CNBB e redução da maioridade penal

Hoje eu não estou com muita paciência… A CNBB emitiu uma nota na qual reafirma posição contrária à redução da maioridade penal. Incrivelmente, um documento desta natureza é divulgado até em ZENIT! Cabe fazer algumas perguntas:

1. Onde a Igreja ensina que é errado ser a favor da redução da maioridade penal? Não encontrei tal informação nem no Catecismo da Igreja Católica, nem no Compêndio de Doutrina Social, e nem no site do Vaticano. Pode ser que eu não tenha procurado direito e, portanto, se alguém tiver essa informação, será de grande valia.

2. Se “[a] pena tem como primeiro objetivo reparar a desordem introduzida pela culpa” (CIC 2266), qual a justificativa para que fiquem isentos de pena os menores de 18 anos [quando eles, aliás, já podem dirigir, votar, casar-se…]?

3. Se “[c]rianças, adolescentes e jovens precisam ser reconhecidos como sujeitos na sociedade e, portanto, merecedores de  cuidado, respeito, acolhida e principalmente oportunidades” (nota da CNBB citada), por que a esses sujeitos não pode ser reconhecida a responsabilidade por seus atos?

4. Caso este tema esteja entre aqueles sobre os quais é lícito aos católicos terem uma posição ou outra, por que motivo uma Conferência Episcopal – que, teoricamente, em um certo sentido representa todos os católicos – toma posição pública por uma solução em detrimento da outra? Acaso a Conferência não fala pelos católicos e não deve defender as posições católicas? Ou ela pode dividir o rebanho tomando posição pública sobre temas diante dos quais o fiel católico é livre para optar por caminhos distintos?

5. Se os católicos podem ser a favor da redução da maioridade penal, não percebe a Conferência Episcopal que, emitindo um documento público como o que ela emitiu, de certo modo obriga os católicos que discordam da nota a também tomarem posição pública contra a própria Conferência? Acaso isso é prudente?

6. A tomada de posição pública sobre temas que não são obrigatórios para todos os católicos [como a redução da maioridade penal], obrigando por conseguinte alguns católicos a se colocarem contra a Conferência, acaso não enfraquece as manifestações públicas sobre posições que – estas sim – são obrigatórias e absolutamente indiscutíveis, como o aborto? Acaso não enseja a comentários do tipo “ah, se quando a CNBB fala sobre a redução da maioridade penal eu não sou obrigado a concordar, então quando ela fala sobre aborto eu também não sou obrigado a fazê-lo”?

7. Qual é a relevância deste tema – e da abordagem que sobre ele foi feita – para a maior glória de Deus, a salvação das almas e a exaltação da Santa Madre Igreja? Ou por acaso são outros – e não estes – os fins que almeja a CNBB?

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

104 comentários em “CNBB e redução da maioridade penal”

  1. Jorge

    Qual o problema de se utilizar um adjetivo ao se referir a um padre? Se eu usar adjetivos elogiosos voce deixa, não é mesmo? Não é isso uma forma clarissima de censura? Não usei palavrão, nada que agrida a moral. Apenas disse [CENSURADO]. Se eu dissesse que o padre era um santo, voce apagaria?

    Viu? Mais um exemplo de fascismo de sua parte. Por mais que voce negue, suas atitudes demonstram-no claramente.

    Ah, veja abaixo a definição de sacripanta, segundo o Aurélio:

    sacripanta
    [Var. de Sacripante, personagem violenta e de mau caráter, do poema Orlando Innamorato, de Matteo-Maria Boiardo (1434-1494), e do poema Orlando Furioso, de Luigi Ariosto (1474-1533).]

    Adjetivo de dois gêneros.

    1.Diz-se de pessoa desprezível, capaz de quaisquer violências e indignidades.

    Então, um indivíduo, qualquer que seja sua orientação religiosa, que é capaz de usar de violencia contra menores é, sim, um sacripanta, merecedor de todo opróbio.

    “A violência é o último refúgio dos incompetentes”
    (Isaac Asimov, Fundação)

  2. É impossível ser comunista (ou, adoçando mais o termo, “socialista”) e ser católico…

    Eu já sabia destes dados do genocídio perpetrado pelos comunistas por todo o mundo… Já tinha lido as referências apontadas e são confiáveis…

    A CNB do B deixou de lado seu papel de evangelização para tratar de temas que não levam as almas para o céu, muito pelo contrário, carregam-nas para o inferno… Só querem tratar de reforma agrária, luta de classes, “opção preferencial pelos pobres”, ecologiam, segurança pública e outros assuntos que não condizem com a relevância que o órgão eclesiástico deveria ter… É como se preocupasse mais com as necessidades do estômago e intestino das pessoas e não com suas almas!

    Será que isto vai durar para sempre? Sinceramente, espero que algum dia eles se arrependam ou que o Papa dissolva esta aberração e condene o famoso “colegiado”… Até lá, vamos penando…

  3. como assim? a CNBB não é a representante do Vaticano no Brasil? quanto à contradição, o sr deve ter esquecido que este primeiro apoiou o arcebispo de Olinda e pouco depois o censurou – isso é contradição.

  4. Sr. “argo”,

    1. Não existe nada de “avançado” em trucidar candidamente crianças dentro do ventre de suas próprias mães. Pelo contrário, é uma barbárie inaudita.

    2. Não, os mortos das duas guerras não entram na soma de “quantos o capitalismo matou”, por razões óbvias.

    3. Se o sr. ainda não entendeu que nunca existiu tanta miséria, tanta opressão, tanta fome, tanto sofrimento e tanta morte como nos lugares onde o comunismo foi implantado, sugiro que vá estudar sobre o assunto, ao invés de despejar bobagens aqui.

    4. Não, ninguém aqui “se esconde” sob as asas de um “Guardião” nem deixa de raciocinar sob a “proteção de um Deus maior”. Ao contrário, são os esquerdistas de todos os naipes que fazem isso, só que o “Guardião” deles atende pelo nome de “Estado”.

    5. Se o sr. acha que chamar alguém de “pessoa desprezível, capaz de quaisquer violências e indignidades” não é “nada que agrida a moral”, sugiro que repense os seus conceitos. Esse tipo de agressão desrespeitosa contra sacerdotes do Deus Altíssimos não será tolerado aqui.

    6. Claro que isso é “uma forma claríssima de censura”, afinal a palavra [CENSURADO] posta por mim aparece bem grande. Só que isso não tem nada a ver com ser “um exemplo de fascismo”.

    7. Por gentileza, meça o tom de suas palavras, foque-se nos temas que estão em discussão, evite os ad hominem, trate os outros com respeito; são requisitos básicos de civilidade exigidos para a convivência neste espaço. Caso o sr. não o deseje, a porta da rua é serventia da casa.

    Abraços,
    Jorge

  5. Sr. Quintas,

    a CNBB não é a representante do Vaticano no Brasil?

    Não.

    quanto à contradição, o sr deve ter esquecido que este primeiro apoiou o arcebispo de Olinda e pouco depois o censurou – isso é contradição.

    Não, não censurou.

    Abraços,
    Jorge

  6. Sr. Roberto Quintas:

    A CNBB não é o representante do Vaticano no Brasil. O representante do Vaticano no Brasil é o Núncio Apostólico.

    A CNBB, como o próprio nome indica (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), pretende representar o episcopado brasileiro.

    Pelo visto, o senhor nem sequer conhece a religião que o critica. O que prova duas coisas:
    (1) não é por motivos racionais ou intelectuais que o senhor critica o catolicismo;
    (2) suas críticas são desprovidas do mínimo valor, uma vez que o senhor ignora noções básicas a respeito do objeto criticado.

  7. O Sr. Quintas confunde o Vaticano com um clérigo responsável pela congregação de defesa da vida que publicou aquela carta desprezível, quase elogiando os médicos abortistas. Nesse caso creio que o Vaticano errou e muito primeiro deixando ser publicada a carta e segundo não exigindo retratação imediata do bispo (Não lembro o nome agora) E isso que dá confundir os fiéis. aumenta a divisão e a confusão. E também houve padres e ate bispos no Brasil horrorizados com a atitude de D. José Cardoso Sobrinho. Inclusive monges, como soube, que acharam o ato anti cristão. Deveriam ter mais cuidado e pelo menos publicamente manter o mesmo discurso. Não tenho duvidas que nesta questão de redução da maioridade sermões e mais sermões serão pregados nas missas contra a mesma como se isto fosse dogma ou lei de Igreja Católica. Nisso eles se unem e o pior os bispos que não concordam silenciam. Entreguemos o Clero a Deus, pedindo piedade pra eles, porque eles não conseguirão jamais destruir a Igreja.

  8. Jorge,
    admiro a sua finesse e paciência com certos tipinhos desqualificados que aportam neste seu blog. No entanto, como o sr. é o ilustre proprietário desse espaço, peço-lhe a gentileza de poupar os demais visitantes, devidamente adestrados no traquejo social e usuários dos membros superiores para a tarefa de digitação, de topar com absurdos xulos e ignóbeis como os constantes deste tópico. Há um nível mínimo de educação e civilidade sem o qual não prospera nenhuma forma de debate. Exceto aquele travado entre a borduna e o tacape. Delete essas obscenidades, por favor.
    Sds.,
    de Marcelo.

  9. Prezado Marcelo,

    Tenho por práxis deixar os absurdos que são colocados, com todos os erros de digitação e de lógica que lhes são inerentes, apenas censurando precisamente os palavrões e as obscenidades. A falta de argumentos e/ou o seu péssimo nível dos inimigos da Igreja dá testemunho em favor d’Ela. Claro, tudo tem limite, e algumas pessoas já foram convidadas a se retirarem do blog após extrapolarem todos os limites da paciência.

    O sr. “argo” já me disse um palavrão [que aqui se encontra censurado] e provavelmente não vai ter mais cara de voltar aqui, de modo que este problema está resolvido. Se eu deixei passar alguma “obscenidade” ou expressão chula, peço desde já desculpas e peço também que por favor aponte-me onde para que eu possa corrigir.

    Abraços,
    Jorge

  10. Jorge,
    entendo seu ponto de vista, mas não concordo. Essas pessoas não têm a menor intenção de intercambiar idéias, apenas entram no blog para criar confusão. Mas, o blog é seu, com todos os inegáveis méritos que me tornaram um visitante frequente dele.
    De fato, vc. tem omitido as “más palavras”. Porém a obscenidade e a agressividade delas ficam implícitas.
    Sds.,
    de Marcelo.

  11. Juro que fiquei intrigado agora. Meu amigo Argo pediu pra eu dar uma passadinha aqui e eu dei. Ele queria que eu lesse este seu post, mas o que me intrigou não foi o post em sí.

    O que me intrigou foi que alguns posts após ( https://www.deuslovult.org//2009/04/30/quando-as-autoridades-se-calam/ ) você vai dizer que determinado setor da igreja católica não pode discordar da opinião de um cardeal, mas você discorda da CNBB.

    Me explica aí, Jorge Ferraz, comé que é isso? A pastoral não pode se levantar contra o que um líder da sua igreja defende mas você pode se levantar contra o que vários deles defendem em conjunto e dentre eles o próprio Cardeal Odilo que é conselheiro permanente desta entidade? Quem diabos vossa excelência pensa que é, para resistir à determinação de sua conferência nacional de bispos? Você deve ser um cara importante na igreja, não?

    Jorge Ferraz, como você mesmo está cansado de dizer; a Igreja não é uma democracia onde a voz do povo é a voz de deus. A CNBB é o colégio de onde reunem-se bispos e cardeais brasileiros, sendo assim parece ser a voz de deus para assuntos tupiniquins. Se os cardeais e bispos brasileiros se reuniram e disseram que é assim sua posição como bom católico é acatar.

    Vergonha um ateu ter que te ensinar algo tão básico.

    Abração :D

  12. Prezado Daniel,

    A questão é muitíssimo simples. Leigos, padres, bispos, cardeais e conferências episcopais devem obediência à Igreja que é, no sentido estrito, o referencial de Doutrina Católica.

    No caso da herética Pastoral Operária, o cardeal está em conformidade com o que a Igreja ensina e a P.O. discordar dele, discordando portanto da Igreja.

    No caso de algumas péssimas notas publicadas em nome da CNBB, tais notas destoam daquilo que a Igreja ensina e, por conseguinte, nós católicos temos obrigação moral de aderir ao ensino da Igreja, [se for o caso] rechaçando o ensino errado que d’Ela discorde.

    Portanto, ao contrário do que tu vieste dizer, as duas atitudes aparentemente contraditórias são no fundo uma só e mesma coisa: obediência incondicional ao que ensina a Igreja de Nosso Senhor.

    Abraços,
    Jorge

  13. Falando sobre o tema em sí, eu como bom ateu que não preciso de ouvir primeiro a opinião de cardeal nenhum para declarar a minha acredito que a redução da maioridade para 16 anos por exemplo só traria de resultado prático o surgimento de um grupo de cidadãos berrando pela redução da maioridade para 14 anos e assim por diante.

    Acredito que há uma série de medidas que poderiam ser mais eficazes do que simplesmente ir reduzindo a maioridade até ela chegar no patamar de 9 meses negativos e na verdade poucas passam por alterações nas leis.

    O que precisa ser alterado é o nosso modo de pensar justiça, é o nosso apego à moral tradicionalista (ligada à religiosidade e à antiguidade), é o nosso jeitinho brasileiro, é o nosso gosto por “pistolões” e nossas “mil e uma maneiras de se safar da lei”.

    Nossa legislação na verdade, salvo um ou outro tópico menor, é muito boa. Apontam para um Estado democrático, laico, equanime. Falta mais que queiramos vê-las cumpridas de fato do que fazer mudanças nelas.

    Reduzir maioriadade para 16 anos não iria mudar este cenário.

  14. E não deveria ser a CNBB, e não você, a entidade mais habilitada para dizer qual é o verdadeiro posicionamento da Igreja?

    Bom, não que eu dê muito valor ao que a igreja pensa ou deixa de pensar.

    Mas se for pra descobrir qual a posição da igreja eu vou perguntar ao colégio de bispos assim como se houver uma controvérsia entre um cara que “se interessa muito por medicina” e que jura que tal remédio é eficaz contra a gripe suína e de outro lado tiver a OMS dizendo que seus médicos e biólogos pós-doutores em diversas especialidades fizeram várias pesquisas e determinaram que o remédio não é eficaz eu fico com a opinião da OMS e de suas autoridades ao invés de apostar num “leigo interessado no assunto”.

  15. Daniel,

    Não sou eu que digo qual o verdadeiro posicionamento da Igreja. Ele está no Catecismo da Igreja Católica, está nos documentos dos papas, e pode ser facilmente encontrado por qualquer pessoa. Tente o site http://www.vatican.va

    Concordo plenamente que isso deveria ser dito pelos nossos pastores. Acontece que eles nem sempre o fazem… Além do quê, defender a Doutrina da Igreja é função de todo batizado, de modo que eu não estou fazendo nada que ultrapasse as minhas competências de leigo; obrigado pela preocupação.

    Abraços,
    Jorge

  16. Daniel, será que o seu ateísmo não foi um estrago causado pelos teólogos da libertação que enganaram, e enganam, muitos católicos mal informados hoje em dia?

    Sim, pois a tática hoje da imprensa anti-católica é colocar os inimigos que estão dentro da Igreja Católica (os teólogos da libertação) , como se fossem ”a voz da Igreja Católica.”

  17. Nope Renato. Eu tendo ao ateísmo/agnosticísmo desde os meus aproximados 7 anos de idade.

    Desde lá as estórias de deuses criadores, Jesus salvador et cetera me soavam como qualquer estória do imaginário infantil (Papai Noel, Saci…). Até os 20 anos eu me declarava agnóstico. Minha razão me puxava para a descrença em todos estes enredos fantásticos, mas o meu subconsciente cuidadosamente manipulado pelos meus pais e familiares durante toda a minha infância, povoado com as ameaças do inferno e temporariamente atrofiado não permitia ainda que eu tivesse plena convicção da inexistência de deuses e do sobrenatural.

    Só após me aprofundar em disciplinas como Biologia, Antropologia Cultural, História que eu abandonei de todo a crença na possibilidade da existência de seres imateriais e eternos que criaram a tudo e a todos ou algo do tipo.

    E eu nunca fui católico, meus familiares eram presbiterianos (desculpem, eu sei que isto é palavrão por aqui). Aliás, conheço bem o catolicismo propagandeado por vocês (digo, o catolicismo ferrenho em dogmas e preceitos milenares, piedosamente próximo da Idade Média e do Islã), principalmente através da minha querida sogrinha que de tão boa que é é odiada até pela própria filha e, de boa? Passo.

    Como disse, eu nunca tive religião (exceto pelos meus seis primeiros anos em que eu era muito menino para decidir qualquer coisa por mim mesmo) e nem quero mas se tivesse que escolher alguma para não ser condenado à morte (como acontecia na Idade Média e como, por coincidência, acontece nos países que obedecem à Sharia) eu ficaria mesmo com o protestantismo histórico ou com a ICAR da TL. Dos males os menores…

    ******
    Jorge, sua contradição mantém-se de pé mas, ao contrário do que você disse, eu não me preocupo… só acho engraçado.

    :D Abração

  18. caros sres católicos, se não há um consenso e união dentro de vossa crença, como que esta pode afirmar/alegar que é Una?
    sr Jorge, a contradição existiu, tal como foi lembrada pelo sr Francisco. ainda que eu leve em consideração que a representatividade do Vaticano seja dada ao Nuncio Apostólico, não se excluiu o vinculo deste e do vaticano com a CNBB, visto que professam a mesma crença.
    afinal, esse bispos tiveram seu sacerdócio confirmados pelo Vaticano e atuam como bispos de acordo com a doutrina do Vaticano, portanto (pela lógica) pertencem à Igreja Católica e são seus representantes.

  19. Roberto Quintas,
    A idade penal não é questão de fé, não é dogma que obrigue todo católico a ter o mesmo pensamento. Logo, divergência neste assunto sociopolítico não compromete a unidade da Igreja.
    A Igreja é una porque tem um só chefe, um só batismo, uma só fé e uma só doutrina (idade penal, repita-se, não faz parte do depósito da fé).
    Quando a CNBB combate a redução da maioridade penal está apenas capitulando diante da chantagem politicamente correta, indo na direção contrária aos anseios dos católicos, como sempre.
    A CNBB não é representante do vaticano nem do Papa. Cristo não criou CNBB, criou bispos. A CNBB é só o “sindicato” dos bispos. Sua opinião, portanto, vale mais ou menos o mesmo que a da CUT ou a da Associação dos Moradores da Favela do Morro do Urubu Pintado de Roxo.
    Escrevo isso apenas para esclarecer outros que porventura não compreendam, pois você eu já sei que não vai entender. Não por burrice, mas porque não quer entender.
    Um abraço.
    Carlos.

  20. A opinião de um bispo isolado vale como argumento de autoridade (porque ele foi “criado por cristo”) mas a opinião de um colégio de bispos (todos eles “criados por cristo”) não vale. E os que não querem entender somos nós, ai meus sais de frutas.

    Aliás, não tinha lido os comentários e só agora ví que o Quintas também percebeu que um sujeito que apela à autoridade de um bispo para defender sua tese deve, por coerência, se render ao que um colegiado de bispos do qual este mesmo bispo é membro declara. Argumento de autoridade que bate em Chico bate em Francisco, hehe.

    Mas eu sei, já entendi: os ensinos milenares da igreja são muito melhor compreendidos por vocês do que pelo colegiado dos bispos criados por cristo brasileiros. Por isso que vocês podem afirmar com tanta ênfase que os bispos criados por cristo é que se reuniram e emitiram um documento coletivo em desacordo com os ensinos milenares e imutáveis( sic… é pra rir) da Sé e dos quais vocês são guardiões.

    Não precisa repetir, eu já entendi.

  21. Não Daniel, você definitivamente não entendeu.

    Ninguém aqui está “apelando à autoridade de um bispo” simpliciter, e sim chamando à atenção para a autoridade legítima de um bispo que age de acordo com a Igreja. A autoridade dos bispos não é “ilimitada”. Se os bispos emitem declarações que são contrárias ao ensino imutável da Igreja, tal extrapolação de autoridade não obriga a nenhum fiel. Isto é um princípio bíblico:

    “Mas, ainda que alguém – nós ou um anjo baixado do céu – vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema” (Gl 1, 8).

    Eu não sou “guardião” de nada, sou fiel católico sem nenhuma importância. Mas sei que, p.ex., não é permitido fazer acepção de pessoas na Santa Missa [que foi exatamente o que a Pastoral Operária fez, ao inventar uma missa “para trabalhadores” e não para os patrões], pois assim determinou [p.ex.] o Concílio Vaticano II:

    32. Na Liturgia, à excepção da distinção que deriva da função litúrgica e da sagrada Ordem e das honras devidas às autoridades civis segundo as leis litúrgicas, não deve fazer-se qualquer acepção de pessoas ou classes sociais, quer nas cerimónias, quer nas solenidades externas.
    Sacrossantum Concilium, 32

    Isto obriga a todos os católicos, quer os fiéis, quer as pastorais, quer os bispos ou as conferências. A autoridade que sempre se está invocando aqui é a autoridade da Igreja, e não a arbitrariedade de bispos.

    Por favor, se quiser fazer um esforço para entender, os comentários são bem vindos. Caso contrário, poupe o nosso tempo e o seu.

    Abraços,
    Jorge

  22. eu busquei informações e vejam só:
    a Anunciatura Apostólica é o Consulado do Vaticano.
    O representante do Vaticano no Brasil é a CNBB.
    alias, aproveitando a deixa do Daniel, segundo o próprio Vaticano, os bispos são uma autoridade maior que os católicos papa-hóstia. contestar a CNBB então é igual ou semelhante ao crime de heresia…vão se preparando para a fogueira ou a excomunhão…

    “Se os bispos emitem declarações que são contrárias ao ensino imutável da Igreja, tal extrapolação de autoridade não obriga a nenhum fiel.”

    volto a perguntar: se até entre aqueles que são os responsáveis pela autoridade e organização da Igreja Católica no Brasil não entram em consenso, se não há um consenso e união dentro de vossa crença, como que esta pode afirmar/alegar que é Una?

  23. Daniel,

    Seu nível argumentativo chega a ser pior do que o do Quintas, o que não é dizer pouco. Parabéns!

    Aprenda, douto teólogo: A “OPINIÃO” de um bispo isolado ou a de um colegiado de bispos não vale nada como argumento de autoridade. Cristo deu autoridade à Igreja não para emitir opiniões, mas para ENSINAR verdades eternas e imutáveis (“Ide e ensinai”, não “ide e opinai”). Opinião deixamos para grandes teólogos como o Roberto Quintas, ou para palpiteiros acometidos de gastrite mental, como você (pegue logo o sal de frutas).

    Cada coisa que aparece por aqui…

    Carlos.

  24. Sr. Daniel, como a sua carta é reveladora!

    Como uma criança de 7 anos pode já ser ateu? Explique melhor sobre isso, tudo bem!

    Depois você escreve que: ”Só após me aprofundar em disciplimas como Biologia, Antropologia Cultural, História…”, mostra que você faz parte daqueles que colocaram o deus ciência acima de tudo, e que pode responder todas as nossas dúvidas.

    Por ter pertencido a seita protestante presbiteriana – da qual você diz não mais seguir -, ainda não deixou as mentiras criadas copor essas seitas ntra a Santa Igreja Católica como: ”Dogmas e preceitos milenares(?).”

    Depois você entra em contradição! Diz que virou ateu/agnostico aos 7 anos, mas até aos 6 anos você tinha uma religião!?

    Como que em um ano o senhor mudou de uma doutrina de homem (presbiterianismo), para o ateísmo? Por favor me explique isso?

    Mas o final da sua carta é revelador!

    Todo protestante dito histórico, enchem a boca para falar que sempre combateram o comunismo (tremenda de uma mentira). Mas você escreve que se tivesse que escolher uma religião, escolheria o ”protestantismo histórico”, ou a Teologia da Libertação!

    Por favor me explique isso!

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