Padre cancela batizado ao descobrir que padrinho era “casado” com outro homem

Eu vi uma notícia interessante que merece alguns rápidos comentários: Padre católico espanhol impede batizado ao descobrir que padrinho é gay. A notícia me trouxe um misto de alento e de desespero.

Primeiro, a justificativa da mãe da criança é francamente estapafúrdia:

“Perguntaram se pais e padrinhos estavam batizados e confirmados. Depois se todos estávamos casados e respondemos que sim. Nunca pensamos que teríamos que avisar que ele era casado, mas com um homem. As normas, ele cumpria”, explicou ela.

Sério? Jamais passou pela cabeça desta senhora que o fato do candidato a padrinho ser sodomita público (nos dois sentidos – de notoriedade e legalidade civil) era relevante? Ela nunca pensou em dizer este “detalhe” nas entrevistas preparatórias para o Batismo? Será que esta senhora tem alguma noção de que a Doutrina Católica condena os atos homossexuais? Será possível que ela nunca tenha ouvido falar que os padrinhos têm que ser exemplo de vida para os seus afilhados? Será que ela não se apercebeu de que um pecador público, ao contrário de ser “exemplo de vida”, é na verdade um escândalo ambulante?

E ainda vem dizer que o sujeito cumpria as normas! O que significa esta declaração? É um cinismo farisaico (ah, casado ele era, mas você não perguntou se ele era casado com alguém do mesmo sexo ou do sexo oposto!) ou é uma demonstração preocupante de esquizofrênica alienação da realidade (ela de fato não sabia que a Igreja condena os atos homossexuais)?

Segundo, a família disse que ia levar o caso aos tribunais. Como assim, “aos tribunais”? O que ela pretende? Acaso ela espera que o Estado obrigue a Igreja a batizar o menino com um padrinho sodomita? Ou será que ela vai pedir (o que considero mais provável) “danos morais” pelo constrangimento… que ela própria causou?

A Igreja tem as Suas próprias regras e, francamente, não dá para alegar desconhecimento. Por exemplo, todo mundo sabe que a Igreja não aceita segundas núpcias. Suponhamos que fulano seja casado na Igreja, separe-se e queira casar de novo. Aí fulano vai para a Igreja, faz tudo “certinho” e, quando perguntam se ele é solteiro, diz que sim. Quando chega a papelada, percebem que ele já é casado. O padre diz que não vai celebrar o casamento. Aí fulano dá um piti e diz que cumpriu todas as normas, pois perguntaram se ele era casado e não se já tinha sido casado alguma vez na vida. Isto faz sentido para alguém?

Tremenda má fé desta gente que quer impôr à Igreja o seu próprio padrão de (i)moralidade! Não estamos falando de uma seita obscura, estamos falando da Igreja cuja Doutrina moral é amplamente conhecida. E, antes que venham com as “argumentações” de que outras faltas morais seriam “toleradas” com mais benevolência, a resposta é não. Se a madrinha fez um aborto e ninguém sabe (a não ser os mais próximos), o padre não tem como adivinhar isso. Se a madrinha é dona de uma clínica de aborto, e isto é público e o padre toma conhecimento, isto é um escândalo e ela não pode ser madrinha. Se o padrinho “pula a cerca” e trai a mulher com uma vizinha e algumas pessoas no prédio sabem e comentam, o padre não tem como adivinhar. Se ele abandonou a mulher para morar com a vizinha tendo inclusive um segundo casamento civil, isto é um escândalo público e o padre tem mais é que negar este candidato a padrinho mesmo. Custa acreditar que isto seja difícil de entender!

Por fim, causa alento que o padre tenha deixado de lado todo o respeito humano e cancelado a cerimônia, bem como que o bispo o tenha apoiado:

A polêmica provocou uma resposta pública do arcebispado, que enviou um comunicado apoiando o padre e advertindo que um padrinho católico precisa ter uma vida “congruente”.

A nota cita o Código de Direito Canônico, cânon 874, que descreve os requisitos para os padrinhos de batismo: “deve ser católico, estar confirmado, ter recebido o santíssimo sacramento da Eucaristia e levar uma vida congruente com a fé e a missão que vai assumir”.

Esta fidelidade deste prelado católico e esta santa intransigência do cura de almas não passarão despercebidas d’Aquele que habita os Céus. Os nossos parabéns aos representantes da Igreja que, na contramão das tendências modernas, não abdicaram de sua fidelidade a Cristo. Que neste Natal o Menino Deus os possa confirmar na Fé Católica, no estreito e difícil caminho que conduz aos Céus. E que a atitude deles inspire outros, a fim de que as almas não se percam pela desorientação daqueles que as deviam conduzir.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

130 comentários em “Padre cancela batizado ao descobrir que padrinho era “casado” com outro homem”

  1. “eu não vou te pedir isto, afinal, a “promiscuidade” será segundo o seu conceito. eu, pessoalmente, digo que a maldade está nos olhos de quem vê.”

    Não é no “nosso” conceito, é no conceito bíblico doutrinal.Como é difícil, o quintas entender.

    “não, quem é diferente é diferente. a forma como cada um apresenta os comentários e argumentos é que pode parecer ser agressivo, como no caso do molina que linkou uma noticia recente. isso é um argumento agressivo.”

    A Física explica isso muito bem, tudo depende de um referencial, o que é bom para mim, pode ser mau para você.Tudo depende do olhar tendencioso da pessoa.

    “sem duvida, mas foi muito dificil e, segundo a bíblia, mesmo eu fazendo o uso do “livre-arbítrio”, por rejeitar as doutrinas da Igreja eu estou condenado.”

    Não, quintas, ninguém é condenado, a pessoa que com as atitudes se auto-condena.

  2. E também, Quintas, não seguir o cristianismo é uma escolha. Ser cristão é uma escolha, ser ateu ou pagão também é. Cada um vai sofrer as consequências de sua escolha, seja qual for esta escolha, e as consequências podem ser negativas ou não. Mas ninguém está condenado só por não ser cristão. No meu entender, não se pode dizer se uma pessoa está ou não condenada, a menos que ela esteja obstinada em não crer. Porque qualquer hora a pessoa pode voltar atrás, mudar de ideia e decidir ser cristã. Nem mesmo eu era cristã antes. Enquanto se está vivo, ainda é possível voltar atrás e mudar de vida, só depois da morte é que não tem mais jeito, porque daí não é mais possível voltar atrás.

  3. embora eu tenha decidido não alimentar disputas de forma desnecessária, eu gostaria de continuar o debate.

    alvaro:
    “Seguir a Cristo é uma escolha!”

    então me ensinaram um catecismo diferente, pois eu lemro claramente que me ensinaram que quem não cresse em Cristo automaticamente estava condenado.

    cristiane [adiantando: eu te peço desculpas por qualquer incomodo que te causei]:
    “Livre-arbítrio não é liberdade para fazer o mal, porque ninguém tem o direito de fazer o mal. A liberdade deve ser usada só para fazer o bem”

    a distinção entre “bem” e “mal” é um conceito humano, falivel e limitado. para haver real livre-arbítrio, a escolha não pode estar condicionada ou limitada a padrões.

    lenieverson:
    “Não é no “nosso” conceito, é no conceito bíblico doutrinal.Como é difícil, o quintas entender.”

    não, não é dificil, apenas não concordo, uma vez que estamos debatendo no tocante a aspectos gerais, não específicos, dos conceitos das palavras.

    lenieverson:
    “ninguém é condenado, a pessoa que com as atitudes se auto-condena”

    não é o que consta na bíblia e no catecismo. afinal, falamos no conceito de “pecado” e das ditas “leis de Deus” e isto destoa do conceito amplo do livre-arbítrio e dos precários padrões humanos quanto à “moral”. quando nossas açoes resultam por meios lógicos onde uma ação resulta em uma reação, ressalta-se a responsabilidade e consciência pessoal. quando nossas ações são condicionadas ou limitadas por padrões dentro dos quais necessáriamente tais ações são moralmente julgadas como “boas” ou “más”, diante de um agente/entidade/divindade, então exclui-se o livre-arbítrio, entra a repressão, a opressão, a condenação.

  4. “a distinção entre “bem” e “mal” é um conceito humano, falivel e limitado. para haver real livre-arbítrio, a escolha não pode estar condicionada ou limitada a padrões.”

    O que você entende por livre-arbítrio não é o que o cristianismo ou o catolicismo entende por livre arbítrio, Quintas. Não existe liberdade absoluta. Liberdade é limitada sim, e é assim que deve ser. E liberdade não é fazer o que bem entende, isso aí já seria libertinagem. Não confunda liberdade com libertinagem.

    “cristiane [adiantando: eu te peço desculpas por qualquer incomodo que te causei]:”
    Aceito suas desculpas, como também te peço desculpas se alguma vez eu o ofendi ou se faltei com o devido respeito à você. Não é por discordar de você em muitas coisas que vou ter o direito de te desrespeitar. Não tenho ódio de você, só não simpatizo com as idéias que você defende. Mas me desculpe por qualquer incômodo.

  5. cristiane:
    “O que você entende por livre-arbítrio não é o que o cristianismo ou o catolicismo entende por livre arbítrio, Quintas. Não existe liberdade absoluta. Liberdade é limitada sim, e é assim que deve ser. E liberdade não é fazer o que bem entende, isso aí já seria libertinagem. Não confunda liberdade com libertinagem.”

    sem duvida que não há liberdade absoluta. nós temos restrições físicas, biológicas, legais, sociais e culturais. entretanto há uma boa margem de coisas que podemos escolher, mas para isso é necessário que hajam alternativas, para que o indivíduo faça sua opção [livre-arbítrio]. a partir do momento em que uma outra pessoa, grupo ou instituição, por intermédio de doutrinas, idéias, intromissão, opressão/repressão tolhe este indivíduo de conhecer as multiplas alternativas à escolha, este deixa de ter livre-arbítrio.

  6. “a partir do momento em que uma outra pessoa, grupo ou instituição, por intermédio de doutrinas, idéias, intromissão, opressão/repressão tolhe este indivíduo de conhecer as multiplas alternativas à escolha, este deixa de ter livre-arbítrio.”
    Acontece, Quintas, que não conheço uma única pessoa deste mundo que não siga doutrinas. Seja qual doutrina for, sendo religiosa ou não. Porque não existem só doutrinas religiosas. Também existem doutrinas políticas, filosóficas ou não sei mais o quê. E todas as doutrinas têm seus dogmas. O mundo está cheio de doutrinas que a pessoa escolhe ou não seguir.

  7. Essas idéias que você defende, Quintas, também podem ser consideradas doutrinas. Essa sua ideia de viver sem intromissões de determinada instituição ou mesmo de doutrinas também pode ser considerada uma doutrina, sabia? Acho que não tem jeito não, não temos como escapar de doutrinas, seja lá quais forem. Até onde eu sei, até mesmo o paganismo tem a sua doutrina.

  8. sim, existem doutrinas, em diversos campos, mas devo melbra-los de que nem sempre se escolhe seguir uma doutrina religiosa, a saber, o cristianismo, especialmente em um país majoritariamente cristão [o mesmo serve para países majoritariamente islâmicos].
    em todos os campos alinhavados [que possuem suas “doutrinas”] a pessoa que os adota é livre para segui-los, aprimorá-los e até mesmo contestá-los, o que não é o caso do cristianismo [e demais religiões monoteístas]
    e como eu disse em outro comentário, a partir do momento em que um indivíduo assimila a doutrina cristã, esta pessoa abre mão de seu livre-arbítrio, há uma opressão que faz com que não se permita ou se evite a contestação, o debate ou o questionamento dos padrões ditados por um grupo ou instituição que se arroga algum tipo de autoridade moral e espiritual.

  9. mas devo melbra-los de que nem sempre se escolhe seguir uma doutrina religiosa, a saber, o cristianismo, especialmente em um país majoritariamente cristão [o mesmo serve para países majoritariamente islâmicos].
    em todos os campos alinhavados [que possuem suas “doutrinas”] a pessoa que os adota é livre para segui-los, aprimorá-los e até mesmo contestá-los, o que não é o caso do cristianismo [e demais religiões monoteístas]

    Não é bem assim. A pessoa é livre para deixar do cristianismo a hora que quiser, mesmo em um país majoritariamente cristão. Tanto que existe um monte de gente que antes era cristã mas que agora é pagã, espírita, até mesmo atéia. Cada um é livre para deixar do cristianismo a hora que quiser. Está cheio de gente por aí que vive contestando o cristianismo. E nos países cristãos, creio eu, as pessoas têm mais liberdade do que nos países islâmicos.

    Nos países islâmicos é pior, lá as minorias (como os cristãos, por exemplo, pois nos países islâmicos os cristãos são uma parcela bem pequena da população) não têm direito a se manifestar. Nos países islâmicos, os cristãos são até perseguidos. Nos países islâmicos, ninguém pode contestar o islamismo, nem dizer uma palavra contra Maomé, pois corre o risco de ser morto. Aqui não, aqui as pessoas podem até mesmo zombar com as imagens de santos que não acontece nada a elas (não estou defendendo que as coisas aqui têm de ser iguais aos países islâmicos, pelo contrário, só estou citando um exemplo).

    Já nos países islâmicos, existe a lei de blasfêmia, e quem falar uma só coisa contra Maomé, é condenado à morte. Só para dar um exemplo. Mas é claro que eu acho isso um absurdo. Nos países islâmicos, as pessoas não têm liberdade para deixar o islamismo, porque sofrem muitas ameaças, inclusive de morte. Já nos países cristãos, a pessoa pode abandonar o cristianismo que nada acontecerá a ela, muito pelo contrário.

    De fato, a maioria das pessoas acabam seguindo determinada doutrina religiosa por o país ser majoritariamente cristão ou islâmico. Isso é verdade. Mas não é assim só com religião não, é assim também com doutrina política. Nos países comunistas, como a Coréia do Norte, por exemplo, a maioria da população acaba aderindo à doutrina comunista, se não me engano.

  10. cristiane[seria a mesma?]:
    “A pessoa é livre para deixar do cristianismo a hora que quiser, mesmo em um país majoritariamente cristão. Tanto que existe um monte de gente que antes era cristã mas que agora é pagã, espírita, até mesmo atéia. Cada um é livre para deixar do cristianismo a hora que quiser. Está cheio de gente por aí que vive contestando o cristianismo.”

    hoje em dia, nós somos livres, mas mesmo assim, dentro da concepção cristã, ao fazê-lo nós nos condenamos. mesmo nos dias de hoje a contestação é duramente criticada, desprezada, desqualificada como, por explo, a homossexualidade.

  11. Em pensar que se as coisas continuarem como estão , daqui à pouco tempo o padre vai ser obrigado a fazer até casamento de gays .
    E o papa , quando vier ao Brasil , pode ser preso por ” homofobia ” apenas por expressar a opinião da santíssima igreja sobre o homossexualismo .

  12. Complementando o último comentário da Cristiane, em alguns países islâmicos as pessoas não são apenas impedidas de se converterem a outras religiões pelo constrangimento social e ameaças, mas até mesmo por lei.

    Para mais informações sobre isso podem conferir dois recentes posts do excelente Oblatvs, referentes à perseguição aos cristãos no ano de 2011 no mundo:

    Oblatvs – Perseguição aos cristãos em 2011 – Top 50 (1)
    Oblatvs – Perseguição aos cristãos em 2011 – Top 50 (2)

  13. Em um país de maioria cristã qualquer grupo pode sair em passeata e vilipendiar o credo dos outros e ainda receber o aval do Ministério da Cultura sem sofrer nenhuma sanção penal.O Brasil é totalmente diferente dos países muçulmanos e querer igualar é desonestidade intelectual!No Brasil existe uma liberdade de expressão “disfarçada,”mas existe o que não ocorre nos países islâmicos!

  14. “hoje em dia, nós somos livres, mas mesmo assim, dentro da concepção cristã, ao fazê-lo nós nos condenamos. mesmo nos dias de hoje a contestação é duramente criticada, desprezada, desqualificada como, por explo, a homossexualidade.”
    Mas todo ponto de vista é criticado, Quintas. Não há como escapar de críticas. Até o cristianismo é duramente criticado. Todo tipo de comportamento é criticado. Todas as doutrinas são criticadas, sendo ou não religiosas. Não é só o ponto de vista contrário ao cristianismo que é criticado. Não é bem assim. Se a homossexualidade é criticada, imagina então uma pessoa que procura viver realmente o cristianismo, é mais duramente criticada que um homossexual. Nesta sociedade, se aceita tudo, menos que uma pessoa seja casta e que viva uma vida santa. Nesta sociedade, um verdadeiro cristão, que procura viver a castidade, também é duramente criticado, caro Quintas. Portanto, não é bem assim como você coloca não.

  15. sem duvida cristiane, mas críticar é uma coisa e especialmente quando se o faz com argumentos, o que nos leva ao debate aberto.
    por sua característica intrinseca, religiões monoteístas evitam a discussão, o debate, o questionamento.
    e diga-se de passagem que criticar [com argumentos coerentes e plausíveis] é uma coisa, fazer discurso de ódio usando uma crença ou religião como desculpa e promover a violência é outra coisa.

  16. “e diga-se de passagem que criticar [com argumentos coerentes e plausíveis] é uma coisa, fazer discurso de ódio usando uma crença ou religião como desculpa e promover a violência é outra coisa.”
    Mas não é por uma pessoa ser religiosa que vai necessariamente fazer discurso de ódio e promover a violência. Que eu saiba, só ouvi falar de uma religião que costuma promover a violência a quem se opõe a ela: o islã, porque pelo o que eu saiba, o cristianismo não faz isso. Porque pessoas que fazem isso, e se dizem cristãs, estão na verdade mentindo, porque isso não é atitude de um verdadeiro cristão. Ainda assim, nos países em que o cristianismo é a religião predominante, pontos de vista contrários são bem mais tolerados. Nos países de maioria cristã, os homossexuais são bem mais respeitados, tratados com mais dignidade, e ainda assim eles reclamam, declaram guerra aos religiosos só porque estes não concordam e nem aceitam práticas homossexuais… Por que não vão protestar no Irã, por exemplo, onde os homossexuais são tratados de maneira pior?

    Mas isso não acontece apenas com religião, isso pode acontecer também com outras doutrinas não-religiosas, como o comunismo. Quanta gente já morreu nesse mundo por se opor ao comunismo? Aliás, está cheio de pessoas irreligiosas que vivem fazendo discurso de ódio à religião, ou a líderes religiosos, principalmente quando estes se opõem aos interesses deles, como é o caso do deputado Jean Wyllys… E não podia ser diferente, pois ele é de um partido socialista, então não poderíamos esperar outra coisa.

  17. Cristiane

    “Que eu saiba, só ouvi falar de uma religião que costuma promover a violência a quem se opõe a ela: o islã, porque pelo o que eu saiba, o cristianismo não faz isso. Porque pessoas que fazem isso, e se dizem cristãs, estão na verdade mentindo, porque isso não é atitude de um verdadeiro cristão”.

    A Inquisição não foi uma violencia? Acredito que até as pessoas que defendem a Inquisição não podem ser consideradas verdadeiras cristãs.

  18. Gustavo,

    Nenhum católico romano verdadeiro defende a Inquisição.A verdade é que alguns livros de história dizem que morreram 100 milhões na Inquisição,outros afirmam 75 milhões ,outros afirmam 100 mil,outros afirmam 36 mil e os católicos “mais animados” afirmam que não morreu ninguém na Inquisição,mas a Cristiane está certa ao afirmar que nenhum cristão verdadeiro defende a violência!Nenhum católico verdadeiro defende a violência,pelo o que eu entendi foi isso o que ela disse!

  19. Corrigindo: é óbvio que qualquer católico (bem como qualquer pessoa de bom senso) defende, sim, a Santa Inquisição, responsável por salvar a civilização durante a Idade Média e progenitora indiscutível do Direito Penal adoptado pelo Ocidente.

    O que ninguém defende são **os absusos** da Inquisição, como ninguém defende os abusos do sistema penitenciário ou os abusos dos soldados dos Estados Unidos na invasão da Normandia em 1944. Mas isso são outros quinhentos.

    Abraços,
    Jorge

  20. A Igreja Católica e os sacramentos são para os católicos. Esta discução sobre o direito de alguém não católico, poder ou não poder, participar de um sacramento fica extranha, deveria se ter por óbvio e passívo que nem a Igreja Católica aceita e é claro que quem não é católico também não deseja.

    A única motivação de um gay tentar associar-se a um sacramento catolico é provocar escândalo.

    Quem busca o sacramento do batismo para uma criança deseja que esta criança, criatura de Deus, seja aceita como filha de Deus, mas se vilipêndia, e tenta dessacralizar tal ato, não é apenas por ódio conta a fé católica, mas também por um enorme ódio contra a criança que presenta. Isto é do demônio.

  21. erros
    onde se lê “fica extranha”.. leia-se “fica estranha”
    “criança que presenta”.. leia-se “criança que apresenta”

  22. Gustavo
    “A Inquisição não foi uma violencia? Acredito que até as pessoas que defendem a Inquisição não podem ser consideradas verdadeiras cristãs.”

    Logo você, um herege, que defende heresias como o espiritismo e que defende a sodomia, vem querer nos ensinar sobre o que é ser verdadeiro cristão? Você acredita e, pior, defende coisas contrárias ao cristianismo (como a prática da sodomia) e tem a cara-de-pau em querer nos ensinar a ser verdadeiros cristãos? Vá caçar o que fazer, vai.

    Nem vou me dar ao trabalho de responder à sua pergunta, porque o Jorge já respondeu. Pro seu governo, caro Gustavo, a Inquisição eu defendo sim, por uma questão de princípios, o que eu não defendo são os abusos que foram feitos. Mas acaso você conhece aquela frase que o abuso não tolhe o uso? É mais ou menos por aí.

    Agora, não me importo com o juízo de valor que você faz sobre a Inquisição, não estou nem aí para o que você acha ou deixa de achar. Porque além de ser um ignorante completo, você é cheio de uma mentalidade romântica de que “pena de morte não pode, é contra os princípios cristãos”! Saiba você que os santos, esses sim eram os maiores exemplos de cristãos, eles defendiam a pena de morte. Inclusive, existiram santos que certamente defendiam a Inquisição. Fique você sabendo, caro Gustavo, que existem santos canonizados que foram Inquisidores, você sabia? Aposto que isso você não sabia, é um completo ignorante em relação ao catolicismo. E agora, o que você vai fazer, contestar a santidade destes santos que foram Inquisidores? Passar bem.

  23. Prezada Cristiane Pinto,

    Tu poderias me mostrar [com a devida fonte] os Pais da Igreja que eram favoráveis a pena de morte?Peço encarecidamente!

    Abraços,

    Álvaro Fernandes.

  24. Gustavo, antecipadamente, peço desculpas. Eu me excedi. Achei que você estivesse me julgando, só porque defendo a Inquisição. Achei que você tinha dito que eu não era uma verdadeira cristã, só porque defendo a Inquisição. Agora, pensando melhor, talvez não tenha sido essa a sua intenção. Pelo menos, espero que não.

    O tribunal do Santo Ofício em si eu defendo, o que eu não defendo, de jeito algum, são os abusos cometidos, assim como não defendo abusos do sistema penitenciário. Claro que pode ter ocorrido erros na Inquisição, porque a Inquisição não deixa de ter sido um tribunal humano, portanto, não era perfeito. Mas isso são outros quinhentos. Não é por ter ocorrido abusos que vou ser contra a Inquisição, pelo menos por princípio. O abuso não tolhe o uso. Qualquer católico ou pessoa de bom senso, sem ter na cabeça um monte de preconceitos contra a Santa Inquisição, seria favorável.

    Mas espero que você compreenda que uma coisa é terrorismo ou a lei de blasfêmia, que existe nos países islâmicos, outra coisa completamente diferente é a Inquisição. Uma coisa é um tribunal que julga se a pessoa foi ou não herege, se traiu ou não a fé, podendo haver várias punições, desde as mais leves até as mais fortes, sendo que a mais grave é a pena de morte.

    Outra coisa completamente diferente é matar alguém por ter “blasfemado” contra Maomé, sem dar chance para que a pessoa se defenda, ou ameaçar de morte alguém que resolve abandonar a religião. Outra coisa completamente são os atos de terrorismo, como desvios de aviões, decapitações, raptos, assassinatos, ataques suicidas e ocasionalmente, violações. O maior ato de terrorismo islâmico talvez tenha sido o atentado às Torres Gémeas nos Estados Unidos.

    Procure se informar mais, Gustavo. Na Inquisição, as pessoas ainda podiam se defender, até tinham chance de escapar da pena máxima. Nem todos os condenados à pena de morte na fogueira foram de fato mortos. Agora, nos atentados terroristas, as pessoas morrem sem ter a mínima chance de defesa. Comparar a Inquisição com atentados terroristas é de uma desonestidade sem tamanho.

  25. Jorge,

    …a Santa Inquisição, responsável por salvar a civilização durante a Idade Média e progenitora indiscutível do Direito Penal adoptado pelo Ocidente.”

    Como é Jorge? A “Santa” Inquisição “salvou” a civilização?

    “Progenitora” do Direito penal?

    Traga-me fontes imparciais(não romanas) que confirmem isso!

  26. O Direito Penal sofreu influência do Direito Romano,Grego e Canônico,não obstante,a afirmação de que a Inquisição em si foi “progenitora” do Direito Penal precisa ser provada!

    Quanto aos “excessos”…depende,pois tem fanático que pensa que “morrer queimado” foi normal!

  27. Álvaro, eu não tô com muito tempo para ficar me repetindo hoje não. Tem uma barra de Google Search no topo direito do blog, procure algum dos diversos artigos sobre a Inquisição que há (e – principalmente – leia os comentários).

    A Inquisição foi instaurada para combater os cátaros, que eram uma ameaça concreta à civilização européia. Qualquer livro sério de história do Direito mostra como a Inquisição evoluiu o direito penal medieval de coisas como “quanto-mais-gente-acusa-mais-culpado-fulano-é” ou “quem-anda-sobre-brasas-é-inocente” para um processo objetivo com provas, testemunhas e processo que, em essência, é usado até hoje pela totalidade do mundo civilizado.

    Abraços,
    Jorge

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