Curtas

– Entrevista com Francis Collins, do Projeto Genoma, que eu não conhecia: Ciência não exclui Deus. É antiga [VEJA, n.º 1.992, Amarelas, 24/01/2007, páginas 11, 14 e 15], mas quem não viu ainda vale a pena ver. O dr. Collins não é um católico – questionado sobre as pesquisas com CTEHs, ele responde que “interromper as pesquisas científicas ou impedir que uma pessoa com uma doença terrível tenha uma vida melhor só porque a religião não aceita determinado tratamento é antiético” -, mas dá algumas respostas interessantes sobre os limites da ciência e a não-oposição entre ela e a Fé.

– Olavo de Carvalho sobre o pe. Lodi: Suprema Iniqüidade. “A partir do momento em que o Supremo Tribunal Federal acatou a sentença que condenara o Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz pelo crime de chamar uma adepta do aborto de abortista, os demais casos de emprego do termo no mesmo sentido passam automaticamente a ser crimes. Cabe portanto às autoridades a escolha entre punir todos os seus autores – isto é, a população nacional em peso, excluído o modestíssimo contingente dos militantes pró-aborto que jamais tenham usado a palavra proibida (o que não é o caso de todos eles) –, ou então deixá-los todos impunes e castigar discricionariamente um só, o Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz”.

– Recebo um email da “Editora Partilha”, que não faço idéia do que seja. Era este folder, oferecendo-me o Calendário da Campanha da Fraternidade 2010. Tema: Economia e Vida. Lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”. Homenageados: indistintamente, Dom Hélder, Dom Luciano, Irmã Dulce, Madre Teresa de Calcutá, Dom Aloísio e Irmã Dorothy. Domine, miserere!

Dom Tissier: “Nunca assinaremos acordos”. O bispo da FSSPX foi peremptório na entrevista que concedeu: “Nunca assinaremos acordos; as discussões não avançarão ao menos que Roma reforme suas posições e reconheça os erros aos quais o Concílio levou a Igreja”. Rezemos para que o amor-próprio de alguns não tornem natimortos os importantes debates sobre o Concílio Vaticano II que se delineiam no horizonte. E já bastante tardaram.

– Achei que o Ecclesiae Unitatem ia passar incólume pela mídia anti-católica, mas me enganei. A Folha mandou um “Papa remove cardeal responsabilizado por crise sobre Holocausto” – impressionante! Mas o Marcio Antonio já comentou muito bem. “Do jeito que saiu a notícia na Folhapress, ficou parecendo que o Papa estava retaliando o cardeal Castrillón pela sua atuação no caso dos lefebvristas. Assim como os idiotas do Estadão fizeram parecer que o Papa tinha aceito a renúncia de dom José por causa do episódio de Alagoinha”.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

5 comentários em “Curtas”

  1. Jorge, Salve Maria!

    Também recebi esse e-mail dessa desconhecida editora… rsrsrsrs!

    Como é que descobriram os nossos e-mails? rs

    Um abraço

  2. Quanto a D. Tissier, todos sabemos o que ele é. Não é preciso maiores comentários…

    Ele é; D. Williamson, o crucificado, não…

  3. Muito prezado Jorge, Ave Maria Puríssima!

    Faço minhas as suas palavras, mas com a seguinte explicitação: rezemos que o amor próprio de Ratzinger não o impeça de se converter e reconhecer que sua cria, o Vaticano II, é um monstro!

    Quanto à insinuação de que o Bispo Tissier seja sedevacantista, no comentário acima, é completamente falsa, e sou bem insuspeito para o testemunhar, pois eu bem quereria que fosse sedevacantista esse (não obstante isso) grande Bispo, por quem eu e minha família tivemos a honra de ser crismados, após longa espera, privados como fomos deste sacramento em nossos sete anos de Montfort!

    Se bem entendo (eu, mero leigo) os escritos do Bispo (jamais lidos seriamente pela menina e seu professor), Tissier desenvolveu uma teoria mais ou menos original, se bem que (é claro) calcada em princípios teológicos e canônicos, sobre a suplência de jurisdição na situação atual, teoria esta que se aplicaria não somente aos famosos tribunais e às sagrações episcopais, como também incluiria de algum modo a suplência do papa herege. Parece-me, inclusive, que essa teoria, quanto ao problema do papa herege, remonta ao livro de Arnaldo Xavier escrito sob orientação do saudoso Dom Antônio de Castro Mayer, que era a cabeça pensante do Coetus (ao passo que Dom Sigaud era o coração, e Dom Lefebvre, as mãos, se queremos levar a analogia até o fim). A Santa Igreja certamente julgará essa teoria um dia, como o próprio Bispo Tissier concorda, quando passar esta crise, mas seria uma afronta imaginar que não tenha sido elaborada com toda a seriedade e boa fé, como fez aquele infeliz ignorante que julgava, com sua temeridade insuperável, a FSSPX suspeita de ter eleito às escondidas, em 1997, um antipapa em Econe!

    Que uma moça inteligente e (ao menos aparentemente) devota possa dar valor às suspeitas sobre Tissier de um homem já escreveu isso e o publicou, é para mim um grande mistério, que só se explica, em parte, pelo fato de ela passar tanto tempo sem a verdadeira Missa.

    Todavia, e aqui o principal: o Bispo Tissier também já afirmou e reafirmou vezes sem conta, da maneira mais explícita, não ser sedevacantista, inclusive muito recentemente, de modo que as insinuações levianas da discípula de Fedeli vão contra não somente a compreensão do pensamento do autor (a qual talvez seria esperar demais desses dois), mas também contradizem as próprias declarações explícitas em contrário por parte do Bispo da FSSPX!

    O que é evidentemente um abuso para qualquer católico que queira ser digno deste nome.

    Mas claro que nada disso interessa aos fedélicos militantes, que pretendem ter o dom de ler corações (tanto o de seus desafetos quanto o de Bento XVI [que ficamos sabendo, agora, dessas fontes ignaramente videntes, ou videntemente ignaras {nunca estudaram o pensamento dele!} não ter sido o autor (sic) dos maus parágrafos da última encíclica! Como se assiná-la fosse coisa de somenos…], jamais porém dão mostra de usar desta pretença clarividência ler seu próprio coração, lamentavelmente): o Oitavo Mandamento, para eles, só parece valer para seus inimigos!

    (Quem vem falar de Oitavo Mandamento, no meio da crise, é só por isso já suspeito de ser lobo, ousou escrever certa vez um conhecido guru.)

    Ó! que seria de nós, sem a “Regula Fidei” da Mooca, para nos ditar o metro, informando-nos quais trechos do “Papa” devemos aceitar, e dentre estes, como é que os devemos interpretar, não importa com que torções? Ó triagem celestial, não nos abandoneis à mera obediência ao Magistério (ou, na impossibilidade desta, a ficar tragicamente, por ora, sem um Papa reinante): essa seria, para “católicos de elite” (sic), uma “resposta nojenta de quem tem mentalidade paroquiana” (sic), não é mesmo?

    Infelizmente, ambos os difusores dessa (aos olhos deles) calúnia, em todo caso dessa mentira contra o Bispo Tissier, atuam completamente à revelia não só da Moral, como é notório, mas também de toda real influência eclesiástica, donde não surpreenderem tanto as muitas teses heterodoxas e opiniões detratórias que difundem temerariamente pela internet. Sendo assim, só nos resta rezar pelos dois, e sobretudo por quem ainda tem idade de mudar e dá tanta promessa de, retificando-se, poder fazer muito bem, contrariamente àquilo que faz hoje, que é tratar levianamente, seguindo o mau exemplo de seu professor, as mais graves questões, como se fossem susceptíveis de ser transformadas em matéria de “Meu Querido Diário”.

    Abraços,
    Em JMJ,
    Felipe Coelho

  4. Não leve a mal, mas chamar D. Williamson de crucificado é um exagero sem tamanho. Esse bispo lefebvriano inglês há anos vem criando problemas para a FSSPX por causa de declarações extremistas, principalmente na América do Norte (o Canadá chegou a proibir a circulação de revistas da fraternidade, tachadas de anti-semitas), tanto que D. Fellay precisou “deporta-lo” para a Argentina.

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