Papa Francisco: «Sacramentos não são aparência, mas são a força de Cristo»

Os sacramentos não são aparência, não são ritos, mas são a força de Cristo; é Jesus Cristo presente nos sacramentos. Quando celebramos a Eucaristia é Jesus vivo, que nos une, que nos faz comunidade, que nos faz adorar o Pai. Cada um de nós, de fato, mediante o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia foi incorporado a Cristo e unido a toda a comunidade dos crentes. Portanto, se por um lado é a Igreja que “faz” os sacramentos, por outro são os sacramentos que “fazem” a Igreja, edificam-na, gerando novos filhos, agregando-os ao povo santo de Deus, consolidando a sua pertença.

[…]

Por isto é importante comungar, é importante que as crianças sejam batizadas cedo, que sejam crismadas, porque os sacramentos são a presença de Jesus Cristo em nós, uma presença que nos ajuda. É importante, quando nos sentimos pecadores, aproximar-nos do sacramento da Reconciliação. Alguém poderá dizer: “Mas tenho medo, porque o padre vai me repreender”. Não, não vai te repreender, você sabe quem você vai encontrar no sacramento da Reconciliação?  Encontrarás Jesus que te perdoa! É Jesus que nos espera ali; e este é um sacramento que faz crescer toda a Igreja.

Papa Francisco
Catequese
06 de novembro de 2013

Documentário «Blood Money» estréia no Brasil

Não deixem de assistir o documento Blood Money – Aborto Legalizado”, que estréia no Brasil no próximo dia 15 de novembro.

http://www.youtube.com/watch?v=Z4I8FDuRBjk

Após o lançamento em São Paulo, têm início roadshows de pré-estreias, incluindo o Rio de Janeiro (6), Goiânia (7), Brasília (8), Belém (9), Curitiba (11), Salvador (12), Recife (13) e Fortaleza (14). Nestas cidades, Kyle [o diretor] falará de sua primeira incursão no cinema com esse documentário polêmico, que está se tornando um cult pelo realismo e crueza com que trata o tema e pelas denúncias que faz. O filme de 75’ entra em cartaz nos cinemas a partir de 15 de novembro.

O Blog da Vida também falou sobre o filme, acrescentando que ele «trata do funcionamento da indústria criada em torno do lucrativo negócio das clínicas de aborto, mostra[ndo] de que forma as estruturas médicas disputam sua clientela e quais os métodos aplicados pelas clínicas para realização de cirurgias abortivas».

bloodmoney

É uma oportunidade ímpar. Não deixem de assistir!

Ficha Técnica:

  • Produção Executiva: John Zipp;
  • Produção: David K. Kyle, John Zipp;
  • Roteiro e Direção: David K. Kyle;
  • Montagem: Roman Jaquez e Steve Taylor;
  • Direção de Fotografia: Jeff Butler;
  • Trilha Original: John Wenger;
  • Cinegrafistas: Jeff Butler, Nick Kyle, Chris Kyle, Ken Biles, Peter Shinn.

Notícias de um mundo enlouquecido

Essas duas notícias não são de hoje, mas valem uma meditação.

Primeiro, uma garota belga foi mutilada e posteriormente assassinada, sem que isso provocasse a menor comoção social. Ao contrário, louvaram esta barbaridade como se fosse um avanço dos direitos humanos e um respeito às liberdades individuais.

A garota – R.I.P. – chamava-se Nancy. Entre 2009 e 2012, teve os seus seios arrancados e seus órgãos genitais destruídos. Vivendo infeliz e sentindo «aversão» pelo seu corpo, foi depois friamente assassinada na presença de várias pessoas.

Sádicos psicopatas procurados pela polícia? Que nada! Pessoas que se dizem normais, exercendo o que consideram direitos legais, sob o amparo de uma legislação positiva enlouquecida.

* * *

Segundo, um teólogo ameaça se suicidar. No ápice da sua decadência, Hans Küng deseja o «suicídio assistido».

Ele tem Parkinson avançado. A degeneração moral do velho modernista atingiu o paroxismo. Tanto chafurdou na lama que desaprendeu a olhar para o Céu. Cego dos olhos da alma há muito tempo, ameaça procurar uma «clínica» (sic) onde se matam pessoas caso perca a visão dos olhos do corpo.

Loquaz exemplo do quanto é possível cair quando se afasta da Fé! Rezemos pelos desesperados. E vigiemos. Que nos livre Deus do desespero.

Papa Francisco: sem caridade, as boas obras não salvam

Contra os que ainda insistem em acusar o Papa de naturalismo por conta de sua afirmação sobre o valor das boas obras praticadas mesmo pelos que não têm Fé, o Vigário de Cristo dirigiu palavras muito claras na manhã de hoje (segunda-feira, 14 de outubro) em sua homilia proferida na Casa Santa Marta (grifos meus).

O sinal de Jonas, o verdadeiro, é aquele que nos dá a confiança de ser salvos pelo sangue de Cristo. Quantos cristãos, quantos há, pensam que serão salvos somente pelo que fazem, pelas suas obras. As obras são necessárias, mas são uma consequência, uma resposta ao amor misericordioso que nos salva. Mas as obras, sem este amor misericordioso, não servem.

Portanto, as pessoas são salvas «pelo sangue de Cristo». As obras são «conseqüência» deste «amor misericordioso», da caridade, que é virtude sobrenatural infundida por Deus em nossas almas e pela qual amamos a Ele e ao nosso próximo por causa d’Ele.

E as boas obras naturais são boas e valiosas, predispõem o homem a acolher a Graça, mas não têm valor sobrenatural em si mesmas e, portanto, não servem para a salvação eterna.

Eis a Doutrina Católica de vinte séculos nos lábios do Vigário de Cristo.

Extra! Extra! O Papa NÃO vai criar uma mulher cardeal!

Não que isso fosse realmente necessário, mas o Vaticano desmentiu a história louca publicada recentemente por El País de que o Papa Francisco iria “nomear” (sic) uma mulher cardeal. Excelente a colocação incisiva do pe. Lombardi:

“Não se pode ter El País como uma fonte do Vaticano”, assinalou o porta-voz da Santa Sé.

E – acrescento eu – nem tampouco o resto da mídia ávida por novidades na qual o próprio Papa já mandou recentemente que não acreditássemos.

Apenas a título de curiosidade, um «Cardeal» não é um grau do Sacramento da Ordem “acima” do de Bispo. A Ordem só tem três graus: o diaconato, o presbiterato e o episcopado, e mais nada. O Colégio Cardinalício é uma espécie de “para-hierarquia”.

Embora historicamente já tenha havido cardeais leigos, o Código de Direito Canônico vigente (Cân. 351) prescreve que só podem ser escolhidos para cardeais os que forem «pertencentes pelo menos à ordem do presbiterado», e acrescenta que «os que ainda não forem Bispos, devem receber a consagração episcopal». Como mulheres não podem ser ordenadas, tampouco podem ser cardeais.

Uma modificação no CIC para retirar essa exigência seria despropositada e inaudita, porque mesmo os antigos cardeais leigos recebiam a tonsura e as ordens menores – donde a história do Juan Arias sempre foi sem pé nem cabeça de uma ponta a outra.

Divulgação: Curso de latim clássico

Não costumo recomendar cursos que eu não conheça ou dos quais eu próprio não vá participar, mas este de latim clássico que o Instituto Angelicum está promovendo me deixou profundamente feliz e com uma verdadeira vontade de fazê-lo. Se eu pudesse, já estaria matriculado.

Gostei de tudo o que vi: do professor (que eu não conheço, mas em cuja competência confiei após assistir dois ou três teasers do curso), da forma como o curso foi estruturado, da ementa, do material, do objetivo de aprender simultaneamente latim e cultura clássica através do latim, etc. Pareceu-me, em suma, uma verdadeira preciosidade. Quem o puder fazer, não perca a chance.

As inscrições podem ser feitas aqui. As vagas são limitadas e estamos nos últimos dias de inscrições. Corram.

Entrevistas na Gazeta do Povo: reprodução assistida e pesquisas com células-tronco

Neste final de semana, foram publicadas duas excelentes entrevistas na Gazeta do Povo. Merecem ser conhecidas e divulgadas.

1. Dr. Mario Antonio Sanches, no Blog da Vida, sobre reprodução assistida. «Depois nós já entramos em outro problema, e isso vai além da reflexão cristã. A filosofia kantiana já diz que cada ser humano deve ser visto como um fim em si mesmo. É a questão da autonomia, ninguém pode ser manipulado. Então, se eu produzo um embrião para tirar células e salvar terceiros, esse que está nascendo está sendo instrumentalizado».

2. Robin Smith, da NeoStem, e monsenhor Tomasz Trafny, no Tubo de Ensaio, sobre células-tronco. «Claro que muitos não compartilham da sensibilidade moral e ética dos cristãos e dos católicos nesse tema específico, mas de qualquer forma as pessoas deveriam pensar sobre as potenciais consequências de agredir a vida humana. Se não temos nenhum limite, que diferença faz destruir a vida em seu início, ou no meio, ou no fim? Então, há coisas que, de um ponto de vista meramente técnico-científico, são possíveis, como usar embriões em pesquisa, mas queremos que a sociedade pergunte a si mesma se podemos fazer isso, de um ponto de vista moral. Essa é a questão».

“Este São Francisco não existe!” – Papa Francisco

A paz franciscana não é um sentimento “piegas”. Por favor: este São Francisco não existe! E nem é uma espécie de harmonia panteísta com as energias do cosmo… Também isto não é franciscano! Também isto não é franciscano, mas é uma ideia que alguns construíram! A paz de São Francisco é aquela de Cristo, e a encontra quem “toma sobre si o seu jugo”, isso é, o seu mandamento: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei (cfr Gv [Jo] 13,34; 15,12).  E este jugo não se pode levar com arrogância, com presunção, com soberba, mas somente se pode levar com mansidão e humildade de coração.

Dirigimo-nos a ti, Francisco, e te pedimos: ensina-nos a sermos “instrumentos da paz”, da paz que tem a sua origem em Deus, a paz que nos trouxe o Senhor Jesus.

– Papa Francisco
Missa na Praça São Francisco de Assis, em Assis
04/10/2013

Papa Francisco pede que não acreditem em quem diz que ele dá «receitas novas»

Do «Discurso do Papa ao clero» de hoje, em Assis:

Mas se pode ir às periferias somente se se leva a Palavra de Deus no coração e se caminha com a Igreja, como São Francisco. Caso contrário, levamos a nós mesmos, e não a Palavra de Deus e isto não é bom, não serve para ninguém! Não somos nós que salvamos o mundo: é o Senhor que o salva!

Então, queridos amigos, eu não dei a vocês receitas novas. Não o fiz e não acreditem em quem diz que eu o fiz. Não existem. Mas encontrei no caminho da vossa Igreja aspectos belos e importantes que vão fazê-los crescer e quero confirmar vocês nestes. Escutar a Palavra, caminhar junto em fraternidade, anunciar o Evangelho nas periferias! O Senhor vos abençõe, Nossa Senhora vos proteja e São Francisco vos ajude todos a viver a alegria de ser discípulos do Senhor!

Destaco:

“Eu não dei a vocês receitas novas.”

“Não o fiz e não acreditem em quem diz que eu o fiz.”

“Não existem.”

Ouçamos mais o Papa e menos os que se pretendem intérpretes de Sua Santidade. Ouçamos a Igreja e não a mídia. E rezemos, cada vez com mais afinco, pelo Doce Cristo-na-Terra.

Papa Francisco: «a melhor herança que possamos dar a alguém: a fé!»

[A] catequese constitui uma coluna para a educação da fé, e são precisos bons catequistas! Obrigado por este serviço à Igreja e na Igreja. Embora possa às vezes ser difícil – trabalha-se tanto, empenha-se e não se vêem os resultados desejados –, mas educar na fé é maravilhoso! É talvez a melhor herança que possamos dar a alguém: a fé! Educar na fé, para que essa pessoa cresça.

[…]

Quando pensamos que temos de ir para longe, para uma periferia extrema, talvez nos assalte um pouco de medo; mas, na realidade, Ele já está lá: Jesus espera-nos no coração daquele irmão, na sua carne ferida, na sua vida oprimida, na sua alma sem fé. Vós sabeis uma das periferias que me faz tão mal, tão mal que me faz doer (senti-o na diocese que tinha antes)? É a das crianças que não sabem fazer o Sinal da Cruz. Em Buenos Aires, há muitas crianças que não sabem fazer o Sinal da Cruz. Esta é uma periferia! É preciso ir lá! E Jesus está lá, espera por ti para ajudares aquela criança a fazer o Sinal da Cruz. Ele sempre nos precede.

– Papa Francisco
Discurso aos catequistas
27 de setembro de 2013