado. Rejeito este veneno que tu, muito “simpaticamente”, vens aqui oferecer.

    Abraços,
    Jorge

  14. Diogo, patético é o seu entendimento do que seja LÓGICA (claramente você confunde com plausibilidade).

    Depois, prá variar, você desfia triunfante sua incompetência em tratar de assuntos de religião, investindo contra a veracidade do relato bíblico, que para ateus militantes desesperados em atacar a religião, tipo você, armados dessa presunção idiota de ceticismo racional, significa abordar o texto bíblico com as correntes de um minimalismo simplesmente impossível de haver em qualquer exemplo da Antiguidade.

    Assim, para você, o relato do dilúvio certamente será uma lenda, afinal não restou uma mísera página do relatório do comandante Noé, ultra-pormenorizado, delineando até as piscadas de olho dos animais a bordo. E olhe lá, se mesmo na presença de um material desses os ateus anti-religiosos ainda não fizessem beicinho exigindo, sei lá, exames de DNA, microfotografias, quem sabe uma análise espectroscópica. Enfim, um cinismo deslavado.

    O seu fanatismo anti-religioso é de tal monta, seu Diogo, que nem mesmo atenta para as figuras de linguagem. Estas ainda usamos às pampas hoje, quanto mais em textos redacionais de estilos completamente estranhos a nossos tempos. Se alguém lhe disse para viajar à Europa, certamente você não vai alugar um jato ou nadar a braçadas até o Velho Continente, vai? Nessa ação – viagem à Europa – estão implícitos vários passos que não precisam ser discriminados a nível de ínfimo detalhe, precisariam?

    Mas o engraçado de vocês ateus anti-religiosos é que essa pormenorização é exigida para os textos bíblicos. Então, se Deus diz a Noé para construir uma arca, ele teria que divulgar, também, o cronograma, a planilha de custos e os contratos de pessoal para a obra, sem os quais, o ateu “crítico” vai deduzir que Deus está dizendo a um ancião que construa SOZINHO a arca. É mole?

    O resto é de um ridículo que fico até a pensar se merece resposta. Como constestar os dados de capacidade da embarcação se 1. sequer sabe-se a época exata em que o relato se insere; e 2. quantas seriam as espécies animais de então.

    Como questionar um relato do qual nem se conhece devidamente o seu contexto? Se você fala tanto em falta de lógica e diz ser patético, francamente, você, além de um cabal ignorante do que seja lógica, ainda cai num esquema de desespero ateísta que em é patético … É patetice, mesmo!

    Aliás, você, um auto-denominado “brilhante” parece estar tão ofuscado na sua cruzada anti-religiosa que nem atentou para a questão central do meu comentário: com que base pode afirmar que UM RELATO ESPECÍFICO ou – pior – “QUASE TODO O ANTIGO TESTAMENTO” é “descaradamente” mitológico? Ora, rapaz, se você afirma então prove. Deve ter dados arqueológicos, etnológicos, o escambau, que ampare sua alegação. Senão, Diogo, é puro preconceito travestido de ceticismo.

  15. “…seu heterofóbico e cristianofóbico.”

    Me mostre alguma vez que eu tenha condenado a relação heterossexual ou os cristãos. Isso é só um argumento repetitivo usado contra quem não aceita a ditadura nazista imposta por ti.

    “Humilhação por quê? Vocês não dizem que têm orgulho da viadagem?”

    As pessoas tem nomes e devem ser chamadas pelos respectivos. Caso o teu nome, hipoteticamente falando, fosse Viado aí não seria humilhação as pessoas te chamarem assim.

    Ok, vamos seguir tua linha de pensamento. Uma garota que resolva manter sua virgindade deve ser chamada de virgenzinha pelas amigas? Ha mas ela não tem orgulho disso, então aguenta uai. (argumento ridiculo em todos os sentidos, como se o direito de humilhar superasse o direito à dignidade humana)

    voce nem argumentos tem para sustentar essa tua ideia e pregando isso você não é melhor que o artista que debochou dos cristãos.

    Tu não pode pregar o direito de agredir (verbalmente)os outros e exigir ao mesmo tempo o direito de ser respeitado. O respeito tem que ser dos dois lados.

  16. gugars25 (acho que é o Gustavo mesmo),

    Se eu sou homofóbico, você é heterofóbico.

    Você também é cristianofóbico. A prova é que defendeu o “artista” que fez essa “obra” de urina.

    Você diz que as pessoas têm nomes e devem ser chamadas por eles. Acontece que eu estou atacando não apenas você e o Cysne, mas todos os militantes gays – e eu não sei os nomes de cada um deles.

    Quem quer impor uma ditadura nazista é a Gaystapo, da qual você faz parte.

    Uma garota que resolva manter sua virgindade não deve ser chamada de “virgenzinha” pelas colegas, em forma de deboche, pela simples razão de que ela está fazendo o certo. E fazer o que é certo não causa perplexidade nem chama a atenção de ninguém. Porque as pessoas têm bom senso. Mas se um homem quer viver como uma mulherzinha safada, isso chama a atenção e causa perplexidade, porque as pessoas têm bom senso. Daí surgem os nomes para essas coisas esquisitas (bicha, viado, etc). E nenhum desses nomes foi eu que inventei. Foi o bom senso popular.

    Mas, voltando ao caso da garota, se ela passar o tempo todo fazendo propaganda de si própria, por causa de sua virgindade, e exigindo respeito e admiração dos outros por isso, é bem capaz de ficar com esse apelido e ser ridicularizada pelas colegas.

    Neste caso o mal não está na virgindade em si, mas na falta de discrição e de humildade da garota.

    No caso do homossexualismo é diferente. O mal está tanto na prática homossexual em si quanto na sua divulgação e propaganda, como se fosse uma coisa maravilhosa.

    Eu não prego o direito de agredir verbalmente os gays. Eu agrido verbalmente os gays militantes – e só estes – em legítima defesa. É como eu já falei. Se ficassem na deles, quietinhos, nada disso ocorreria. Mas não. Eles querem todos os holofotes sobre si e ainda querem o direito de agredir quem discorda de suas teorias de superioridade gayzal. O Hitler achava que tinha superioridade racial. Os militantes gays acham que têm superioridade gayzal, tanto que querem privilégios legais que ninguém tem.

    Por último, Gustavo, acho que você errou na hora de escrever o nome. você escreveu “gugars25”. Eu acho que o certo seria “gugars24”.

    Tchau!

  17. Desisto. Quando as pessoas chegam ao ponto de defender a Arca de Noé, chegamos ao fundo do poço.

    Olho por olho, dente por dente, vamos terminar cegos e banguelas.

  18. “1. sequer sabe-se a época exata em que o relato se insere; e 2. quantas seriam as espécies animais de então.” = PÉROLA DO SÉCULO

    Pois é. Depois dessa, vou dormir.

  19. Carlos

    Eu repreendi a destruição do quadro porque ninguém deve sair por aí destruindo o que não lhe pertence. Nenhum momento apoiei o artista e nem nada parecido.

    Se voce diz que não apoia o direito de agredir gays, entao beleza, era o ponto que eu queria chegar.

  20. Desiste mesmo, otário?
    Então pegue o beco! Demorou!

    Gustavo, realmente não defendo agressão a gays. Sou cristão e, por princípio, sou contra qualquer tipo de violência gratuita. Sou contra selvageria e qualquer tipo de tirania. Por isso, combato o movimento gay, que quer impor uma tirania absurda.

    Um abraço amigo.

    Carls.

  21. interessante lembrar que além dos ateus, anti-cristãos, comunistas e os próprios demônios que odeiam a Santa Cruz, junte-se a eles os protestantes pentecostalistas que infestam o Brasil.

    já notaram como eles também tratam a Santa Cruz com todo o desprezo que só um ateu é capaz de dar?

    e olhem que aqui não faço a mínima provocação a quem quer que seja que faça parte do baixo protestantismo, somente faço uma constatação.

    Crux Sacra Sit Mihi Lux.

  22. “Desisto. Quando as pessoas chegam ao ponto de defender a Arca de Noé, chegamos ao fundo do poço.

    Olho por olho, dente por dente, vamos terminar cegos e banguelas.”

    ““1. sequer sabe-se a época exata em que o relato se insere; e 2. quantas seriam as espécies animais de então.” = PÉROLA DO SÉCULO

    Pois é. Depois dessa, vou dormir.”

    PRIMEIRO: ué! se eu “defendo” (sic – não sabe nem se expressar!) a Arca de Noé (vê-se o quanto você leu meus comentários, fixando-se nisso) então eu defendo a lei de Talião.

    Nonsense de um ateu anti-religioso desesperado para atacar a religião.

    SEGUNDO: pérola do século? Que nada, ateu anti-religioso desesperado em atacar a religião!

    Imagine, eu um reles aspirante ao conhecimento plasmando pérolas.

    Essa incrível façanha faz você, presumindo que estou argumentando a favor do relato literal da Arca de Noé, quando o que fiz foi interrogar-lhe sobre as PROVAS que você teria para afirmar convictamente que esse relato é mitológico.

    Ao invés de apresentar provas – cadê o minimalista (pseudo) cético que critica até as vírgulas da Bíblia? – você teceu uma série de comentários bocós, como todo e qualquer um que pretenda questionar a capacidade da embarcação descrita o Genesis para abarcar os pares de animais. Ora, como pode-se debater sobre isso sem saber QUANTAS espécies animais havia na época associada ao relato? E qual seria essa época?

    Outro comentário bocó, que esqueci de replicar ontem foi sobre a quantidade de alimentos e dejetos num trajeto de 40 dias e 40 noites. Você, como todo “bom” ateu, é de uma prepotência ímpar a ponto de questionar o que não é possível questionar sem uma base concreta para isso. E qual base você teria se nada se sabe a respeito de quantos animais embarcaram, como foram a organização e a distribuição de indivíduos na Arca, enfim … Que elementos há para se assegurar que esse relato é falso? Aqui, o que está em questão não é nem tanto a comprovação ou não do texto, mas principalmente as possibilidades de sua exegese, ínfimas para qualquer um dos eventos contidos no Genesis.

    Continuo afirmando que acho muito engraçadinho vocês ateus serem tão exigentes quando se trata de Bíblia. Aí, para vocês, nada é possível, tudo é lenda, “logicamente” impossíveis.

    Há muito na história que é de surpreender e beira o inacreditável. Considere, por exemplo, o motim do HMS Bounty, no séc. XVIII. Os amotinados colocaram o comandante William Bligh e mais dezenove tripulantes num bote sem a menor capacidade para armazenamento (nem banheiro para os coitados defecarem) e com pouquíssima comida e água. Pois bem, malgrado sete perdas, Bligh e mais doze homens conseguiram a proeza de sobreviver a uma viagem de 47 DIAS E 47 NOITES até chegar em Timor.

    Se fosse um relato bíblico, vocês ateus estariam qualificando “a priori” de mitológico e “logicamente” impossível para depois dizerem que com essa vão dormir.

    Diga e pense o que quiser! Quanto a mim, também digo que se eu fosse dormir toda vez que me deparasse com uma baboseira ateísta, viveria hibernando.

  23. Muito boa resposta, caro Eduardo Araújo! Parabéns!

    O ateu está preocupado é com os excrementos dos animais que estavam na Arca de Noé (como se não houvesse janelas na Arca).

    Sabe por que ele se preocupa tanto com isso, Eduardo? É porque ele tem cocô no lugar de cérebro, como já afirmei em outra mensagem.

    Quem considera urina uma “obra de arte” deve mesmo se preocupar com o destino dos excrementos…

    Um abraço.

    Carlos.

  24. Diogo, depois que eu elogiei um post em seu blog e você NEM deu bola, e agora vem com LIXO, eu me decepcionei com você… realmente você, ao invés de contrariar, acabou ainda mais reforçanco a (má) impressão que eu tenho sobre os ateus… lamentável, você tinha começado tão bem no seu blog e decaiu a ponto de se igualar a outros lixoa ateistas que pululam na internet… e eu pensei que você poderia ser ponderado…

    P. S. – Não há a necessidade de responder. Já que não respondes quando concordam contigo, não interessa seu desacordo…

  25. Epa!

    Só para constar, este [LIXO] não é comentário propriamente do Diogo, é censura minha. O comentário era realmente lixo [:)] – se não me engano, eram duas linhas de deboche ou de propaganda do deboche que ele fez no site dele -, mas não foi ele que escreveu esta palavra, e sim eu.

    Abraços,
    Jorge

  26. Eu sei, Jorge… mas pra você ter censurado ela coisa boa não era, já que foi até agora muito complacente com as colocações dele. Mas o restante do meu post permanece… ;)

  27. Na década de 20 artistas brasileiros e europeus introduziram à arte conceitos que foram considerados agressivos para a sociedade da época apenas por apresentarem uma estética que fugia aos padrões convencionais. Entretanto, muitos destes foram tidos como gênios; fato altamente compreensível, já que, em sua maioria, foram artistas que realmente deram sua contribuição para a cultura, seja pelo seu comprometimento com alguma mudança estética do que era tido como “arte” ou pelo novo significado que deram ao conceito desta, ao questionarem sua função, que julgaram não ser apenas a de comover e encantar, mas também a de fazer pensar.

    No extremo oposto está a tal “obra” de Andres Serrano, que dizem ser arte, mas que dessa não tem nenhuma característica. Pelo menos não vejo. Não tem a beleza estética e comovente da era pré-modernista, mas também não “faz pensar”, como era a ideia dos idealizadores da “revolução cultural de 20”. Especificamente, a obra em questão, a que foi “agredida”, não diz absolutamente nada que seja útil ao mundo, apenas “berra” insultos e ofensas a milhões, talvez bilhões, de pessoas no mundo todo. Representa tão somente o mau caratismo do autor. E ainda assim, com um conceito puramente provocativo, é considerada pelos “entendidos” como arte contemporânea. Mas como uma ideia tão estúpida pode ser considerada arte? Onde está a beleza, a genialidade ou qualquer outra característica que possa classificá-la como tal?

    Bom, está certo que não sou nenhum especialista em arte, mas me recuso a aceitar tal argumento que nomeia de “contemporâneo” um ato tão vil que nada mais é do que uma provocação, gratuita e repleta de desrespeito por mais de 20 séculos de história. Acaso é essa a característica das sociedades contemporâneas? Pessoas com um comportamento tão bestial, que não têm sensibilidade para perceber o conceito de belo, que tanto bem fez à arte dos primeiros tempos, e por isso pensam que podem “criar” uma obra medíocre, baseada numa ideia ridícula, inescrupulosa e de péssimo gosto e tratar isso como um ímpeto de genialidade? Acaso é característica contemporânea esse egoísmo cretino que impede que se tenha certa noção de respeito pelo que os outros acreditam? Que sociedade civilizada é essa onde nem o valor das crenças individuais é preservado? Mesmo que não seja acolhido, tal sentimento precisa ser respeitado. Quem não se preocupa sequer em ter um mínimo de zelo pelo que para os outros é sagrado não pode ser considerado contemporâneo, moderno, “mente aberta” ou seja lá o que for. Pelo contrário. Afinal o que há de tão “moderno” em um comportamento tão primitivo e instintivo quanto o da agressão desmedida e inconsequente? Até os animais são agressivos quando precisam. Porém estes agem por instinto. Portanto, ao se guiar pelo próprio instinto de provocar a fé alheia, o comportamento do “artista” só pode caracterizá-lo como uma tremenda besta.

    Segundo a versão on line do jornal português Público (http://www.publico.pt/Cultura/obras-de-andres-serrano-vandalizadas-em-franca_1490354): “O ministro da Cultura e da comunicação francês, Frédéric Mitterrand, pronunciou-se sobre a situação (…) e qualificou o ataque às obras como inaceitável afirmando ser um ‘atentado a um princípio fundamental consagrado na lei, o da liberdade de criação e expressão’” [e o princípio do respeito ao próximo, não é consagrado nessa tal lei?], reconhecendo contudo que ‘um ou dois quadros poderiam chocar algumas pessoas’ [como se isso bastasse para apagar mais de 20 anos de ofensa pública].” Parece brincadeira uma afirmação como essa. E onde fica a liberdade de expressão dos católicos em exigir que algo assim não fosse exposto? O direito à liberdade de expressão não pode ser usado para justificar um ato covarde de desrespeito. A sabedoria popular ensina que os direitos de um terminam onde começam os do outro (lugar comum, mas cheio de verdade).

    Do mesmo Público – que por sua vez cita o francês Le Monde: “No cerne da questão está o apelo feito no inicio de Abril pelo bispo de Avignon, Jean-Pierre Cattenoz, que exigiu que a obra fosse retirada considerando que esta ‘viola a imagem de Cristo na cruz’, apelo difundido por um movimento católico denominado ‘l’Institut Civitas’ que diz pretender ‘restaurar a dignidade social de Nosso Senhor Jesus Cristo’.” Quem está com a razão, o inocente agredido que, mesmo ofendido, tenta pacificamente um acordo através do diálogo com o agressor, ou o tirano que arbitrariamente se abstém de qualquer tentativa de atender ao apelo de alguém a quem fez mal? O texto traz como título: “Obras de Andres Serrano vandalizadas em França”, mas como pode ser considerado vândalo alguém que simplesmente usou do seu direito, consagrado na lei, de ter a liberdade de expressar sua indignação contra algo que ofende sua fé? Não que isso justifique a ação dos que deterioraram a peça, lógico. Mas chamá-los de vândalos apenas por “agredirem” uma obra que há muito lhes causava dor, é no mínimo hipocrisia. E vejam só a ironia. O comportamento desses “vândalos” foi tido por muitos como agressivo e, portanto primitivo. Talvez haja alguma verdade nisso, porém com atenuantes, pois mesmo sendo um “ato troglodita”, foi motivado pelo mais natural dos instintos, o da auto defesa. Tão natural que, mesmo instintivo, chega a perder seu caráter animalesco por se tratar de um ato que, acima de tudo, está revestido de um senso de justiça e zelo por algo maior. Destruir uma obra de arte de valor inestimável não é o mesmo que se livrar de uma obra que causa repulsa, tendo como princípio um bem comum. Não há vandalismo onde há bom senso. Bom senso esse, que faltou aos que se recusaram respeitar o sentimento alheio.

    Definitivamente, não vejo como uma pessoa, que se diz artista, pode ter uma ideia tão absurda e considerar isso como parte do seu “processo criativo” ou de um novo paradigma da modernidade. E aqui não há apenas uma perca de valores, como se só diferir o que é ou não relevante fosse o bastante, principalmente é uma perca de percepção de realidade, mesmo. O mundo não é a “m…” que tentam pintar e nada que saia da mente doentia de um egoísta mimado pode ser tratado com essa naturalidade. E o pior é saber que há pessoas que não vêem mal em considerar algo tão bizarro – e nojento – como arte e ainda apoiam tais delírios. Em tempos de tanta preocupação com o meio ambiente não há por que considerar como agressão uma forma de se livrar de um pouco de lixo – artística, dizem, mas ainda sim lixo.

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