Curtas: Ecologia e Panteísmo, EVP e consciência, aborto e condenação, União Européia e imagens de santos nas moedas, Joaquim Barbosa e a presidência do STF

– Da Teologia da Libertação para o Ecoterrorismo panteísta: Boff clama pela salvação da “Mãe Terra” crucificada. «“Dentro dessa opção pelos pobres é preciso colocar o grande pobre que é a Mãe Terra, que é a Pachamama, a Magna Mater, a Tonantzin, a Gaia, é o grande pobre devastado e oprimido”, afirmou» o notório herege.

Esta outra fonte coloca as coisas em termos ainda mais ridículos quando cita outro “pensamento” do ex-frei (que, verdade seja dita, eu não encontrei de primeira mão):

Ainda segundo este visionário profeta da “religião” verde, a “Mãe Terra” estaria preparando um novo ser capaz de “receber o espírito”.

Esse “novo homem” – alias, assaz diferente dele – não seria outra coisa senão uma lula gigante.

De qualquer forma, eis os devaneios aos quais se é capaz de chegar quando se abandona a Fé em Cristo!

* * *

– Sobre mentes (e almas…) e cérebros: médicos “conversam” com paciente em Estado Vegetativo Permanente:

Funciona assim: os médicos escaneiam o cérebro do paciente Scott Routley usando fMRI (ressonância magnética). Em tempo real, a ressonância indica quais áreas do cérebro estão ativas, medindo o fluxo de sangue rico em oxigênio.

Então os médicos pedem, várias vezes, para o paciente imaginar cenas como jogar tênis, ou andar pela casa. São itens bem específicos que, em voluntários saudáveis, ativam áreas predefinidas do cérebro – nos pacientes, também.

Dessa forma, os médicos conseguem perguntar “se você está sentindo dor, imagine-se jogando tênis” e ver na ressonância se o paciente imagina isso. É dessa forma que ocorre a comunicação.

Também aqui. Ora, isto muda tudo o que se acreditava sobre a consciência em pessoas que sofreram acidentes; em particular, lança por terra os “argumentos” dos que defendiam a morte – por inanição! – de pessoas que se encontravam nestas condições. Terri Schiavo, Eluana Englaro, vítimas todas da sanha assassina do homem moderno: o futuro lhes fez justiça. Lamentavelmente, tarde demais para muitos inocentes.

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– A impunidade não pode durar para sempre: foi condenada em Brasília uma mulher que cometeu aborto:

O homem que teria comprado os comprimidos e que era pai da criança insistiu para que a grávida tomasse o medicamento. Ele foi interrogado pela Justiça e recebeu uma proposta para que seu processo fosse suspenso desde que ele cumprisse obrigações judiciais. Por causa disso, ele não foi punido.

A mulher, segundo o TJDFT, não cumpriu as tarefas prometidas e teve o benefício revogado. De acordo com o processo, ela estaria proibida de “frequentar boates, inferninhos e congêneres e de ausentar-se do DF sem autorização do juízo”. Deveria também “prestar serviços à comunidade pelo período de oito horas semanais, pelo período de dois anos no Hospital Regional de Taguatinga”.

Há felizmente outros exemplos. Lembro-me de ter lido há alguns meses sobre uma mulher que seria levada a júri popular pelo mesmo crime. Não sei como ficou este processo, mas a justificativa do promotor do caso é bastante lúcida e reconfortante:

– No júri vou pedir a condenação de Keila como forma de prevenção geral. É uma punição moral para que as pessoas entendam que o aborto é criminoso, diz Moreira, admitindo que é raro que casos de aborto sejam denunciados e terminem em júri.

Aborto é crime e deve ser combatido. E ainda há pessoas nos tribunais brasileiros que estão trabalhando para defender esta verdade tão importante.

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– Na Europa como no Brasil: nova polêmica da União Européia é contra a representação das auréolas (isso mesmo, só das auréolas!) de São Cirilo e São Metódio nas moedas comemorativas da Eslováquia! O fanatismo ateísta não tem limites geográficos nem culturais: os bárbaros se encontram por toda a parte. E o negócio se reveste de tons ainda mais kafkianos porque estamos falando de outros países da UE protestando contra a figura que o Banco Central eslovaco decidiu cunhar em suas moedas!

E o articulista saiu-se com um excelente comentário sobre o assunto: «Esta petulância laicista tem seu lado cômico: como dizia Chesterton, ninguém blasfema contra Thor. Vêm-me à mente várias moedas comemorativas com deuses gregos – a espanhola de 50€ retratava o rapto da Europa pelo deus Zeus. No fundo, “sabem” que não é o mesmo. Já é alguma coisa [algo es algo]».

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Joaquim Barbosa, presidente do STF: editorial da Gazeta do Povo. «Está agora em suas mãos contribuir para a construção dessa almejada realidade. Mas, data venia, convém que não seja tomado, no exercício do cargo, pela mesma vaidade que por tantas vezes marcou sua atuação em plenário».

Como eu disse aqui há não muito tempo, não há juízes em Brasília. É bom que órgãos da imprensa secular estejam dando a sua contribuição para frear a (compreensível, mas injustificável e perigosa) presente euforia nacional com o STF.

“É exatamente de mudanças na lei que estamos falando, certo?”

Ainda sobre as reações ao artigo do Guzzo sobre o estado do homossexualismo no Brasil (aqui de segunda mão), achei bastante interessante este texto do Carlos Orsi que se propõe a analisar o mesmo artigo da Veja que o Cardoso desastrosamente comentou outro dia. E o que é interessante aqui é um pequeno detalhe, lá no final do texto, que pode passar despercebido mas que encerra o cerne desta discussão (o negrito é meu):

Num determinado ponto do artigo há uma tentativa lamentável de tratar da questão da justificativa:

Mas a sua ligação [entre gays] não é um casamento – não gera filhos, nem uma família, nem laços de parentesco.

Que é uma outra falácia, esta clássica, a do petitio principii, que consiste em presumir o que se deseja demonstrar. O que o autor faz, nessa linha, é simplesmente definir as palavras “casamento”, “família” e “parentesco” de modo que elas signifiquem o que ele deseja — coisas predicadas necessariamente numa união heterossexual que gera filhos naturais.

Esta talvez seja a definição preferida do Vaticano, quem sabe até seja usada hoje na lei brasileira, mas, no primeiro caso, a coisa é irrelevante (Estado laico, lembra?); no segundo, bolas, é exatamente de mudanças na lei que estamos falando, certo?

Opa! Certo? Muito devagar com o andor nesta hora. Concordo que se precise falar de mudanças na lei; mas não me parece nada claro no discurso da militância homossexual que estejamos falando “exatamente” de uma mudança no conceito de “casamento” (muito menos nos de “família” e “parentesco” – mas fiquemos só com o primeiro por enquanto) dentro da sociedade brasileira. Aliás, muito pelo contrário até: as descabidas referências ao “casamento inter-racial” cuspidas ad nauseam pelos campeões da causa gay ou a bandeira do deputado Jean Wyllys pelos “mesmos direitos com os mesmos nomes”, por exemplo, parecem ir no sentido de apresentar a inexistência do “casamento gay” no Brasil como uma injustiça atroz exatamente porque a dupla de homossexuais (alegadamente) já se enquadraria naquilo que se entende por “casamento”.

Eu inclusive me arriscaria a dizer que esta é a única razão pela qual a causa consegue angariar a simpatia dos brasileiros mais levianos: por se apresentar como uma bandeira de injustiçados aos quais está sendo negado um direito que todos já têm (e – adendo elíptico – que eles, por conseguinte, deveriam possuir também), e não porque se está fazendo uma serena e desapaixonada discussão jurídica para substituir a instituição familiar no ordenamento jurídico brasileiro por um outro agrupamento social distinto daquela. A força de apelo da causa decorre justamente do fato das duplas homossexuais já se considerarem (e assim se apresentarem) como “família” e “casamento”, e jamais por não se encaixarem nos conceitos vigentes e desejarem criar outros novos.

Concordo que estamos falando em mudanças de conceitos. O que discordo é que este aspecto esteja presente no inflamado debate social que se está travando sobre o assunto. Ao contrário, ele me parece muito convenientemente escondido.

Se estivéssemos falando “exatamente de mudanças na lei”, por exemplo, o Supremo – que não tem competência de legislar e, portanto, não poderia jamais efetuar “mudanças na lei” – não poderia ter igualado a união estável constitucional à dupla gay. A argumentação dos senhores ministros, aliás, diz o contrário daquilo que o Orsi está querendo vender agora como se fosse óbvio: para a Suprema Corte, a Constituição Brasileira já recepciona perfeitamente as duplas homossexuais como se famílias fossem, sem que seja necessário fazer “redefinição” alguma. Citando ao acaso uma das muitas barbaridades que se disse então, o voto do Ministro Marco Aurélio: «Com base nesses fundamentos, concluo que é obrigação constitucional do Estado reconhecer a condição familiar e atribuir efeitos jurídicos às uniões homoafetivas». Ora, se as reivindicações das duplas sodomitas demandassem mudança constitucional (repitamos, como eu e todo o mundo que tem bom senso defende, contra os onze lunáticos do STF), estaria equivocado o entendimento da Suprema Corte sobre esta “obrigação constitucional do Estado” (sic!) de tratar as duplas gays exatamente como trata as famílias. Ao contrário, se existe de fato esta obrigação, então não é necessário mudança de conceito legal alguma. E terceira alternativa não há.

Ainda: se estivéssemos falando “exatamente de mudanças na lei”, as comparações com as leis anti-miscigenação americanas seriam gritantemente descabidas, pela simples e evidente razão de que não foi jamais necessário redefinir “casamento” para que negros pudessem se casar com brancos – coisa que, segundo o sr. Orsi, precisa ser feita aqui para que “casamento” englobe também as relações entre pessoas do mesmo sexo.

Em uma palavra: a aceitação legal do “casamento gay” implica em profundas e radicais mudanças na forma como o Estado e a sociedade entendem “casamento” e “família”, mudanças estas sem absolutamente nenhum paralelo conhecido. Deseja-se, como já dizíamos há muito tempo, inventar e impôr um inaudito conceito de “família” que é diferente daquele que as civilizações sempre adotaram e que (ao contrário da retórica que sói empregar-se) não guarda semelhança alguma com questões arianas ou de Apartheid, aliás muito pelo contrário: enquanto estas consistiam basicamente em proibições sobre coisas que sempre houve (posteriormente revogadas, sem que fosse necessário modificar os conceitos fundamentais do Estado de “família”, “casamento” e “parentesco”), a disputa atual pelo “casamento gay” exige o reconhecimento positivo de uma coisa que nunca existiu, o que implica em uma mudança gigantesca nos elementos basilares constituintes da sociedade.

Portanto, os inovadores aqui são os promotores do “casamento gay”. Estão reivindicando não o restabelecimento de um direito injustamente subtraído, mas uma revolução em conceitos-chave da organização social – cuja necessidade não se pode pretender evidente à mera força de analogias forçadas com as instituições já existentes. Semelhante pretensão exigiria uma apologia positiva serena e racional, e não pode ser empurrada goela abaixo da sociedade sob gritos de “e por que não?”, “preconceituoso!”, “homofobia!” e tutti quanti. Mas os revolucionários optam sempre por este segundo meio; e isto, por si só, já testemunha eloqüentemente em seu desfavor.

Rascunhos sobre a conferência de Dom Bertrand no Círculo Católico

Ontem à noite eu fui ao Círculo Católico para assistir à palestra de Dom Bertrand. O tema originalmente previsto era a «Psicose Ambientalista», título do seu livro cujo lançamento ocorrera na véspera, na Livraria Saraiva do Shopping RioMar; mas Sua Alteza, orador valoroso, com muita graça discorreu também sobre diversos outros assuntos, brindando a platéia com os seus vastos conhecimentos sobre temas gerais de história, catolicismo, civilização.

Sobre o tema do ambientalismo em si, ele teve o cuidado de separar o – necessário! – cuidado do planeta do lobby moderno que, imbuído de um forte viés ideológico anti-cristão, intenta produzir nas pessoas um sentimento de pânico e de paranóia ante um alegado cataclismo global climático iminente. Deus Nosso Senhor criou a Natureza para o homem e, este, foi colocado pelo Altíssimo no Jardim do Éden para o cultivar e guardar, como lemos nas Escrituras Sagradas. É óbvio que não podemos dilapidar a Criação do Todo-Poderoso; mas é preciso ter bem claro que o catastrofismo corrente não nos ajuda a preservar melhor o planeta que Deus nos deu. Em particular, os brasileiros não somos os irresponsáveis poluidores que uma superficial leitura da nossa mídia pode nos levar a crer: embora sejamos o quinto maior país do mundo, a nossa “contribuição” para a poluição atmosférica é de menos de 2%. Ficamos (muito) atrás de países como a China (esta sim a grande poluidora, responsável por cerca de 20% da emissão global de gases poluentes), os Estados Unidos, a Índia e a Rússia. Em números absolutos, somos o décimo-alguma-coisa; se os colocarmos em termos proporcionais à população e considerarmos a poluição per capita, ficamos para lá do centésimo lugar: o que, bem dito, significa que somos um dos países que menos poluem atualmente.

Citando estudos (se a memória não me trai) da Embrapa, Dom Bertrand opôs ao terrorismo midiático alguns dados bem menos apocalípticos. O nosso bioma amazônico ainda está em sua esmagadora maior parte intacto, e a relativa derrubada da Mata Amazônica necessária para abrigar (e sustentar) as nossas cidades é um preço bem razoável a ser pago para que tenhamos hoje uma civilização que Cabral não encontrou quando atracou nesta então chamada Ilha de Vera Cruz. A temperatura média global ao longo dos últimos cem anos variou menos de um grau centígrado; e, se as calotas polares do Pólo Norte estão de fato reduzindo, as geleiras do Pólo Sul (substancialmente mais densas do que as árticas) ainda estão crescendo. Lembrando alguns dados históricos que os eco-terroristas soem esquecer, Sua Alteza falou-nos da Groenlândia – hoje praticamente só gelo -, que tem o nome derivado justamente de “Green Land”, “Terra Verde”: na Idade Média, o clima lá era muito mais quente do que hoje em dia, o que possibilitava a existência de plantações e campos tão vastos que batizaram o território com a cor de sua vegetação. E, sobre emissões de CO2, o Príncipe lembrou-nos o singelo fato [p.s.: decerto mais retórico-ilustrativo do que estatisticamente rigoroso] de que uma única erupção vulcânica é capaz de lançar na atmosfera mais gás carbônico do que toda a atividade humana acumulada da Revolução Industrial até hoje. Obviamente, nada disso nos exime do cuidado com o planeta e não pode ser usado como desculpa para o mau uso dos recursos naturais: mas serve para que as coisas sejam colocadas em perspectiva e para nos ajudar a distinguir os fatos das ideologias.

Aproveitando o espaço e a receptividade do público, Dom Bertrand falou-nos ainda de diversas amenidades. Cito duas. Uma: a idéia de se construir a estátua do Cristo Redentor (que hoje pode-se encontrar embelezando o Rio de Janeiro) partiu da Princesa Isabel após a assinatura da Lei Áurea: diante da euforia do povo que a queria homenagear com um monumento em sua honra pela remissão da escravatura, a monarca disse que eles deviam era erigir uma estátua em honra de Cristo, o verdadeiro Redentor da humanidade. Outra: na época da Colonização, havia na Patagônia uma tribo de índios bem peculiar. Monoteístas e monogâmicos, havia entre eles uma lenda antiga – passada de pai para filho – de que, um dia, viriam uns homens de preto que lhes instruiriam a respeito das coisas do Céu. Quando os missionários (salesianos, se a memória não me falha) chegaram, os índios os receberam com grande júbilo e docilidade, e abraçaram maciçamente a Fé Católica que aqueles sacerdotes tinham atravessado o oceano para lhes transmitir.

A conferência foi edificante, a noite foi bastante agradável, o evento foi deveras proveitoso. Os nossos agradecimentos ao Círculo Católico de Pernambuco, que proporcionou este encontro, e a Sua Alteza Dom Bertrand, que tão generosamente aceitou falar-nos ontem à noite. Que a Virgem Santíssima os possa recompensar. E a nós, nutridos pelas palavras que ontem ouvimos, cumpre fazermos a nossa parte nesta luta pela Civilização Cristã: guardando, defendendo e transmitindo o que de nossos pais recebemos. É um combate no qual temos a ajuda dos Céus! Que Deus nos faça, a cada dia, menos indignos do papel que Ele nos reservou neste mundo.

Jesus e os Muçulmanos

[Reproduzo narrativa sobre um Milagre Eucarístico ocorrido na Palestina no ano de 1879. Não o conhecia, e tampouco sei quem é o autor do livreto aqui reproduzido; encontrei-o no Adversus.

Este tipo de milagre não é novidade na história da Igreja; já no século XIII Santo Tomás de Aquino se referia aos casos em que “um menino” aparecia miraculosamente no Santíssimo Sacramento (Summa IIIa, q.76, a8). E o Aquinate dizia que, nestes casos, a Hóstia Consagrada «permanece verdadeiramente o Corpo de Cristo», digna de toda Glória e adoração. Bendito seja Deus no Santíssimo Sacramento do Altar.]

A cada vinte casais, o Brasil perde um casal

A notícia é do mês passado, mas alterações significativas nestas coisas demoram muito para acontecer e, portanto, ela ainda é sem dúvidas muito atual: taxa de fecundidade no Brasil cai [de novo!] e é menor entre mais jovens e instruídas, segundo notícia de G1. O gráfico apresentado na matéria é assustador:

Como a gente sabe, a taxa de reposição da população é de 2,1 filhos por mulher, e é muito fácil entender o porquê disso: no mundo matematicamente perfeito esta taxa seria de 2 (i.e., estar-se-ia substituindo dois pais por dois filhos, ou seja, mantendo o número total de habitantes intacto), e este 0,1 é necessário para contemplar as exceções (sei lá, pessoas que morrem antes de chegar à idade adulta, talvez). Mas o fato matematicamente incontestável é que 1,9 filhos por mulher não consegue manter nenhuma população. A esta taxa, cada vinte pessoas (= dez casais) só estão deixando dezenove para o futuro; a cada vinte casais, o Brasil perde um casal, o que representa uma perda de no mínimo 5% a cada geração. E ninguém precisa ser gênio para entender que, trocando 100 por 95 ao longo dos anos, um dia a casa quebra.

O gráfico mostra a involução da taxa de fecundidade brasileiro num intervalo de 70 anos, de 1940 até 2010. A queda é vertiginosa e, no Brasil atual, somente a Região Norte mantém uma taxa de fecundidade acima da de reposição. Mas o pior talvez esteja justamente no fato que G1 apresenta logo na manchete: esta taxa de fecundidade é menor entre as mais jovens e mais instruídas.

As mais jovens e as mais instruídas, ou seja, exatamente aquelas que tinham maior obrigação (porque têm maiores possibilidades) de deixar uma contribuição humana mais generosa ao planeta! No entanto, são exatamente estas as que estão na vanguarda da mentalidade anti-natalícia irresponsável. Sempre que eu leio uma notícia assim, não consigo deixar de lembrar do Idiocracy – e de como os nossos maus costumes persistem estupidamente apesar do ridendo castigat mores generalizado a ponto de chegar aos besteiróis americanos.

E a situação é tanto mais angustiante quanto menos se vislumbra, no horizonte, uma possibilidade de reverter este quadro macabro. Taxas de natalidade não são números em máquinas cuja produção pode ser aumentada ou diminuída apertando-se dois botões. No fundo, o anti-natural controle de natalidade exige o cultivo de uma mentalidade egoísta e hedonista que, uma vez enraizada numa sociedade, é muito difícil de ser arrancada. E este já é o mundo em que vivemos: um mundo onde os outros não são bem-vindos porque já nos consideramos auto-suficientes demais. Um mundo onde a nossa adolescência mimada e mesquinha perdura por muitos e muitos anos depois de já termos entrado na vida adulta. Um mundo onde sacrificar um pouco de si em prol do futuro da humanidade simplesmente não faz mais sentido para muita gente. Um mundo que agoniza, porque parece não ter mais em si nem sequer vontade de sobreviver.

Meditação: Do pecado mortal

[Encontrei na internet estas piedosas meditações, que imagino (por tê-las encontrado ligeiramente diferentes aqui) serem de Santo Afonso Maria de Ligório. Alguém recentemente me lembrava que a morte é uma boa conselheira; graças ao bom Deus, nunca duvidei desta máxima já tantas vezes repetida e que, hoje, parece asquerosa ou repulsiva à sensibilidade moderna. Ninguém será capaz de me convencer de que o mundo não seria um lugar melhor se as pessoas vivessem à luz da meditação quotidiana dos Novíssimos! Porque a nossa pequenez sói ser um poderoso argumento contra nossas crises de megalomania. Pensar que se vai morrer um dia é poderosa força capaz de mudar o homem. E a mudança do mundo, ao contrário do que se costuma pregar hoje em dia, sempre começa pela mudança de nós mesmos. Mesmo depois de passados todos esses séculos, aquelas palavras de Cristo sobre buscar primeiro o Reino de Deus e a Sua Justiça permanecem verdadeiras. Este é o verdadeiro Carpe Diem, no qual devemos sempre nos exercitar.]

II. Para a segunda-feira

Do pecado mortal

Considera como, sendo tu criado por Deus para amar, com ingratidão infernal te rebelastes contra ele, trataste-o como inimigo, desprezastes a sua graça e a sua amizade. Sabias que lhe davas um grande desgosto com a aquele pecado, e ainda assim o cometestes. Quem peca, que faz? Volta as costas a Deus, perde-lhe o respeito, levanta a mão para dar-lhe uma bofetada, aflige o coração de Deus: Et afflixerunt Spiritum Sanctum eius. Quem peca diz a Deus com suas obras: afasta-te de mim, não quero obedecer, não quero servir-te, não quero reconhecer-te por meu Senhor, não quero ter-te por meu Deus: o meu deus é este prazer, este interesse, esta vingança.

Assim o disssestes no teu coração, quando preferistes a criatura ao teu Deus. Santa Maria Madalena Pazzi não podia compreender como um cristão, a olhos abertos, pudesse cometer um pecado mortal. E tu, que nisto meditas, que dizes…? Quantos pecados, tens tu cometido…? Meu Deus perdoai-me, tende piedade de mim. Ofendi-vos, Bondade Infinita: agora odeio os meus pecados, amo-vos, e arrependo-me de vos ter ofendido tanto, ó meu Deus, que sois digno de infinito amor.

Considera como Deus te dizia, quando pecavas: Filho, eu sou o Deus que te criei do nada e que te resgatei com o meu sangue; proíbo-te de cometeres este pecado sob pena de te separares da minha graça. Porém tu, pecando, dissestes a Deus, Senhor quero satisfazer este gosto e não me importa desagradar-vos e perder a vossa graça. Dixisti: non serviam. Ah, meu Deus, e eu tenho feito isto tantas vezes! Como me tendes suportado? Quem me dera ter antes morrido do que vos ter ofendido! Eu não quero mais desgostar-vos; quero amar-vos, ó Bondade infinita. Concedei-me o dom da perseverança e vosso santo amor.

Considera como Deus, segundo os seus imperscrutáveis decretos, não costuma suportar em todos um igual número de pecados, nas a uns tolera mais, a outros menos, e quando está cheia aquela medida, lança mão de terribilíssimos castigos. E, com efeito, tantas vezes sucede vir a morte tão improvisamente, que o pecador não tem tempo de se preparar! Quantos morrem na própria ocasião de pecado! Quantas vezes uma pessoa se deitou no leito com boa saúde, e de manhã apareceu um frio cadáver! Quantos outros, à força de cometerem pecados sobre pecados, de tal modo se cegaram e endureceram, que, tendo todos os meios para se prepararem para uma boa morte, não querem se aproveitar deles, e morrem impenitentes! Enquanto o pecador vive, pode, se o quer deveras, converter-se com o divino auxílio; porém muitas vezes os pecados o tornam tão obstinados, que não desperta nem sequer na hora da morte. E assim se têm perdido tantos… E estes também esperavam que Deus lhes perdoasse, mas veio a morte, e condenaram-se… Teme que te aconteça o mesmo. Não merece misericórdia aquele que quer servir-se da bondade de Deus para ofendê-lo. Depois de tantos e tão graves pecados que Deus te perdoou, deves ter bem fundado temor de que te não perdoe qualquer outro pecado mortal que cometas.

Dá-lhe graças de te ter esperado até agora, e toma neste ponto uma resolução de antes morrer do que cometer outro pecado. De hoje em diante repetirás sempre: Senhor, bastam as ofensas que tenho cometido até agora. A vida que me resta não quero passá-la a ofender-vos; não, que vós não o mereceis; quero passá-la só a amar-vos e a chorar as ofensas que tenho feito. Arrependo-me de todo o meu coração. Meu Jesus, quero amar-vos, daí-me força; Maria, minha Mãe, ajudai-me.

Fruto:

Medita sobre estas palavras: sempre, nunca, eternidade.

O inferno dura sempre, a eternidade não acaba nunca. Toma um punhado de cinzas ou de areia lá contigo: Quando tiveres passado tantos milhões de séculos quantos são estes pequeninos grãos, não terá passado da eternidade um só momento. Quando puderes, considera, que grande mal seria este ou aquele trabalho, se não acabasse nunca, e não há dúvida que as penas do inferno nunca acabarão. Considera bem isto.

Convite – D. Bertrand em Recife. 19/11: Lançamento de livro e sessão de autógrafos; 20/11: Conferência no Círculo Católico

[O Príncipe D. Bertrand de Orleans e Bragança estará hoje (19/11) em Recife, na Saraiva do Shopping RioMar, a partir das 19h00, para o lançamento e sessão de autógrafos do seu livro “Psicose Ambientalista”. Repasso o convite e o cartaz como os recebi, junto com uma pequena biografia de Sua Alteza para quem ainda não conheça o seu trabalho.

Além disso, aproveitando a sua vinda à capital pernambucana, o Círculo Católico de Pernambuco convidou Sua Alteza para proferir uma Conferência na sede do Círculo, o que se dará amanhã (20/11) às 19h30. Ambos os eventos são gratuitos. Contamos com a presença de todos.]

O Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança,
bisneto da Princesa Isabel

e o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

convidam para o lançamento e sessão de autógrafos do livro

PSICOSE AMBIENTALISTA

Os bastidores do ecoterrorismo para implantar
uma “religião” ecológica, igualitária e anticristã.

 

O livro desvenda o que está por trás das previsões catastrofistas do aquecimento global: uma “religião” ecológica que diviniza a “Mãe Terra” ou — como a chamam — “Gaia”!

A realizar-se no dia 19 de novembro, segunda-feira, a partir das 19h

Saraiva RioMar Shopping Recife

Avenida República do Líbano, s/nº – Piso L2 – Luc 227 – Pina

Telefone: (81) 3327-0102

DOM BERTRAND DE ORLEANS E BRAGANÇA, Príncipe Imperial do Brasil. Bisneto da Princesa Isabel. Bacharel pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Amigo do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, fundador da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, a cujos ideais ainda muito jovem aderiu.

Tornou-se uma das grandes lideranças da luta anti-socialista e anti-agro-reformista por sua denodada defesa da propriedade privada e da livre iniciativa. Por meio da campanha Paz no Campo, que dirige, atua empenhadamente contra as correntes que visam levar a agitação ao campo e implantar leis socialistas em nosso País.

É um ardente propugnador do agronegócio, no qual vê um fator de integração das pequenas, médias e grandes propriedades, bem como de propulsão, nas cidades, dos diversos ramos da indústria e do comércio que lhe são afins. Assim, é toda a sociedade brasileira que se beneficia com o extraordinário progresso alcançado pela nossa agropecuária.

Dom Bertrand tem viajado pelo mundo, fazendo conferências, sobretudo em ambientes católicos europeus e americanos, nos quais nunca deixa de destacar a grandeza do Brasil e sua importância no cenário contemporâneo.

 

* * *

ATENÇÃO RECIFE!
Inscreva-se para a palestra de Dom Bertrand de Orleans e Bragança

CONVITE

O Circulo Católico de Pernambuco e o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira convidam os amigos para importante exposição do Príncipe Imperial do Brasil:

PSICOSE AMBIENTALISTA
Os bastidores do ecoterrorismo para implantar
uma “religião” ecológica, igualitária e anticristã

Se você é de Recife e arredores, não pode deixar de participar.

Inscrição Gratuita. Ligue para (81) 3222-4816.

Dia 20 de novembro de 2012, terça-feira.
Local: Prédio do Círculo Católico de Pernambuco.
Endereço: Rua do Riachuelo, 105 – Sala 1018 – Boa Vista.
Horário: 19 h (recepção);  19:30 h (início da palestra).

Faça sua inscrição (gratuita), ligue para (81) 3222-4816

Contamos com sua participação

Bento XVI e o Papa Copta

Referente ao comentário aleatório que foi feito hoje à tarde aqui no blog (o que me leva a crer que o seu autor quer algum comentário meu sobre o assunto), sobre a recente eleição do novo Papa Copta, é preciso dizer que o texto e (principalmente!) os comentários do Cum Ex Apostolatus Officio são totalmente nonsense.

O Patriarca de Alexandria historicamente sempre ostentou o título de “Papa”, sem que isso jamais significasse nenhuma pretensão de usurpar a primazia de governo que o Bispo de Roma exerce sobre a Igreja Universal. Aliás, parece que o título de “Papa” foi atribuído ao Bispo de Alexandria antes mesmo de ter sido usado pelo Bispo de Roma – e isto séculos antes do Cisma do século XI. Uma coisa, portanto, é o Papa enquanto Sucessor de São Pedro, Vigário de Cristo e Pastor Supremo da Igreja Católica, e outra coisa totalmente diferente é o Papa enquanto Patriarca de Alexandria – cujo título remete a um uso histórico ininterrupto e incontroverso. Não me consta que o Papa Copto-Ortodoxo tenha jamais possuído, no passado ou no presente, pretensão de exercer governo universal sobre a Igreja. O Patriarca de Alexandria não é atualmente (e, até onde me conste, historicamente nunca foi) o que se pode chamar de um Antipapa.

É claro que hoje em dia existe o cisma e, atualmente, a Igreja Copto-Ortodoxa não reconhece ao Bispo de Roma senão uma “primazia de honra”, mas isto – ao contrário do que é insinuado nos comentários do artigo – não tem absolutamente nada a ver com o título “Papa” empregado pelo Bispo de Alexandria ou de Roma. Para os ortodoxos, “Papa” significa simplesmente “Patriarca”, sem nenhuma conotação minimamente análoga ao Papado católico. E, por conseguinte, o Papa Bento XVI “reconhecer” a eleição de Tawadros II, mesmo tratando-o por “Papa”, não tem nada a ver com abdicar do Papado, negar que ele próprio seja o Sucessor de São Pedro ou qualquer outro disparate análogo.

Deduzir da mensagem de Bento XVI ao novo Patriarca da Igreja Copto-Ortodoxa que aquele “abdicou do papado” – como escreveu uma garota em seu blog – porque não pode haver dois Papas é fazer uma confusão totalmente sem sentido. É claro que não pode haver dois Papas no sentido que a palavra tem dentro da Teologia Católica, mas pode haver – e há – mais de um Patriarca na Igreja de Cristo, e para os coptas “Papa” significa precisamente “Patriarca” e não mais que isso.

Há Patriarcas de Igrejas Particulares unidas a Roma – como o Patriarca de Antioquia dos Sírios, p.ex. – e há Patriarcas de igrejas cismáticas, como o recém-eleito Tawadros II. Este chamar-se a si mesmo de Papa (fazendo uso, repitamos, de um título que remete ao século III, jamais questionado pela Igreja) ou o Papa Bento XVI tratá-lo por este título (que em si é legítimo) em nada afeta a posição que o Vigário de Cristo detém na Igreja Católica. Dizer diferente disso é disseminar a confusão, e nós já vivemos em tempos onde existe confusão demais.

Outros apontamentos sobre o “Deus seja louvado” das cédulas de Real

– Como eu já falei aqui no blog, não acho que a investida do MPF contra a menção a Deus nas cédulas da moeda brasileira tenha sido por “falta do que fazer” do excelentíssimo Procurador da República. Ao contrário, é mais um passo duma série de movimentos friamente calculados no sentido de seguir – à risca – uma agenda ideológica laicista que intenta banir todas as referências a Deus das coisas públicas. Todos os que defendem semelhante atitude do Ministério Público são unânimes em afirmar que se trata exatamente disto, mesmo quando incoerentemente o negam.

– Como eu também já expliquei em outras ocasiões, a “Parede Vazia” é atéia e, por extensão, também é atéia a cédula alijada de sua menção a Deus. Aqui importa analisar não somente o “espaço vazio” em si mesmo como se ele houvesse aparecido ali “do nada”, mas sim as motivações ideológicas que o produziram. Isto me parece bastante evidente.

– Pouco importa que a sua introdução na moeda brasileira seja relativamente recente (tem pouco mais de vinte anos), exatamente porque a legitimidade das coisas é inerente a elas próprias, independendo de há quanto tempo elas existam. Uma coisa pode se arrastar por séculos e ser ilegítima, como igualmente pode ter surgido ontem e ser plenamente aceitável e justa. Os fanáticos ateístas que dizem “ah, isto não faz parte da cultura brasileira, foi Sarney que colocou” estão somente jogando para o público e cuspindo sofismas grosseiros nos quais nem eles próprios acreditam: por acaso faria diferença para eles se a inscrição viesse de D. João VI?

– É legítima a existência de uma menção a Deus no dinheiro de um país exatamente porque (ao contrário do que uivam os laicínicos) é perfeitamente legítimo um país, nos seus símbolos, aludir a elementos constitutivos da sua cultura. Aliás, não só é legítimo como não é possível ser diferente. E o Cristianismo é parte integrante da história e cultura do Brasil: esta verdade factual que tanto incomoda os fanáticos irreligiosos simplesmente não pode ser apagada. Isto é uma verdade tão óbvia que, p.ex., o nosso Brasão de Armas – um dos quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil, segundo o art. 13 § 1º da Constituição Federal – ostenta no centro um enorme Cruzeiro do Sul! Não faz nenhuma diferença que as Armas Nacionais sejam mais antigas que a inscrição “Deus seja louvado” das cédulas de Real. Nem uma nem outra ofendem a (verdadeira) laicidade do Estado (que aliás não foi inventada em 1988, existe no Brasil pelo menos desde a Constituição de 1891!). Estas coisas só incomodam, repitamos, os fanáticos neo-ateístas intolerantes.

– Esta patética cruzada dos Fanáticos Descrentes é vista com maus olhos até mesmo pelos que discordam da referida frase nas cédulas brasileiras. Por exemplo, em um recente artigo no “Pensar Não Dói”, o blogueiro escreveu:

Você percebe o que acaba de acontecer? Uma nova onda de recrudescimento do fanatismo religioso acaba de ser deflagrada porque meia dúzia de imbecis “politicamente corretos” impetrou uma ação irrelevante para infligir uma derrota irrelevante contra um símbolo irrelevante.

[…]

E o Brasil vai gerar uma onda de intolerância religiosa e gastar milhões de horas e de Reais na discussão de uma porcaria de uma frase irrelevante nas notas de Real “em nome dos princípios do Estado brasileiro”.

– Uma das vantagens da boa lógica é que ela permite a pronta identificação de incoerências num discurso com a clareza que só o raciocínio bem estruturado é capaz de proporcionar. Se alguém solta o relincho de que “a predileção do Estado por X implica na discriminação de quem é não-X” (o que, como foi mostrado, é o “argumento” do sr. Jefferson Dias para pedir a retirada da inscrição religiosa das cédulas de Real), isto precisa valer para qualquer X. Em particular, a representação da efígie da República como uma mulher branca “implicaria” na discriminação de quem é negro, a inscrição positivista da flâmula nacional “implicaria” na discriminação de quem não é positivista, et cetera. O que é claramente uma enorme besteira: o Estado pode perfeitamente ostentar predileção por algo, contanto que isto não embarace as crenças e práticas filosóficas, políticas ou religiosas de quem não comunga deste algo. Esta é a essência da “liberdade de consciência e de crença” consignada no artigo 5º da Carta Magna brasileira! O resto é tagarelice vazia dos fundamentalistas ateus, que são intolerantes incapazes de conviver pacificamente em sociedade.

– Portanto, como i) nem a introdução da expressão “Deus seja louvado” nas cédulas da moeda brasileira atenta contra a laicidade do Estado e ii) nem a sua existência configura “discriminação” contra os que não crêem, cabe aos arautos da Irreligião Ateísta procurarem outros argumentos (de preferência válidos desta vez) para defender as suas posições, ao invés de – como sói acontecer… – insistirem em falácias grosseiras já incontáveis vezes desmontadas. Porque enquanto houver bom senso neste país as pessoas irão se levantar em defesa da ordem constituída – e contra a truculência dos bárbaros inimigos da civilização, de onde quer que eles venham.