Barack Obama é reeleito presidente dos Estados Unidos

O presidente Barack Obama foi reeleito nas eleições americanas que o mundo acompanhou ontem. A julgar pela cobertura que a mídia nacional dá ao fato, o sentimento de júbilo é unânime: parece que os Estados Unidos conseguiram uma importante vitória em 2012, capaz de pôr freios às diabólicas tentativas de retrocesso do Partido Republicano e de assegurar a continuidade de um projeto político que está transformando o mundo em um lugar mais justo e mais solidário… enfim, em uma palavra, melhor.

Naturalmente, eu não compartilho desta euforia. Praticamente todas as vezes em que eu escrevi sobre Obama aqui no Deus lo Vult! foi para denunciar algum aspecto bárbaro e desumano da sua política de governo. São bem conhecidas as posições favoráveis do presidente americano à destruição de embriões humanos em pesquisas científicas, ao casamento gay e ao aborto. E, paradoxalmente, estas coisas – que a meu ver constituem a diferença capital entre os programas dos dois candidatos à presidência que se enfrentaram nas urnas ontem – não parecem fazer parte das razões que levam os brasileiros a ter simpatia pelo primeiro presidente negro dos Estados Unidos. O fato de Obama ser o presidente mais radicalmente abortista que já pisou na Casa Branca não parece ser levado em consideração quando se faz uma avaliação positiva ou negativa do seu primeiro mandato presidencial.

Ao contrário, fala-se muito em generalidades de somenos importância, como política militar ou questões ambientais; isto quando não se acredita, explícita ou veladamente, que Obama é o melhor candidato à presidência dos Estados Unidos simplesmente por ser negro, em um racismo às avessas tão sem sentido quanto irresponsável. Mas, na verdade, as questões morais são exatamente aquelas que são inegociáveis. É possível gozar de uma relativa liberdade quando se está tratando de outros assuntos; p.ex., é perfeitamente lícito divergir quanto às políticas concretas de investimento nas Forças Armadas, ou de promoção de mecanismos de desenvolvimento sustentável, ou de determinação da esfera de ação do Estado na economia, ou de programas sociais a nível governamental, ou coisas do tipo. O que não se pode é pôr em discussão os direitos humanos fundamentais, entre os quais se sobressaem a defesa intransigente da vida humana (com o conseqüente veto a toda forma de aborto) e a proteção da Família, célula-mater da sociedade (o que implica na rejeição das políticas revolucionárias de ressignificação de “Família” para que o termo abarque também as duplas de sodomitas ou safistas). Não obstante, a impressão que eu tenho quando vejo as pessoas falarem bem de Obama é a de que elas só olham para aqueles primeiros aspectos do seu programa político, e não para estes últimos. E isto é angustiante.

Eu não sei o que aguarda os Estados Unidos (e o resto do mundo) com a reeleição do Obama; sei que o cenário da luta pró-vida (esta que é, insisto, a única luta verdadeiramente importante no momento em que vivemos, porque é uma batalha da Civilização contra a Barbárie: o resto é mera escaramuça de pouco valor a longo prazo) se apresenta tétrico e sombrio. Hoje não é um dia de alegria, muito pelo contrário: é um dia de luto porque acabamos perdendo uma importante batalha “por tabela” e o povo dos Estados Unidos, por conta de questões marginais, acabou dando mais um voto de confiança a um presidente que sempre conferiu à sua ação pública um tom assustadoramente anti-vida. Dias difíceis se anunciam. Deus salve a América.

Os católicos e os tribunais modernos: Igreja nos EUA processa administração Obama

Várias dioceses e organizações católicas americanas estão processando em massa a administração Obama, acusando o presidente de violar a liberdade religiosa e pretender forçar cidadãos americanos a agirem de modo contrário à sua Fé. Especificamente, os processos gravitam em torno da «regulamentação que a Secretária de Saúde e Serviços Humanos Kathleen Sebelius anunciou em Agosto passado e concluiu em Janeiro[,] que solicitava a virtualmente todos os planos de saúde dos Estados Unidos a cobrirem esterilização e anticoncepcionais aprovados pela “Food and Drug Administration”, incluindo aqueles que podem provocar abortos». O site (em inglês) que reúne estas informações é o Preserve Religious Freedom, mantido pela Arquidiocese de Washington

A notícia é curiosa. Em primeiríssimo lugar, merece destaque e é digna de aplausos a iniciativa dos católicos americanos de procurarem fazer alguma coisa para frear as imoralidades que o presidente mais abortista que já pisou nos Estados Unidos da América está tentando impôr a um povo que em sua maioria considera o aborto moralmente incorreto. E, acto contínuo, isto serve para cobrir de vergonha os católicos desta Terra de Santa Cruz, onde a nossa Conferência age – tantas vezes! – de modo apático diante do governo anti-cristão ao qual estamos sujeitos – isto quando não lhe é subserviente. Ó bispos do Brasil, aprendei com os vossos irmãos de báculo e mitra da América do Norte!

Mas é também impossível não guardar um pouco de temor a respeito dessas ações judiciais. Isto porque o Estado não tem potestade para oferecer obstáculos à pregação do Evangelho da Igreja de Cristo; mas, num tribunal revolucionário, a gente não sabe ao certo o que pode acontecer. É possível que juízes iníquos decidam ilegitimamente a favor do presidente anti-cristão. O que aconteceria neste caso?

Certa feita alguém comentava sobre as paróquias e as leis municipais, e argumentava que os párocos de cidades pequenas deveriam realizar nos seus templos as reformas que fossem necessárias ao desempenho de seu ministério, sem se preocupar com burocracias de prefeituras. E citava um causo de um sacerdote que, certa feita, aporrinhado pelo prefeito da cidade a respeito de umas obras na igreja matriz, simplesmente respondeu: “a minha Igreja estava aqui antes da tua prefeitura”.

E neste caso, sim, antigüidade é posto. Pombas, nós construímos as catedrais medievais muito antes do CREA sonhar em existir! Tampouco o órgão burocrático tem credenciais para fazer frente às da Igreja Católica. É óbvio que existem regulamentações necessárias, mas estas não podem vir de cima, como um machado aleatório sufocando as necessidades humanas. Se a administração pública atual fosse transportada à Paris dos séculos XII-XIII, nós não teríamos hoje Notre Dame ou a Sainte-Chapelle.

Igualmente, no caso dos planos de saúde americanos, foi a Igreja quem inventou a saúde pública quando os EUA ainda eram terra de Apaches. O governo americano, portanto, não tem legitimidade para dizer como as organizações caritativas e os hospitais católicos devem prestar os seus serviços. E isto independe completamente de qualquer resultado de qualquer tribunal moderno, porque se trata simplesmente do dado factual: nós estávamos aqui antes. É digna de louvor, repito, a atitude dos católicos americanos. Fazem falta ações análogas aqui no Brasil. Mas não podemos perder de vista quem somos e nem tampouco abraçar com entusiasmo as teses modernas que são incompatíveis com a doutrina católica e até mesmo com a realidade elementar.

Afinal, nós e eles enxergamos o papel dos tribunais de formas irredutíveis entre si, e isto precisa ficar claro. Não é nos tribunais que está a nossa última esperança, e sim no Justo Juiz que é Senhor da História, a Cuja Providência confiamos o governo da Sua Igreja. Isto não significa que não devamos nos utilizar dos meios humanos contingentemente disponíveis; mas significa, sim, que estes devem ser sempre colocados em perspectiva.

EUA e aborto – “moralmente incorreto”

Boa notícia que li em ZENIT: maioria dos americanos considera o aborto “moralmente incorreto”. No entanto, foram estes cidadãos americanos que elegeram o presidente mais abortista da história do país. Infeliz paradoxo.

Mas há esperança! E esta notícia nos deixa entrever um pouco dela.

“Os avanços na tecnologia mostram claramente – e cada vez mais claramente – que uma criança não-nascida é totalmente um ser humano. Isso, e o grande número de americanos que conhecem uma das muitas pessoas que foram negativamente afetadas pelo aborto, são certamente duas das razões pelas quais os americanos estão cada vez mais incomodados com o legado de aborto de Roe v. Wade, e com o aborto em geral. A maioria dos americanos entende que o aborto tem consequências e que estas não são boas”.

Que a Virgem Santíssima, Nossa Senhora de Guadalupe, livre os Estados Unidos da maldição do aborto.

Curtas

– Gostaria de traduzir 1: Obama Betrays the bishops. O presidente norte-americano disse não estar “confortável” com as restrições ao aborto presentes na nova legislação da saúde, e que vai pedir ao Congresso uma revisão dela.

– Apostolado brasileiro Salvem a Liturgia! citado – pela segunda vez – no New Liturgical Movement. São as fotos de uma ordenação presidida por Dom Athanasius Schneider em Anápolis. En passant, o que faz D. Schneider ser Auxiliary Bishop of Karaganda, Kazakhstan é uma coisa que me escapa à compreensão…

– Gostaria de traduzir 2: U.K. Homosexualist Group: Public Sex is an Important Part of Gay Community. É exatamente isso: um grupo inglês de militantes pelos “direitos” homossexuais está insistindo que o sexo gay em locais públicos deve ser tolerado pela polícia. Senão, é homofobia.

– Enquanto isso, a enquete sobre o PLC 122/2006 sai do ar e volta ao ar com os votos zerados por suspeita de fraude. E, enquanto isso, o substitutivo deste projeto é aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais. “A matéria agora será examinada pelas comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), antes de seguir para votação em Plenário. Como recebeu alteração no Senado, o projeto voltará à Câmara dos Deputados”. Quanto tempo até o OutRage! tupiniquim?

Nobel

Obama ganhou o prêmio Nobel da Paz. O mundo reagiu. Lula o cumprimentou, Fidel Castro gostou, Chávez reclamou; aliás, registre-se que, finalmente, eu concordo em alguma coisa com o presidente venezuelano! “[E]stamos testemunhando uma premiação com o vencedor não tendo feito nada para merecê-lo: premiando alguém por intenções que estão muito longe de tornarem-se realidade”.

E, realmente, um ilustre desconhecido tornar-se o homem mais poderoso do mundo e ganhar o Nobel da Paz sem ter feito absolutamente nada é coisa que não se explica. Eu julguei – de verdade – que era piada, quando pus os olhos na notícia pela primeira vez.

Contra a idolatria obâmica, parece que – finalmente! – até o Osservatore Romano resolveu protestar:

O artigo de L’Osservatore, firmado por Lucetta Scaraffia, chama o presidente a reconhecer que “a guerra mais longa, e com o maior número de ‘quedas’, é a prática do aborto, legalizado e facilitado pelas estruturas internacionais”.

Pede também ao presidente que recorde das palavras da ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1979, Madre Teresa de Calcutá, que chamou o aborto de “o grande destruidor da paz hoje, […] porque é uma guerra direta, uma matança direta – um assassinato direto por parte da própria mãe”.

Enquanto isso, um outro Nobel – José Saramago – chama Igreja de “reacionária” e acusa Bento XVI de “cinismo”. “As insolências reacionárias da Igreja Católica precisam ser combatidas com a insolência da inteligência viva, do bom senso, da palavra responsável”. E as insolências nonsense de um velho que parece estar ficando gagá, não podem ser combatidas?

As supostas “insolências reacionárias” da Igreja não foram especificadas uma única vez. É pura verborragia raivosa de Saramago. Impressionante como o simples fato de um sujeito esbravejar contra a Igreja, sem se preocupar em dar à sua crítica um mínimo de consistência que ultrapasse a rebeldia sem causa, é já motivo suficiente para ganhar manchetes mundo afora. Vai ver, Saramago ficou com inveja de Obama; vai ver, o velho português quer ganhar outro Nobel sem fazer nada.

P.S.: Leiam também na blogosfera sobre o Nobel de Obama e sobre José Saramago.

Honduras – dois curtas

Testimonio de un Hermano Marista que reside en Honduras. “¡No hay peor ciego que el que no quiere ver. Pero ¿por qué? Y ya el eminente Hugo Chávez ha amenazado con invadirnos con su ejército para derrocar al nuevo Gobierno. ¿Y esa amenaza pública por la T.V. pasa desapercibida? ¿Quién le da el poder y el derecho de amenazar con una guerra a un país con el que EN PRINCIPIO él no tiene nada que ver? ¿O empieza a ver las orejas al lobo y que este ‘mal ejemplo de Honduras’ pueda cundir y se le hundan sus ansias imperialistas?”.

Kerenkismo obamista, Honduras e abismo chavista. “No momento em que escrevo estas linhas, o destituído presidente Zelaya ameaça retornar a Honduras com o qual, segundo advertência do Cardeal desse país, se tornará responsável pelo sangue fratricida que possa correr. Diante da resistência hondurenha, até o presidente-ditador Chávez olha para o presidente Obama e espera que este quebre as resistências hondurenhas. Também no momento em que escrevo estas linhas, sai a notícia de que a secretária de Estado Hillary Clinton acaba de telefonar ao presidente interino de Honduras, e correm versões de que lhe teria dado um ultimatum. A mesma secretária Clinton que em Honduras, na recente reunião da OEA, aprovou a absolvição da sanguinária ditadura castrista a mesma que, junto com o presidente Obama, está disposta a dialogar com o governo pró-terrorista iraniano, abre seus braços aos comunistas cubanos, e se reúne e ri com o presidente-ditador Chávez, bateu com a porta na cara da delegação civil hondurenha que chegou a Washington simplesmente para explicar sua versão dos fatos”.

Um, dois, três.

1. Uma bela Encíclica, pelo Marcelo Coelho, sobre a Caritas in Veritate. “[P]ara se interpretar corretamente a encíclica (assim como qualquer documento eclesiástico) é necessário se afastar de qualquer tentativa de transformá-la ou lê-la como um manifesto político-ideoloógico. […] Também é importante deixar claro que o conteúdo da encíclica não apresenta nenhuma novidade em relação à Doutrina Social da Igreja, ensinando o que esta sempre ensinou. Achar o contrário é mostrar que desconhecimento a respeito dos ensinamentos sociais da Igreja”.

2. Encontro de Barack Obama com o Papa Bento XVI. “De acordo com o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, no diálogo entre ambos, foram abordados temas de interesse mundial e convergentes, como a paz no Oriente Médio, e questões divergentes, como a gravidez indesejada. […] Ao se despedir de seus hóspedes, Bento XVI voltou-se para Obama, dizendo-lhe: ‘Presidente, rezo pelo senhor!’ O presidente norte-americano respondeu: ‘Santidade, espero em um relacionamento muito forte entre os EUA e a Santa Sé!'”. Que encontrem a benevolência do Altíssimo as orações do Vigário de Cristo!

3. Esclarecimento da Congregação para a Doutrina da Fé sobre o aborto provocado – publicado n’O Osservatore Romano! “Pelo que se refere ao problema de determinados tratamentos médicos para preservar a saúde da mãe, é necessário distinguir bem entre dois fatos diferentes: por um lado, uma intervenção que diretamente provoca a morte do feto, chamada em ocasiões de maneira inapropriada de aborto “terapêutico”, que nunca pode ser lícito, pois constitui o assassinato direto de um ser humano inocente (…)”.

E segue a Revolução…

– Sobre Honduras: Reinaldo Azevedo e Cícero Harada, Mídia sem Máscara e Sacralidade. Haverá um golpe no país – aí sim – caso o lobby internacional consiga passar por cima da soberania nacional e recolocar no poder o presidente legalmente deposto. Acho que uma das coisas mais frustrantes é ver o presidente americano dizer que Zelaya continua sendo presidente de Honduras e o seu exílio foi ilegal. Oras, como muito argutamente apontou alguém numa lista de emails da qual participo, quem é o sr. Obama para dizer o que é legal dentro da Constituição de outro país?

– Palhaçada Gayzista I: a dra. Deborah Duprat, Procuradora-Geral da República Interina – isso mesmo, interina, que está ocupando o cargo enquanto o Vice-Procurador não o assume -, enviou ao STF uma ADPF pedindo o reconhecimento das uniões estáveis homossexuais. “Após apenas 3 dias no cargo, a interina produziu uma ADPF de 48 páginas. E olhe que não são 48 páginas largadas no papel… Há, na ADPF, um total de 71 notas de rodapé, mostrando como é bem fundamentada a ação da Procuradora-Geral interina. Isto tudo sem contar os 15 anexos com pareceres de especialistas e de outras decisões judiciais”. Sendo o STF o responsável pelo julgamento, tenho até medo do que pode acontecer.

– Palhada Gayzista II: um pastor protestante militante do Movimento Gay (!) entrou no blog do Matheus para ameaçá-lo, dizendo que iria “articular com o Movimento Homossexual Brasileiro, com o Ministério Público Federal, com as ONGs promotoras dos Direitos Humanos, para que façamos algo no campo do Direito contra o que vocês aqui pregam”. O que é lá pregado é a Doutrina Católica, pura e simples; o reverendo está, então, ameaçando “articular” com toda uma rede de ONGs e órgãos públicos para impedir um católico de pregar a Doutrina da Igreja! Depois reclamam – como disse um amigo – quando a gente fala em Gaystapo e em Ditadura Gay…

Curtas sucintos

– A coisa está ficando feia em Honduras. Após a intervenção militar e o exílio do presidente Manuel Zelaya, Evo Morales denunciou o “golpe militar”, a Venezuela denunciou o “seqüestro de três embaixadores”, Hugo Chávez cedeu um avião para que o presidente Zelaya fosse se encontrar com ele, e o presidente Lula condenou o golpe e rejeitou o novo governo. O presidente do Democratas, Rodrigo Maia, também escreveu sobre o assunto, dizendo que Chávez está “fazendo intervenção explícita em Honduras”. É necessário intensificar as orações por este país.

– Escândalo Episcopal I: Bispo Emérito e Consultor Jurídico da CNBB profere palestra em Maçonaria. “Dom Lelis disse várias inverdades: Que a posição da Igreja sobre a Maçonaria teria mudado após o Concílio Vaticano II (com a justificativa de que o Código de Direito Canônico de 1983 não pune mais a associação à Maçonaria com a excomunhão), que depois do concílio o objetivo da Igreja é só aproximar de todas as pessoas do mundo sem preconceito (falso. O objetivo da Igreja continua o mesmo: evangelizar todos os povos), entre outras“.

– Escândalo Episcopal II: Santa Sé decidirá futuro do Bispo uruguaio acusado de má conduta sexual. Caiu na internet uma foto do bispo fazendo sexo com dois presidiários (obviamente, a foto não está neste link – podem clicar) que “estavam extorquindo dinheiro do bispo para que a foto não fosse divulgada”.

– Continuamos pedindo, neste ano sacerdotal, que a Virgem Santíssima alcance um milagre para o clero da Santa Igreja. Na Colômbia, os católicos fizeram uma campanha “adota um sacerdote”. A campanha do Veritatis Splendor já tem blog próprio. Intensifiquemos as nossas orações pelos sacerdotes do Deus Altíssimo.

Barack Obama e o fim da objeção de consciência, publicado no Mídia Sem Máscara. “Nos EUA a objeção de consciência tem se transformado em uma grande arma democrática e liberal contra o autoritarismo do aborto. Além disso, essa arma está se espalhando pelo mundo. O próprio Papa Bento XVI recomenda a utilização da objeção de consciência como arma anti-aborto. Para combater a cultura de morte nada melhor do que a livre consciência”.

Estudo detalha os altos custos econômicos do divórcio. Da série “a Igreja tem razão mais uma vez”: “um relatório de fevereiro de 2009 da Fundação Britânica de Relacionamentos, descrita como não-partidária, dedicada a reforçar e melhorar as relações de uma sociedade mais forte, assinalou o custo da ruptura familiar em 37,03 bilhões de libras esterlinas ($ 61,07 bilhões) anualmente. Outro relatório, do Centro Social da Justiça de Londres, colocou o custo da ruptura familiar, no Reino Unido, a uma taxa anual de 20 bilhões de libras esterlinas ($ 32 bilhões)”.

– Outra agência de adoção católica fecha as portas na Inglaterra, por causa da legislação que proíbe “a todas as agências do setor no Reino Unido rejeitar a adoção de crianças a casais homossexuais”. Triste.

– “Há vezes em que um aborto é necessário. Eu sei disso. Quando você tem um negro e uma branca. Ou um estupro”. A frase é de Richard Nixon, ex-presidente americano, e foi publicada recentemente nos Estados Unidos. Foi proferida em 1973. Espero que esteja bem claro para todo mundo que o primeiro “motivo” da necessidade do aborto citado pelo ex-presidente é repugnante. Sonho com o dia em que o segundo seja considerado por todos igualmente inaceitável.

– Encerrou-se o Ano Paulino. O Papa Bento XVI anunciou que os restos mortais contidos na Basílica de São Paulo Fora dos Muros – e venerados como sendo do Apóstolo das Gentes – foram analisados e se chegou à conclusão de que pertenciam a uma pessoa “que viveu entre o primeiro e o segundo século”. Afirmou ainda o Pontífice: “Tudo parece confirmar a unânime e incontrastável tradição de que se tratam dos restos mortais do apóstolo Paulo, o que nos enche de profunda emoção”. São Paulo, rogai por nós.

Obama’s record is clear: pro abortion to the core

[Fonte: American Life League.
Tradução: Sue Medeiros
]

O CURRÍCULO DE OBAMA É CLARO: PRÓ-ABORTO ATÉ O TALO

por  Michael Hichborn

O comentarista convidado hoje é Michael Hichborn, diretor do Projeto Cânon 915 da American Life League (Liga Americana Pró-Vida).

Recentemente, Gian Maria Vian, Editor-Chefe do jornal Osservatore Romano, do Vaticano, disse em uma entrevista que ele não acredita que Barack Obama seja um “presidente pró-aborto”. Ao comentar sobre o discurso do presidente na Universidade de Notre Dame, Vian disse:

“O [p]residente disse que a aprovação da nova lei do aborto não é uma prioridade da sua administração. O fato dele ter dito isto me deixa muito mais tranqüilo. Também reforça a minha forte crença: Obama não é um presidente pró-aborto”.

Apesar do que o novo presidente diz, ações falam mais alto que palavras, e mesmo que Barack Obama diga não estar tornando uma prioridade a aprovação da nova lei de aborto, a agenda de seu próprio gabinete deixa transparecer uma realidade completamente diferente. Na realidade, não apenas Obama escolheu cercar-se de radicais pró-aborto como também um percentual significativo destes são “Católicos”.  Listados abaixo estão os membros da administração Obama que são bem conhecidos por seu apoio ativo ao aborto, com os católicos marcados com um asterisco (*):

Além de se cercar de advogados radicais do aborto, Barack Obama – que provou sua agenda pró-aborto em Illinois ao recusar-se a proteger mesmo aqueles bebês que sobrevivem a uma tentativa de aborto – transporta agora esta agenda para o resto do país como presidente.

Durante este breve período como a mais alta autoridade do país, Obama tem trabalhado com afinco para entrincheirar ainda mais a cultura da morte nos Estados Unidos e por todo o mundo.

Lista de Atos Pró-Aborto Este Ano:

05 de janeiro – Obama seleciona o governador pró-aborto do estado da Virgínia, o “Católico” Tim Kaine, para ser o presidente do Partido Democrata.

06 de janeiro – Obama indica Thomas Perrelli para o cargo de associate attorney general. Perrelli foi ponta-de-lança do movimento para matar Terri Schiavo de fome e desidratação.

22 de janeiro – Divulga declaração em apoio à decisão do caso Roe versus. Wade. Ele disse, na ocasião do trigésimo aniversário desta decisão legal, que “somos lembrados que esta decisão não apenas protege a saúde e a liberdade reprodutiva das mulheres mas também representa um princípio maior: que o governo não deve se intrometer nas decisões privadas das famílias. Eu permaneço comprometido com o direito de escolha da mulher”.

23 de janeiro – Derruba a Política da Cidade do México. Este ato faz disponíveis centenas de milhões de dólares para custear aborto em outros países.

26 de janeiro – O Vice-Secretário de Estado de Obama, James B. Steinberg, diz a membros do Senado que a Política da Cidade do México “é uma restrição desnecessária que, se aplicada a organizações com base neste país, seria uma limitação inconstitucional da livre expressão”.

29 de janeiro – Presidente Obama indica o pró-aborto David Ogden para o cargo de deputy attorney general. Ogden foi representante legal das revistas Playboy e Penthouse, lutou contra a instalação de filtros em computadores de bibliotecas e defendeu com sucesso os direitos dos produtores de pornografia de produzir material com menores.

12 de fevereiro – Obama escolhe a pró-aborto Elena Kagan para o cargo de solicitor general. Ela era a diretora jurídica da National Abortion and Reproductive Rights Action League (Liga Nacional da Ação pelo Aborto e Direitos Reprodutivos).

27 de fevereiro – Inicia os trabalhos pela derrubada das proteções de consciência pró-vida, que tinham a intenção de proteger equipes médicas de serem forçadas a cometer abortos.

28 de fevereiro – A amiga do militante pró-aborto em gestações adiantadas George Tiller, Kathleen Sebelius, é nomeada para o cargo de Secretária do Departamento de Saúde e Serviços Humanos.

05 de março – Grupos pró-vida não obtêm permissão para participar de um encontro sobre saúde patrocinado pela Casa Branca, enquanto os grupos Planned Parenthood, The Human Rights Campaign, National Council of La Raza, The Children’s Defense Fund, The National Gay and Lesbian Task Force participam dele.

09 de março – Obama assina a ordem executiva “REMOVENDO BARREIRAS À PESQUISA CIENTÍFICA RESPONSÁVEL ENVOLVENDO CÉLULAS-TRONCO HUMANAS”, agora forçando os contribuintes a patrocinar pesquisas com células-tronco embrionárias.

10 de março – Obama cria o novo cargo “Embaixardor para Assuntos Globais das Mulheres”, e nomeia a pró-aborto Melanne Verveer para o cargo.

11 de março – Obama cria uma nova agência chamada Conselho da Casa Branca para Mulheres e Moças. Nomeia Tina Tchen, uma ex-vice-presidente da NOW, como diretora desta agência.

17 de março – Obama nomeia o juiz federal pró-aborto David Hamilton para servir na Corte de Apelações do Sétimo Circuito.

26 de março – O Departamento de Estado de Obama anuncia a doação de 50 milhões de dólares para a UNFPA, a organização dentro das Nações Unidas conhecida por sua cumplicidade com as táticas coercitivas de controle populacional da China.

07 de abril – Obama cria lista de três candidatos a embaixador do Vaticano. Todos acreditam em aborto.

07 de abril – Obama seleciona o professor de direito pró-aborto Harold Hongju Koh para ser o principal consultor jurídico do Departamento de Estado.

07 de abril – Está completo o Conselho Consultivo da Casa Branca Baseado na Fé [White House Faith-Based Advisory Council]. A lista inclui mais defensores do aborto.

08 de abril – Obama nomeia o pró-aborto Ron Weich para o cargo de assistant attorney general para assuntos legislativos.

14 de abril – A administração Obama divulga documento declarando que militantes pró-vida podem estar engajados em atos de violência.

17 de abril – A administração de Obama divulga as normas propostas para pesquisa com células-tronco embrionárias humanas.

23 de abril – A Secretária de Estado Hillary Clinton admite perante o Comitê de Relações Exteriores do Congresso que, no que concerne o novo governo, o termo “saúde reprodutiva” inclui o aborto. “Somos agora uma [a]dministração que protegerá os direitos das mulheres, inclusive seus direitos a cuidados de saúde reprodutiva”.

08 de maio – O novo orçamento de Obama permite a Legal Services Corporation (Corporação de Serviços Legais) a conduzir litígio envolvendo aborto.

Esta lista de indicações e ações relativas ao aborto certamente não está completa, mas ilustra claramente que Barack Obama tem toda a intenção de assegurar que controle da natalidade e aborto sejam atos protegidos neste país. Mesmo que ele diga que deseja “reduzir o número de abortos” ou da “necessidade” de abortos neste país, e mesmo que também diga que o aborto não é uma “prioridade” para ele, suas palavras tem o peso de seu valor – que é nenhum. O Presidente Obama cercou-se de radicais pró-aborto, criou novos cargos e agências dedicadas á chamada “saúde reprodutiva”, que a Secretária de Estado Clinton nos diz incluir aborto, e tem feito tudo em seu poder para dar mais dinheiro àquelas organizações dedicadas a matar crianças nascituras.

Espera-se do Editor-Chefe do jornal do Vaticano que seja melhor informado e não cometa tal gafe como a que ele cometeu quando declarou que Barack Obama não é um “presidente pró-aborto”.

03 de junho de 2009